6 de dezembro de 2018

360º: Uma Jornada Muito Esperada || Parte II - Venham a Mim os Chocolates Belgas


A segunda etapa do nosso roteiro foi a Bélgica, país em que eu ainda não tinha estado, e sobre o qual - antes de começar a pesquisar para organizar a viagem - eu só sabia que (1) tinha o melhor chocolate do mundo e (2) teve um rei sádico que se arvorou dono do Congo e as atrocidades lá perpetradas sancionadas por ele inspiraram a história de Coração das Trevas.

Pois é…

Meu negócio era “quero ir a pelo menos um país novo que eu ainda não tenha visitado nessa viagem”. Inicialmente, eu tinha pensado até em dar uma estirada para Amsterdã em vez de Bruxelas, mas quando comecei a ler e avaliar questões de distância e passagens, além de relatos de gente que visitara a Bélgica, acabei priorizando Bruxelas. E não só pela gula com que eu pensava em todo o chocolate que iria devorar (mas esse foi um fator importante).

A Bélgica é considerada um país bilíngue - o francês e o flamenco (holandês) - são as línguas oficiais, mas quase todo mundo falava inglês também, o que torna mais fácil para o turista se comunicar. Não é à toa que assim se dê: Bruxelas é considerada a ‘capital da Europa’, vez que o Parlamento Europeu tem sede aqui. É uma cidade extremamente cosmopolita e repleta de bons museus e parques. Tem uma mistura de períodos e estilos arquitetônicos que chamam a atenção. E também é considerada a cidade dos quadrinhos no continente, tendo vários artistas e personagens icônicos… incluindo os Smurfs e, mais importante, Tintin, que, bem, foi um dos meus heróis na infância. Eu adorava assistir o desenho dele na Cultura!


A viagem de Paris para Bruxelas foi super tranquila. Compradas com antecedência, as passagens custaram menos de trinta euros. Bem verdade que poderíamos, pesquisando, ter encontrado uma passagem de avião até mais barata, em alguma companhia low cost. Mas viajar de avião tem seus problemas: aeroportos são mais distantes do centro, você tem de se deslocar por distâncias maiores, precisa sair com bem mais antecedência, passar por um mundo de burocracia e ainda se preocupar com o que vai na mala (e especialmente com o peso dela). De trem, saindo do hotel foram cerca de quinze minutos de metrô até a estação, não tivemos de fazer check-in, nem despachar bagagem, e quando chegamos em Bruxelas já estávamos bem perto do centro, foi mais dez minutos de metrô até o próximo hotel.


Isso para não contar que o trem é bem confortável, com bastante espaço para esticar as pernas, teve wi-fi a viagem inteira, uma paisagem linda passando pela janela e em menos de duas horas estávamos no nosso destino. Então, sim, se tiver oportunidade de viajar pela Europa e sair de um país para o outro, eu recomendo fortemente fazer trajetos de trem.

Passamos dois dias batendo perna em Bruxelas e um esticando até Gante e Bruges, importantes cidades belgas, um dos grandes centros comerciais e marítimos da Idade Média. Interessados em História entenderão a importância delas ao descobrir que são parte da região de Flandres - quando Flandres era ainda província da Holanda (alô, Maurício de Nassau!). Dividimos nosso roteiro em um dia para visitar a parte alta da cidade e os pontos de interesse mais distantes do nosso hotel - aqueles que precisaríamos de metrô para chegar - e outro para a parte baixa, que era bem próxima de onde estávamos e onde poderíamos chegar caminhando.

Em Bruxelas

Primeira providência após chegar no hotel e se livrar das malas: seguir para um escritório de turismo para comprar o Brussels Card - um passe que funcionava como o Paris Museum Pass, pelo qual você podia ingressar em uma série de museus e ter acesso a vários descontos em monumentos, tours guiados e até restaurantes. Fizemos as contas e certamente vale mais à pena pegar o passe em vez de comprar ingressos individuais para cada museu.

