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17 de janeiro de 2023
Só Você Pode Salvar a Humanidade: uma história sobre guerra e jogos, na pena de sir Pratchett

“Como vocês podem ser os mocinhos se estão jogando bombas inteligentes na chaminé das pessoas? E explodindo as pessoas só porque elas estão sendo governadas por um maluco?"
Tenho por tradição começar o ano com uma primeira leitura pratchettiana. Não tenho mais volumes do Discworld para ler (não que isso seja um problema, releituras também são válidas), mas há algumas séries e volumes únicos de histórias fora do mundo do Disco.
14 de junho de 2022
Tradução - Rotas de Fuga

A primeira vez que ouvi falar do artigo Rotas de Fuga foi numa correção de citação - uma frase que era originalmente atribuída a J. R. R. Tolkien, mas que era na verdade da Ursula Le Guin, parafraseando ideias de Tolkien (deixei-a destacada na tradução, logo abaixo; sério, se jogá-la numa ferramenta de busca, só vai achar resultados atribuindo-a ao Tolkien…). Essa questão da fantasia escapista volta e meia me retorna à mente e a citação completa da Le Guin foi força motriz de alguns dos ensaios que mais gostei de escrever.
3 de junho de 2022
O Resumo da Ópera: perdida na biblioteca

Chegamos ao meio do ano e, como de praxe, é tempo de fazer um apanhado geral das leituras que não ganharam análises mais completas cá no blog. Sim, sim, vamos a mais um Resumo da Ópera!
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3 de março de 2022
Bellwether: romance, teoria do caos e comportamento de manada com Connie Willis
"Avanços científicos já foram desencadeados pelo mais ínfimo dos eventos: a visão da água do banho subindo, o movimento de uma brisa, a pressão de um pé em um degrau. Eu, contudo, nunca tinha ouvido falar de um deles ser desencadeado por um beijo. Mas esse foi um beijo com todo o peso de cinco semanas de turbulência caótica por trás dele, mudando os padrões de pensamento de suas posições habituais, agitando as variáveis, separando-as e misturando-as novamente em novas conjunções, novas possibilidades."
Sandra Foster, uma cientista social especializada em estatística, está examinando o modismo dos cabelos curtos, tentando descobrir como a mania começou e assim compreender os mecanismos de comportamentos de consumo e imitação. Bennet O’Reily está estudando teoria do caos - ou estava, até sua bolsa ser retirada e ele ir parar nos laboratórios da Hi-Tek, uma firma de pesquisa que é também um pesadelo em termos de administração e burocracia.
12 de julho de 2021
Dois Livros (três novelas e um conto) de Connie Willis


Hoje vamos de resenha dupla, dois livros da Connie Willis, sendo o primeiro uma novela natalina lançada no final do ano passado e outro uma coletânea com três histórias de ficção científica que exploram a ideia de terras desconhecidas!
3 de junho de 2021
A Ilha Misteriosa: um triunfo do espírito empreendedor e inventivo

— Nos livramos de tudo?
— Não! Ainda temos dez mil francos em ouro!
Um saco pesado caiu imediatamente no mar.
— O balão subiu?
— Um pouco, mas não tardará a descer de novo!
— O que restou para jogar fora?
— Nada.
— Esperem…! O cesto!
— Agarremo-nos à rede! E sacrifiquemos o cesto ao mar!
Era, com efeito, o único e último meio de prolongar a vida do aeróstato. As cordas que o prendiam ao aro foram cortadas e o balão, após a queda do cesto, subiu aproximadamente seiscentos metros.
Os cinco passageiros haviam se içado para a rede, acima do aro, e, agarrando-se à trama das malhas, contemplavam o abismo.
Se algum dia eu me descobrir numa ilha deserta, esse é um dos (muitos) livros que desejaria ter comigo. Pode parecer um desejo estapafúrdio, mas do que me lembro de Crusoé e também com o grupo que Verne nos apresenta aqui, todo náufrago pode esperar a sobrevivência afortunada de alguns volumes para ajudá-lo nos dias que virão (ou até o aparecimento surpreendente de um baú repleto de itens de primeira necessidade, incluindo, claro, livros). Digo isso não apenas por A Ilha Misteriosa ser uma leitura das mais prazerosas - as setecentas páginas da minha edição passaram meio que voando - mas porque ele é, basicamente, uma manual de como ser um náufrago bem sucedido (e, no processo, começar uma nova civilização nas terras que vocês acabou de “colonizar”).
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22 de abril de 2021
O Terror do Isolamento: uma leitura de O Homem Invisível

