15 de março de 2021

Sociedade das Relíquias Literárias: um ano de resgate de contos raros


Um ano atrás, a editora Wish lançou uma campanha de assinatura no Catarse para enviar, mensalmente, contos longos em formato digital, selecionados entre textos raros de todo o mundo. O projeto já estava em construção quando a pandemia - e quarentena - começou, de maneira que a equipe da editora decidiu adiantar os trabalhos e lançar a Sociedade das Relíquias Literárias. Era, afinal, uma maneira de ajudar na sobrevivência da empresa e seus colaboradores (tradutores, ilustradores, revisores…) diante de toda a incerteza que estávamos vivendo.

O projeto, felizmente, foi um sucesso. Em poucos dias, foram batidas todas as metas, permitindo até mesmo a publicação semestral de um livro completo como um extra para os assinantes. Tudo seguindo o padrão habitual da Wish - cujas edições físicas costumam ser uma deslumbre - de excelentes traduções, belos projetos gráficos e uma curadoria muito inteligente.

Os contos da sociedade são divididos em três categorias: Contos Maravilhosos, resgatando textos raros da literatura fantástica, com um toque de contos de fadas e lendas antigas; Contos do Assombro, no gênero de mistério e suspense e Contos Mundiais, com leituras diversas e repletas de aventuras.

Fui uma assinante de primeira hora (literalmente falando) e começo por dizer que estou muito satisfeita com as escolhas de histórias para a sociedade. Alguns dos autores me eram conhecidos, uns poucos contos eu já tinha lido, mas, de forma geral, foram várias surpresas. Gosto muito da identidade visual da série - fiquei apaixonada por várias das artes das capas - e, tenho de falar de novo, as traduções e revisão do texto me parecem impecáveis. Reforço esse ponto porque várias das minhas leituras recentes tiveram problemas de revisão que me deixaram desapontada. Mas, enfim…

Nesse um ano da Sociedade das Relíquias Literárias foram treze contos (alguns até poderiam ser classificados como noveletas pelo tamanho) e dois romances. Assim, para celebrar o projeto, vou comentar um pouco dos contos que recebemos até aqui. Vamos a eles!


O Resgate do Cacique Vermelho, de O. Henry

Já conhecia O. Henry - pseudônimo de William Sydney Porter - em função de um dos meus contos natalinos favoritos, o delicado O Presente dos Magos. A história escolhida para iniciar o projeto da Sociedade das Relíquias Literárias, contudo, é mais anedótica que pungente, mas extremamente divertida de toda maneira.

Dois foras-da-lei decidem sequestrar um garotinho, dispostos a ganhar muito dinheiro com o resgate. O que eles não esperavam é que o pirralho escolhido fosse um verdadeiro capeta, perfeitamente capaz de fazer deles gato e sapato. Lembrei demais de filmes da Sessão da Tarde que assistia na minha própria infância - é algo bem na tradição de Denis, o Pimentinha e Esqueceram de Mim. Entre risadas e nostalgia, O Resgate do Cacique Vermelho é daquelas leituras que te transporta para o passado e te deixa com gostinho de quero mais.


O Gato Brasileiro, de Sir Arthur Conan Doyle

Conan Doyle, é claro, dispensa apresentações. Mais famoso pela criação do detetive Sherlock Holmes, também escreveu em diversos outros gêneros, mistérios, aventuras e até alguns volumes sobre espiritualismo. Gosto particularmente de lembrar o autor que praticamente inventou a ciência forense acreditava não apenas em fantasmas e séances como também em fadas.

Dito isso, O Gato Brasileiro é uma história de terror que nada tem de sobrenatural. Marshall King, o narrador do conto, descobre-se em maus lençóis - financeiramente falando. O que é um tanto irônico, a se considerar que ele é o herdeiro presuntivo de um título de nobreza e toda a fortuna adjacente ao mesmo. Assim é que Marshall decide tentar a sorte com outro parente rico, o primo Everard, que acaba de chegar de uma viagem ao exterior e trouxe consigo uma variedade de animais e plantas exóticos - incluindo o felino do título.