Ao adquirir o Brussels Card você recebe uma caderneta com cupons de desconto - e assim é que nossa segunda parada foi a agência Brussels City Tours para comprar a excursão para Gante e Bruges com o cupom de 15% de desconto. Diferente da França, comprar passagens de trem com antecedência não pareceu valer muito à pena. De início íamos só a Bruges, mas quando vimos o tour, percebemos que, com o desconto, ele tinha um melhor custo-benefício: seriam duas cidades, com o tour guiado, quase que pelo mesmo preço de ir só a uma, de trem.

A agência fica bem pertinho da Grand-Place, e não muito distante do Manneken-Pis, o garoto fazendo xixi que é um dos grandes símbolos da cidade. A caminho da agência, passamos primeiro pelo Mont des Arts, com seu fantástico relógio, bem na hora das badaladas.


Nos perdemos um pouco, e acabamos dando de cara com a fonte do Manneken-Pis e, para nossa surpresa, chegamos no meio da farra! O que demonstra muito bem que às vezes é melhor se perder para achar algo inesperado e maravilhoso.


Não entendi muito bem o que se comemorava, mas era uma festa patrocinada pela guilda dos açougueiros (ao menos, era isso o que estava no estandarte que carregavam). Tinham vestido o Manneken-Pis (ele tem um guarda-roupa enorme e aparentemente é tradição que ele ganhe roupas em visitas de chefes de estado? Não me peçam para entender…) com as cores da guilda, estava rolando barril de cerveja e banda tocando música típica. Como não se sentir bem-vinda depois de uma recepção dessas?


Depois de acompanhar a banda por um tempo, achamos a agência e, cumpridas nossas obrigações, entramos na Grand-Place. Fiquei… embasbacada. A praça foi muito mais do que eu esperava, uma mistura enorme de arquiteturas, de brilho, de fachadas majestosas cheias de detalhes. Segundo a história do local - que pode ser acompanhada no Museu da Cidade de Bruxelas que fica também na praça - já existia um mercado público ali no século X e a praça em si existe, pelo menos, desde o século XII. A Câmara Municipal, com sua torre monumental, começou a ser erguida em 1401, terminando mais de cinquenta anos depois. A Casa do Rei, construída no século XV, hoje abriga o já citado museu. No entorno de tantos prédios cívicos, várias guildas foram construindo suas sedes - algumas hoje transformadas em restaurantes e chocolaterias.



Detalhe histórico literário: na casa encimada por um cisne - pertencente à guilda dos açougueiros (aqueles da festa no Manneken-Pis) - Karl Marx escreveu seu Manifesto do Partido Comunista.


O que visitamos hoje, contudo, não é bem a Grand-Place medieval que presenciou até a queima de mártires protestantes pela Inquisição. Originalmente, muitos dos prédios dessa área da cidade eram feitos de madeira e eles queimaram até quase nada restar quando os franceses bombardearam a cidade, na Guerra dos Nove Anos, também conhecida como a Guerra da Liga de Augsbourg, em 1695. Apenas a fachada e a torre da Câmara Municipal (que, ironicamente, era o prédio-alvo do bombardeio) sobreviveram.

No entorno da Grand-Place há um número enorme de chocolaterias. E também o museu do chocolate, que é pequeno e não tão interessante, mas vale à pena a visita pela parte da… DEGUSTAÇÃO! Na verdade, você consegue degustar chocolate em quase todo canto que entra e, de verdade, o chocolate belga merece a fama que tem.

Ali pertinho também fica a boutique do Tintim. Os preços são meio salgados, mas vale a visita para quem é fã do personagem (como eu).



Na verdade, da região da Grand-Place é possível cobrir caminhando todas as atrações da Cidade Baixa. Todos os dias que passamos em Bruxelas, começamos ali no entorno, tomando café-da-manhã e depois seguindo para o próximo destino da lista - ou, às vezes, simplesmente entrando em algum lugar que nos chamara a atenção.

Foi assim que descobrimos, por exemplo, o MOMA, o Museu de Estatuetas Originais - com uma enormidade de figures inspiradas em alguns dos mais famosos personagens dos quadrinhos europeus, alguns em tamanho natural. Lugar ótimo para visitar com crianças e tirar fotos hilariantes.




