O bolo hoje vai ser de limão!

Onze anos atrás, no meio de uma aula de filosofia, eu olhava para o teto e pensava com meus botões "não seria uma boa ideia criar um blog para escrever sobre o que quer que me apareça na cabeça"? A despeito da empolgação do momento, acho que eu não imaginava que chegaria até aqui, tanto tempo depois, tagarelando como se não houvesse amanhã.

Muita coisa aconteceu nesse tempo, muita gente passou por aqui e deixou sua marca no Coruja, e conheci muita gente que se tornaria amigos queridos. Tivemos alguns estresses também e não vou negar que houve dias em que pensei em parar. Mas, se há dias que dá um cansaço danado em manter o Coruja funcionando, em outros eu me divirto montando mil e um argumentos e pesquisando sobre a vida, o universo e tudo mais...

Onze anos depois, estamos todos trancados em casa. Quem imaginaria que chegaríamos nessa situação? Eu certamente que não, a despeito de todo meu pessimismo e resmungos sobre o fim do mundo... Seja como for, os livros, a escrita, o próprio blog se tornaram mais importantes que nunca pra mim. São pontes, elos, pontos de conexão. Acho que todo mundo já percebeu isso, não? Arte é o que tem nos permitido continuar sãos...

Tradicionalmente, hoje eu começaria um novo especial-monográfico aqui no blog. Mas, bem, não terminei ainda os posts do Dez Anos em Dez Ensaios (faltam dois...) e, por mais que eu aparentemente tenha aumentado a quantidade de posts nesse período de quarentena, há um limite para minha produtividade (palavrinha que quase virou palavrão nesses dias...). Tenho mantido minha rotina mais ou menos intacta, mas fugido de qualquer situação que me provoque muito estresse (basta o que temos de engolir assistindo jornal para manter-se minimamente informado) ou me imponha prazos imediatos.

Mas tudo, bem, o importante era não deixar passar a data em branco e vir aqui agradecer a vocês, leitores, que estão conosco por todo esse tempo. Obrigada pela companhia... e pelos peixes (entendedores entenderão). E que venham mais tantos anos de corujices por aí...


A Coruja