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29 de dezembro de 2022

O Fantasma de Cora: uma investigação de além-morte


A carruagem deixou a estação, e Francine pôde vislumbrar pela primeira vez o que era estar em uma cidade grande. A capital jamais se equipararia ao esplendor e sofisticação dos reinos continentais (ou pelo menos era o que Lady Bibi dizia), mas ainda assim era infinitas vezes mais desenvolvida que o ajuntamento de vilas, pastos e fazendas onde Francine crescera. Maravilhada, debruçou-se sobre a janelinha, incapaz de conter a empolgação.

Francine acaba de chegar a Portomar vinda do interior, armada de muitas expectativas para seu debute e do Livro de Etiqueta e Manual de Cortesia Continental para Ladies da Srta. Hartley. Não demora, contudo, para que suas fantasias com bailes, pretendentes e uma vida de liberdade inspirada na ‘carreira’ de sua tia, Lady Bibi Tulli, sejam arrastadas pela tragédia da morte de sua jovem e frágil prima, Coraline, em plena noite de núpcias - uma morte que não demora a se revelar como assassinato. Para completar, Francine passa a se ver literalmente assombrada pelo fantasma de Cora, e embarca numa investigação perigosa para desvendar o que realmente aconteceu.


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6 de dezembro de 2022

O Natal dos Fantasmas: por uma ceia com histórias de arrepiar


Como eu disse, o fantasma ortodoxo padrão faz sua aparição uma vez por ano, na véspera de Natal, e fica satisfeito.

Por que na véspera de Natal, de todas as noites do ano, é algo que nunca consegui entender. É sempre uma das noites mais sombrias para se estar ao ar livre ― fria, lamacenta e úmida. E, além disso, na época do Natal, todo mundo tem muita coisa para aguentar, com uma casa cheia de parentes vivos, e não quer os fantasmas dos parentes mortos vagando pelo lugar, tenho certeza.

Deve haver algo fantasmagórico no ar no Natal ― algo sobre a atmosfera fechada e mormacenta que atrai os fantasmas, como a umidade das chuvas de verão traz sapos e caracóis.

E não só os próprios fantasmas andam por aí na véspera de Natal, mas as pessoas sempre se sentam e falam deles nessa data. Sempre que cinco ou seis falantes de inglês se reúnem ao redor de uma fogueira na véspera de Natal, eles começam a contar histórias de fantasmas. Nada nos satisfaz mais na véspera de Natal do que ouvir uns aos outros contando anedotas autênticas sobre espectros. É uma época genial e festiva, e amamos pensar em túmulos, cadáveres, assassinatos e sangue.

Sou suspeita para falar dos livros da editora Wish, com sua proposta de resgate de clássicos por vezes completamente desconhecidos no Brasil, promoção de novos artistas e tradutores, e um cuidado com o texto que casa com um histórico de projetos gráficos que são de encher os olhos em cada mínimo detalhe.


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14 de outubro de 2021

Mais Mortais que os Homens: Obras-primas do terror de grandes escritoras do século XIX


- E o que é isto, Paul? – perguntou Evelyn, abrindo uma caixinha de ouro manchada, examinando o conteúdo com curiosidade.

– Sementes de uma desconhecida planta do Egito – respondeu Forsyth, com uma súbita expressão nublada em seu rosto escuro, ao ver os três grãos escarlates na palma da mão alva levantada na sua direção.

– Onde as conseguiu? – perguntou a moça.

– Essa é uma história estranha, que só vai assombrá-la se eu lhe contar – disse Forsyth, com uma expressão distraída que mais atiçou a curiosidade da jovem.

– Por favor, conte-me, gosto de histórias estranhas, e elas nunca me assombram. Ah, conte-me; suas histórias são sempre tão interessantes – ela exclamou, com um olhar tão persuasivo e irresistível, que seria impossível recusar seu pedido.

– Vai se arrepender disso, e eu também, provavelmente.

Às vezes é um título que te chama a atenção; em outras, a capa te captura o olhar, ou ainda, é a sinopse que te abre o apetite. Há muitas razões para tirar um livro da prateleira, dependendo até do humor do dia. Fato é que Mais Mortais que os Homens apertou todos os botões certos para me fisgar, incluindo aí a conveniência de lê-lo antes de outubro para fazer parte das minhas resenhas para o All Hallow’s Read.


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20 de outubro de 2020

All Hallow's Read: Vitorianas Macabras


"Corri para casa, de cabelo em pé, com o corpo tremendo. Fiquei fora de mim por mais de uma hora. Seria uma ilusão? Estou perdendo o juízo? Ó Deus, Deus! Estou ficando louco?."

