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14 de abril de 2020

A História como um Sistema Caótico: Lendo Blackout/All Clear


"I’m not studying the heroes who lead navies—and armies—and win wars. I’m studying ordinary people who you wouldn’t expect to be heroic, but who, when there’s a crisis, show extraordinary bravery and self-sacrifice. Like Jenna Geidel, who gave her life vaccinating people during the Pandemic. And the fishermen and retired boat owners and weekend sailors who rescued the British Army from Dunkirk. And Wells Crowther, the twenty-four-year-old equities trader who worked in the World Trade Center. When it was hit by terrorists, he could have gotten out, but instead he went back and saved ten people, and died. I’m going to observe six different sets of heroes in six different situations to try to determine what qualities they have in common."

Polly é uma historiadora interessada em estudar o efeito dos bombardeios diários sobre as pessoas comuns durante a Blitz - campanha militar que faz parte da Batalha da Grã-Bretanha entre 1940 e 1941, quando a Luftwaffe e a RAF combatiam nos ares numa escala nunca antes imaginada. Michael, também um historiador, deseja entender o heroísmo das pessoas comuns em tempos de desastre; para tanto ele pretende estudar Pearl Harbor e os civis que atenderam ao chamado de resgate das tropas em Dunkirk. Merope está em seu primeiro estudo de campo, observando crianças evacuadas de Londres para escapar dos bombardeios. Em comum, todos eles são alunos do professor Dunworthy em Oxford, num mundo em que viagens no tempo são possíveis e utilizadas principalmente por estudantes de História. Cada um deles viaja para sua época de estudo e, por diferentes razões, descobrem que o caminho de volta ao seu presente está barrado. Eles estão sozinhos e presos no passado, num dos períodos mais turbulentos da História.


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4 de maio de 2019

Dez Anos em Dez Ensaios - Duplo Código: Adicionando Camadas de Interpretação à 'A Abadia de Northanger'

Vista da Pulteney Bridge em Bath. Acervo pessoal.

Uma característica marcante de vários dos meus escritores e livros favoritos é a presença de alusões a obras ou fatos históricos, qualquer pequena brincadeira que me passasse a impressão de estar compartilhando um segredo com o autor - uma piscadela de olho, por assim dizer. Chamava isso de ‘palavras cruzadas literárias’, ao menos até descobrir, lendo um ensaio do Umberto Eco no livro Confissões de um Jovem Romancista, que isso se tratava de uma técnica pós-moderna chamada ‘ironia intertextual’. Nas palavras dele, explica-se tal recurso como “citações diretas de outros textos famosos ou referências mais ou menos transparentes a eles”, frequentemente associada à metarrativa, “reflexões que o texto faz acerca de sua própria natureza, quando o autor fala direto ao leitor”.


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27 de dezembro de 2018

360º: Uma Jornada Muito Esperada || Parte III - God Save the Owl


Quando um homem está cansado de Londres, está cansado da vida, pois há em Londres tudo o que a vida pode proporcionar”, disse Samuel Johnson, poeta, ensaísta, biógrafo e crítico dos mais importantes da história inglesa. Tendo a concordar com o doutor: sempre há algo mais para ver nessa cidade e, mesmo o que você já visitou pode te oferecer algo de novo.


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29 de maio de 2018

Por Nárnia! || Parte V: Problemático e Inspirador (ou conclusões narnianas)


Eu não era exatamente uma criança - supostamente, o público alvo da obra - na época em que li As Crônicas de Nárnia pela primeira vez. Mesmo assim, a história teve um profundo apelo emocional para mim. Tinha recém-entrado na faculdade, era a caçula nas minhas duas turmas (porque eu estava fazendo dois cursos pesados ao mesmo tempo), e tinha certeza de que abocanhara mais do que conseguia mastigar. Nárnia respondia à minha necessidade de histórias, de fantasia, de conforto e de esperança.


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21 de maio de 2018

Por Nárnia! || Parte IV: Começo e Fim


Eis então que chegamos ao começo… e também ao final de nossa saga. Porque, embora cronologicamente O Sobrinho do Mago seja a primeira das crônicas narnianas, foi o penúltimo livro a ser publicado e isso faz diferença na hora de lê-lo; trata-se de uma história que entrega respostas, que explica mistérios e, embora isso seja importante para a compreensão da mecânica do mundo criado por Lewis, também resulta numa certa perda da magia da primeira descoberta, tal como ocorre em O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa.


