29 de junho de 2019

A Vertigem das Listas: Mais Dez Vilões que Roubaram a Cena


Ísis:Olá, leitores! Estamos de volta com os mais dez de 2019. Dessa vez, voltaremos a apontar vilões! Porque alguém alguma vez disse que as histórias só são tão boas quanto os vilões… Eu não concordo 100% com isso, mas ignoremos minha opinião sobre essa ideia por hora e comecemos a lista dos (Mais) Dez Vilões que Roubaram a Cena, baseada na de Fevereiro de 2016, aqui!

1. Quem melhor pra começar a lista do que um vilão cujo nome é o título da série/filme/jogo etc? Vem aí Carmen Sandiego… ou viria, se soubéssemos onde no mundo ela está… Carmen é inteligente, refinada, hábil e uma ladra que sai roubando mil e um artefatos MUNDO afora. Isso mesmo, ela não está restringida a um país; a polícia internacional coopera para tentar capturá-la, mas tudo em vão, pois a moça é escorregadia e sempre parece estar 3 passos à frente. Na série, os dois detetives a perseguem por todo o planeta, tentando prendê-la, ou impedir o seus roubos. No jogos, temos que apreender todo seu bando algumas vezes, antes de conseguirmos chegar até a mesma… Dá trabalho! Mas ela é criativa e esquiva. Embora não seja a típica vilã de coração maldoso e tudo, não deixa de ser a criminosa que precisa ser detida… e que deu origem a vários jogos (educativos) e, mais recentemente, a uma nova série no Netflix que deve explicar como e porque ela se tornou o que é: a melhor ladra de todos os tempos!


2. Quer um vilão da Disney que todo mundo ama? Hades, o vilão de Hércules. Eu tenho quase certeza que o personagem menos amado do filme é o próprio Hércules… Todo mundo ama o jeito meio louco do Hades, e o sarcasmo da Meg. O pobre e inocente do Hércules simplesmente não tem como competir… ^^’


3. Cersei, de Game of Thrones. Preciso dizer mais? Principais personagens que lembramos ao falar dessa série: Daenerys, Jon, Tyrion, Joffrey e Cersei. Depois do próprio filho, de longe é a vilã que todos amam odiar. Considerando que ela é odiada mesmo nos livros, deve-se entender que é pelo personagem que sentimos tanto ódio - mas convenhamos que a atriz Lena Headey desempenha de forma excelente seu papel, fazendo-nos odiar Cersei ainda mais.


4. Elijah. Aaaaaah, Elijah! Tanto que suspirei por ele… Tanto torci para que ele e seu complexo de mártir/herói pudessem alcançar seus objetivos. Eu me apaixonei pelo sotaque do personagem, cujo ator, Daniel Gilies, já explicou ser uma mistura que ele criou para dar mais plausibilidade a um personagem que já viveu em tantos lugares, em diversas épocas. Esse personagem primeiro apareceu em Vampire Diaries, série de TV americana baseada nos livros de mesmo título. Terminada a série, porém, o sucesso da franquia “originou” (pun intended) um spin-off intitulado The Originals, vez que é sobre os vampiros originais, ou, em outras palavras, os primeiros vampiros: os Mikaelson. Essa família é uma mistura interessante de mocinhos e bandidos, podendo exercer qualquer papel em variados momentos. Isso não é diferente de Elijah, complexo e charmoso vampiro dividido entre a lealdade à sua família, sua própria felicidade e o desejo de fazer qualquer coisa pela “redenção” de seu irmão, Klaus, o qual é tido muitas vezes como o verdadeiro vilão dessas histórias. É difícil classificar os Mikaelson, principalmente os dois irmãos Klaus e Elijah… Ambos se tornaram tão populares em VD que ganharam a própria série. Qual a maior prova de que o vilão roubou a cena que isso?


5. Entremos em animes agora… E preparem-se para encrenca! Porque vem aí a Equipe Rocket! O anime Pokémon já está em sua sei lá qual temporada (15ª?), mas os vilões tornaram-se tão queridos pelo público, que, mesmo que mudem nos jogos a cada nova edição, no anime continuam os mesmos dois.



Lulu: Ok, eu tenho… várias possibilidades de escolha para essa lista - a parte difícil vai ser me ater a apenas cinco!