- Eu posso ficar invisível! Isso transcenderia a mágica.
E contemplei, dissipadas as dúvidas mais nebulosas, uma visão magnífica de tudo o que a invisibilidade poderia significar para um homem: o mistério, o poder, a liberdade.
Esse é um daqueles livros que você começa achando que sabe tudo que vai acontecer… e aí descobre que não era nada do que você estava pensando. O Homem Invisível é, afinal, parte do nosso imaginário coletivo, sendo várias vezes adaptado ou mesmo cooptado para outras obras (Liga Extraordinária, estou olhando para você), de tal forma que, querendo ou não, temos certas expectativas para ele.
3 de abril de 2021
Queime Antes de Ler: entre cartas e filamentos do passado em “É assim que se perde a guerra do tempo”

Em um vão do solo arrasado, ela encontra a carta.
Está fora de lugar. Ali deveria haver corpos empilhados entre os destroços de naves que um dia percorreram as estrelas. Ali deveria haver a morte e a sujeira e o sangue de uma operação bem-sucedida. Deveria haver luas se desintegrando lá em cima, naves incendiadas em órbita.
Não deveria haver uma folha de papel cor de creme, limpo, exceto por uma única linha longa e repuxada escrita à mão: Queime antes de ler.
Esse título já me chamara a atenção há algum tempo por ter ganho os prêmios Nebula, Locus e Hugo entre 2019 e 2020. E, bem, trata-se de um romance epistolar entre viajantes no tempo, o que junta duas coisas que me fascinam: cartas e viagens temporais. Como eu poderia resistir?
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28 de janeiro de 2021
O Homem Ilustrado: O Triunfo e os Perigos da Imaginação

Por que eu deveria me lembrar de algo que não posso usar? Sou prático. Se a Terra não está lá para eu caminhar por cima dela, quer que eu caminhe sobre uma memória? Isso DÓI. Memórias, como meu pai já disse, são porcos-espinhos. Para o inferno com elas! Fique longe delas. Elas deixam você triste. Arruínam seu trabalho, Fazem você chorar.
Eu estava há tempos de olho em O Homem Ilustrado, talvez um dos livros mais lembrado quando se fala em Ray Bradbury - junto com Fahrenheit 451 e Algo Sinistro Vem Por Aí. Ano passado ele saiu numa bela edição da Biblioteca Azul e não tive dúvidas de ir atrás, ansiosa por juntá-lo aos outros títulos do autor que tenho na estante.
7 de outubro de 2020
Os Infinitos Corredores e Significados de Piranesi

"Houve um tempo em que homens e mulheres eram capazes de se transformar em águias e voar distâncias imensas. Eles comungaram com rios e montanhas, e receberam a sabedoria deles. Eles sentiram o giro das estrelas dentro de suas próprias mentes. Meus contemporâneos não entenderam isso. Eles estavam enamorados pela ideia de progresso e acreditavam que tudo o que era novo seria superior ao antigo. Como se mérito funcionasse em torno de cronologia! Mas me pareceu que a sabedoria dos antigos não poderia simplesmente ter desaparecido. Nada simplesmente desaparece. Isso não é realmente possível."
Esse era o livro para o qual eu mais tinha expectativas esse ano. Comprei-o em pré-venda em fevereiro, sete meses antes do lançamento, numa edição especial da Waterstones que vinha autografada pela autora e esperei ainda mais um mês até os correios entregarem o bendito: quase uma gestação. Mas, bem, dificilmente terei chance de encontrar a Susanna Clarke por aí, e ela é uma das mais importantes figuras do meu panteão particular de autores.
15 de agosto de 2020
A Rainha do Ignoto: uma romance à frente de seu tempo

— Tu que tens viajado muito — disse o moço gracejando —, diz-me o que é aquilo ali, na linha do horizonte, para o lado do nascente?
— Ali, Sr. Edmundo? — apontou Valentim. — É a serra das Antas.
— É fértil aquela serra? — tornou ele.
— Assim, assim — volveu o campônio —, fazem roçados nas quebradas e plantam alguma cana, mas coisa pouca.
— Aqui, deste outro lado, vejo outra serra muito alta — disse o Dr. Edmundo.
— Qual? Aquele serrote? Parece alto porque está mais perto — volveu o menino —, aquela é a Serra do Areré; mas é encantada, ninguém vai lá.
— Ninguém! Por quê? — disse Edmundo, com espanto.
— Porque, se for, não voltará mais; dizem que tem uma gruta onde mora uma moça encantada numa cobra, que à noite sai pelos arredores a fazer distúrbios.
— E acreditas nessas bruxarias, Valentim?
— Ora, se acredito; minha avó também não acreditava, assim como o senhor, mas agora está certa e mais que certa da verdade. Uma noite destas, viu, ela mesma, descer da serra e passar cantando pela estrada uma moça bonita, vestida de branco. E o senhor quer saber? Ia seguida pelo diabo, um moleque preto de olhos de fogo, com uma cauda comprida que arrastava no chão!
Não me lembro quando foi a primeira vez que ouvi falar em A Rainha do Ignoto, mas foi sempre num tom de elogio e curiosidade por seu pioneirismo no cenário de literatura especulativa cá no Brasil. Assim é que, quando a Wish anunciou que ia lançá-lo numa campanha do Catarse, não tive dúvidas em ir atrás de apoiar. Aí a Andrielle, do Biblioteca Híbrida, anunciou uma leitura coletiva da obra e me empolguei para participar, de forma que o romance de Emília Freitas pulou para a frente da lista de leituras cá no Coruja.
1 de julho de 2020
O Resumo da Ópera - O Ano Já Pode Acabar?

