25 de agosto de 2009
Porque a sarna nunca é o suficiente...
A Ana, fiel companheira do Expresso, Amaterasu, New Dawn e o diabo a quatro, costuma dizer que eu nunca me canso de procurar sarna para me coçar. Essa é, sem dúvida, a mais pura verdade.
Para quem não sabe, minha vida tem se dividido mais ou menos dessa maneira: eu acordo umas quatro, cinco da manhã, leio e-mails, escrevo alguma coisa, começo a estudar as apostilas da OAB. De oito, estou na aula da pós, até as onze, quando volto para casa para almoçar e depois trabalhar.
Serei absolutamente sincera. Adoro meu trabalho. Eu basicamente estou sendo paga para ler e escrever. O que mais posso querer da vida?
A questão é que entre pesquisa de bibliografia e livros de metodologia científica, e as apostilas da OAB e os livros da pós, tem sobrado pouquíssimo tempo para eu fazer outra coisa que não seja estudar.
Mas é claro que Lulu, sendo Lulu, não é capaz de passar tanto tempo sem fazer aquilo que realmente ama. E assim, Lulu está agora... estudando.
Não Direito, é claro. Nem metodologia científica tampouco. Em vez disso, atraquei-me com a enciclopédia hoje de tarde para ler tudo sobre o período regencial inglês e Napoleão.
Para que diabos - alguém pode se perguntar - eu estou lendo isso, quando poderia estar cultivando alguma "vida social" no meu forçadamente tempo livre? Eu podia estar fazendo compras no shopping ou levando sol (se bem que já está escurecendo, então, não tem muito som) ou então fofocando desavergonhadamente sobre os próximos capítulos da novela.
Alguém aí se lembra de quando eu disse, acho que um mês atrás, que tinha dois projetos que queria escrever? O primeiro, Dark Years já está terminado, mas o segundo seria totalmente original e eu brincaria um pouco com minha paixão por romances policiais.
Não comentei mais sobre o assunto, mas hoje senti uma irresistível coceira nos dedos, as idéias se infiltrando no meio dos tópicos de processo civil... E, em algum ponto do dia, eu decidi que precisava escrever.
Só que eu não queria escrever uma coisa terrivelmente "séria" como tinha planejado anteriormente, com direito a terroristas, tecnologia de última geração e agentes da INTERPOL. Eu ainda queria, é claro, usar um tanto de suspense, mas decidi que queria escrever algo mais leve, um escape de toda a minha rotina já suficientemente pesada.
E, claro, sendo a rata de biblioteca e amante de História que sou, decidi que escreveria uma história de época.
Agora, que época seria essa? Gângsters estavam fora, porque eu iria repetir a fórmula que usei na trilogia dos Valetes. Nada de Segunda Guerra, portanto, também. Só que isso não significava que eu não poderia aproveitar minha atração por histórias que se passam em períodos históricos marcados por guerras, nem que eu só usasse isso como background para os personagens.
Nesse momento, lembrei-me de Jonathan Strange & Mr. Norrell e decidi que, embora não fosse escrever uma ficção fantástica nem interferiria no mundo de Susanna Clarke (ainda que eu ame de paixão a obra dessa brilhante autora), queria aproveitar o ambiente que ela usou - a Inglaterra aos tempos das Guerras Napoleônicas.
No mesmo instante, lembrei de Julia Quinn, que é uma autora de romances históricos cuja grande maioria das obras se passa nesse período histórico. Eu gosto muito da Quinn apesar das ocasionais derrapadas dela, porque ela sabe construir uma história com humor e não houve um livro dela em que em algum ponto ou outro eu não tenha gargalhado sonoramente, ao mesmo tempo em que me pregava às páginas, esperando qual seria o próximo lance - por mais previsível que o final fosse.
Então, decidi aproveitar-me de todas essas confluências e mudar todo o meu projeto de forma que eu pudesse tanto brincar de detetive quanto apelar aos meus instintos mais românticos, além de, claro, usar todo o background histórico disponível.
Se você leu até aqui e acreditava piamente que apareceria agora um link para você começar a ler esse novo projeto... bem, sinto-lhe dizer que terá de esperar mais um pouco. Para ser exata, só mais uma semana. Na terça que vem, dia primeiro, estarei publicando o prólogo e, talvez, se eu estiver me sentindo suficientemente benevolente (ou, para ser mais sincera, se eu tiver tempo), o primeiro capítulo.
Durante a semana eu talvez publique alguns teaser, mas não prometo nada porque, ao final das contas, minha escrivaninha está absurdamente abarrotada de livros. Eu também estava planejando fazer essa semana o especial Terry Pratchett que planejo desde que começamos o Tsuru, mas acho que terei de deixar esse especial para depois da prova da OAB, dia 13.
Hehe... tenho grandes, grandes planos para fazer pela frente... hehehehehehehe... *risada maligna*
A Coruja
Para quem não sabe, minha vida tem se dividido mais ou menos dessa maneira: eu acordo umas quatro, cinco da manhã, leio e-mails, escrevo alguma coisa, começo a estudar as apostilas da OAB. De oito, estou na aula da pós, até as onze, quando volto para casa para almoçar e depois trabalhar.
