30 de setembro de 2019

A Vertigem das Listas: Dez (outros) Personagens Viajantes


Lulu: Fiquei pensando e penando com meus botões para escolher o tema do Vertigem desse mês - imaginando qual seria o melhor 'resgate' de temas passados. Até que pensei 'bem, estou de férias, férias é tempo de viajar e embora eu não vá viajar fisicamente dessa vez, estou viajando nos livros' e assim chegamos aos peregrinos dessa lista e ao tema de hoje: Dez (Outros) Personagens Viajantes.

Ísis: Eita, que tema fantástico! Estou totalmente a bordo! :D

Lulu: Obrigada obrigada!

Enfim, sem mais delongas… vamos à lista!

1. Vou começar com um dos historiadores da série Oxford Time Travel, da divina Connie Willis: Ned Henry, protagonista do hilariante To Say Nothing of the Dog. Para começo de conversa, Ned é um viajante do tempo, e ao longo da história ele visita um sem número de épocas… mas ele também viaja de formas mais convencionais, incluindo aí uma agradável jornada de barco através de Oxford e adjacências. Gostei demais desse livro, foi um dos meus favoritos esse ano e me deixou com vontade de fazer os mesmos percursos.

2. Um viajante inveterado que se enfia nas mais fantásticas aventuras através de suas viagens é, claro, Gulliver, o protagonista do clássico de Jonathan Swift. O livro As Viagens de Gulliver é uma sátira social e religiosa, mas é também um relato de viagens ao longo de países estranhos e maravilhosos. Como resistir?

3. Trago agora um clássico, talvez o arquétipo inicial do viajante por terras perdidas: Ulisses, de A Odisséia, que, após deixar Tróia, passa longos dez anos no mar para chegar a Ítaca, encontrando em seu caminho ciclopes, sereias e feiticeiras. O épico de Homero é talvez o primeiro romance de viagens de que se tem registro e eu não poderia me furtar a colocá-lo aqui.

4. Não posso também me esquecer da jornada da Sociedade do Anel em O Senhor dos Anéis, com todas as suas dificuldades, perdas e encontros. Normalmente, eu entraria agora a falar do Sam, porque adoro Samwise Gamgee, mas escolho desta feita uma dupla de hobbits atrapalhada, mas de bom coração: Merry e Pippin. Frodo e Sam continuam até Mordor por obrigação, e pensam sempre na volta para casa, mas Merry e Pippin têm um coração aventureiro e se beneficiam muito de suas jornadas.

5. Termino minha lista de hoje com o mais famosos dos espiões, cujas missões o levam a todos os lugares do mundo, quanto mais exótico, melhor. O nome é Bond. James Bond. E, ok, Bond não é exatamente um turista normal - ele costuma deixar uma trilha de corpos e destruição por onde passa - mas sempre com muito estilo e as melhores engenhocas que Q e companhia são capazes de inventar.


Ísis: Adorei a escolha de Ulisses, porque gosto muito desse “personagem”, e realmente preciso assistir James Bond, os clássico… Acho que só assisti a um e há muito, mas muito tempo atrás, tanto que nem lembro.

1. Bom, vamos começar com viajante mesmo: meu amado Syaoran (mas esse não é o Li) de Tsubasa Reservoir Chronicles. A pessoa que ele mais ama teve as memórias despedaçadas e espalhadas mundos afora diante dos olhos dele. Seguido a isso, veio a notícia de que se não fossem recuperadas, ela morreria. Que choque! Então o corajoso mas também parcialmente amnésico Syaoran sai viajando não mundo afora, mas mundos afora atrás dessas memórias, que têm formas de penas, por 28 e mais volumes… E tecnicamente a história nunca termina… ou seja, ele será um eterno viajante. Mas é fantástico como cada mundo tem algo a revelar sobre os passados ou futuros dos personagens.

2. Em seguida, vamos tratar de alguém que não viaja por nós intenções, diferente do primeiro exemplo. Eu já a citei aqui há pouco tempo, mas de novo temos Carmen Sandiego. Que ladrão é mais conhecido no mundo que Carmen, a famosa ladra que rouba coisas absurdas mundo afora? Ninguém nunca a consegue capturar, mas todos precisam viajar mundo, tempo e/ou espaço atrás dela, vez que seus furtos são tão dispersos… A mulher é super inteligente, pena que está do lado errado da lei...

3. Minha próxima indicação trata-se de um grupo de viajantes, a tripulação da Enterprise, de Star Trek! Eu não sei como era a série original, mas a trilogia de filmes remakes eu assisti e achei super interessante! Eu gosto principalmente do fato de que, diferente de outras histórias sobre viagens no espaço, a “companhia” Star Trek não existe para sair conquistando planetas ou qualquer coisa mais militar. É uma iniciativa científica, pacífica. Os membros desse grupo, inclusos o da nave Enterprise, viajam pelo que se conhece do universo, e, mais importante, pelo desconhecido, descobrindo novos lugares, seres, vidas etc. Quer viagens mais aventureiras que essas?

4. Minha próxima indicação não vem de livros, mas de um filme baseado numa história real. Ano passado em um momento em que me sentia afundada mentalmente, eu comecei a procurar vídeos de acidentes aéreos e marítimos. Entre simulações e documentários, esbarrei numa das maestrias aéreas modernas: o Milagre de Hudson. Muita coisa deu certo e muitos profissionais agiram admiravelmente para que a possível tragédia se tornasse uma linda história. E, por isso, eu vou indicar não um “personagem”, mas toda a tripulação do voo United 1549, mais o controlador aéreo. Há alguns anos, saiu o filme sobre o evento chamado Sully, e embora não seja um filme indicado a Oscar ou algo assim, eu acho fantástico porque é baseado em fatos reais, e até certo ponto seguram bastante até os diálogos originais. Já faz dez anos desde aquele janeiro, e quem dera todo incidente aéreo pudesse terminar como esse.

5. Minha última escolha não é bem um viajante propriamente dito, no sentido mais realista, mas alguém que usa a imaginação para ir a inúmeros lugares e fazer muitas coisas: alguém assistiu Boss Baby, o filme ou a série de TV? No melhor estilo Fantástico Mundo de Bobby, Tim Templeton entende o que é família, e também o poder da imaginação. Ele visualiza mil e uma aventuras para cada tarefa, e quando qualquer coisa mais séria acontece, sua mente de criança imediatamente modifica a realidade que ele vê para algo mais fantasioso e até mesmo mais perigoso. Aliás, eu acho uma pena que percamos essa capacidade de imaginar quando crescemos, porque perdemos muito do apreço pela vida. Posso não ser uma pessoa particularmente criativa, mas até eu sei usar a minha imaginação quando faço viagens mais físicas, a outros países, e isso as deixa muito mais emocionantes!





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