5 de agosto de 2021

Coruja Gourmet: Salada de Forno


Fui uma criança enjoada pra caramba com certas comidas e ainda hoje tenho pé atrás com qualquer coisa que venha com muito condimento. Curiosamente, mesmo em minhas fases mais abusadas, nunca deixei de comer salada. Sou maluca por palmito, encho o prato de azeitona, adoro beterraba e berinjela. Sempre me sirvo porções extras de cenoura crua ralada quando ela está disponível (curiosamente, não suporto cenoura cozida em rodelas. Um preconceito geométrico ou um problema de textura?). Como alface mesmo sem tempero de nada e ervilha fresca me deixa brincalhona (catando uma por uma no prato).

Mais velha, descobri que couve refogada no azeite me faz extremamente feliz - e isso é realmente hilário, porque quando era adolescente e tive problemas com gastrite, Dona Mãe me fazia beber em jejum uma batida de couve crua com leite que foi uma das coisas mais horríveis que já coloquei na boca. E o azedinho da rúcula é um perfeito contraponto a um bom molho de mostarda e mel.

Nessa toada, e pensando que estamos às vésperas do dia dos pais, achei que essa era uma boa ocasião para ressuscitar o Coruja Gourmet com a receita da minha salada favorita da vida, aquela que eu comeria um prato inteiro só dela e nem ligaria para o que mais tem na mesa. Ela também é a favorita do meu pai, o que casa bem com a ocasião, não é mesmo?

Então, vamos a ela, a receita da salada de forno!

Ingredientes

- 2 latas de seleta de legumes ou uma lata só mais os legumes cozidos que você tiver sobrando na geladeira
- 1 batata pequena cortada em cubos
- ½ xícara (chá) de azeitonas picadas sem caroço
- 3 colheres (sopa) de maionese
- ½ xícara (chá) de queijo (aqui fazemos com mussarela ou coalho) cortado em cubos
- 1 ovo
- orégano e sal a gosto
- queijo parmesão ralado

Modo de Fazer

Começamos cozinhando a batata cortada em cubinhos com uma pequena pitada de sal. Quando estiver cozida, deixa ela escorrer junto com os outros vegetais e a azeitona.


Unte o refratário com manteiga ou margarina. Quando a batata esfriar, basta jogar os legumes no refratário, também o queijo em cubos (tem uma quantidade na lista de ingredientes como paradigma, mas pessoalmente, como fã de queijo que sou, tenho a opinião de quanto mais, melhor), polvilhar tudo com orégano e depois colocar a maionese, misturando até homogeneizar. No final, você pode dar uma balançada básica no refratário, para não ficar um lado mais alto que o outro, tudo ficar retinho e harmônico.

A beleza dessa salada é que tanto dá para fazê-la com a latinha de legumes comprada para isso, com uma seleta de legumes caseira mesmo, ou com o que andou sobrando e está guardado na geladeira (a famosa lei de Lavoisier, ou ainda, culinária já-te-vi). Ervilha, cenoura, batata, vagem (se você gosta de vagem, eu prefiro sem), e por aí afora.


Separe a clara e a gema do ovo. Bata a clara até um ponto de neve bem firme (também conhecida como ‘aquele ponto alcançado logo depois do seu braço doer ao ponto de parecer que vai cair’). Quando a clara estiver no ponto em que ela se segura firme no garfo, junte a gema que estava reservada e bata mais um pouco para misturar bem.


Perguntei a Dona Mãe se não poderia bater a clara em neve na batedeira e ela disse que não porque “bater ela no braço te ajuda a criar caráter”. Enfim, fica a critério do cozinheiro-chefe e sua tendinite se quiser ir para a batedeira.

Coloque o ovo batido por cima dos legumes e espalhe bem. Polvilhe de novo com orégano e também o queijo ralado. Leve ao forno médio para baixo (180ºC) até a camada de ovo dourar.


Duas dicas importantes: primeiro, coloque para assar perto da hora de comer (embora ele requentado no dia seguinte continue gostoso, fresquinho da hora é o melhor momento). E, segundo, não coloque no meio do forno, deixe o refratário um pouco de lado para não ficar direto em cima do fogo. Melhor ainda: leve-o para assar com alguma outra coisa que também precisa do forno, é sempre uma boa maneira de economizar gás e poupar tempo.


Agora é só servir e bom apetite!


A Coruja


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