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31 de julho de 2018

Desafio Corujesco 2018 - Uma História Pós-Apocalíptica || Andróides Sonham com Ovelhas Elétricas?


"Por um longo tempo ele permaneceu fitando a coruja, que dormitava no poleiro. Mil pensamentos vieram à sua mente, pensamentos sobre a guerra, sobre os dias em que as corujas caíram do céu; lembrou-se de como, em sua infância, descobria-se que uma espécie após a outra era declarada extinta, e como isso era publicado todo dia nos jornais — raposas uma manhã, texugos na outra, até que as pessoas parassem de ler sobre os incessantes necrológios de animais (...) Ele também pensou sobre a sua necessidade em ter um animal de verdade; dentro dele uma efetiva repugnância se manifestou outra vez em relação à sua ovelha elétrica, a qual precisava manter, precisava cuidar, como se estivesse viva. A tirania de um objeto, pensou, que nem sabe que eu existo. Tal como os androides, não tem a menor capacidade de apreciar a existência do outro. Nunca tinha pensado nisso antes, a semelhança entre um animal elétrico e um andy. O animal elétrico, ponderou, poderia ser considerado uma subforma do outro, um tipo de robô enormemente inferior. Ou, ao contrário, o androide poderia ser qualificado como uma versão altamente desenvolvida e evoluída do animal de imitação. Ambos os pontos de vista o enojavam."

Ganhei esse livro de uma amiga que é tão fã de Blade Runner que até tatuou na perna o unicórnio que aparece no filme. Já fazia um tempinho que o volume estava na estante à espera, mas depois de duas excelentes experiências com PKD (os contos de Realidades Adaptadas e O Homem do Castelo Alto), não tinha como adiar mais a leitura desse clássico da ficção científica.


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16 de novembro de 2017

O Homem do Castelo Alto: arte, espionagem e realidades alternativas

O homem não devorou Deus; Deus devorou o homem.

O que não compreendem é a impotência do homem. Eu sou fraco, pequeno, sem a menor importância diante do universo. Não sou notado dentro dele; vivo sem ser visto. Mas por que isso é ruim? Não é melhor assim? Os deuses destroem quem atrai a atenção deles. Seja pequeno… e escape à inveja dos grandes.
Considerado por muitos a obra-prima de Philip K. Dick, O Homem do Castelo Alto estava na minha lista há mais tempo do que consigo me lembrar e finalmente tive a oportunidade de lê-lo esse ano, após ele ter sido indicado para debate no Clube do Livro. Comecei a leitura repleta de expectativas, crente que sabia exatamente o que iria acontecer - uma realidade alternativa em que as forças do Eixo tinham ganho a Segunda Guerra, com a narrativa acontecendo num Estados Unidos dividido entre Japão e Alemanha, parecia-me óbvio que eu estaria em breve no meio de uma resistência de bravos americanos, prestes a encabeçar uma revolução e assim salvar o mundo dos nazistas (olá, Indiana Jones! Opa, não, filme errado...).

Não demorou muito para perceber que eu poderia esperar tudo de O Homem do Castelo Alto... exceto pelo óbvio.


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31 de maio de 2016

1 Ano, 365 Contos - Maio


Maio nem terminou de acabar e já estou sentindo falta dele… não se vá, minhas férias queridas… T.T

Enfim… maio foi um mês tranquilo para colocar as leituras em dia e consegui ler quatro livros completos só para esse projeto. Fantasia, ficção científica e folclore foram a base da maioria dos contos que desbravei ao longo das últimas semanas.


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Livros, viagens, filosofia de botequim e causos da carochinha: o Coruja em Teto de Zinco Quente foi criado para ser um depósito de ideias, opiniões, debates e resmungos sobre a vida, o universo e tudo o mais. Para saber mais, clique aqui.

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