Atravessamos a Galeries Royale - um mercado coberto com vitrines tão lindas e tão suculentas que você não sabe para onde olhar -, seguimos por ruelas e escadarias (e é bom estar em dia com o condicionamento físico para caminhar em Bruxelas, porque a quantidade de escadarias e ladeiras acima e abaixo é impressionante), visitamos a Catedral de São Miguel e Santa Gúdula, patronos do país e enfim chegamos ao Museu dos Quadrinhos.



O Museu dos Quadrinhos é, em primeiro lugar, uma joia do art nouveau, com projeto de um dos mais famosos arquitetos belgas do movimento: Victor Horta (aliás, todos os prédios que esse homem projetou são de cair o queixo). Eu fiquei apaixonada pela forma como todo o prédio aproveita a luz natural, com as linhas da escadaria, com a impressão de espaços abertos, amplos. Não entendo de arquitetura, mas essas são características que muito me agradam.


A primeira parte do museu conta a história dos quadrinhos. Agora, embora eu goste de HQ’s e graphic novels, eu nunca tinha parado muito para pensar em como essa forma de contar histórias nasceu. No entanto, se pensarmos em como nos chegou os registros das histórias contadas pelos primeiros homens, a coisa se torna óbvia, não? Afinal, o que são pinturas nas cavernas feitas na Idade da Pedra se não uma forma de contar histórias em quadrinhos? E as fachadas das igrejas medievais, que contavam suas histórias através de imagens também não estariam na mesma tradição? Menos óbvio, mas fazendo todo o sentido, está a ideia de que monges preocupados em embelezar seus manuscritos tenham inventado a ‘gramática’ básica do que entendemos hoje como HQ’s: divisão da história em painéis, movimento, primeiro plano, diálogos em balões… E aí a invenção das prensas de Gutenberg, a popularização das letras, o surgimento de jornais… e das tirinhas de jornal, muitas vezes fazendo referência a questões políticas e sociais do dia.

Por que eu nunca tinha me dado conta de tudo isso???


O Museu dos Quadrinhos de Bruxelas é um lugar em que fácil, fácil, eu passaria o dia todo. Tivemos metade de uma tarde com garoa, mas, olha, é um lugar tão gostoso que eu definitivamente quero voltar.

Continuamos para o Museu dos Instrumentos Musicais, que abriga um acervo de mais de oito mil instrumentos do mundo inteiro. Nossa visita foi meio corrida e por isso não deu para fazê-la com o audioguia - no qual você pode escutar os sons de cada um daqueles instrumentos, especialmente os mais estranhos - mas ainda acho que valeu à pena, até pelo próprio prédio - que não é assinado pelo Horta, mas faz parte do Art Nouveau - e pela vista que tínhamos de lá.



O MIM está localizado bem próximo ao Jardim de Bruxelas e faz parte do complexo de Museus Reais de Belas Artes. Ali junto também se encontra o Museu Magritte, dedicado ao surrealismo… que não é muito minha praia, então confesso que visitei a exposição por estar ali junto e porque, no mínimo, o surreal me causa risos. No mesmo prédio, mas já ao meu gosto, havia também o Museu do Fim do Século e o Museu dos Mestres Antigos - sendo que não cheguei a visitar o último pelo já adiantado da hora (estava para fechar) e porque não sentia mais meus pés depois de tanto caminhar.

Nosso passeio na parte alta da cidade foi mais curto - do ponto de vista de termos visitado menos monumentos - mas rendeu algumas das fotos mais bonitas ou psicodélicas da viagem.

Começamos pelo Atomium, monumento em forma de um cristal elemental de ferro aumentado 165 milhões de vezes, construído em 1958 para a Exposição Universal de Bruxelas - algo parecido com o que dotou Paris de sua torre Eiffel. Talvez seja de se estranhar o formato, mas é sempre bom lembrar que a Bélgica tem forte produção de carvão e ferro, tendo sido uma das líderes da Revolução Industrial - e um dos países fundadores da Comunidade Européia do Carvão e Aço (CECA), primeiro passo para criação da União Europeia.




