11 de março de 2014
Quem Conta um Conto (Março): O Conto da Lulu || Acalanto
A princípio, não existe nada – nem adiante, nem ao redor; apenas escuridão, uma escuridão absoluta, palpável, como um grosso cobertor a abafar o resto do mundo. Algo como um bater de asas parece ecoar e entre um e outro piscar de olhos (tão rápido que é quase imperceptível), tudo passa à existência.
Há um caminho iluminado por um luar que parece brincar de se esconder. As sombras das nuvens sobre o gramado se mexem de formas estranhas, sem seguir a direção do vento frio que sopra prenunciando chuva. A perder de vista, apenas um grande vazio a se esconder e revelar conforme surgem paletas de claro e escuro.
Isso é um sonho – você percebe com surpreendente claridade. Você está sonhando. Será que vai se lembrar desse lugar quando acordar?
O vento sibilava nas janelas fechadas quando ele e a mãe chegaram ao casarão. O frio tinha um cheiro metálico no fundo da garganta e se infiltrava pelas pesadas roupas de inverno que eles usavam.
Bertók escutou a mãe praguejar baixinho tentando manter o equilíbrio a despeito do tamanho da barriga, enquanto lutava contra a tranca da porta. Por fim, algo estalou e cedeu e a porta se abriu. O garoto fez uma careta ao sentir o cheiro que vinha do interior – um ar estagnado e decrépito, repleto de pó e mofo.
- Não será tão ruim depois que terminarmos de tirar a sujeira, daragoj¹. Com um bom fogo na lareira, ficará até aconchegante.
- Sim, mamochka². – Bertók respondeu obedientemente, embora o casarão, com sua imponência e sensação de abandono, não lhe passasse qualquer sensação de conforto.
Ele deixou que ela passasse à frente e virou-se para observar a paisagem ao seu redor. O casarão ficava num pequeno descampado. No entorno, árvores nuas compunham uma floresta cheia de sombras assustadoras. Por quilômetros e quilômetros, não havia ninguém além deles.
Era algo tão diferente da ebulição de Vladivostok... O porto estava sempre cheio, soldados indo e vindo e havia sempre o alarido de vozes, música e um sentimento de expectativa no ar. A guerra avançava e batalhas tinham começado a se travar nas fronteiras; houvera bombardeios aéreos, mas a moral continuava alta. O inverno estava chegando e todos sabiam que nenhum ocidental era páreo para o General Inverno.
Mesmo assim, do front onde estava estacionado com seu batalhão, e apesar do estado delicado em que se encontrava a mãe, o capitão ordenara que eles saíssem de Vladivostok. A cidade era o principal porto da frota no Pacífico e havia o receio dos bombardeios chegarem a eles.
E agora ali estavam eles. No meio de lugar nenhum. Sozinhos. Ele e a mãe tinham partido na frente, aproveitando a proteção oferecida pelos oficiais pelos quais o pai mandara suas ordens – os homens deslocavam-se para um novo front ao norte e a antiga propriedade não era um desvio tão grande de seu caminho. Irina chegaria no dia seguinte com o resto das bagagens e sua eficiência assustadora e ao final da quinzena, os outros criados também viriam.
Batendo os pés junto à soleira, ele afinal adentrou o casarão, fechando a porta atrás de si. Como um pássaro irrequieto, a mãe ia de um lado para o outro, às vezes balançando-se perigosamente para um lado para então se endireitar, recolhendo os lençóis que cobriam os poucos móveis, sacudindo a poeira de anos no ar.
- Faz tanto tempo... – ela murmurava para si mesma – Eu me pergunto se...
Sem ouvir, o garoto passou para o fundo da sala onde encontrou o depósito de lenha e, enquanto a mãe abria as cobertas das janelas e perdia-se em olhar para a paisagem lá fora, ele conseguiu, após meia dúzia de tentativas, acender o fogo na lareira.
Já era noite quando os dois se sentaram lado a lado no sofá em frente à lareira, dividindo um cobertor enquanto sorviam suas respectivas xícaras de chá, o vapor que escapava do samovar criando estranhas criaturas no ar.
- Eu quase tenho a impressão de ouvir sua babushka³ ralhando da cozinha desde que chegamos. – sua mãe quebrou o silêncio, largando a colher sobre o prato, os olhos claros perdidos por entre as chamas à sua frente – Eu costumava me sentar nesse sofá, exatamente assim, compartilhando um cobertor com Venyamin enquanto Pyotr mexia no rádio tentando encontrar alguma estação e os outros mais velhos cuidavam de seus afazeres. Faz quase vinte anos desde que deixei essa casa, mas nada aqui parece ter mudado.
Bertók manteve-se em silêncio. Ele conhecia a história, claro, contada pelo pai. O capitão lhe explicara, quando ele surpreendera a mãe chorando uma vez. Nunca se descobrira o que acontecera – uma dia, tendo saído para cumprir seus afazeres, eles não haviam voltado.
