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27 de maio de 2021

As Bruxas da Noite: A História não Contada do Regimento Aéreo Feminino Russo Durante a Segunda Guerra Mundial


"Toda guerra pode ser contada de duas maneiras [...] Descrevem horror, sangue, imundície, desespero, traição, repulsa, ódio, medo, dor, terror; ou então colocando tudo isso de lado, concentrando a atenção na disciplina, na ordem, nas batalhas, nas conquistas, no método, na tenacidade e, por fim, naturalmente, na vitória. [...] No primeiro caso, quando se conta a guerra com todos os seus horrores, os homens parecem submetidos a um destino maior do que eles, a uma história que os domina e os esmaga, apagando sua voz. No segundo, pelo menos em aparência, são suas ações a determinar a guerra e a conduzir os acontecimentos. Mesmo que não sejam heróis, não tenham papéis de comando e sofram ou morram, sua sorte participa de um destino mais geral que ilumina seu significado e os torna protagonistas da história."

Descobri esse livro na pré-venda da Amazon (estou sempre dando uma espiada lá para descobrir se há novidades que me interessem e assim aumentar a minha já enorme lista de desejos) e me conquistaram capa, título e sinopse. O que posso fazer, se sou fascinada pelo assunto das grandes guerras?


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21 de maio de 2015

Para ler: O Nome da Rosa

“Preciso pensar sobre isso. Quem sabe tenha que ler outros livros.”

“Como assim? Para saber o que diz um livro deveis ler outros?”

“Às vezes pode-se proceder assim. Frequentemente os livros falam de outros livros. Frequentemente um livro inócuo é como uma semente, que florescerá num livro perigoso, ou, ao contrário, é o fruto doce de uma raiz amarga. Não poderia, lendo Alberto, saber o que poderia ter dito Tomás? Ou lendo Tomás saber o que tinha dito Averroes?”

“É verdade”, disse admirado. Até então pensara que todo livro falasse das coisas, humanas ou divinas, que estão fora dos livros. Percebia agora que não raro os livros falam de livros, ou seja, é como se falassem entre si. À luz dessa reflexão, a biblioteca pareceu-me ainda mais inquietante. Era então o lugar de um longo e secular sussurro, de um diálogo imperceptível entre pergaminho e pergaminho, uma coisa viva, um receptáculo de forças não domáveis por uma mente humana, tesouro de segredos emanados de muitas mentes, e sobrevividos à morte daqueles que os produziram, ou os tinham utilizado.

“Mas então”, eu disse, “de que serve esconder os livros, se pelos livros acessíveis se pode chegar aos ocultos?”

“No decorrer dos séculos não serve para nada. No arco dos anos e dos dias serve para alguma coisa. Vê como nos encontramos de fato perdidos.”

“E então uma biblioteca não é um instrumento para divulgar a verdade, mas para retardar sua aparição?” perguntei estupefato.

“Não sempre e não necessariamente. Neste caso é”.
A primeira vez que tentei ler O Nome da Rosa, eu tinha uns doze anos e terminei largando o livro de lado, traumatizada e complexada pela quantidade de vocabulário que não conseguia compreender. Isso me gerou uma bizarra aversão a Umberto Eco, que terminei por reencontrar pouco menos de dez anos depois, na faculdade... e aí foi amor à segunda vista.


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19 de junho de 2014

Desafio Corujesco: Diário Mínimo


Idealmente, o usuário não deveria poder entrar na biblioteca; admitindo-se que entre, usufruindo obstinada e antipaticamente de um direito que lhe foi concedido com base nos princípios da Revolução Francesa, mas que ainda não foi assimilado pela sensibilidade coletiva, não deve e não deverá de modo algum, excetuando as rápidas travessias da sala de consulta, ter acesso à penetrália das estantes.

Eu já tinha lido há muito tempo o Segundo Diário Mínimo de Umberto Eco – e rolado de rir com as tiradas, cutucadas e provocações intelectuais (e a intelectuais) que o autor fazia. Mas nunca tinha encontrado o primeiro volume dessa coletânea de crônicas. Aí que, quando eu menos esperava, a Record lançou os dois livros numa única edição, e alegremente troquei meu volume segundo antigo pelo volume único novo.


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17 de outubro de 2013

Para ler: A Memória Vegetal

Como é belo um livro, que foi pensado para ser tomado nas mãos, até na cama, até num barco, até onde não existam tomadas elétricas, até onde e quando qualquer bateria se descarregou. Suporta marcadores e cantos dobrados, e pode ser derrubado no chão ou abandonado sobre peito ou joelhos quando caímos no sono
Toda vez que leio alguma coisa que Eco escreveu, sinto-me um bebê engatinhando por aí, sem saber muito bem o que está fazendo e batendo a cabeça várias vezes pelas paredes.


