13 de fevereiro de 2020
Empilhando no Escaninho #40 (Os Links da Coruja)
E hoje completamos nada menos que 40 colunas do Empilhando no Escaninho! Por aqui já devo ter compartilhado centenas de links curiosos que me chamaram a atenção por um motivo ou outro - e espero que eles tenham sido tão interessantes para vocês quanto foram para mim.
Seguimos, pois, com mais uma leva para se distrair nessa quinta-feira, e esquecer por alguns minutos o noticiário...
- Começo hoje com um artigo de opinião publicado no The New York Times que a Ísis me enviou e sobre o qual conversamos um cadinho: eu não quero ser a protagonista feminina forte. O título já chama a atenção, e confesso que fiquei meio ressabiada ao vê-lo, até chegar aos argumentos apresentados pela autora. O que ela diz faz muito sentido e é algo que eu já tinha parado para pensar, mas nunca desmontado sistematicamente como ela faz. Super recomendo a leitura! *Editado* Traduziram o artigo para o português! Vocês podem lê-lo clicando aqui. Façam esse favor a si mesmos e vão ler!
- Do Book Riot outro artigo com o qual me identifiquei muito, acerca do doloroso processo de se desfazer de livros. Abrir espaço nas estantes é necessário, especialmente para quem não tem espaço infinito para adicionar prateleiras... Eu já tive mais problemas em me desfazer de livros, algo que mudou quando comecei a usar a plataforma de troca de livros do skoob. Gosto da ideia de livros circulando, fazendo outras pessoas felizes como eles me fizeram.
- Em tempos de excesso de informação, achei super válido o ensaio será Jane Austen o antídoto para a sobrecarga das redes sociais?, publicado no JSTOR Daily A comparação entre nossa tecnologia e as redes de fofocas do século XIX são hilárias de um primeiro ponto de vista... mas fazem muito sentido quando você pensa com mais atenção e lembra de personagens como Mrs. Bennet ou Mrs. Elton ou das regras de etiqueta acerca de visitas e etc, etc... Do mesmo site, um artigo curtinho sobre de onde nasceu o termo Bluestockings, utilizado de forma pejorativa para se referir a mulheres eruditas - 'sabichonas' talvez seja a tradução mais próxima com a mesma carga algo irônica. Quem lê livros de época talvez já tenha encontrado o termo.
- No The Guardian tem esse fantástico artigo sobre como contos de fadas são contados em várias linguagens ao redor do mundo: por aqui começamos com o "era uma vez", mas há um sem número de variações muito curiosas - adorei o coreano 'nos dias antigos, quando tigres fumavam' ou no catalão 'àqueles tempos em que as bestas falavam e as pessoas eram silentes'. O viveram felizes para sempre dos russos é talvez o melhor 'estive no casamento, bebi hidromel, derramou-se pelo meu bigode, mas não entrou em minha boca!'. Adorei!
- O casal Peter e Beverly Pickford fez algo que talvez muitos de nós sonhem fazer: venderam sua propriedade - uma fazenda na África do Sul - e passaram cinco anos visitando e fotografando alguns dos locais mais remotos do planeta. As imagens são de cair o queixo e passam a sensação de que ainda existem mistérios e locais inexplorados numa época em que tudo parece estar disponível na internet. Fui pesquisar mais e caí no site próprio deles. Estou até agora absolutamente fascinada.
- Daqui há dois meses completa um ano do incêndio da Catedral de Notre-Dame em Paris. Lembro da primeira vez que estive lá e como O Corcunda de Notre-Dame, de Victor Hugo ficou circulando na minha cabeça (especificamente, as canções da versão da Disney...). Não consigo dissociar o edifício do romance e, aparentemente, não sou a única, como se pode depreender dessa matéria do Nexo sobre como o Corcunda ajuda a entender a catedral.
- Finalizando por hoje, recomendo o site Old Book Illustrations, que compartilha gravuras de livros antigos, gravuras que estão em domínio público (Doré está todo por lá!). Elas nos lembram que nem sempre livros ilustrados foram direcionados para crianças - as belas edições da Zahar costumam resgatar essas ilustrações originais e adoro-as por isso.
A Coruja
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