Mas como diz o velho ditado, esmola demais o santo desconfia… e dizer mais que isso estragaria a experiência. O que posso afirmar é que Doyle sabe crescer a tensão e nos manter um suspense aflito com o clímax da história. Para ler se segurando na pontinha da cadeira.


O Homem-Abelha de Orn, de Frank Richard Stockton

Nunca ouvira falar de Stockton, de forma que esse conto me foi completamente inédito - e uma grata surpresa. Ela é bem singela, prosaica, mas de uma delicadeza que me emocionou. É uma história sobre identidade, quiça, sobre destino: a forma como os outros nos enxergam, o que eles acham que devemos ser e o que está realmente em nosso âmago. O homem-abelha do título pode até se deixar levar pelas afirmações arrogantes do mago, mas, ao final, segue seu destino e vocação.

O curioso é que a narrativa se presta a outras interpretações, algumas até opostas a minha. É verdadeiramente uma “obra aberta”, em que a intenção do leitor determina o tom. Imagino que o debate dele daria uma boa aula de hermenêutica ou de pura filosofia...


O Capote, de Nicolai Gógol

Tenho vagas lembranças de ler Gógol no passado - lembranças mescladas a risos incontidos. Isso foi antes do blog e de eu começar a manter registros fiéis do que estou lendo a todo momento (obrigada, Skoob e Goodreads), então não sei exatamente o que foi que li do autor, mas tenho certeza que foi algo cômico. Assim é que O Capote me deixou com uma sensação de familiaridade, mas não sei dizer se é porque já o tinha lido, ou se tal se deve ao fato de que todas as minhas experiências com autores russos tratam de burocracia, funcionários estatais arrogantes, falta de dinheiro e, claro, o inverno.

Enfim… O Capote se inicia bastante prosaico: funcionário pobre de repartição pública está com casaco de inverno imprestável e precisa encomendar um novo antes que o inverno chegue. A duras penas economiza, reunindo-se sempre com seu alfaiate para criar um novo capote - algo que acabará por se tornar uma obsessão e serve de elemento cômico da história.

A determinada altura da narrativa, contudo, há um desvio para o sobrenatural e, embora o final ainda provoque algum riso nervoso, é inegável sua dimensão trágica. Sob o verniz simples, esse é pois um conto sobre miséria e pobreza, sobre pessoas pequenas (em mais de um sentido) e falta de empatia. Tragicômico, de fato.


A Porta no Muro, de H. G. Wells

Quando se fala em Wells, a primeira coisa que me vem à cabeça são os alienígenas de A Guerra dos Mundos (seguido, claro, da máquina do tempo e do homem invisível). Por isso, espantei-me com a delicadeza poética de A Porta no Muro, em que um jovem, ao longo da vida, depara-se diversas vezes com uma misteriosa porta verde num muro branco - uma passagem que ele atravessa uma única vez, quando bem criança, deparando-se com um jardim de delícias que bem poderia ser identificado com o Paraíso.

Há algo de indescritível, de inefável, na forma como Wells constrói os encontros de Wallace com a porta, sempre em momentos-chave de sua vida. O desejo pelo que existe por trás dela digladia-se com suas responsabilidades e ambições, e ele continuamente a deixa para trás - ao menos, até que o encanto indizível daquele jardim se sobreponha às expectativas sociais com que ele tenta se conformar.

Ao final, fica em aberto a questão do que realmente aconteceu a Wallace: se a porta era uma simples fantasia ou algo mais tangível e mágico; se estamos diante de uma pequena tragédia ou uma ascensão. Não esperava terminar esse conto tão encantada quanto fiquei, mas essa é a beleza de uma leitura sem expectativas: ser apresentada a algo novo e surpreendente. Uma excelente escolha da curadoria da SRL.


Os 47 Rônins, de Barão Algernon Bertram Freeman-Mitford

Mais um autor de que eu nunca ouvira falar até aparecer na seleção da SRL. Lendo de cara, sem conhecimento prévio, fiquei logo com a impressão de estar diante de um relato verídico - Mitford adota aqui um tom quase jornalístico e uma narrativa bastante contida para um evento tão grandioso.