É possível subir o monumento e ver a vista através das esferas de ferro, mas vou confessar que a experiência não é tão impactante quanto a subida na Torre Eiffel. Nosso passeio ao Atomium valeu mais à pena pela exposição “A Circular Journey” que estava acontecendo na ocasião, um negócio que parecia mais surreal que… bem, as obras do surrealismo: subimos uma escada rolante no escuro, exceto por luzes nas laterais que piscavam ao som de uma batida eletrônica, desembocando numa representação atômica absolutamente psicodélica que me fez pensar em 2001 - Uma Odisseia no Espaço.


Do lado do Atomium fica o Mini Europe. Era nossa intenção visitar ele também, mas no final das contas, achamos que não valia à pena pagar (caro) para tirar fotos com miniaturas de lugares pelos quais já tínhamos passado, perdendo tempo que poderíamos gastar com coisas mais interessantes.

Assim é que pegamos o tram - metrô de superfície ou mais certo seria dizer, bonde elétrico - e atravessamos boa parte dos subúrbios de Bruxelas a caminho do bairro europeu, que concentra os prédios públicos que fazem parte da União Europeia. Gosto quando meus caminhos me levam a lugares assim, fora do centro turístico, quando podemos ter uma ideia de como as pessoas realmente vivem o dia a dia da cidade.

Pausa para momento hilariante do dia: você está parada observando a sede do parlamento e um japonês pede que você tire uma foto dele com a família. Você tira. Ele olha, diz que ficou boa (não sou profissional mas sei pelo menos o básico...), mas que quer o “enquadramento perfeito”. Eu olho para ele me segurando para não rir. Pelos próximos dez minutos ele me mostra na câmera qual o enquadramento perfeito que ele quer - tem de sair prédio, bandeiras, céu e se ele e a família ficarem tão pequenos que ninguém os reconhece, isso não será problema. Dou de ombros mentalmente e tiro a foto da maneira como ele ensinou que queria que eu tirasse. Desse ponto em diante da viagem, será uma piada interna minha e da Dynha a busca pelo ‘enquadramento perfeito’.


Mas, olha, foi uma lição válida para levarmos à parada seguinte: o Parque do Cinquentenário com suas deslumbrantes cores outonais. O parque e os edifícios do entorno foram encomendados por Leopoldo II (aquele rei sádico sujas ações no Congo inspiraram O Coração das Trevas) para a Exposição Nacional de 1880 (aparentemente os europeus gostam de qualquer desculpa para fazer uma expo, demonstrar seu poderio e inaugurar monumentos caríssimos) - aqui ficam o Museu de História Militar, o Autoworld (museu de carros) e Museu de Arte e História. Não deu para visitar nenhum deles, mas, como serve a vários lugares dessa viagem, “um dia eu voltarei”.



Se esparramar no gramado para olhar o céu ou dançar sob uma chuva de folhas douradas, pular em montes de flores secas que estalam sob seus pés. São momentos que nenhuma foto captura, mas que ficaram na memória como um dos momentos mais legais da viagem.


Mais uma boa caminhada (a essa altura devo deixar registrado que fazíamos cerca de dez quilômetros por dia, sendo que tivemos o recorde no terceiro dia em Paris, com dezesseis quilômetros andados!) e chegamos à Casa da História Europeia, onde planejamos passar no máximo umas duas horas… mas acabamos ficando a tarde inteira.


A Casa da História Europeia faz parte do complexo do Parlamento Europeu e, como bem resume o título, conta a história do continente, das guerras e rivalidades até o surgimento da comunidade unida - tudo através de objetos, música, documentos, fotos, vídeos, jogos… É um museu extremamente interativo, gratuito e riquíssimo em informações, tanto que foi um dos meus favoritos na viagem.


No final das contas, cheguei à conclusão de que dois dias foram insuficientes para aproveitar tudo o que Bruxelas tem a te oferecer. A cidade tem muito que se ver, muito para visitar, muito que aproveitar. É curioso, porque antes dessa viagem, nunca tinha pensado muito em colocar a Bélgica em algum roteiro de viagem, mas valeu muito muito à pena passar por lá. E não apenas pelos chocolates.

Mas ainda não terminamos essa etapa da viagem, afinal… temos Flandres!