Serei absolutamente sincera. Adoro meu trabalho. Eu basicamente estou sendo paga para ler e escrever. O que mais posso querer da vida?
A questão é que entre pesquisa de bibliografia e livros de metodologia científica, e as apostilas da OAB e os livros da pós, tem sobrado pouquíssimo tempo para eu fazer outra coisa que não seja estudar.
Mas é claro que Lulu, sendo Lulu, não é capaz de passar tanto tempo sem fazer aquilo que realmente ama. E assim, Lulu está agora... estudando.
Não Direito, é claro. Nem metodologia científica tampouco. Em vez disso, atraquei-me com a enciclopédia hoje de tarde para ler tudo sobre o período regencial inglês e Napoleão.
Para que diabos - alguém pode se perguntar - eu estou lendo isso, quando poderia estar cultivando alguma "vida social" no meu forçadamente tempo livre? Eu podia estar fazendo compras no shopping ou levando sol (se bem que já está escurecendo, então, não tem muito som) ou então fofocando desavergonhadamente sobre os próximos capítulos da novela.
Alguém aí se lembra de quando eu disse, acho que um mês atrás, que tinha dois projetos que queria escrever? O primeiro, Dark Years já está terminado, mas o segundo seria totalmente original e eu brincaria um pouco com minha paixão por romances policiais.
Não comentei mais sobre o assunto, mas hoje senti uma irresistível coceira nos dedos, as idéias se infiltrando no meio dos tópicos de processo civil... E, em algum ponto do dia, eu decidi que precisava escrever.
Só que eu não queria escrever uma coisa terrivelmente "séria" como tinha planejado anteriormente, com direito a terroristas, tecnologia de última geração e agentes da INTERPOL. Eu ainda queria, é claro, usar um tanto de suspense, mas decidi que queria escrever algo mais leve, um escape de toda a minha rotina já suficientemente pesada.
E, claro, sendo a rata de biblioteca e amante de História que sou, decidi que escreveria uma história de época.
Agora, que época seria essa? Gângsters estavam fora, porque eu iria repetir a fórmula que usei na trilogia dos Valetes. Nada de Segunda Guerra, portanto, também. Só que isso não significava que eu não poderia aproveitar minha atração por histórias que se passam em períodos históricos marcados por guerras, nem que eu só usasse isso como background para os personagens.
Nesse momento, lembrei-me de Jonathan Strange & Mr. Norrell e decidi que, embora não fosse escrever uma ficção fantástica nem interferiria no mundo de Susanna Clarke (ainda que eu ame de paixão a obra dessa brilhante autora), queria aproveitar o ambiente que ela usou - a Inglaterra aos tempos das Guerras Napoleônicas.
No mesmo instante, lembrei de Julia Quinn, que é uma autora de romances históricos cuja grande maioria das obras se passa nesse período histórico. Eu gosto muito da Quinn apesar das ocasionais derrapadas dela, porque ela sabe construir uma história com humor e não houve um livro dela em que em algum ponto ou outro eu não tenha gargalhado sonoramente, ao mesmo tempo em que me pregava às páginas, esperando qual seria o próximo lance - por mais previsível que o final fosse.
Então, decidi aproveitar-me de todas essas confluências e mudar todo o meu projeto de forma que eu pudesse tanto brincar de detetive quanto apelar aos meus instintos mais românticos, além de, claro, usar todo o background histórico disponível.
Se você leu até aqui e acreditava piamente que apareceria agora um link para você começar a ler esse novo projeto... bem, sinto-lhe dizer que terá de esperar mais um pouco. Para ser exata, só mais uma semana. Na terça que vem, dia primeiro, estarei publicando o prólogo e, talvez, se eu estiver me sentindo suficientemente benevolente (ou, para ser mais sincera, se eu tiver tempo), o primeiro capítulo.
Durante a semana eu talvez publique alguns teaser, mas não prometo nada porque, ao final das contas, minha escrivaninha está absurdamente abarrotada de livros. Eu também estava planejando fazer essa semana o especial Terry Pratchett que planejo desde que começamos o Tsuru, mas acho que terei de deixar esse especial para depois da prova da OAB, dia 13.
Hehe... tenho grandes, grandes planos para fazer pela frente... hehehehehehehe... *risada maligna*
A Coruja
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Que legal!!! Mais uma historia da Lulu *_* Não sei mesmo como vc arranja tempo, é tanta coisa que vc faz!!! Realmente incrível!!! Vou aguardar anciosamente pelo prólogo de terça ^_^
ResponderExcluirNossa a sua mesa está parecendo com a minha no ano passado! kkk Minha mãe adorar fazer uma "arrumação" nela. Parabéns pelo esforço. Gostaria de saber se vocês pararam de escrever New Dawn? Todo domingo entro no site e sempre fico triste pois não teve nenhuma atualização. Bjs
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