18 de novembro de 2009
Clube do Livro: novembro
Deus e o mundo sabem que nada me deixa mais feliz que livros... exceto, talvez, por chocolate. Ontem chegou mais uma caixa de encomendas - aproveitei a promoção que a Submarino fez por esses dias, de 10.000 livros por dez reais e fiz a festa - e, por curiosidade, eu decidi fazer um inventário dos livros que tenho por ler e que estão se acumulando sobre a minha bancada, tirando da lista os livros de Direito que tenho de ler para estudo/monografia.
Fiquei passada com os números... estou acumulando livros desde antes do meu aniversário e, se li um bocado, também deixei um bocado de lado, ao mesmo tempo em que continuava adquirindo mais e mais volumes.
O que significa que vou deletar todos os emails que me chegarem de promoções com livros até colocar toda minha leitura em dia. Normalmente, sou uma pessoa bastante econômica (minha mãe diria "pão-dura"), mas, aparentemente, livros são o suficiente para despertar em mim uma compradora compulsiva.
Há duas peças de Shakespeare na lista - um dos meus objetivos de vida é ler toda a obra de Shakespeare antes de morrer - Tito Andrônico e Júlio César, que vieram junto com Noturno, de Chuck Hogan e Guillerme Del Toro - livro esse que comprei porque trata de vampiros, terrorismo, fim do mundo e tem o Del Toro com argumentista.
Dos que ganhei de aniversário, ainda não pude mexer em 1808, de Laurentino Gomes, nem em História do Brasil, de Boris Fausto. O Tratado sobre a tolerância, de Voltaire, está em mais da metade. Se eu me sentar com ele mais uma vez, em uma, duas horas, eu termino.
Tem os livros que comprei na Bienal também... Um baile de máscaras e outros contos de Alexandre Dumas é o que está na vez agora e eu estou há quinze dias tentando me sentar para ler o último conto. Depois dele, tem O silêncio branco e outros contos, do Jack London, A Ilha do Tesouro de Stevenson, Ambrose Bierce e a Dama das Espadas, de Oakley Hall (que comprei para usar como inspiraão para Ases... Mas que, à medida que comecei a ler, descobri que não tinha nada a ver...), O 18 brumário de Luís Bonaparte de Karl Marx (que queria ler desde meu primeiro ano na faculdade de jornalismo, quando descobri sobre sua existência num trabalho acerca de... folhetins), as Bucólicas de Virgílio (esse é culpa de Dante) e Histórias de Trancoso, de Gonçalo Fernandes Trancoso.
No dia das bruxas, a Saraiva fez uma promoção que me fez comprar O Mundo de Sofia, de Jostein Gaardner e, desde que esse volume chegou, sinto minhas mãos coçando de expectativa. Faz muito tempo desde que li esse livro pela primeira vez e ele deixou uma grande impressão em mim à época.
Aliás, foi por causa de O Mundo de Sofia que li Fausto de Goethe pela primeira vez... E, qualquer dia desses, eu explico a importância de Fausto na história dos meus dias de faculdade (eu me sinto uma velha falando assim...).
Dessa mesma compra, estou esperando chegar ainda The Folklore of the Discworld, cuja previsão de chegada é de 19 semanas... aff... além de dois volumes de Umberto Eco (um dos grandes amores da minha vida literária): Apocalíptcos e Integrados e Tratado Geral da Semiótica e o terceiro e quarto volumes da coleção Vampire Diaries
O fato de ter deixado jornalismo não afetou meu interesse pelo estudo da teoria da comunicação. Barthes está na minha lista para o futuro...
Aí, ontem, chegaram mais três volumes de Voltaire - Questões sobre os milagres, Conselhos a um jornalista e Cartas filosóficas, além de Escritos de política, do Benjamin Constant e dois do Nick Hornby, Alta fidelidade e Um grande garoto.
Em termos de filósofos, Voltaire é meu favorito, sem dúvida. Em primeiro lugar, ele escreve de forma simples, sem grandes e absurdos floreios e, acima de tudo, com um humor ferino simplesmente delicioso. Sou apaixonada pelas obras dele desde Cândido, história com a qual dei muitas gargalhadas... Não bastasse isso, Voltaire é o filósofo da tolerância por excelência - a maior parte de seus livros traz essa questão em seu bojo.
Assim como ainda gosto de teoria da comunicação, do meu primeiro ano de jornalismo, também devoro teoria política, que tive no primeiro ano de direito. Bem verdade, um dos meus próximos objetivos de vida é fazer mestrado em ciência política. Isso explica a presença do Constant...