Vislumbres de portos em Flandres

Nossa excursão de um dia por Flandres - ou, mais exatamente, por duas importantes cidades da região de Flandres - foi mais um aperitivo que propriamente algo para exaurir tudo o que Gante e Bruges tinham a oferecer. São cidades que valeriam à pena visitar com mais vagar, não apenas para ver os prédios históricos e museus, mas para aproveitar o próprio clima delas. Em certa medida, as duas me lembraram um pouco a sensação que tive em Florença - é agradável andar por suas ruas antigas, sentar na beira dos canais e observar os barcos, independente do que as torna cidades de interesse turístico.

Saímos de Bruxelas por volta das nove, com um guia que tinha uns comentários tão acidamente irônicos que a rabugice dele acabou nos soando engraçada. E também nos fez pensar em comparações com o Brasil, porque quando passamos pelo Banco Nacional deles e, logo em seguida, o Ministério da Fazenda, ele reclamou de coisas bem familiares para nós (‘esse prédio grande é o Ministério da Fazenda. Ele é do tamanho dos impostos que pagamos’).

Gante, a uma hora de Bruxelas, foi nossa primeira parada. É uma cidade universitária e não sei se pela hora, no meio da semana, estava todo mundo nas salas de aula… mas muitas lojas fora do centro estavam fechadas mesmo já perto do almoço e havia bem pouca gente andando pelas ruas. Passamos pelo Belfry, a torre sineira que avisava dos acontecimentos, da vida cotidiana, pelo badalar de sinos, pelas praças de mercado - cuja arquitetura muito lembrava as fachadas dos prédios da Grand Place em Bruxelas - catedrais, castelos e pontes. Com 45 minutos de tour guiado com o guia rabugento (ele realmente me fez pensar no Scrooge, de Um Conto de Natal) e 45 minutos livres, não teve como se estender demais, mas ainda deu para ver bastante coisa… e ainda comer um waffle feito na hora para se esquentar um pouco.



Em Bruges chegamos na hora do almoço. Passamos por um parque maravilhoso, no entorno de uma abadia e de uma série de casas construídas pelas guildas para abrigar viúvas de cruzados. Depois de comer, batemos perna pela rua das lojinhas de souvenir e acabamos por encontrar uma vendedora portuguesa - e foi pela coincidência de sermos tão bem recebidas e atendidas por uma falante de português que decidimos comprar ali nossas lembranças de viagem.

Esse é um daqueles lugares em que, quando você vai tirar foto, não tem como achar um ângulo ruim. Bruges é, simplesmente, adorável. Pela quantidade de canais que cortam a cidade, costuma ser muito comparada a Veneza, mas vou dizer que preferi a versão belga - talvez porque em Bruges não houve risco de ser atropelada por uma horda de turistas ensandecidos. Quem sabe voltando a Veneza na baixa estação, sem tanta gente e sem um calor infernal (quando fui era verão), eu não consiga aproveitar melhor a cidade? Um plano para o futuro…




A visita a Bruges foi maior, durou a tarde toda e ainda houve tempo de espremer um passeio de barco no final do dia com um guia que falava, entre outras línguas, português. Cheguei à conclusão de que a maioria dos belgas deve ser poliglota - aprendem duas línguas de berço, depois estudam inglês e aí topam qualquer coisa pelo caminho.

De maneira geral, eu tive uma impressão muito favorável da Bélgica e dos belgas. São um povo educado, solícito; mais solícitos que os franceses, que costumam receber um número bem maior de turistas. É um país com custo de vida mais caro - pelo menos, foi onde acabamos gastando mais em hospedagem e alimentação -, mas acho que vale à pena sim colocá-lo na lista de lugares para conhecer, se você estiver pela Europa. Fui embora já pensando em voltar com mais tempo (tempo é sempre complicado, né?), porque tem um monte de lugares e experiências que não pude fazer dessa vez, ou que eu certamente ficaria feliz de repetir.


Depois de quatro dias na Bélgica, seguimos de Eurostar para Londres. E aí começou uma peregrinação literária que há muito eu planejava fazer… Mas isso é coisa para a próxima parte desse diário de viagem.


A Coruja


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