11 de dezembro de 2014

Desafio Corujesco: O Castelo Encantado

Publicado pela primeira vez em 1907, este livro conta as aventuras de três irmãos que, durante as férias escolares, na Inglaterra do começo do século XX, encontram um castelo encantado a que não faltam os costumeiros fantasmas, mas que também tem sortilégios e encantamentos assustadores.

Um lago, bosques e estátuas de mármore, torres brancas e torreões criam um clima de conto de fadas, confirmado quando os três encontram, num labirinto, uma princesa adormecida.

A princesa conta que aquele lugar é cheio de encantamentos, mas as crianças resistem a acreditar nela, que lhes mostra os tesouros do castelo, incluindo um anel de invisibilidade… E logo os quatro, numa série de aventuras e perigos, descobrem que o anel tem muitos outros poderes mágicos…
A primeira coisa que quero dizer sobre esse livro é que edição linda que a Autêntica fez. Os capítulos começam com páginas azuis e letras brancas, continuando as páginas seguintes com letras tudo em azul, e lindas ilustrações originais de Harold Robert Millar.

A segunda coisa que tenho a dizer é que eu gostaria de ter lido ele quando era criança. Aliás, gostaria de observar que esse ano dei conta de vários títulos que entraram nessa lista – eu culpo o Gabriel, porque quando fui montar a biblioteca imaginária dele, acabei enfiando um monte desse tipo de livro na minha estante.

Eu descobri Edith Nesbit em algum artigo sobre as influências literárias da Rowling, que inspiraram na criação de Harry Potter e estava já faz um tempo para ler a autora. Demorei um pouco, mais, bem, cá estamos, não é verdade?

A história de O Castelo Encantado segue as aventuras de três irmãos – Gerald, James e Kathleen e uma amiga, Mabel, que eles conhecem durante as férias de verão, numa visita de exploração que fazem ao castelo encantado do título.

Graças a um anel enfeitiçado, eles acabam por viver uma série de aventuras – tornam-se invisíveis, dão vida a bonecos de pano e estátuas de mármore, fazem mágicas na feira, resolvem mistérios, e, no processo, acabam por reunir dois amantes há muito separados.

A prosa de Nesbit é leve e por vezes quebra a barreira do texto para se dirigir diretamente ao leitor. A história em si tem uma simplicidade doce, com personagens adoráveis (em particular Gerald), mas não muito particularmente profundos. Há uma moralidade simples na forma como as crianças esforçam-se por não mentir – a despeito de saberem que os adultos não acreditarão em suas histórias fantásticas – e obedecer mademoiselle e alcançar um equilíbrio de forças entre si.

Contudo, esse é um daqueles livros que não acho que funciona tão bem depois que crescemos. Pelo menos, não para mim - fiquei particularmente vidrada com algumas das descrições – Nesbit sabe tecer seus encantos – mas não consegui me identificar tanto com os ingênuos protagonistas.


A Coruja


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2 comentários:

  1. Fiquei curiosa... vou colocar na minha lista :-)
    O meu desafio de dezembro foi cheio... teve de tudo um pouco: literatura árabe, infanto-juvenil, mistério, romance histórico e um livro feminista. Nada mal para um tema livre! rsrsrsrs
    Já preparei minha lista de leituras para o próximo ano!
    Beijos!
    http://leiturasdelaura.blogspot.com.br

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    Respostas
    1. Laura, foi uma alegria acompanhar teu desafio. Estou ansiosa para recomeçarmos ano que vem. Foi divertido, não? Já dei uma olhada nos seus livros e fiquei doidinha para colocá-los nas minhas listas ;)

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