1 de fevereiro de 2011
Para ler: Grave Peril
There are reasons I hate to drive fast. For one, the Blue Beetle, the mismatched Volkswagen bug that I putter around in, rattles and groans dangerously at anything above sixty miles an hour. For another, I don't get along so well with technology. Anything manufactured after about World War II seems to be susceptible to abrupt malfunction when I get close to it. As a rule, when I drive, I drive very carefully and sensibly.
Tonight was an exception to the rule.
The Beetle's tires screeched in protest as we rounded a corner, clearly against the NO LEFT TURN sign posted there. The old car growled gamely, as though it sensed what was at stake, and continued its valiant puttering, moaning, and rattling as we zoomed down the street.
"Can we go any faster?" Michael drawled. It wasn't a complaint. It was just a question, calmly voiced.
"Only if the wind gets behind us or we start going down a hill," I said. "How far to the hospital?"
E eis que chegamos já ao terceiro volume dos Arquivos Dresden – e, céus, neste volume já começamos caindo de pára-quedas no meio de uma cena digna de filmes de perseguição clássicos, tudo acontecendo tão rápido que você mal tem tempo de respirar.
Sim, essa é uma descrição bastante boa para Grave Peril: um livro que mal te dá tempo de respirar entre um acontecimento e outro.
Normalmente eu acharia isso ruim – afinal, onde está o desenvolvimento dos personagens, da trama? Não podemos esquecer, porém, que este é o terceiro volume de uma saga; tivemos dois antes deste para nos acostumarmos com Harry Dresden e companhia. É assim mais que lógico que Butcher não perca tempo com apresentações e nos jogue diretamente no olho do furacão logo de cara – o que obviamente aumenta a carga de adrenalina e nos deixa desde o princípio sentados precariamente na pontinha da cadeira, de olhos arregalados e respiração rasa, prontos para reagir enquanto esperamos o próximo golpe.
O incrível é que Butcher consegue nos manter nesse estado de espírito do início ao fim do livro. Como Dresden, chegamos ao final exaustos... e pedindo mais. Então, quando chegamos ao final, percebemos que, sim, apesar de toda a velocidade com que os dados se somam nesse volume, há novas camadas de desenvolvimento da trama global.
E enfim encontrei um autor de fantasia que sabe desenvolver um romance! Aleluia, irmãos!
Enfim, em Grave Peril, Chicago está passando por uma “temporada aberta de caça aos fantasmas”. Aparentemente, a barreira entre o nosso mundo e o Nevernever (como será que vão traduzir isso para o português?) está, por assim dizer, mais maleável que o comum, permitindo a passagem de criaturas – em especial fantasmas – extremamente poderosas e apenas ligeiramente insanas.
Junte nessa equação almas torturadas e devoradas aos pedaços, um guerreiro de Deus que te faz lembrar Templários, uma fada-madrinha sidhé querendo que Dresden pague uma certa barganha e uma convenção de vampiros na cidade.
E isso, é claro, é apenas o começo.
Pois é, deu para sentir, não? Houve um salto visível de qualidade na narrativa dos dois primeiros volumes para este – e olhe que aqueles dois já são muito bons. Fico agora me perguntando o que estará à minha espera no quarto volume. Já tivemos magia negra, vampiros, lobisomens, gangsteres e fantasmas. Qual será o próximo grande vilão a se bater com Dresden (e sim, o pobre continua apanhando mais do que nunca. Quantos Pontos de Vida tem esse cara???)?
Mais importante que isso, quem está realmente por trás de toda essa farra sobrenatural que está tomando conta de Chicago desde o primeiro volume? Porque é claro, óbvio e ululante que tudo está interligado e em algum momento vamos nos deparar com um plano MALÉFICO de dominação mundial envolvendo algum segredo obscuro da mãe do Dresden.
Ou eu posso estar apenas viajando, é claro, mas nada me tira isso da cabeça desde que a fada-madrinha do Dresden falou da mãe dele. Sério, como assim a mulher negociou o próprio filho COM UM SIDHÉ?
Então... é ler para ver...
A Coruja
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Livros, viagens, filosofia de botequim e causos da carochinha: o Coruja em Teto de Zinco Quente foi criado para ser um depósito de ideias, opiniões, debates e resmungos sobre a vida, o universo e tudo o mais. Para saber mais, clique aqui.
Realmente, não dá pra dizer o quanto esse livro (ou os outros da série, pra ser sincero) são bons!
ResponderExcluirO ritmo da narrativa fica mais vertiginoso a cada livro, e caramba, eu quero logo ler os demais! Cadê os outros, Lu?!?!
Agora o que mais gostei desse livro foi a introdução do "Templário". Nunca vi um verdadeiro paladino tão bem retratado antes. Parabéns para o Butcher pela excelente série!