Mostrando postagens com marcador lit. espanhola. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador lit. espanhola. Mostrar todas as postagens
1 de agosto de 2022
O Infinito em um Junco: a invenção dos livros no mundo antigo

Cresci, mas continuo mantendo uma relação muito narcisista com os livros. Quando um relato me invade, quando sou impregnada por sua chuva de palavras, quando entendo de forma quase dolorosa o que ele conta, quando tenho certeza—íntima, solitária—de que aquele autor mudou minha vida, volto a acreditar que eu, especificamente eu, sou a leitora que esse livro estava procurando. Nunca perguntei se alguém sente algo parecido. No meu caso, tudo remonta ao país da infância, e acho que há um motivo essencial: meu primeiro contato com a literatura foi em forma de leitura em voz alta; em forma de encruzilhada em que confluem todos os tempos—o presente da escrita e o passado da oralidade; de um pequeno teatro com um só espectador, de citação fiel e de prece libertadora. Se alguém lê para você, é porque deseja o seu prazer; trata-se de um ato de amor e um armistício em meio aos embates da vida. Enquanto você escuta a história, com uma atenção sonhadora, o narrador e o livro se fundem numa única presença, numa única voz.
Não tinha ouvido falar desse livro antes dele aparecer em pré-venda, mas assim que bati o olho, a poeticidade do título me chamou a atenção. E o subtítulo também, claro, afinal, se tenho uma fraqueza bem conhecida, são livros que falam de livros. Assim é que coloquei O Infinito em um Junco na minha lista de “fiquei curiosa” e esperei pela oportunidade de folheá-lo e assim determinar seu nível de prioridade de aquisição.
4 de junho de 2018
O Paraíso Perdido: Uma Adaptação em Quadrinhos

Meu primeiro contato com John Milton foi adolescente, através das epígrafes que abriam cada capítulo de A Luneta Âmbar. É engraçado; não acho que a ideia de religião - especialmente o cristianismo com que eu tinha crescido (família religiosa, escolas de freiras até quase meu último ano...) - tivesse entrado na minha cabeça como uma ferramenta disponível, possível de fazer ficção. Talvez por isso, a obra de Pullman tenha me fascinado tanto - pela qualidade da escrita, pela forma de escrever fantasia (e ele foi um dos meus primeiros autores de ficção fantástica madura, para além do faz-de-conta infantil) e pela contínua quebra de dogmas.
21 de julho de 2012
Do Gênesis ao Apocalipse: O Engenhoso Fidalgo de La Mancha
Esse talvez tenha sido o livro mais fácil de escolher para os títulos de Do Gênesis ao Apocalipse - não apenas porque ele é um dos grandes marcos da literatura, como é um marco também na minha história pessoal.
Assinar:
Postagens (Atom)
Sobre
Livros, viagens, filosofia de botequim e causos da carochinha: o Coruja em Teto de Zinco Quente foi criado para ser um depósito de ideias, opiniões, debates e resmungos sobre a vida, o universo e tudo o mais. Para saber mais, clique aqui.