9 de dezembro de 2009

Conversas sobre o tempo - Rapidinhas


Ontem fui ao shopping com a mãe para comprar chocolates para ela fazer uma torta e pegar uma encomenda minha na Saraiva que tinha chegado. Peguei a revista Almanaque na livraria e, foi só quando li o editorial da revista que me dei conta...

A primeira década do século XXI termina em menos de um mês.


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Vou passar o Natal em Mirandiba, o lugar onde Judas perdeu as meias (porque as botas ele perdeu um pouquinho antes). É a cidade natal da minha mãe, também conhecida (ou, pelo menos, assim diz dona Neide) como a capital do sertão.

São sete horas de viagem de Recife para Mirandiba. Não estou exatamente esperando com grande expectativa essa parte das festas, porque, venhamos e convenhamos, sete horas trancada num carro não é exatamente confortável.

Mas é sempre divertido passar as festas em Mirandiba porque (1) a cidade praticamente toda é minha parente - eu tenho mais primos que qualquer outra coisa; (2) nada é melhor que casa de vó, carinho de vó, comida de vó...; (3) meu padrinho tem uma padaria - e vocês interpretem essa afirmação da maneira que mais lhes convier; (4) serão quatro dias completamente desligada do mundo...

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O plano para o recesso de final de ano é uma super maratona de filmes e livros. Estou pensando seriamente na possibilidade de assistir os três filmes de O Senhor dos Anéis um atrás do outro... seguidos pelos extras, com paradas estratégicas apenas para ir ao banheiro e encher a vasilha de pipoca.

E depois, muito provavelmente, reler a trilogia pela sexta vez (a primeira vez foi quando ganhei o livro, no meu aniversário de 15 anos - setembro de 2001; a segunda foi depois de ter assistido o primeiro filme; a terceira, depois de ter assistido o segundo filme; a quarta, depois de ter assistido o terceiro filme e a quinta em algum ponto indefinido dos meus anos de faculdade).

Talvez a trilogia de SdA seja o mais próximo que eu tenha de um livro favorito, Cathy.

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Estava eu ontem tentando fazer minha lista dos meus dez livros favoritos de todos os tempos - respondendo ao pedido da Cathy. Sentada diante da minha estante, eu fui criando critérios para tentar restringir meu campo de pesquisa...

(1) só vale entrar para a lista os livros que eu possuo. Afinal, é bastante óbvio, ao menos para mim, que uma vez que eu tenha "favoritado" um livro, eu sinta ânsias de possuí-lo para poder relê-lo muitas e muitas vezes nos anos vindouros. Então, meus livros favoritos provavelmente estão contidos na minha coleção.

(2) meus livros favoritos devem ser aqueles que eu já li mais de uma vez e que estão na minha enorme lista de livros que eu quero ler... de novo.

(3) considerarei para fins de livros favoritos aqueles que eu levaria para uma ilha deserta comigo.

Até agora, não consegui chegar a uma lista de menos de vinte títulos... E isso porque estou considerando coleções como volumes únicos. Por que é que eu estou tentando fazer isso mesmo?

Ah, é... me perguntaram...

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Eu sinto que minha lista de livros favoritos vai se tornar minha lista de autores favoritos.

Isso talvez ajude a me restringir a dez nomes...

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Uma coisa interessante que percebi tentando chegar às conclusões acerca de livros favoritos?

Eu gosto de poesia.

Se você me perguntar cruamente se gosto de poesia, minha resposta imediata vai ser "não". Eu diria que prefiro prosa a poesia em qualquer dia do ano, porque sempre que penso em poesia eu penso em poetas-chorando-as-pitangas-por-amores-perdidos.

No entanto, alguns dos meus autores favoritos são poetas... Não necessariamente poetas-choradores-de-pitanga (de onde eu tirei isso???), mas poetas.

Vinícius de Moraes entra na minha lista. Drummond entra na minha lista. Bandeira entra na minha lista. Fernando Pessoa entra na minha lista.
"Quando a indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável)..."

"Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não uma solução
Mundo mundo vasto mundo
mais vasto é o meu coração..."

"(Todas as palavras esdrúxulas,
como os sentimentos esdrúxulos,
são naturalmente ridículas.)"

"Para viver um grande amor,
primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro
E ser de sua dama por inteiro - seja lá como for.
Há que se fazer do corpo uma morada
Onde clausure-se a mulher amada
e postar-se de fora com uma espada -
para viver um grande amor."

Para quem diz não ser um grande fã de poesia, é de se admirar que eu consiga me lembrar desses versos de cor...

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Estou trabalhando no quarto capítulo de Ases, no especial natalino e em capítulos novos de TnJ para Amaterasu; além de tentar me decidir o tema exato para minha monografia da pós. Por isso nos últimos dias não tenho escrito tanto aqui no Coruja...

Em compensação, estou fazendo uma lista (mais uma!) dos assuntos sobre os quais quero escrever aqui pelos próximos dias, semanas, meses (coisas que, no final das contas, só terei tempo para desenvolver ano que vem...).

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Acerca da tese da pós, há dois temas entre os quais estou dividida... ou falo sobre a história dos créditos de carbono e as convenções-quadro da ONU em direito ambiental (mais atual, impossível) ou trato de propriedade intelectual no campo de biodiversidade.

Ainda estou indecisa... Mas chegarei a uma conclusão até o final do ano e começarei janeiro escrevendo meu projeto.

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Estou viciada em jogar paciência spider.

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Descobri que a BBC (adoro a BBC) tem uma série de 2005 chamada ShakespeaRe-told, com adaptações modernas de Macbeth, Muito Barulho por Nada, A Megera Domada e Sonho de Uma Noite de Verão.