O mais interessante é que, ao mesmo tempo que há um certo distanciamento na forma como o autor conta a história, ele consegue de fato nos transportar ao cenário que ergue nessas páginas - e faz isso sem fetichizar o exótico, pecadilho de muitos que tentam trazer algo do estrangeiro para sua obra. O ritmo seco e minimalista é suficiente para provocar o exato estranhamento de adentrar uma cultura tão diferente da nossa. Talvez, não fosse anunciado o autor, eu tivesse acreditado estar lendo um relato escrito por um japonês, e não filtrado pelas lentes de um inglês.

Ao final, fui pesquisar sobre os quarenta e sete rônins e descobri que a história seria baseada num episódio histórico real, ocorrido entre 1701 e 1702. A ação dos rônins, que passam meses planejando vingança pela morte de seu mestre, já fora popularizada em lendas locais quando Mitford teve contato com ela, enquanto parte do corpo diplomático no Japão. Honra, lealdade e sacrifício são os elementos que sobressaem na narrativa.


A Filha de Rappaccini, de Nathaniel Hawthorne

Em seu jardim de plantas venenosas, Giacomo Rappaccini cultiva mais que objetos de pesquisa médica: aqui floresce também sua bela filha que, criada desde a primeira infância entre tais venenos, não apenas se torna resistente a eles, como ela mesma se converte numa criatura tóxica. A despeito disso, sua beleza e modos gentis conquistam a afeição do estudante recém-chegado a Pádua, Giovanni, cuja janela dá para o perigoso jardim.

Há um certo eco do Gênesis aqui: um Éden, um casal de amantes, com Beatrice fazendo as vezes tanto de Eva como de fruto proibido. Da mesma forma, a rivalidade entre o pai de Beatrice e o mentor de Giovanni introduzem algo de Romeu e Julieta. A tragédia final é anunciada desde o começo e Beatrice, a própria erva venenosa, é vítima sacrificial dos homens que a cercam na narrativa.

Esse conto foi enviado como especial de Halloween na SRL e sua aura gótica foi uma escolha bem acertada para celebrar o mês das bruxas.


O Sonho da Sultana, de Rokeya Sakhawat Hossain

Utopia feminista em que um reino - semelhante a países islâmicos mais extremistas na forma como tratam as mulheres - passa por completa revolução após uma guerra desastrada levar os homens a se recolherem à esfera privada, deixando os negócios da vida pública em mãos femininas. Paz, prosperidade e notável avanço tecnológico são apenas alguns dos ganhos com a inversão de papéis.

O conto me fez lembrar bastante de A Rainha do Ignoto, que também li numa edição da Wish. E, embora Hossain leve a situação imaginada a um extremo do qual discordo - preferia uma utopia em que a igualdade de gêneros funcionasse -, posso compreender o objetivo do exagero da autora; especialmente se ela mesma teve a experiência de ser trancada, excluída de toda a vida na esfera pública.


O Bebê de Desirée, de Kate Chopin

O mês de novembro foi de conto duplo na sociedade - ambos de autoria feminina, tratando de questões sobre preconceito. Mas, se O Sonho da Sultana é uma fantasia utópica feminista, O Bebé de Desirée trabalha com discriminação racial.

Para um conto tão curtinho, devo dizer que o impacto dele é bem forte; talvez o mais inquietante de todos os contos enviados no projeto até o momento. A forma como a ignorância acerca do passado de Desirée nos leva a conjecturar sobre sua descendência e a revelação final do segredo do jovem e apaixonado Armand são conduzidas de forma genial.

Terminei a história de coração partido por Desirée e um profundo ódio por Armand. Em certa medida, o clima e o contexto - Sul Americano no período pré-Guerra Civil - fizeram-me lembrar de E O Vento Levou.


