13 de fevereiro de 2014

Para ler: Blameless

Alguém estava tentando matar Lady Alexia Maccon. Algo muito inconveniente, vez que ela estava com uma pressa terrível. Dada sua prévia familiaridade com experiências de quase-morte e sua frequencia comparativa com relação a sua boa pessoa, Alexia provavelmente deveria ter permitido tempo extra para uma causalidade tão previsível.
No final do ano passado, lemos para o Clube do Livro o segundo volume da série Protetorado das Sombrinhas, de Gail Carriger: Metamorfose?. À ocasião, confessei que o final do segundo volume me deixara tão impressionada que eu já imediatamente emendei com o terceiro título e, ora, algum tempo se passou, mas... é justo falar da continuação ainda, não é mesmo?

Blameless continua imediatamente após o final de Metamorfose?, com Alexia de volta a Londres desgraçada e abandonada pelo marido e alvo livre para todos os vampiros de plantão. A aparente impossibilidade de engravidar de um lobisomem abre margem a todo tipo de interpretação.

Obviamente que todos sabemos que Alexia não traiu Conall – e os vampiros também sabem e é exatamente por isso que eles estão tentando com tanto afinco acabar com nossa heroína: eles sabem mais sobre a futura natureza do infante-inconveniente do que estão deixando transparecer.

Assim é que Alexia, acompanhada de seu fiel ex-mordomo/secretário pessoal, Floote, e da cientista e modista de chapéus Madame Lefoux, parte para a Itália, em busca de respostas entre os Templários, enquanto Lorde Maccon afoga suas mágoas embriagando-se de formaldeído.

Eu me diverti IMENSAMENTE lendo esse volume. Primeiro porque ele traz muitas boas explicações – incluindo aí o advento do ‘protetorado das sombrinhas’, e segundo porque ele dá destaque aos personagens secundários e todos eles funcionam maravilhosamente bem: a Ivy mostra afinal a que veio e porque de fato conquistou a amizade de Alexia; Lyall demonstra mais uma vez porque é o beta da alcatéia de Woolsey (e ele é provavelmente meu favorito nesse livro); Floote rouba a cena mesmo mantendo a fleuma britânica...

Tem algumas coisas meio corridas e que às vezes parecem um tanto forçadas – a coisa toda com os templários me fazia enrugar a testa, sem ter certeza se era para rir ou não. Mas as interações entre Conall e Lyall compensam esse detalhe e são, pra mim, as melhores partes do livro.

Enfim, continuação aprovada. Vamos ao próximo volume!


A Coruja


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4 comentários:

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