Vou começar dizendo que assim que vi o anúncio desse livro por aqui, fiquei de queixo caído, tanto pela beleza da edição quanto pelo conteúdo. Um ano atrás li Monster, She Wrote, um fantástico volume de referência sobre autoras pioneiras no horror e na ficção científica, e, por causa dele, uma boa parte dos nomes trazidos na coletânea da Darkside me eram familiares - e tinham entrado na minha lista de futuras leituras -, de forma que não tive dúvidas de colocar Vitorianas Macabras entre meus desejados.


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21 de agosto de 2019

O Resumo da Ópera - Pilhas de Livros para Todos os Lados


Semestre passado foi bem complicado e contraditório. Do tipo, parece que passou a galope e ao mesmo tempo durou dez anos inteiros, com dias em que tudo o que queria era sumir do mapa e dizer adeus à humanidade.


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31 de outubro de 2017

Tradução - Máquinas Assombradas

Sam Weber, ilustração do artigo original

Li Ghosts in the Machines pela primeira vez na coletânea de não ficção The View From the Cheap Seats, mas ele foi escrito originalmente para o New York Times em 2006 e foi também lido pelo próprio Gaiman numa apresentação em 2011 - aliás, deixei o vídeo ao final da tradução para que vocês possam se deleitar com a narração dele.


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14 de outubro de 2014

Projeto Dresden: Ghost Story

ATENÇÃO: A SEGUINTE RESENHA CONTEM SPOILERS!
LEIA POR SUA CONTA E RISCO.


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15 de agosto de 2013

Para ler: Enigmas de Londres - Espíritos do Tâmisa


– Então magia é real – eu disse. – O que faz de você um... o quê?

– Um mago.

– Como Harry Potter?

Nightingale suspirou.

– Não, não como Harry Potter.

– Em qual sentido?

– Eu não sou um personagem de ficção – disse Nightingale.

Esse é outro daqueles títulos que uma vez que você começa, não consegue largar mais – e por isso eu aconselho a não começá-lo pelo final da tarde ou à noite, a não ser que esteja disposto a virar a madrugada sem dormir, que foi exatamente o que eu fiz.


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11 de fevereiro de 2013

Quem Conta um Conto (Fevereiro): O Conto da Lulu || Sob a Montanha


Sob a Montanha

A tempestade estava vindo.

Por um momento, ela se perguntou se perdera a noção do tempo; um olhar para a posição do sol, contudo, foi suficiente para que afastasse a idéia: não era ela que estava atrasada, mas os ventos que tinham chegado mais cedo.

A correia em sua mão escorregou ligeiramente quando Tidal tentou forçar perseguição aos rapis, que rapidamente se bandeavam, instinto de sobrevivência por uma vez sobrepujando a curiosidade suicida característica da espécie.

Redemoinhos de areia se formavam junto aos seus pés enquanto Lailah alternava sua atenção dos animais para as furiosas ondas de poeira que ameaçavam engolir todo o horizonte.


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16 de agosto de 2012

Desafio Literário: Agosto - Terror || Tales of Terror from the Black Ship

For three long days the coast had been savaged by a wild and rabid storm. The waves threw themselves at the ancient cliffs with a rage few have ever witnessed, and certainly nothing I could remember seeing in the thirteen years of life - and I have lived nowhere elese.
Encomendei esse livro quando ainda estava na metade de Uncle Montague’s Tales of Terror, e, sério, isso já devia falar sobre como gostei da série, do autor e do estilo das histórias – especialmente a se considerar o quanto NÃO sou fã de coisas assustadoras, tais como caramujos carnívoros, gatos que apontam assassinos, e garotinhos sádicos salvos de naufrágios misteriosos.


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7 de agosto de 2012

Desafio Literário: Agosto - Terror || Uncle Montague’s Tales of Terror

‘As you must realise by now,’ he continued, ‘these things around us are – how shall I put it? – possessed of a curious energy. They resonate with the pain and terror they have been associated with. My study has become a repository for such itens. I am a collector of the unwanted, Edgar; of the haunted, of the cursed – of the damned.'
Comprei esse livro para dar de presente de aniversário e acabei atrasando a entrega em mais de um mês porque comecei a ler e aí não podia enviar até terminar e aqui não queria mandar mais e ficar com ele para mim... Muito complicado isso... mas tudo bem, porque se mandei esse volume no final das contas, chegou pra mim outro volume da série e ah... tô enrolando, vamos ao que interessa...


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Livros, viagens, filosofia de botequim e causos da carochinha: o Coruja em Teto de Zinco Quente foi criado para ser um depósito de ideias, opiniões, debates e resmungos sobre a vida, o universo e tudo o mais. Para saber mais, clique aqui.

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