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15 de maio de 2018

Por Nárnia! || Parte III: Reis e Rainhas de Nárnia


Ao final de O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, os irmãos Pevensie - que cresceram e passaram anos como reis e rainhas - retornam para casa, para o mundo mundano; mas retornam do ponto em que começaram a jornada, como crianças, ainda que com memórias de uma outra vida inteira passada. Um ano mais tarde, esperando na estação de trem para seguirem para o colégio em que estudam, são repentinamente chamados de volta para Nárnia. E, para seu choque, descobrem que mais de mil anos se passaram desde que sentaram nos tronos de Cair Paravel.


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9 de maio de 2018

Por Nárnia! || Parte II: Através do Guarda-Roupa, de Desertos de Neve e Areia


O primeiro ponto a se discutir quando começamos a leitura de As Crônicas de Nárnia é a ordem pela qual se fará a leitura. De princípio, verdade seja dita, seguir uma ordem fixa é algo desnecessário, porque os sete livros que formam a saga são aventuras independentes, capazes de fazer sentido por si só. Contudo, considerando referências feitas ao longo das histórias e o impacto de certas cenas, por onde você começa pode fazer muita diferença.


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4 de maio de 2018

Por Nárnia! || Parte I: Um Mago Professor


Vez que em 2018 celebramos 120 anos do nascimento de Clive Staples Lewis - mais popularmente conhecido pelas iniciais - decidi que era tempo de adentrar o guarda-roupa e explorar sua mais famosa criação. A data oficial é novembro, mas como todos aqui sabem, maio é o aniversário do Coruja e isso significa um especial quase monográfico sobre alguma obra, autor ou personagem favorito desta que vos escreve. Somando tudo, como eu poderia resistir a fazer o especial desse ano sobre Nárnia?


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21 de abril de 2016

Empilhando no Escaninho #20 (Os Links da Coruja)


Hoje é feriado, eu deveria estar em casa, de papo para o ar, botando a leitura ou o sono em dia, não é mesmo? Mas falta só mais uma semana para eu FINALMENTE entrar de férias, o que significa que preciso correr com prazos do escritório para poder viajar tranquila... De forma que estou em casa, sim, mas passei o dia verificando prazos e processos e brigando com um agravo e... bem, isso não é importante. O importante é que TEMOS EMPILHANDO NO ESCANINHO HOJE!!!


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15 de outubro de 2015

Empilhando no Escaninho #15 (Os Links da Coruja)


Hoje é um daqueles dias em que compartilhamos os links que andamos colecionando ao longo do mês. Outubro tem sido interessante... Vejamos por onde devo começar...


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4 de abril de 2015

Desafio Corujesco 2015: Um Gênero Bem Diferente || 1602

"We are a boatful of monsters and miracles, hoping that, somehow, we can survive a world in which all hands are against us. A world which, by all evidence, will end extremely soon. Yet I posit we are in a universe which favours stories. A universe in which no story can ever truly end; in which there can only be continuances. If we are in such a universe, as I hope, then we may have a chance"
A princípio, quando estava elaborando minha lista do Desafio Corujesco, tinha imaginado falar de steampunk nessa rodada. Mas o livro que escolhi para tanto não conseguiu me conquistar o suficiente para que eu quisesse falar dele (não é necessariamente que ele fosse ruim, só que não consegui ter qualquer empatia por nenhum dos personagens…).


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17 de março de 2015

Projeto Shakespeare: Ricardo III

(Entra o fantasma do jovem Príncipe Eduardo, filho de Henrique VI.)

FANTASMA DO PRÍNCIPE EDUARDO (ao Rei Ricardo) — Sentirás o meu peso amanhã em tua alma. Lembra-te como me apunhalaste na Primavera da minha juventude em Tewkesbury. Por isso desespera e morre. (Para Richmond) Alegra-te, Richmond, que as maltratadas almas de príncipes assassinados lutam em teu favor. O filho do Rei Henrique, Richmond, te conforta.

(Sai. Entra o fantasma de Henrique VI)

FANTASMA DE HENRIQUE VI (ao Rei Ricardo) — Quando eu era mortal, meu corpo ungido por ti crivado foi de chagas mortais. Pensa na Torre e em mim. Desespera e morre. Henrique VI ordena que desesperes e morras! (Para Richmond) Virtuoso e santo, sê tu o vencedor. Henrique, que profetizou que Rei serias, em teu sono te conforta. Vive e floresce.