Baixei ontem o primeiro episódio, que é a da megera. Não é minha favorita das peças do bardo, mas engraçado... ela sempre rende as melhores adaptações...

Ainda não assisti, mas estou ansiosíssima para ver... e Macbeth também, até porque, Macbeth traz dois dos meus atores favoritos, Richard Armitage e James McAvoy.

Não há legendas disponíveis em português , mas vou ver depois se consigo os links direitinho para postar aqui para vocês, se quiserem. Acho que vi as legendas em inglês em algum lugar. E em italiano.

Vocês querem as legendas em italiano?

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Aproveitando o embalo, baixei o filme de Muito Barulho por Nada (1993), que é, ao final das contas, minha peça favorita de todas as que já li de Shakespeare.

Adoro Benedict e Beatrice!

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Descobri duas coisas interessantes... Orgulho e Preconceito e Zumbis vai sair em português aqui no Brasil ano que vem... e parece que a história vai ser adaptada para uma série de TV também.

Oh, céus...

Ei, eu disse que comprei Sense and Sensibility and Sea Monsters?

O próximo da lista é Mansfield Park and Mummies.

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Acho que por hoje é só, estou indo trabalhar... Hasta la vista, muchachos!


A Coruja


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9 comentários:

  1. Olha, Lulu, pelo visto seu Natal vai mesmo sair melhor do que a encomenda... inclusive na parte da padaria: do mesmo que a Raven do Expresso é doida por comida, eu tb sou louco por pães - sem contar outros tipos de comida tb... rsrsrs
    Em matéria de livros, eu ando cuidando de dois livros que, sem dúvida alguma, me laçaram esse mês: a biografia de Miguel Arraes e o Elite da Tropa, que deu origem ao Tropa de Elite... sem contar que ainda tenho uma pilha de filmes que pretendo ver, tanto em cinema quanto em DVD
    Sobre Ases, isso me faz lembrar do meu projeto, que ainda não tem nome... mas em compensação, já tem um baita dicionário português-japonês... cortesia da Amaterasu... rsrsrs
    Sobre Shakespeare, minha obra preferida é Macbeth... sempre achei interessante essa questão da manipulação, e da natureza humana, e a história tem tudo a ver, não acha?
    Bem, vou indo nessa - quero ver se boto os Lucena conversando com o Imperador e a Yuko no meu projeto ainda hoje...
    Beijos!

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  2. Eu vou é me esbaldar na cocada de leite de vó...

    Lucena? Imperador? Yuko? Vai ter Watanuki também? hehehe...

    Eu gosto de Macbeth, mas não é minha peça favorita. Da grandes tragédias de Shakespeare, eu gosto mais de Rei Lear... E isso porque não estou contando as peças históricas... Ricardo III é muito, muito bom.

    Mas a verdade é que a única peça de Sakespeare que gosto tanto quando Much Ado about Nothing é O Mercador de Veneza - e The Merchant não se tornou meu favorito pelo livro em si, mas pela interpretação que Al Pacino deu a Shylock no filme.

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  3. se eu tivesse um tio com uma padaria seria uma pessoa muito feliz. acho que o jeito é você fazer uma lista com 20 livros, as férias estão chegando e seriam boas sugestões para passar o tempo, li Good Omens por sua recomendação e amei!!

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  4. Huahuahuahua...

    A verdade é que minha lista teria vários livros que eu já resenhei aqui no Coruja...

    Uau! Estou influenciando pessoas! Pessoas estão lendo os livros que eu indico! Isso é tão legal!

    Posso recomendar Jonathan Strange & Mr. Norrell também. Tem a resenha dele aqui no Coruja.

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  5. Oi!!!
    Comecei a ler 'A cor da Magia' e estou adorando! Vai a lista dos vinte mesmo... e se for de autores favoritos, indique os títulos que você mais gostou... =D
    Senhor dos Anéis? São os meus favoritos também!!! =]
    Tenho a trilogia aqui em casa e de vez em quando sempre paro para re-ler...
    Beijos!

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  6. Ok, então, acho que vou fazer pela lista de autores... É mais fácil... eu acho...

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  7. Filmes, livros e comida, tudo ao mesmo tempo?

    MAS É O PARAÍSO!!!

    Me leva com você, Lulu... ^^

    Também já li O Senhor dos Anéis um porrilhão de vezes, e sempre me coço para ler mais uma vez. E estou com uma boa desculpa para fazê-lo: eu li O Silmarillion... Hehehehehe!

    Beijocas!

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  8. Sabe, eu já assisti a trilogia SdA inteira em sequência. No final eu queria ser um elfo, mas isso não vem ao caso, rs. Enfim, vale a pena, é uma enxurrada de mitologia à moda de Tolkien que fascina. O único problema é que depois disso não vai ter mais graça assistir um de cada vez...
    Eu acho que também não conseguiria fazer uma lista com meus 10 livros favoritos. Eu teria que sacrificar um monte deles... só a saga de magia da Marion Zimmer Bradley tem 10 livros, sem contar a série Darkover. E agora lá vem Proust, com Em busca do tempo perdido. É tanto livro que eu até esqueço, às veze, que já li um livro e pego pra ler de novo!
    E quanto aos poetas-choradores-de-pitangas, eles são realmente cruéis de se ler. O bom de fazer Letras na USP é que dá pra encontrar uns professores/pesquisadores malucos que nos apresentam a poetas mais malucos ainda. Já ouviu falar de Ana Cristina César? rsrsrs

    Um beijo, e que venham os zombies!
    =D

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  9. Não, nunca ouvi falar em Ana Cristina César... Quem é ela?

    Eu estou lendo agora poesias zumbis... huahuahuahua...

    E estou quase me convencendo a reler SdA pela sétima vez... oh, céus...

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