2 de outubro de 2010
O Único e Eterno Rei - Uma Introdução (ou Making-Of)
Estou há uns dois meses dizendo para quem quisesse ouvir que faria um especial sobre o Rei Arthur para o Coruja. Depois dos Vampiros, dos Zumbis e dos Lobisomens, parece um tanto estranho que eu pule para um personagem completamente humano, mas o que posso fazer? Senti uma absurda necessidade de escrever sobre o assunto desde que fechei The Indigo Dragon, de modo que receio agora vocês terão que me agüentar o mês inteiro falando de cavalaria, celtas, tragédias gregas e, claro, lendas do ciclo arturiano.
A bem da verdade, quando terminei o livro, o que realmente tive vontade foi de fazer um enorme post cheio de spoilers, explicando de onde cada personagem, lugar e objeto da história criada por Owens saíram originalmente. As Crônicas da Imaginarium Geographica são, no final das contas, um daqueles livros que chamo de "palavras cruzadas", em que há mais referências do que urubu em carniça - livros que te fazem sentir como se dividisse um segredo com o autor quando se dá conta daquela referência totalmente obscura que você pescou.
Mas esse é um dos meus grandes prazeres ao ler esse tipo de livro e entregar as respostas para os leitores antes mesmo deles terem oportunidade de ler parecia-me uma maldade muito grande... De forma que decidi que ia esperar algum desavisado ler e puxar o assunto perto de mim.
Quando isso acontecer, a infeliz criatura descobrirá porque um dos meus apelidos na escola era gasguita...
Bem, como decidi não escrever mais do que as resenhas dos livros do Owens, decidi que o mais próximo do que eu queria fazer era escrever sobre Arthur. E, se no processo eu pudesse dar uma surtada geral e fazer ligações as mais absurdas porém lógicas, eu ficaria feliz.
Tô fazendo sentido nenhum, não é mesmo?
O caso é que passei o último mês e meio mergulhada em textos em inglês arcaico, tratados de mitologia celta e tudo o que eu pudesse achar sobre Arthur e seus Cavaleiros da Távola Redonda.
Obviamente não consegui exaurir o material - primeiro porque estudar esse assunto é tarefa para uma vida e segundo porque eu queria pegar alguns pontos muito específicos da história. De certa forma, o especial "O Único e Eterno Rei" é uma nota de rodapé na imensidão de possibilidades de interpretação da história arturiana.
E uma nota de rodapé muito pequena.
Assim é que começo meu processo de pesquisa: faço uma lista do material bibliográfico que tenho em casa, depois expando dita lista para a biblioteca. Enfio o nariz na Barsa, porque apesar do Santo Google, nunca consigo começar a escrever um artigo desse tipo sem consultar uma enciclopédia. Alguns espirros depois, começo a ler o material que acumulei, fazendo anotações e indo pesquisar na internet qualquer coisa que eu não ache nos livros. Anotações feitas, Google ajuda com mais curiosidades. Tendo juntado todo esse material numa letra pequena e quase inelegível, começo a escrever.
E, enquanto escrevo, eu necessito de uma trilha sonora. Não, sem brincadeira, é sério: eu não consigo escrever sem música e sempre tento catar músicas que reflitam o espírito do que estou escrevendo.
Assim, acabo montando verdadeiras trilhas sonoras para tudo aquilo em que trabalho. Nem sempre tenho paciência de juntar tudo numa pasta só no pc e a coisa fica meio confusa... Mas desde que tive a idéia de escrever esse especial, eu tinha bem claras as músicas que queria ficar ouvindo repetidas e repetidas vezes enquanto trabalhava, de forma que não tomou quase que tempo nenhum organizá-las para dividir com vocês.
Clique na capa para ir à playlist do especial
Vocês encontraram no meio dessa "trilha sonora" Loreena McKennitt - The Lady of Shalott obviamente não poderia faltar numa compilação como essa, bem como The Mystic's Dream, que entrou no filme d'As Brumas de Avalon. The Corrs (e algumas músicas estão em gaélico), Moya Brennan (com a canção-tema de King Arthur), e Celtic Woman completam o conjunto.