A Aventura do Carbúnculo Azul, de Sir Arthur Conan Doyle

Começo confessando que tinha expectativas diferentes para a escolha de dezembro da SRL. Acho que em razão da Wish ter uma linha de romances vitorianos, fiquei a imaginar que trariam algum conto de fantasmas, seguindo a tradição que eles tinham de histórias arrepiantes para combinar com o clima natalino (o que me lembra de ir atrás dos quatro volumes de The Valancourt Book of Victorian Christmas Ghost Stories).

Bem, Conan Doyle é, de fato, um autor vitoriano e A Aventura do Carbúnculo Azul se passa no Natal. Mas nada de fantasmas. Em vez disso, temos aqui Sherlock Holmes, numa aventura das mais leves e divertidas do cânone holmesiano, envolvendo um chapéu, um ganso e uma descoberta curiosa no papo da ave. É uma história sem grandes tensões e perigos para o detetive e o fiel doutor Watson, mas nem por isso menos inteligente na maneira como conduz o mistério. Gosto muito desse conto, um dos meus favoritos no cânone.

Para além disso, gostaria de dizer que adorei a capa, minha favorita de todas até aqui. Regra geral, todas as capas das edições da SRL são maravilhosas, mas achei a ilustração do Bruno Felix muito lúdica e bem apropriada ao espírito da época e do conto.


O Experimento do Doutor Heidegger, de Nathaniel Hawthorne

Se você tivesse a chance de voltar ao seu corpo da juventude, mantendo as memórias e experiências de toda uma vida, será que cometeria os mesmos erros do passado? O Experimento do Doutor Heidegger dá uma resposta bem amarga a essa pergunta.

Na superfície, trata-se de um conto curioso sobre uma fonte da juventude e de um grupo de conhecidos que se reúne com o doutor do título e acaba servindo de cobaia para uma experiência social instigante. Mas, como muitas das obras escolhidas pela curadoria da SRL, ele se revela uma ficção bastante filosófica sobre a natureza humana. Daqueles que podem render dias de debate e reflexão.


O Terceiro Ingrediente, de O. Henry

Mais um conto bem humorado de O. Henry (com que, aliás, inauguramos o ciclo da Sociedade) - que fez-me lembrar de histórias sobre sopas de pedra que ouvi quando era criança. Temos aqui uma narradora faminta e um casal de amantes perdidos que, por uma série de coincidências - e cada um levando consigo um ingrediente - acabam por se entrecruzar, até saciarem mais do que o apetite por um bom ensopado.

Hetty Pepper acaba de perder seu emprego. Com seus últimos centavos, compra uma bela costela, planejando fazer um ensopado que a ajude a se fortalecer antes de sair em busca de um novo trabalho. Mas nem só de carne vive o homem e ela suspira e suspira por batatas e cebolas para completar a refeição. E aí uma de suas vizinhas tem apenas batatas para o jantar, e uma história de desencontros para contar... e a coisa continua daí.

Hetty é uma personagem prática, pé no chão, com ambições e anseios bastante pragmáticos - em contraste com a vizinha artista e o jovem da cebola e seus devaneios românticos. Embora não nos seja mostrado, é certo que o casal há de se acertar, e enquanto isso ocorre, ficamos com a cômica fixação de Hetty no ensopado. No entanto, creio que fica implícito aqui uma fome mais simbólica: uma carência não apenas de alimento, mas de segurança (lembrando que a narradora acaba de ficar desempregada) e de afeto; de relações significativas. Não é à toa que os jovens amantes se conhecem quando a artista tenta cometer suicídio.

Ao destrincharmos os ingredientes do ensopado, o conto torna-se surpreendentemente melancólico. Há mais aqui que a soma de temperos, que a fome e a saciedade de um estômago cheio. Como de hábito na SRL, uma história para se contemplar.


O Garoto do Dia e a Garota da Noite, de George MacDonald

Para coroar um ano da SRL, temos um belo conto de fadas de George MacDonald - um dos autores que são considerados pais da fantasia moderna -, no qual uma bruxa decide, por razões não explicadas, criar duas crianças, uma inteiramente crescida no sol e outra recolhida a uma eterna escuridão.