Seis irmãos, todos perdidos de uma única vez. Para o frio, para a fome, para a guerra.
E era por isso que eles lutavam, lhe dissera o capitão. Para que não houvesse outras mães chorando, de luto por maridos, irmãos, pais, filhos.
Ela não estava chorando agora, mas seu olhar parecia muito longe dali.
- Eu os amava a todos, mas Venyamin era o meu daragoj, o meu favorito. Ele era apenas um ano mais velho que eu e era meu companheiro sempre. Ele era o mais gentil, o mais doce de todos. – ela lhe deu um sorriso triste – Você se parece com ele.
O garoto apenas assentiu. O capitão também lhe contara essa parte.
- Eles gostavam de explorar tudo. Iam daqui ao chalé do guarda-caça num único fôlego e apostavam entre si quem seria capaz de nadar na lagoa gelada. Venyamin gostava de jogar pedrinhas no poço por trás do chalé e ouvi-las cair na água. Às vezes eles levavam os cavalos e decidiam apostar corrida. Quando a revolução começou, papa teve de vender os cavalos, mas eles continuavam indo até lá. Andrei estava sempre dizendo que encontrara uma trilha de urso e que deviam sair para caçá-lo e assim teríamos carne por toda a semana.
Começara a nevar. Pela manhã, ele teria que ir lá fora e limpar o caminho da melhor maneira possível para que não ficassem completamente presos no chalé. E procurar mais madeira junto à orla da floresta para estocar no depósito. Ele tinha uma responsabilidade. Era o homem da casa agora. Precisava cumprir as obrigações que o pai lhe passara.
Olhou de lado para a mãe, observando-a abraçar a barriga, como se já acalentasse a criança que em breve nasceria. Bertók esperava que fosse uma irmã. Uma menina que ele pudesse segurar nos braços e proteger de todo o mal e toda a tristeza já que não podia fazê-lo pela mãe.
Baixinho, quase num murmúrio, ela continuou a contar histórias de sua infância, dos irmãos tão queridos que um dia tinham saído para um passeio e nunca mais voltaram. Sentindo as pálpebras pesadas, o garoto deixou-se encostar ao ombro dela, aos poucos mergulhando num sono cansado e profundo.
Eles chegaram.
O menino está aqui.
Sem se preocupar muito, você começa a seguir pelo caminho – uma trilha cortada em meio à grama, subindo uma pequena colina. Não há grilos ou coaxar de sapos ou quaisquer dos barulhos que se escutam à noite num lugar como este. O campo deserto do seu sonho é como um filme mudo, apenas um tom acima do preto e branco das películas clássicas que seu pai tanto ama.
Mesmo o bater de seu coração e sua respiração estão ausentes. Exceto pelo breve momento em que o caminho surgiu – o eco de um bater de asas – é como se você estivesse surdo.
Mais à frente, surge uma casa. Os contornos obscurecidos a tornam ameaçadora, mas então, após uma última curva, a lua por fim brilha cheia por entre um talho entre nuvens e as sombras revelam o esqueleto melancólico de ruínas há muito abandonadas.
Há algo de familiar nesse lugar. Você não se lembra de algum dia já ter estado aqui, mas há algo que o faz acreditar que já fez este caminho antes.
Bertók riu enquanto esfregava o pêlo de Kir, que arquejava contra seu pescoço, enquanto Irina ia de um lado para o outro arrumando as coisas e tentando convencer sua senhora a descansar, sem grande sucesso. De todas as coisas que ele sentira por deixar para trás ao deixarem Vladivostok às pressas, Kir fora a que mais lhe doera.
O cão sempre fora uma constante em sua vida e Bertók estava feliz em tê-lo de volta.
Foi Kir quem o impeliu a explorar quando a primeira neve do inverno começou a derreter. Tinham de aproveitar ao máximo antes que o período das tempestades realmente começasse, quando estão ficariam presos no casarão, sob o peso de inúmeras xícaras de chá.
Seguiram por entre as árvores desfolhadas que, à luz do dia, não pareciam tão sinistras como em sua primeira impressão. O silêncio, as poças de neve por entre nesgas de gramado queimado pelo frio, as sombras criadas pelos galhos nus faziam-no mais melancólico que assustado.
Foi Kir quem encontrou a trilha. Subiram uma pequena colina, ziguezagueando por entre grandes lariços descarnados até dar numa aléia de abetos que pareciam a única cor no mundo, entre o céu pálido e a neve no chão.
Um crocitar soou alto por entre as folhagens que cercavam agora a trilha e o garoto hesitou por um instante antes de levantar os olhos para encontrar dois corvos que pareciam observá-lo com seus pequeninos olhos brilhantes.
