27 de novembro de 2012
Para ler: Lúcifer - Cartas na Mesa
Fiquei quase maluca quando vi que esse volume estava sendo relançado na coleção Sandman Apresenta da Panini. A concepção de Lúcifer, tal como criada por Gaiman ao longo de muitas de suas histórias (em especial no roteiro de Mistérios Divinos) é uma das melhores idéias que já li no papel. Destarte, reencontrar essa idéia tendo como centra o Anjo (porque tanto em Sandman como na outra obra citada, Lúcifer aparece apenas meio que de relance, não é realmente o protagonista) seria uma alegria.Caído dos Céus, relegado a reinar no Inferno, Lúcifer Estrela da Manhã abandonou seu posto após um episódio com Morfeus dos Perpétuos, e deixou seu reino para ir morar em Los Angeles e repensar sua existência. O ex-monarca supremo do Inferno hoje vive, ironicamente, na Cidade dos Anjos. Mas agora um pedido do Criador em pessoa deve mudar os planos de seu outrora fiel servo. Se Lúcifer aceitar o pedido, poderá ter o que quiser como recompensa. Mas tanto a tarefa quanto o prêmio pretendido não são exatamente o que parecem. Estrela da Manhã adentra um labirinto de perigos cuja saída é a maior de todas as oportunidades. Para chegar ao outro lado, um sacrifício será necessário. A única questão que resta é quem será sacrificado.
Em Cartas na Mesa Lúcifer – agora um agente neutro, dono de um bar em Los Angeles após ter renunciado a suas asas e abdicado do trono do Inferno – é contratado por um representante divino para fazer um serviço “freelancer” para o Céu. Alguma entidade misteriosa tem concedio desejos aos humanos e o acúmulo de desejos de alguma forma tem colocado em perigo a própria existência do mundo.
A tarefa de Lúcifer, portanto, é encontrar a entidade responsável por tais acontecimentos e destruí-la.
Em troca, ele receberá uma carta de passagem, uma espécie de salvo conduto para qualquer lugar que ele deseje ir – podendo, contudo, ser usada apenas uma única vez, sem possibilidade de retorno.
Diferente de outros volumes dessa coleção até o momento, Lúcifer: Cartas na Mesa não é exatamente um arco fechado de histórias, terminando completamente em aberto e na expectativa de algo grande (e possivelmente apocalíptico) acontecer a seguir.
Não há muitas explicações e rodeios, você é meio que largado no meio da ação sem pára-quedas, mas a coisa toda é muito bem feita e tudo o que você quer é que o livro se estenda ainda um tanto e revele que outras cartas têm na manga.
Agora toca esperar a continuação...
A Coruja
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