26 de junho de 2012
Clube do Livro (Junho) - A Terra das Sombras
Então, eu já tinha lido esse livro antes, mas faz muito tempo, de forma que não me lembrava de muita coisa... Eu o peguei como quem não quer nada, sem muitas expectativas, mas uma vez tendo começado a ler, não consegui parar nem deixa-lo de lado.- Padre Dom - eu disse. - Realmente não acho que faça a menor diferença se ela tiver um exorcismo católico, brasileiro, pigmeu ou o que seja. A dura realidade é que se houver um Céu, não existe a menor possibilidade de que Heather Chambers vá para lá.
Agradecimentos a Dy pela escolha do tema desse mês no Clube... eu estava mesmo precisando de algo mais leve e nem tinha me apercebido disso...
Eu já li muitos livros da Meg Cabot. Gosto do estilo dela; ela é divertida, sem deixar de ser ácida e suas protagonistas geralmente são meio malucas e paranóicas, mas nunca sem sal. Muitas vezes quando estou precisando de uma injeção de açúcar na vida, tiro da estante o O Garoto da Casa ao Lado e fico me rindo sozinha com as enrascadas em que a Mel se mete...
A mocinha da série “A Mediadora” não é tão maluca quanto outras que já vi da mesma autora, mas ela tem... não sei bem como dizer... tempero? Ela tem um humor altamente irônico e meio ranzinza (ela seria o Zangado, se fosse aplicar a si os apelidos que coloca nos meio-irmãos), não foge de um desafio, não leva desaforo pra casa e é estranhamente cativante em seu jeito mal-humorado de ser.
E, a despeito de ter toda a pinta de encrenqueira, a Suze é uma pessoa genuinamente legal. Ela aceita que a mãe se case com outro, aceita deixar toda sua vida para recomeçar em outro lugar, aceita a nova família que veio com esse casamento...
Não temos muito do que era a vida dela em Nova York – fora as visitas a cemitérios, passadas por delegacias e ser considerada a garota esquisita da escola. Mas por tudo o que a Suze diz, não parece ter sido uma vida muito fácil. E apesar disso, ela não é amarga. Ela aceita o seu ‘dom’, ainda que não veja nada de particularmente bom nele, e dá o melhor de si pelo trabalho.
A trama é bem simples, bem verdade – um espírito furioso de uma garota rejeitada assombrando o novo colégio – mas é bem construída. Os personagens são convincentes. Em um único volume, eu consegui simpatizar imensamente com todos eles – a própria Suze, o padre Dominic, Dave-Mestre (quero um irmão caçula igual a ele, pode ser?), Cee Cee e Adam... e claro, o Jesse.
Estou tentando pensar numa palavra para descrever nosso fantasma residente que não seja ‘um fofo’. Ou que não dá para não se derreter cada vez que ele abre a boca e solta um ‘mi hermosa’. Fiquei suficientemente curiosa pelo passado dele e pelo relacionamento que ele começa a estabelecer com a Suze que já providenciei os próximos volumes – embora não tenha idéia de quando terei tempo para lê-los...
A Coruja
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Livros, viagens, filosofia de botequim e causos da carochinha: o Coruja em Teto de Zinco Quente foi criado para ser um depósito de ideias, opiniões, debates e resmungos sobre a vida, o universo e tudo o mais. Para saber mais, clique aqui.
Eu adoro essa série! Quando se trata de Meg Cabot eu sou altamente suspeita para falar.
ResponderExcluirToda vez que eu preciso ler algo divertido e leve, sempre recorro aos livros dela.
A Suzannah é uma das minhas personagens favoritas, ela é muito engraçada, seus comentários sempre me fazem rir, e ainda tem o Jesse, que toda vez que aparece torna tudo mais lindo.
Beijos
Pois é, é uma leitura bem leve, bem rápida e divertida... e a protagonista é muito simpática, do tipo que te faz torcer por ela...
ExcluirComo funciona o clube do livro? Fiquei curiosa com o funcionamento...
ResponderExcluirHum... eu já expliquei antes em algum lugar, mas como não lembro onde foi, explico de novo.
ExcluirHá três clubes do livro de que falo aqui no Coruja - o do JASBRA, o da Saraiva e o clube propriamente dito. Os dois primeiros são presenciais, e qualquer um que esteja pelo Recife nas datas combinadas pode participar, eles são abertos ao público.
Já o Clube do Livro onde lemos esse específico livro é um fórum virtual fechado, onde juntou-se uma turma de amigos e todo mês nós escolhemos um tema, indicamos livros dentro desse tema e fazemos uma votação para decidir qual será o título que vamos debater.
Nossa, A Mediadora :D Eu lembro de quando tinha... Sei lá, uns catorze ou quinze anos, e comprei esse livro meio 'na doida', meio porque era de Meg Cabot (acho que tinha lido algum da série O Diário da Princesa pouco antes). Paixão a primeira vista xD Mesmo hoje, é a série de Meg Cabot de que eu mais gosto, particularmente porque os últimos livros que ela andou lançando me pareceram perder muito em originalidade e não tiveram roteiros cativantes na minha opinião :/ Mas A Mediadora é um que continua nos meus favoritos, principalmente porque a Suze é provavelmente a melhor protagonista que a autora já criou.
ResponderExcluirOu talvez porque ela parece ter problemas mais sérios =_= Quem sabe. Eu nem ligo para algumas viagens que saem mais pra frente na série, os personagens compensam magnificamente...