Fotógeno, filho da Aurora, é um herói solar, caçador valente e infatigável, que, ao descobrir a existência da noite, mergulha no desespero e no terror. A ele foi dada a liberdade dos campos e, até se ver fora do castelo da bruxa no crepúsculo, Fotógeno nada tinha a reclamar de sua criação. Já Nycteris, filha de Vésper, foi criada presa no subterrâneo, mantida na completa ignorância do mundo exterior, solitária e esquecida. Ao descobrir uma passagem para fora de seus aposentos, Nycteris é confrontada com uma luz que não sabe explicar, mas que tenta descrever com o vocabulário limitado de sua reclusão - numa imagem que lembra muito a alegoria da caverna de Platão.

A história é rápida, menos cômica e mais delicada que outros contos que já tinha lido do autor. É uma bela alegoria sobre dualidades - compaixão, egoísmo, coragem e fraqueza, noite e dia. Daqueles contos que você termina se sentindo mais leve, com um sorriso no rosto.

Conclusões


Um ano depois, o balanço da Sociedade das Relíquias Literárias é bem positivo. Para o leitor, é uma delícia ficar na expectativa de novo conto quando vamos chegando pela metade do mês, tentando adivinhar o que virá a seguir. As traduções são excelentes, o cuidado com a revisão é impecável, e o projeto gráfico, como sempre nas obras da Wish, enche os olhos.

Quanto às escolhas da curadoria, elas são muito boas, mas faço algumas ressalvas. Dos treze contos enviados na SRL, pelo menos três não se encaixam muito bem na proposta de raridades trazida pelo projeto. Conan Doyle é um autor que nunca desaparece das estantes e, se O Gato Brasileiro talvez seja menos conhecido e por isso justificaria sua aparição aqui (embora eu já o tenha visto em antologias do autor traduzidas em português), A Aventura do Carbúnculo Azul tem uma miríade de traduções dentro da coletânea das Aventuras de Sherlock Holmes. Da mesma forma, O Capote de Gógol tem várias edições disponíveis, incluindo duas traduções relativamente recentes.

Mais complicado é o reduzido número de autoras na lista. Em um ano, apenas um mês trouxe contos escritos por mulheres: novembro, quando foram enviados dois de uma vez, O Sonho da Sultana e O Bebê de Desirée. Ainda considerando que houve autores repetidos nesse mesmo período (O. Henry, Hawthorne e Doyle, cada um com dois contos, o que significa que sozinhos, eles foram quase metade da lista), não entendo porque não se buscou mais diversidade.

Há uma miríade de contistas mulheres cujas obras são pouco conhecidas ou mesmo nunca foram traduzidas em português - e que estão em domínio público também, cabendo à perfeição dentro do escopo da Sociedade. Só para citar algumas, temos Elizabeth Gaskell, Charlotte Riddell, Amelia Edwards, Vernon Lee, Margaret Oliphant, Charlotte Perkins Gilman, Edith Wharton, Marjorie Bowen, L. T. Meade, Alice Askew, Gertrude Barrows Bennett - e aqui estou compilando apenas nos gêneros de horror, suspense e fantasia. Há maneiras de pesquisar no Project Gutenberg (minha principal fonte para baixar clássicos) que refinam os filtros e permitem encontrar muitas pequenas jóias nesse sentido - mas boa parte das histórias disponíveis por lá são em inglês, o que restringe um pouco o acesso.

Devo dizer que os dois romances enviados por conta das metas estendidas do Catarse foram escritos por mulheres. Mas eles estão fora da lista dos contos, então acredito que a ressalva merece ser feita.

Enfim, o primeiro ano - ou talvez eu deva dizer, a primeira temporada - da Sociedade das Relíquias Literárias terminou como um sucesso. Todas as metas da campanha foram batidas, o que permitiu à editora empregar uma equipe que vai de tradutores a ilustradores durante todo o período da pandemia, entregando um trabalho primoroso - que, inclusive, já inspirou outras campanhas parecidas no Catarse.

Que venham muitos mais!


A Coruja


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