Bill Willingham recebeu a missão de mostrar aos reles mortais os bastidores do Sonhar, o mundo criado por Morfeus na série Sandman. E fez isso magistralmente em três aventuras. Em Merv Cabeça de Abóbora, Agente do S.O.N.H.A.R., o faxineiro trapalhão recebe a missão de capturar um sonho foragido… mas nem sempre as coisas saem como ele planeja. Em As Novas Aventuras de Danny Nod, O Heroico Bibliotecário-assistente, Bill nos apresenta a um novo personagem do Sonhar. E, finalmente, em Tudo que Você Sempre Quis Saber Sobre Sonhos… Mas Tinha Medo de Perguntar, são respondidas diversas dúvidas (algumas pertinentes, outras nem tanto…) sobre o fabuloso Sonhar. Seus sonhos jamais serão os mesmos após ler essas histórias…

Dois motivos para você largar tudo o que estiver lendo e pegar esse volume imediatamente: Neil Gaiman e Bill Willingham.

Fiquei MALUCA com Contos Fabulosos. Não necessariamente porque essa coletânea tenha histórias fantásticas, mas porque elas são incrivelmente leves e divertidas, um presente maravilhoso para todos os fãs de Sandman. São histórias que te deixam sorrindo estupidamente. Ou que, pelo menos, ME deixaram sorrindo estupidamente.

Contos Fabulosos reúne três contos fechados, independentes, estreando personagens secundários do universo original da obra-prima de Gaiman. O primeiro é uma aventura de Merv, o cabeça de abóbora (de forma literal também), faxineiro do castelo de Lorde Morpheus e mentiroso extraordinário que acredita fielmente que ele é o centro do universo e, nessa história em específico, a nova encarnação de James Bond.

O segundo conto (que foi o que me deixou com o maior sorriso) trata dos bastidores da Biblioteca do Sonhar (e ninguém sabe porque ele é o meu favorito...) e eu decididamente me identifiquei com o jovem bibliotecário assistente, Danny Nod.

A última história se intitula Tudo que Você Sempre Quis Saber Sobre Sonhos... Mas Tinha Medo de Perguntar e o título resume tudo: são pequenas esquetes respondendo a perguntas como ‘de onde vêm os pesadelos?’, ‘por que às vezes sonhamos múltiplas vezes com a mesma coisa’ ou ‘o que acontece quando você acorda um sonâmbulo’.

Chorei de rir – e achei genial algumas explicações, tais como a idéia de que fazer um sonho é quase como produzir um filme, com direito a diretor, atores e roteiristas (e Nuala como uma diretora egocêntrica e tirânica foi hilariante).

Agora... deu vontade de ir dormir e dar uma olhada em quais serão as estréias da semana no cinema do Sonhar...