1. Já que a Ísis começou com vilões da Disney… é por eles que vou começar também! O Rei Leão ainda hoje é meu filme favorito do estúdio e perdi a conta de quantas vezes eu vi e revi e vi de novo - à época, tínhamos ele em VHS e a fita do vídeo acabou se desgastando de tanto assistirmos… Por isso mesmo, Scar é um dos primeiros vilões que me vêm à cabeça quando penso no tema. A essência da narrativa aqui vem de Hamlet, mas Scar supera muito o rei Cláudio. Ele se deleita em sua maldade, e é um personagem tão carismático que há momentos em que quase esquecemos as atrocidades que ele foi capaz de fazer. Como não se impressionar com sua extraordinária performance de Be Prepared, mesmo quando ele está cantando sobre matar o próprio irmão e o sobrinho?


2. No gancho shakesperiano, meu segundo vilão vem da obra do bardo. Pensei em colocar aqui Iago, mas embora ele seja um vilão ardiloso, Iago não é exatamente do tipo que rouba a cena. Não como Ricardo Plantageneta, o Ricardo III, o “embaixador do inferno”, da peça homônima. Como Scar, Ricardo tem prazer em ser sua pior versão possível. Ele faz coisas que embrulham nosso estômago, manipula, mente, mata, mas é difícil não se deixar fascinar por suas palavras melífluas, seus solilóquios perversos, sua determinação em “tornar-me um malfeitor / e odiar os prazeres destes tempos”. Ele é um vilão que protagoniza sua própria peça - e por aí se tira como ele consegue roubar a cena tão bem.


3. Aproveitando que já falamos de figuras infernais, minha próxima escolha é meio que… dois em um, porque são, tecnicamente, dois personagens de obras diferentes, mas ambos são facetas de uma mesma entidade. Estou falando de Mefistófeles em Fausto, de Goethe, e Lúcifer/Satã em O Paraíso Perdido, de Milton. O Satã de Milton é um personagem em conflito e tão interessante e rico que há momentos em que você quase torce por ele. Mefistófeles, por sua vez, é muito mais interessante que o próprio doutor Fausto e roubou tanto a cena que parte do monólogo final dele no livro vive na minha memória desde aquela primeira leitura: “Acabou, palavra tola. Acabou, por quê? Acabou e depois nada, a indiferença plena. De que serve o eterno criar se a criação em nada acabar? ‘Acabou’. O que ler desse verbo? É como se não tivesse existido e ainda assim gira em círculos, tivesse ele sido. Pois o eterno vácuo eu teria preferido!”. Volta e meia essas palavras me voltam à cabeça e faz mais de uma década desde que li Fausto pela última vez. Prova da marca que ele deixou...

4. Já fui de Disney, de teatro e poesia épica, agora vamos de quadrinhos e filmes de super-heróis: um vilão que é tão conflitante, tão ambíguo, tão cheio de ideais e princípios - que são a motivação para suas vilanias - que ele muitas vezes rouba a cena (embora ele seja sempre mais brilhante quando está contracenando com sua contraparte heroica): estou falando, claro, de Erik Lehnsherr, o Magneto de X-Men. Erik é um personagem de passado trágico, um judeu sobrevivente dos campos de concentração, alguém que viu o pior do que o ser humano é capaz. Ele se torna um vilão porque não acredita que os humanos possam aceitar pacificamente os mutantes, porque sabe o que é ser caçado por ser diferente. Para ele, acabar com a raça humana não é uma questão simplesmente de poder, mas de sobrevivência. Suas melhores cenas, na minha opinião, são seus debates com o professor Xavier, sobre direitos civis e as posições que cada um tem acerca do lugar dos mutantes na sociedade.


5. Termino minha lista com um vilão óbvio que se tornou praticamente sinônimo de uma das mais famosas sagas cinematográficas existentes: Darth Vader. Precisa explicar o motivo de ele estar aqui? Não, não precisa. E por essa exata razão é que encerro minhas escolhas com ele.



Ísis: Concorda? Discorda? Sem corda? Que vilão você indica? Deixe sua opinião abaixo, por favor, e até a próxima!

#RisadaMaléfica




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