19 de julho de 2010
Pensamentos sobre Eco e a Literatura
Toda vez que leio Eco, fico meio atarantada. Sinto-me assim um tanto socrática, repetindo para mim mesma "só sei que nada sei". Ele exercita minha humildade ao me fazer dar conta de um mundo de coisas sobre as quais, até então, não tinha refletido; um mundo de livros que ainda não li e que, de repente, fico morrendo de vontade de conhecer.
Confesso que um dos meus grandes sonhos de consumo é assistir uma aula ou palestra de signore Eco ao vivo.
Tudo isso me voltou esse fim de semana enquanto lia os ensaios de Sobre a Literatura no alpendre de casa, lá em Gravatá. Por sinal, gostaria de fazer um agradecimento especial à Régis, que me deu o livro de presente. Eu te adoro, mulher!
Voltemos ao tema de hoje...
Sinceramente, não consigo explicar como Eco consegue fazer textos científicos, supostamente didáticos, e sobre teoria da literatura nada menos (que pode ser muiiiito chata nas mãos erradas) parecerem mais que interessantes: parecerem mágicos. Não consigo citar nenhum outro autor de livros "técnicos" capaz de fazer isso.
Ao longo do fim de semana, Eco me deu vontade de reler Borges e me perder em seus labirintos; de me propor os desafios de terminar Dante (eu sempre acabo pulando o Paraíso...) e de ler Joyce e Proust e alguns outros tantos autores de que até então eu não ouvira falar (tenho de pesquisar sobre Labrunie e Manzoni, no mínimo...).
Até vontade de aprender italiano, para ter oportunidade de lê-lo no original, eu tive. Mas, antes de embarcar numa dessas, preciso primeiro terminar o francês.
E, claro, deu-me vontade de escrever. Escrever sobre espelhos e rosas e labirintos e bibliotecas infinitas. Sobre Babel e sobre linguagem. Sobre escrever.
Poucos autores me inspiram como Eco. Ou me fazem refletir e quebrar a cabeça e enlouquecer com tantas influências e referências cruzadas. É por essas e outras que fica a declaração de amor:
Umberto Eco, você tem minha terna e absoluta devoção. Obrigada por escrever. Eu, por meu lado, prometo continuar comprando os seus livros. Por isso, por favor, não pare. Não pare nunca.
Atenciosamente,
de uma fã.
de uma fã.
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Humberto Eco simplesmente É.
ResponderExcluirNão tem mais o que dizer sobre esse italiano maravilhoso! ^^
Obrigada pelo carinho, Lulu, eu também te adoro ^^
Recomendo o aprendizado do italiano, língua delíciosa que se aprende com relativa rapidez, justamente por ser tão apaixonante. A única coisa que enrola um pouco é o bendito pronome acopiatto, mas, com o tempo, a gente acostuma... E vai ser moleza procê! XD
Sacca di bacci per te, carissima! XD
É assim
ResponderExcluirNós sentimos no seu blog o que vc sente lendo Humberto Eco.
Ou pelo menos, algo bem parecido com o q vc escreveu...