Enfim, segunda nos vemos por aqui com a primeira parte dessa História. Até lá, divirtam-se com as canções que escolhi - espero que elas ajudem vocês a entrarem no clima.
Deixa eu ir agora antes que tenha uma nova e mirabolante idéia para surtar vocês e me dar trabalho. 'Té semana que vem!
A bem da verdade, quando terminei o livro, o que realmente tive vontade foi de fazer um enorme post cheio de spoilers, explicando de onde cada personagem, lugar e objeto da história criada por Owens saíram originalmente. As Crônicas da Imaginarium Geographica são, no final das contas, um daqueles livros que chamo de "palavras cruzadas", em que há mais referências do que urubu em carniça - livros que te fazem sentir como se dividisse um segredo com o autor quando se dá conta daquela referência totalmente obscura que você pescou.
Mas esse é um dos meus grandes prazeres ao ler esse tipo de livro e entregar as respostas para os leitores antes mesmo deles terem oportunidade de ler parecia-me uma maldade muito grande... De forma que decidi que ia esperar algum desavisado ler e puxar o assunto perto de mim.
Quando isso acontecer, a infeliz criatura descobrirá porque um dos meus apelidos na escola era gasguita...
Bem, como decidi não escrever mais do que as resenhas dos livros do Owens, decidi que o mais próximo do que eu queria fazer era escrever sobre Arthur. E, se no processo eu pudesse dar uma surtada geral e fazer ligações as mais absurdas porém lógicas, eu ficaria feliz.
Tô fazendo sentido nenhum, não é mesmo?
O caso é que passei o último mês e meio mergulhada em textos em inglês arcaico, tratados de mitologia celta e tudo o que eu pudesse achar sobre Arthur e seus Cavaleiros da Távola Redonda.
Obviamente não consegui exaurir o material - primeiro porque estudar esse assunto é tarefa para uma vida e segundo porque eu queria pegar alguns pontos muito específicos da história. De certa forma, o especial "O Único e Eterno Rei" é uma nota de rodapé na imensidão de possibilidades de interpretação da história arturiana.
E uma nota de rodapé muito pequena.
Assim é que começo meu processo de pesquisa: faço uma lista do material bibliográfico que tenho em casa, depois expando dita lista para a biblioteca. Enfio o nariz na Barsa, porque apesar do Santo Google, nunca consigo começar a escrever um artigo desse tipo sem consultar uma enciclopédia. Alguns espirros depois, começo a ler o material que acumulei, fazendo anotações e indo pesquisar na internet qualquer coisa que eu não ache nos livros. Anotações feitas, Google ajuda com mais curiosidades. Tendo juntado todo esse material numa letra pequena e quase inelegível, começo a escrever.
E, enquanto escrevo, eu necessito de uma trilha sonora. Não, sem brincadeira, é sério: eu não consigo escrever sem música e sempre tento catar músicas que reflitam o espírito do que estou escrevendo.
Assim, acabo montando verdadeiras trilhas sonoras para tudo aquilo em que trabalho. Nem sempre tenho paciência de juntar tudo numa pasta só no pc e a coisa fica meio confusa... Mas desde que tive a idéia de escrever esse especial, eu tinha bem claras as músicas que queria ficar ouvindo repetidas e repetidas vezes enquanto trabalhava, de forma que não tomou quase que tempo nenhum organizá-las para dividir com vocês.
Clique na capa para ir à playlist do especial
Vocês encontraram no meio dessa "trilha sonora" Loreena McKennitt - The Lady of Shalott obviamente não poderia faltar numa compilação como essa, bem como The Mystic's Dream, que entrou no filme d'As Brumas de Avalon. The Corrs (e algumas músicas estão em gaélico), Moya Brennan (com a canção-tema de King Arthur), e Celtic Woman completam o conjunto.
Enfim, segunda nos vemos por aqui com a primeira parte dessa História. Até lá, divirtam-se com as canções que escolhi - espero que elas ajudem vocês a entrarem no clima.
Deixa eu ir agora antes que tenha uma nova e mirabolante idéia para surtar vocês e me dar trabalho. 'Té semana que vem!
A Coruja
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