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24 de agosto de 2013

Para ler: Confissões de um Jovem Romancista


Nesse sentido, devemos supor que algumas personagens de ficção adquirem um tipo de existência independente de suas partituras originais. Quantas pessoas que conhecem o destino de Anna Karienina leram o livro de Tolstói? E quantas ouviram falar dela, em vez disso, por meio de filmes e seriados de TV? Não sei a resposta exata, mas posso dizer com segurança que muitos personagens de ficção "vivem" fora da partitura que lhes deu existência, e se mudam para uma zona do universo que achamos muito difícil delimitar. Alguns até mesmo migram de texto pra texto, porque a imaginação coletiva, ao longo dos séculos, fez um investimento emocional neles, e os transformou em indivíduos "flutuantes".

Se está dando tudo certo em minha viagem (lembrando que deixei todas as postagens desse mês programadas enquanto bato perna pelo mundo...), enquanto vocês lêem essas linhas, estou em Florença, na Itália. Assim, nada mais justo que falar do meu amado e idolatrado Eco – já que segui mais ou menos o tema dos países por onde passava para escolher que livros resenhar esse mês.


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7 de fevereiro de 2012

Desafio Literário: Fevereiro - Nome Próprio || Baudolino



"Basta que seja verdade, e nós o colocaremos", disse Baudolino, "o importante é contar fábulas".

Estive bastante ansiosa para começar este volume – Eco é um dos meus autores favoritos (mais que favorito, se for para ser sincera: ele flutua num patamar acima dos meros mortais...) e eu já tinha ouvido falar muito bem desse específico título.


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26 de dezembro de 2011

Clube do Livro (Dezembro) - Uma Idéia Toda Azul


Estremece a água do lago. A princesa arma o arco, retesa a corda, crava a seta de ouro no peito do cisne. Mas é do peito dela que o sangue espirra. E filete, e jorro, banhando a roupa, desfazendo a seda por onde passa, transforma seu corpo em penas, negras penas de veludo.

O dia adormece. No lago dois cisnes negros deslizam lado a lado. Brilha esquecido o arco de ouro.

A prosa quase poema da Colasanti nos faz mergulhar num mundo de contos de fadas - um mundo que nos cala fundo no coração, repleto de recordações de coisas eternas, de uma beleza inefável, difícil de traduzir nessa tentativa de resenha... Mas que uma idéia, esse livro nos deixa repletos de... repletos de sentimentos, acho que essa é a maneira mais simples de explicar. É um livro tão pequeno, mas contém tanta alma, tanta docura... e uma doçura que às vezes é agridoce, que não termina simplesmente num 'felizes para sempre', mas num sono eterno de sonhos ternos...


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19 de novembro de 2010

Meme Literário: Dia 19 – um livro que mudou a tua cabeça sobre um determinado assunto


Eu creio que esse vá ser, em todo o Meme, o tema mais difícil de responder...

Tenho opiniões muito arraigadas sobre muitas coisas. Em outras palavras, sou uma criatura extremamente teimosa. Para completar, não me satisfaço em pesquisar uma única fonte – se quero saber sobre um determinado assunto, eu vou atrás do maior número de informação que eu possa achar sobre para poder então determinar o que penso.


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12 de novembro de 2010

Meme Literário: Dia 12 – um livro que te faz lembrar alguém



De uma forma geral, todos os livros do Eco me fazem lembrar a Régis, porque nós duas dividimos essa enorme paixão literária. Mas de todos os livros do mestre italiano... A Ilha do Dia Anterior é o que mais me faz lembrar a Régis.


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22 de janeiro de 2010

Meu autor, meu herói: Umberto Eco


Finalmente tive uma folga do trabalho, passou o efeito do antialérgico (e por isso, não estou mais bêbada de sono) e eu consegui me concentrar por tempo suficiente em uma única coisa para sentar e escrever.

Assim, decidi começar a cumprir minha promessa de meses, e explicar o porquê dos meus autores favoritos estarem na minha lista de autores favoritos, começando numa ordem não alfabética e totalmente aleatória por um dos meus grandes amores literários: Umberto Eco.


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Livros, viagens, filosofia de botequim e causos da carochinha: o Coruja em Teto de Zinco Quente foi criado para ser um depósito de ideias, opiniões, debates e resmungos sobre a vida, o universo e tudo o mais. Para saber mais, clique aqui.

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