A despeito das camadas de proteção conferidas por seus casacos, ele sentiu um calafrio no pé da espinha. Em algum outro ponto da floresta, houve um crocitar em resposta ao que primeiro chamara sua atenção.
Bertók encolheu-se em si mesmo e continuou a caminhar, dessa vez com uma mão sobre o pescoço de Kir.
Ele primeiro viu as ruínas por entre uma brecha nos abetos. Havia um grande descampado que, após emergir das árvores, percebeu que era na verdade o pequeno lago congelado.
Quase nada restara do chalé do guarda-caça após tantos anos de abandono. A paisagem inteira parecia quase fantasmagórica, etérea em suas bordas esfumaçadas pelo gelo.
O garoto estancou, fechando os dedos com força no pêlo de Kir. Aquele lugar lhe era familiar. E não por causa das histórias da mãe, pelos contos que ela narrara longamente na noite anterior até que ele caísse no sono.
O lago, a casa em ruínas – e haverá um poço por trás dela, fechado com uma pesada tampa de pedra – o círculo de abetos que esconde o lugar como um muro.
Os corvos.
O sétimo irmão.
Ele logo estará conosco.
Ele logo estará conosco.
Mas quem quebrará a maldição?
Você sabe que há um poço do outro lado da casa, e um olho d’água gélido ainda escondido de sua visão, descendo a colina pelo lado oposto ao que você subiu. Você sabe como cheira a casa quando estrepitam na lareira as toras de abetos trazidas pela manhã. Você sabe que a única coisa que quebra o silêncio deste lugar durante o dia são duas mãos pequenas e pressurosas que tecem sem fim camisas feitas de ramos e espinhos. À noite, é o som de asas que enche o ar, pouco antes das passadas enérgicas de seus irmãos.
Você sabe, mas não entende como pode sabê-lo. Você sabe e em seu peito há um infinito senso de melancolia e desesperança. Está acontecendo de novo. Já aconteceu.
Você sabe, mas não há nada que possa fazer.
Mesmo com a neve, que destoava da imagem em suas reminiscências, era o mesmo lugar. Exatamente o mesmo lugar...
Até onde era capaz de dizer, sempre tivera o sonho. A princípio, não se dera conta, mesmo porque, ao acordar, era capaz de lembrar apenas fragmentos, sensações, cores...
Fora só nos últimos meses que o sonho se tornara mais persistente, mais vívido – o suficiente para que ele conseguisse recordar dos detalhes, mesmo desperto. Bertók nunca se dera conta da estranheza de ter um sonho que se repetia quase todas as noites, quase desde quando sua memória alcançara. Não até atravessar o muro de abetos e descobrir exatamente a mesma paisagem que se acostumara a enxergar quando estava de olhos fechados.
Sabia onde encontrar o alçapão do chalé, o que levava ao porão em que se guardava a caça para conservar a carne. Sabia que a pederneira ficava do outro lado da lareira, dentro de uma gamela de bronze quase negra pela ferrugem. Conhecia o gosto da água do poço, estranhamente salgado, e também da lagoa que se escondia por baixo das urzes, com gosto de alga.
Algo se fechou em sua garganta, um pânico irracional, inexplicável.
Tentando fugir do súbito assalto de memórias que se sobrepunham ao quadro real, ele girou nos calcanhares e começou a voltar, sentindo as mãos molhadas de suor sob as luvas grossas. Mas então, algo negro cruzou sua visão, fazendo-o dar um passo em falso para trás e cair sentado na neve.
Kir latiu, avançando a sua frente e pulando, tentando alcançar o corvo que acabara de se empoleirar diante deles. Bertók cerrou os punhos, sentindo o olhar do pássaro sobre ele.
Ofegando com o nervosismo que sentia, levantou-se devagar, sem desviar a atenção dos pequenos olhos negros que o acompanhavam com um leve inclinar de cabeça que seria engraçado se o garoto não se sentisse aterrorizado.
Um passo de cada vez, tentando se controlar para não virar a cabeça a todo o momento para trás, voltou à trilha,. E mesmo quando já tinha há muito deixado o bosque de abetos para trás, não podia se livrar da sensação que os olhos do corvo ainda o acompanhavam.
Tão logo passou pela porta do casarão, Irina estava sob ele, preocupada.
- Meu menino, você está pálido como quem viu alma. Venha, venha aqui, venha para perto do fogo.
Bertók se deixou arrastar, sentando-se defronte a lareira para logo em seguida receber um cobertor por cima dos ombros.
- Mamochka? – ele perguntou, puxando o cobertor para envolvê-lo inteiramente.
- Dormindo. E talvez você devesse fazê-lo também.
Ele balançou a cabeça, enquanto ela lhe entregava uma xícara fumegante de chá. Não estava com sono. E talvez, mais importante que isso, não queria dormir. Se não dormisse, não sonharia e se não sonhasse, ele poderia tentar convencer a si mesmo que tudo não passava de uma coincidência provocada pelas histórias que a mãe lhe contara.