(Sai. Entra o fantasma de Clarence.)

FANTASMA DE CLARENCE (ao Rei Ricardo) — Que sintas amanhã meu peso em tua alma, eu, que fui morto em banho de imundo vinho, eu, pobre Clarence, por ti traído até à morte. Amanhã, na batalha, pensa em mim, e que caia sem gume tua espada. Desespera e morre. (Para Richmond) Tu, fruto da Casa de Lancastre, os maltratados herdeiros de York oram por ti. Guardem os anjos bons tua batalha. Vive e floresce.
Ricardo III é uma das mais conhecidas e famosas peças de Shakespeare, tendo feito estupendo sucesso em sua época de estréia e continuando sua trajetória de popularidade nos dias de hoje.

A história segue a subida ao poder de Ricardo, duque de Gloucester, ao trono inglês, atropelando quaisquer princípios e idéias de moralidade que possam se interpor em seu caminho.


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24 de fevereiro de 2015

Para ler: Pimpinela Escarlate

"Ele estava tomando calmamente sua sopa, sorrindo com esplêndido bom humor, como se tivesse ido a Calais com o expresso propósito de aproveitar seu jantar num hotel imundo, na companhia de seu arquiinimigo".
Até um certo período da minha vida, eu nunca ouvira falar em Pimpinela Escarlate. Aí a Valéria, do Shoujo Café falou um pouco da série, deixou-me curiosa e coincidentemente umas duas semanas depois eu ganhei o livro. Curioso como isso às vezes acontece, não?


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28 de outubro de 2014

360º: As Aventuras de Kolory na Grã-Bretanha || Parte IV ~ Vim Para Conquistar

Enfim, depois de uma semana batendo perna pela Escócia, chegamos eu e Kolory de volta a Londres. Nossa chegada foi sem maiores fanfarras, já que depois de um dia inteiro de viagem, eu só queria cair na cama e descansar meus pobres joelhos...

Sério, meu joelho esquerdo, que já me deu dor de cabeça antes, fez muitas reclamações por conta do número de escadarias e outras subidas íngremes que o forcei a tomar. Por sorte, eu tinha me lembrado de levar o tensor, que aliviou um pouco as dores e me permitiu continuar batendo perna – afinal de contas, descansar, só quando chegasse em casa...

Fiquei hospedada na região de Victoria, próxima à estação de trem, metrô e ônibus – uma posição estratégica vez que em meus planos havia uma rápida viagem a Oxford e seria também da estação que eu pegaria o trem expresso para o aeroporto de Gatwick, que é beeeeeem distante do centro de Londres.


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16 de outubro de 2014

360º: As Aventuras de Kolory na Grã-Bretanha || Parte I ~ O Início de Tudo

Desde que voltei da minha viagem do ano passado, em agosto, que pensava com meus botões em voltar à Londres e de lá partir para a Escócia. Deixei a idéia cozinhando por algum tempo, especialmente pela possibilidade de fazer a travessia do Atlântico sozinha. Começou o ano, comecei a fazer roteiros mentais, ia e voltava ia e voltava, uma hora decidia por ir, outra hora achava que era melhor fazer uma viagem mais curta ou passar as férias em casa...

Enfim, lá por volta do início de julho, quando tive uma semana de recesso para não superaquecer meus pobres neurônios com a quantidade às vezes meio absurda de processos que cai na minha mesa diariamente, cheguei à conclusão que definitivamente não queria passar férias enfiada em casa olhando o céu pela janela.


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24 de julho de 2014

Desafio Corujesco: Sir Richard Francis Burton


Eu costumava ridicularizar a idéia de que minha honra estivesse de alguma maneira ligada ao fato de falar a verdade. Considerava uma impertinência ser interrogado. Não conseguia entender a baixeza moral que podia haver numa mentira, a menos que fosse dita por medo das conseqüências de dizer a verdade ou que lançasse a culpa sobre uma outra pessoa. Esse sentimento continuou por muitos anos, e finalmente, como ocorre muito amiúde, tão logo entendi que a mentira é desprezível, ele se transformou no extremo oposto, um hábito desagradável de dizer escrupulosamente a verdade, fosse ou não o momento adequado.

