27 de maio de 2019

A Vertigem das Listas: Dez (Outros) Lugares Favoritos


Lulu: Fizemos esse tema inicialmente em janeiro de 2014, mas cada um só pode escolher um e, bem, não tem como não restringir demais as escolhas e critérios se você só pode indicar uma única resposta. Por isso, decidi resgatá-lo e hoje vamos eleger nossos Dez (Outros) Lugares Favoritos!

Ísis: Pera, fictícios ou reais?

Lulu: Reais, Ísis, se fossem da ficção, eu avisaria ;)

Enfim… da outra vez em que escrevemos esse tema, coloquei como critérios a ligação emocional e a possibilidade de estar/visitar quando quisesse - porque precisava também tirar uma foto recente para o desafio… Desta feita, minha lista vem com lugares que visitei, que me inspiraram e que eu adoraria ter oportunidade de voltar a eles. Vamos lá!

1. Os jardins de Monet em Giverny. Já disse mais de uma vez que esse talvez seja um dos meus lugares favoritos no mundo. Já visitei três vezes, duas no verão, uma no outono e sonho com a chance de estar lá alguma vez na primavera. Ainda que seja um local extremamente turístico, tanto os jardins quanto a casa passam uma paz e um bem estar que é difícil de explicar. Da última vez em que visitei, tive a sorte de pegar o lugar quase vazio, uma tranquilidade.

2. Sintra, em Portugal! A Sintra eu já fui duas vezes e não me importaria de ir ainda mais. É uma cidade adorável, uma delícia de visitar, tem os doces, o bacalhau, a ginja, as casas coloridas, uma área verde enorme, e o Palácio da Pena é provavelmente o meu favorito de todos os palacetes que visitei, um lugar que me deixou leve e feliz. Gostaria de ir a Sintra e não apenas passar o dia, mas dormir na cidade, ver como ela é de noite… sinto que seria como me transportar através do tempo.

3. Florença como um todo. Visitei só uma vez, mas é uma cidade para a qual definitivamente gostaria de voltar. Não sei se foi porque fiquei hospedada fora do centro, ou se tive a sorte de ir numa época com clima ameno e relativamente poucos turistas, mas a impressão que tive de Florença é de um lugar em que eu gostaria de morar e não só pela miríade de museus fascinantes - ou o fato de que a cidade é, em si mesma, um museu a céu aberto. Eu me lembro particularmente de caminhar pelas margens do rio Arno, ver de longe a Ponte Vecchio e as colinas em torno da cidade e me sentir incrivelmente em paz com o mundo.

4. Adoro museus. Gosto especialmente de museus interativos, repletos de tecnologia para você melhor aproveitar as exposições, e já fui a vários do tipo por todo lugar que ando… Mas um dos meus museus favoritos é um lugar que fica em Recife mesmo, e é mais kitsch que high-tech: falo do Instituto Ricardo Brennand. O Brennand construiu duas castelos medievais (que me fazem pensar nos sham castle góticos da Inglaterra) para abrigar obras de arte e sua imensa coleção de armas brancas. Há uma amálgama de objetos, pinturas, esculturas, livros, que não obedece a uma lógica muito rígida - tudo isso cercado de um enorme jardim, com fossos, palmeiras imperiais, réplicas de estátuas clássicas e patos… É um lugar divertido, e gostoso de visitar.

5. A varanda lá de casa. É um lugar ótimo para deitar e sentir o vento no rosto, ler ou descansar. Como moro bem alto, minha vista vai do mangue - um verdadeiro tapete verde logo aos pés do prédio - até o mar. De manhã, dá para ouvir os pássaros no mangue e no final da tarde também. A gente quase não escuta barulho de carro; às vezes é meio como morar no meio do mato.


Ísis: OK, vamos lá.

1. Índia. Ela toda. Não que eu já a tenha visto por completo, pois ainda me falta visitar o sul, o norte, mumbai etc. Aonde eu fui, porém, adorei. O país é bem receptivo, e amei muito sua gente, sua comida, suas muitas e vívidas cores, sua história e sua arquitetura. Infelizmente, como todo país não desenvolvido, tem muito problemas básicos a serem resolvidos, como a situação das mulheres, as disparidades sociais e a falta de acesso a água limpa. Entretanto, a Índia é um dos países que mais cresce atualmente, então esperanças há muitas.

2. Machu Picchu. Dos 37 países aos quais já fui, Machu Pichhu perde apenas para alguns lugares na Índia e Myanmar. Essa maravilha foi deixada pelos Incas, um povo bastante guerreiro e impiedoso, mas muito avançado em certas áreas. Fica em plena cordilheira dos Andes, numa montanha em cuja base fica a cidade de Cuzco - sim, o nome do imperador na animação “A Nova Onda do Imperador” é homenagem à cidade. Com um pouco de sorte, pode-se ver um condor voar por lá, uma ave rara e enorme, símbolo de uma cultura rica. As ruínas estavam cem por cento em pé até uma década e meia atrás, apesar dos inúmeros terremotos que ocorrem na área. Graças à sua localização tão alta e de difícil/controlado acesso, permaneceu praticamente intocada. Ela não é feita de ouro nem nada parecido, mas é estonteante ver o conjunto da obra, mesmo com as partes que sucumbiram a um grande terremoto. O mais impressionante é que aquilo é como LEGO®, ou seja, não tem cimento nem cola! É tudo sustentado apenas por encaixes! Vale a pena visitar, quer pela genialidade, quer pela paisagem!

3. Myanmar/Burma. Esse país abriu para estrangeiros apenas recentemente, e a comunicação é um pouco difícil sem ter um guia, mas vale muito a pena ir. Visitei três cidades diferentes - a antiga capital, a atual, e outra cidade importante -, e cada uma tinha lugares fantásticos a serem descobertos. As pessoas são bem amistosas, embora às vezes tímidas, e em geral usam roupas tradicionais - ou uma mistura de vestimentas modernas e regionais. Eu gosto muito de lugares assim, onde a cultura ainda não foi apagada pela globalização. E o melhor de tudo, é bem barato!

4. Esse é mais próximo aqui de Nagoya: o parque/museu aberto “Little World” (Mundo Pequeno). Tem várias construções originais de diferentes países, desde o pavilhão africano à seção Europa. Cada “estação” tem comidas e até mesmo roupas para se experimentar e bater fotos. É uma área relativamente grande, e sempre que vou lá me divirto! É um dos meus lugares preferidos no mundo!

5. Restaurantes texanos-mexicanos e indianos. Adoro comidas apimentadas/temperadas, e essas duas estão entre minhas preferidas. Em geral, gosto de ambientes grandes assim, onde posso aproveitar a comida e a companhia, ou simplesmente ler enquanto me delicio. Gosto em particular do “Taco & Pizza” em Fortaleza (Tex-Mex), e, em Nagoya, do “Bhindika” e do “Mughal Palace” (indianos).


Lulu: A Ísis deixa a gente no chinelo, né? Algum dia quero ter viajado tanto quanto você já o fez…

E assim terminamos a lista de maio. Mês que vem tem mais vertigem!




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