O primeiro semestre acabou e isso significa que é hora de fazer o balanço de meio do ano - ou o resumo da ópera do que andei lendo por esses meses. A despeito da quarentena - ou talvez por causa dela - até consegui dar uma boa baixada na lista de livros não lidos que estavam à espera na estante, incluindo alguns que estavam há mais de quatro anos esperando… Enfim, nesse apanhado do que andei lendo tem de tudo um pouco: clássicos, romance, policial, não ficção…
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14 de abril de 2020
A História como um Sistema Caótico: Lendo Blackout/All Clear

"I’m not studying the heroes who lead navies—and armies—and win wars. I’m studying ordinary people who you wouldn’t expect to be heroic, but who, when there’s a crisis, show extraordinary bravery and self-sacrifice. Like Jenna Geidel, who gave her life vaccinating people during the Pandemic. And the fishermen and retired boat owners and weekend sailors who rescued the British Army from Dunkirk. And Wells Crowther, the twenty-four-year-old equities trader who worked in the World Trade Center. When it was hit by terrorists, he could have gotten out, but instead he went back and saved ten people, and died. I’m going to observe six different sets of heroes in six different situations to try to determine what qualities they have in common."
Polly é uma historiadora interessada em estudar o efeito dos bombardeios diários sobre as pessoas comuns durante a Blitz - campanha militar que faz parte da Batalha da Grã-Bretanha entre 1940 e 1941, quando a Luftwaffe e a RAF combatiam nos ares numa escala nunca antes imaginada. Michael, também um historiador, deseja entender o heroísmo das pessoas comuns em tempos de desastre; para tanto ele pretende estudar Pearl Harbor e os civis que atenderam ao chamado de resgate das tropas em Dunkirk. Merope está em seu primeiro estudo de campo, observando crianças evacuadas de Londres para escapar dos bombardeios. Em comum, todos eles são alunos do professor Dunworthy em Oxford, num mundo em que viagens no tempo são possíveis e utilizadas principalmente por estudantes de História. Cada um deles viaja para sua época de estudo e, por diferentes razões, descobrem que o caminho de volta ao seu presente está barrado. Eles estão sozinhos e presos no passado, num dos períodos mais turbulentos da História.
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5 de março de 2020
O Mundo Invisível entre Nós: poesia, decadência e estranheza

"Não faz sentido. Por que você não destrói o fóssil? Por que não destrói essa coisa?" Ela bate no vidro com força com a palma da mão. "Se é segredo, se ninguém pode saber, porque você não se livra de tudo?"
"Você conseguiria destruir essas coisas?", pergunta o homem. "Não, achei que não. Você não fez uma espécie de juramento de buscar respostas, mesmo quando as respostas são inquietantes, mesmo quando são impossíveis? Pois é, querida, eu também."
Sabe quando você se apaixona por uma capa sem nem olhar a sinopse? Ou quando um título fica ecoando na sua cabeça e você fica imaginando a história por trás dele? Ou quando um autor te conquista de tal forma que o nome dele faz o dedo coçar antes mesmo do bendito entrar em pré-venda? Tudo isso me aconteceu quando dei de cara com O Mundo Invisível entre Nós, da Caitlín Kiernan e não hesitei em colocá-lo na lista de desejos.
6 de janeiro de 2020
Empilhando no Escaninho #39 (Os Links da Coruja)

Voltamos com mais uma lista de links para compartilhar dos que estão acumulados no escaninho da Coruja! Como de hábito, tem de tudo um pouco por aqui - e uma hora eu consigo normalizar o fluxo e dar conta de tudo que deixei empilhar por aqui...
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18 de março de 2019
To Say Nothing of the Dog (ou Como Finalmente Foi Achado o Vaso do Bispo)