Mais um livro para o meu desafio corujesco! E pensar que eu estava planejando ler apenas um dos calhamaços daqui de casa para o tema desse mês... mas até que estou fazendo uma boa média esse ano, então, cá está mais um volume de mais de quinhentas páginas para resenhar.

Não me lembro exatamente quando foi a primeira vez que ouvi falar no nome de Burton – provavelmente quando li As Mil e Uma Noites, vez que é graças a ele que o Ocidente conheceu Sherazade. Mas à época ele era apenas uma nota de rodapé para mim.


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30 de dezembro de 2013

Conversas Sobre o Tempo: Acumulando 2013 milhas...

Lulu: Ao longo de 2013 eu, como diria minha avó, ‘andei mais que notícia ruim’. Comecei o ano em Belo Horizonte, para o IV Encontro Nacional da JASBRA, quando palestrei sobre Orgulho e Preconceito, mitologia, contos de fadas e Shakespeare e tive também a oportunidade de encarnar de vez a Miss Darce (e até saí na Jane Austen’s Regency Word ao lado da Adriana Zardini).


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25 de outubro de 2010

O Único e Eterno Rei – Parte VII: Hic jacet Arturus Rex quondam Rex que futurus


Bem no centro da caverna, o chão elevava-se na forma de um divã de pedra; ali estava o cavaleiro mais formoso de todos. Sua cabeça repousava sob um elmo cravado de pedras preciosas e pequenos aros dourados em cuja parte superior estava esculpido um dragão. Uma espada desembainhada jazia a seu lado e na lâmina havia a figura de duas serpentes de ouro. A lâmina brilhava tanto que era como se das cabeças das serpentes saíssem duas línguas de fogo.

Alan Garner – A Pedra Encantada de Brisingamen

No grand finale de Arthur – após matar Mordred na batalha de Camlann, mortalmente ferido, ele devolve Excalibur à Dama do Lago (embora seja necessário mandar Sir Bedivere fazer o serviço três vezes...) e é levado numa barca por quatro rainhas – entre as quais sua irmã, Morgana – para uma ilha além deste mundo chamada Avalon de onde, um dia, retornará para ser novamente rei.


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20 de outubro de 2010

O Único e Eterno Rei – Parte VI: ‘Bebo para a morte e para a desonra’


- Thomas, minha idéia sobre aqueles cavaleiros foi uma espécie de chama, como esta aqui. Eu a carreguei durante muitos anos com uma mão a protegê-la contra o vento. Muitas vezes ela quase se apagou. Estou lhe passando essa chama agora – promete não deixá-la se apagar?

T. H. White – A Chama ao Vento

Cuidamos já de alguns dos principais personagens dessa história, mas não do grande perpetrador da desgraça e ruína do rei e uma das figuras mais dúbias do ciclo arturiano: Mordred, o sobrinho e filho de Arthur.

Há muitas maneiras de interpretar Mordred, de tentar entender suas ações – de uma forma ou de outra, contudo, elas sempre terão por conseqüência a obliteração de Camelot e de tudo aquilo que a cavalaria e Arthur representam.


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18 de outubro de 2010

O Único e Eterno Rei – Parte V: Paganismo versus Cristianismo


A verdade tem muitas faces e assemelha-se à velha estrada que conduz a Avalon: o lugar para onde o caminho nos levará depende da nossa própria vontade e de nossos pensamentos, e, talvez, no fim, chegaremos ou à sagrada ilha da eternidade, ou aos padres, com seus sinos, sua morte, seu Satã e Inferno e danação...

Marion Zimmer Bradley – As Brumas de Avalon

Pela época em que se reputa ter vivido o Arthur histórico, os bretões, devido a ascendência romana durante o período de ocupação, já tinham se convertido ao cristianismo – diferente de seus invasores, os anglo-saxões.

Essa conversão, contudo, passou pela absorção da cultura original pelos cânones cristãos – a forma que a Igreja encontrou de ser aceita – ao ponto de transformar deuses antigos em santos e mártires, de modo que os fiéis pudessem se identificar com a nova religião.


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Livros, viagens, filosofia de botequim e causos da carochinha: o Coruja em Teto de Zinco Quente foi criado para ser um depósito de ideias, opiniões, debates e resmungos sobre a vida, o universo e tudo o mais. Para saber mais, clique aqui.

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