Kir aninhou-se aos seus pés com um ganido baixinho. Bertók deu um meio sorriso, enterrando os dedos na pelugem do alto da cabeça dele, desviando o olhar para o fogo.
Pouco a pouco, à medida que a adrenalina deixava seu sistema, sentiu as pálpebras pesarem e, mesmo sem querer, deslizou, devagar, para o mundo dos sonhos.
Não devemos assustá-lo.
Não podemos.
Não há como. Ele não pode nos entender.
Ele logo entenderá.
O sonho é diferente dessa vez. Você sabe que é um sonho e você sabe que é diferente, mas é também o mesmo sonho – o mesmo luar, a mesma trilha, as ruínas escondidas pelo muro de abetos.
Há uma voz ecoando ao longe, cálida e gentil. Uma cantiga de ninar. Você conhece essa canção. Conhece essa voz. Uma voz que canta sentada a uma cadeira de balanço, um pequeno embrulho em seus braços, olhos que piscam-piscam-piscam vendo o mundo pela primeira vez.
Um sorriso triste lhe escapa. Está chegando a hora. Logo ela irá nascer e como o sétimo irmão, você deverá cumprir seu destino e se juntar aos outros.
O bater de asas anuncia a chagada deles. Vagaroso, mas sem hesitar, você caminha, sentindo a terra afundar sob seus pés, então o repentino toque de água gelada: você está no centro do olho d’água e o luar escurece com as formas de seus irmãos.
Seis corvos. Mas não, não são apenas seis. São onze, doze, treze, são dezenas e centenas de bater de asas de tantas outras vidas e eles esperam por você para que a história possa seguir seu curso.
Tudo o que você precisa agora é...
Quase em transe, você começa a levantar seu braço. Mas antes que seus dedos se estendam, um som alto e estranho ao sonho o faz se virar.
Há um cão à beira da água. Por que há um cão à beira d’água?
Um nome vem de muito longe respondê-lo.
- Kir...
Bertók desperta de uma vez só, quase pulando e se enrolando nos cobertores que Irina fora depositando sobre ele com o passar da tarde e o cair da noite. Ri ao ver Kir fazendo-lhe festa, pulando por cima do casulo que ele acabara por fazer de si mesmo.
Ele não compreende que Kir não está brincando. Há algo de ansioso no cão, uma inquietação que o faz vibrar enquanto puxa seu menino para longe das teias do sono.
Quando finalmente consegue se soltar e levantar, ele também não percebe as penas negras que flutuam suavemente para o chão.
Falta pouco... falta tão pouco...
Haverá alguém para quebrar a maldição?
Alguém se lembrará?
Era uma vez seis irmãos. Não, não, nunca foram seis. São sete. Um de cada vez, sempre e sempre, até que a história esteja pronta.
Há gotas de sangue na neve. Feridas causadas pelos espinhos com que ela tece-tece-tece os mantos com que os livrará da maldição.
Não há mais canções de ninar. O silêncio é mais um dos necessários sacrifícios, junto a mantos tecidos de espinhos cortando dedos delicados, carne tenra – da mesma forma que num futuro ainda distante sangrarão entre asas e penas, cerrando pássaros negros de olhos brilhantes até que eles brilhem pálidos num esgar de dor.
Os dias passam. Bertók não se lembra mais de seus sonhos, a cada manhã deixando penas negras no travesseiro sem percebê-lo.
O cão late para as janelas todas as manhãs, até seus olhos se tornarem leitosos e os rosnados fortes se tornarem ganidos dolorosos. Irina percebe vagamente um corvo no parapeito. No segundo dia, há duas aves. No terceiro, são três pássaros negros de olhos pequenos e brilhantes.
Estranhamente, ela não se dá conta da estranheza daquilo.
Sua senhora está agora em definitivo confinamento. As dores e contrações vêm e vão.
Pelo quarto dia, ela se esquece de colocar o prato do menino à mesa para o jantar.
Pelo quinto dia, ela passa por ele sem vê-lo.
Presa num mundo de devaneio e dor, a grande senhora já não sabe mais que tem um filho. Mas ela se lembra de um irmão querido, o mais novo, o mais caro. O sétimo.
No sexto dia, o cão se deita aos pés da lareira e não se levanta mais. A senhora entra em trabalho de parto.
No sétimo dia há uma cama vazia num quarto esquecido. Penas negras num travesseiro ainda morno. Junto ao parapeito se contam um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete corvos preparando-se para escapar em revoada.
Sete irmãos.
Quem quebrará a maldição?
No outro lado da casa, um choro de criança.
É uma menina.
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¹ daragoj - querido
² mamochka - mamãe
³ babushka - vovó
A Coruja
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