Porque em torno de um ponto de crise, até mesmo a menor ação pode assumir importância desproporcional ao seu tamanho. As consequências se multiplicam e se transformam em cascata, e qualquer coisa - uma ligação telefônica perdida, uma coincidência durante um blecaute, um pedaço de papel solto, um único momento - pode ter efeitos ruinosos. O motorista do arquiduque Ferdinand faz uma curva errada para a rua Franz-Josef e inicia uma guerra mundial. O guarda-costas de Abraham Lincoln sai para fumar e destrói a paz. Hitler deixa ordens para não ser perturbado porque ele tem uma enxaqueca e descobre sobre a invasão do Dia D dezoito horas mais tarde. Um tenente não consegue marcar um telegrama "urgente" e o almirante Kimmel não é avisado do iminente ataque japonês. “Por falta de um prego, a ferradura foi perdida. Por falta de uma ferradura, o cavalo foi perdido. Por falta de um cavalo, o cavaleiro se perdeu."
Desde que tive meu primeiro contato com Connie Willis, cheguei à rápida conclusão de que queria ler tudo o que essa (incrível) mulher tinha escrito. Comecei pelos contos - cada um melhor que o outro - segui pela monta-russa emocional de O Livro do Juízo Final e no ritmo frenético de Interferências e agora cheguei a To Say Nothing of the Dog que, hilariantemente, foi o primeiro livro que o Enrique (a pessoa que abençoadamente me apresentou à obra dessa criatura) me indicou.
10 de março de 2019
Empilhando no Escaninho #36 (Os Links da Coruja)

Estive um pouco sumida nos últimos dias, mas tenho uma boa desculpa dessa vez: fiz uma amigdalectomia no final de fevereiro e passei os últimos dias de repouso. Talvez depois eu escreva um post sobre o assunto e convide todo mundo para uma boa moela ao molho (alerta de piada interna).
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30 de novembro de 2018
Desafio Corujesco 2018 - Uma História com Teoria da Conspiração || Cama de Gato

– Às vezes me pergunto se ele não nasceu morto. Nunca conheci um homem menos interessado nos vivos. Às vezes acho que esse é o problema do mundo: muitas pessoas em cargos importantes estão mortas, frias como pedra.
Muito tempo atrás li Matadouro 5 e fiquei tonta e fascinada com o estilo de Kurt Vonnegut - a narrativa meio fragmentada e o tom burlesco, misturando ficção científica, memória e guerra, desafiando convenções de gênero de forma brilhante e alucinada. Lembro de comentar sobre isso com um amigo e dele me dizer que eu deveria ler Cama de Gato, porque era um livro que conseguia ser ainda melhor. Tendo finalmente me desincumbido da leitura desse título, cheguei à conclusão que deveria dar prioridade a tudo que esse amigo me indica, porque ele normalmente acerta na mosca.
19 de outubro de 2018
Desafio Corujesco 2018 - Uma História que te Provoque Risos || Interferências

Ela olhou com expectativa para a mão dele, que estava ao lado do livro. Você não precisa disso, disse ele, e, quando viu que ela ainda hesitava: Confie em mim. Apenas ouça.
E ela ouviu, segurando com força a beirada da mesa com as mãos, e preparando-se para enfrentar, amedrontada, a onda avassaladora de vozes que viria.
Mas não veio. As vozes não tinham ido embora, mas já não vinham em turbilhão para coma dela, inundando-a. Estavam mais calmas, mais silenciosas, como o murmúrio de um córrego inofensivo. Ela olhou para C. B., espantada. Como você fez isso?
Não fiz, respondeu ele, apontando com a cabeça na direção das outras pessoas sentadas às mesas compridas. Eles fizeram.
Mas como...?
Ele sorriu. Nunca subestime o poder de um bom livro.
Descobri Connie Willis há três anos, por indicação de um amigo, e desde então a coloquei naquela lista de ‘autores que quero ler toda a bibliografia’. De seus contos às noveletas e romances, tudo dela com que já tive contato não apenas me deixou fascinada como também surpreendeu. Assim, não é à toa que, tão logo Interferências apareceu em pré-venda, saí correndo para reservar o meu (embora tenha demorado um pouco para começar a lê-lo efetivamente).
13 de outubro de 2018
A Vida Compartilhada em uma Admirável Órbita Fechada

Jane se agarrou à parede, respirando com dificuldade. Estava tonta, mas não tinha nada a ver com o lançamento, nem com a gravidade falsa nem nada disso. Aquilo tudo era demais, simples assim. O planeta era lindo. O planeta era horrível. O planeta estava cheio de gente, e essas pessoas também eram lindas e horríveis. Tinham estragado tudo, e ela estava indo embora e jamais voltaria.
Li A Longa Viagem a um Pequeno Planeta Hostil no ano passado, e foi um dos melhores títulos de 2017. Eu me apaixonei pela prosa de Becky Chambers, pelo elenco tão diverso e vibrante, pela construção de relacionamentos, e pela road trip espacial pela qual somos levados. Uma amiga comentou que terminamos a história querendo abraçar o livro, porque ele nos abraça o tempo todo da leitura e eu concordo muito com essa imagem.
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