Por fim, o Hornby entrou de gaiato na minha última 'lista de compras' porque, embora eu já tivesse ouvido muito falar dele - alguns amigos o têm como 'autor de cabeceira' - e até assistido filmes inspirados em seus livros... eu nunca tinha lido nenhum. Então, quando os vi na promoção, disse com meus botões: "é hoje..."
E, agora me lembro, deve chegar por esses dias mais dois volumes da Julia Quinn que encomendei na promoção do começo de outubro (sete semanas de espera...) - The Duke and I e How to Marry a Marquis. Cacete, do meu aniversário para cá, eu comprei e li pelo menos uns sete livros da Quinn... Fora os que li no computador...
Enfim, ao terminar meu inventário, fiz uma nova resolução interna... vou dar jeito de ler tudo isso antes do final do ano. Ou, pelo menos, a maior parte. Vários deles são volumes pequenos, do tipo que se lê numa tarde; outros tantos, eu comecei a ler e, por um motivo ou outro, tive que parar e acabei depois passando outro na frente...
Percebi também que minha lista tem de tudo... Exceto auto-ajuda (mas se tivesse auto-ajuda, eu me jogava da janela)... e biografia. Há uma pá de livros técnicos, passando do estudo da linguagem para o da política e filosofia, misturados a romances policiais do século XIX e romances açucarados do seculo XIX, fantasia, folclore, história, teatro, vampiros e até um poeta romano.
Talvez eu devesse arranjar uma vida social... ou não, hehe...
Ah, sim, tenhos alguns avisos, recados e convites a fazer... Primeiro, para aqueles que moram em BH, semana que vem começa a exposição Batman 70 anos: uma homenagem. Na abertura, teremos uma palestra da Ana (aewwwww!!!!), cuja tese de mestrado (em psicologia) foi sobre a evolução da concepção de justiça nos quadrinhos de Batman.
E vocês acharam que eu era doida...
Exposição Batman 70 anos: uma homenagem
Palestra de abertura
Data: 24 de novembro de 2009
Horário: 19h
Local: Teatro da Biblioteca (Praça da Liberdade, 21)
Além disso, para quem mora no Recife e, como eu, planejava assistir Lua Nova no fim de semana (no meu caso, especificamente, para morrer de rir - conto depois a cômica história de como foi assistir Crepúsculo ano passado), saibam que os ingressos estão ESGOTADOS ATÉ QUINTA.
Sem comentários... falo disso depois que assistir o filme...
Por fim, já que estamos no assunto, a Ana pediu para avisar aos leitores de ND que voltamos ao normal esse final de semana, pegando carona na empolgação da estréia.
E, por hoje, acho que é só. Deixa eu ir trabalhar...
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Sobre
Livros, viagens, filosofia de botequim e causos da carochinha: o Coruja em Teto de Zinco Quente foi criado para ser um depósito de ideias, opiniões, debates e resmungos sobre a vida, o universo e tudo o mais. Para saber mais, clique aqui.
Bem, meu tema da monografia foi "A Televisão e o Herói na Atualidade: Uma breve análise de Heroes", então não acho o tema da Ana tão louco *--* Pelo contrário, quero ler! XDD
ResponderExcluirEntreguei minha mono ontem, a apresentação será dia 16/12 =/ Muito tempo, honestamente.
Queria ter tantos livros quanto você para ler! Estou começando a coleção do Percy Jackson agora, já ouviu falar?
=)
Ei, Lulu!
ResponderExcluirTambém tenho uma longa lista de livros a ler por aqui: livros na estante, em duas pilhas sobre os sofás, em cima da cômoda...
Sou considerada igualmente econômica em diversos âmbitos de minha vida, mas no que toca a livros, não tem jeito: a carteira se abre sem o menor constrangimento!!
1808 é bom, mas um tanto quanto incômodo; quando você ler, acho que vai me compreender. E Tito Andronico é um bocado incômodo, um Shakespeare um pouco atípico, no meu ponto de vista de não-entendida...
Faço votos para que Papai Noel traga o presente que você tão lindamente pediu, para que possa dar conta de suas leituras!
Eu aproveito a viagem de ônibus que preciso fazer todos os dias para ir trabalhar, para ler. Dizem que isso descola a retina, mas ela tem resistido bem há pelo menos uns 15 anos de prática de deslocamento urbano, hehehehehe!
Estréia de Lua Nova? Você endoidou? Aquilo vai parecer show dos Beatles!!!
Meu senso de humor não combina com esse tipo de coisa; já me basta a surdez temporária que a estréia de HP e o Cálice de Fogome causou... Eu prefiro estréias de filmes de outras categorias de fãs, tipo Senhor dos Anéis, onde não se ouvia sequer a respiração da audiência, hehehehehe!...
Beijos pra você!!
Olá,
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