16 de março de 2013

Para assistir: Once Upon a Time

Era uma vez...

Havia uma floresta encantada com todos os personagens clássicos que conhecemos.
Ou pensamos conhecer.

Um dia eles se viram presos num lugar onde todos os seus finais felizes foram roubados.
O nosso mundo.

Foi assim que aconteceu...
É meio raro eu resenhar séries ou filmes por aqui, mas essa aqui não apenas tem a ver com o tema do especial desse mês, como também me deixou maluca assistindo, só faltou explodir minha cabeça...

Curioso que demorei para assistir Once Upon a Time, especialmente a se considerar que recebi muitas indicações e comentários positivos sobre ela – o Flávio, que é uma pessoa que adoro e tem gostos muito parecidos comigo, cantou odes a ela; depois a Angélica perguntou e insistiu que eu assistisse, aí somou a turma do Clube, Dynha e Flavinha que fizeram uma verdadeira lavagem cerebral para colocar todo mundo mais assistindo também (até onde eu saiba, a Tayla e o Dé foram convencidos dessa forma). Tenho quase certeza que a Ísis assiste, e acho que se a Dani não assistiu ainda, será obrigada muito em breve... Enfim, meu problema com Once Upon a Time não foi algum tipo de cisma ou desconfiança, mas pura e simplesmente falta de tempo.

A Ísis assiste! Religiosamente! o/

Se a Dani assistir, ela nunca mais pára de desenhar... Aquilo é inspirador demais!


Aí, final do ano passado, comprei os DVD’s da primeira temporada... comecei a assistir, achando que ia conseguir me segurar e assistir um de cada vez, quando deus desse bom tempo ou algo parecido. Quando percebi, eu estava na metade da série, um episódio depois do outro, duas noites viradas e quando viajei para o interior e na bagunça da preparação e o sono de sair de madrugada, acabei esquecendo de levar o que faltava para assistir... eu quase surtei.

Eu também teria... credo!

Isso é para você nunca se esquecer de terminar de arrumar as malas na véspera de viajar, e não deixar para ver as coisas às quatro da manhã se acabando de sono e com todo o resto da família mandando você andar logo.

Concordo com a primeira lição, mas, quanto à segunda, é tudo uma questão de prioridade! XD

Assisti todos os episódios com um caderninho de lado para ir anotando as referências que eu conseguia enxergar (sabia!), porque da forma como meus queridos amigos falavam, tinha a impressão de que seria colocada para fazer prova quando terminasse (Flávio, em especial, só ficava dizendo, “presta atenção, nisso e naquilo que depois quero ouvir o que você acha”). O resultado da ópera foi um bloco de anotações quase todo repleto de ‘notas de rodapé’ e comentários mais ou menos cretinos. (divide comigo! Pensarei no caso...)




Tudo começa quando Emma Swan faz um pedido no dia do seu aniversário... e no segundo seguinte, alguém bate à porta: um garotinho que se diz seu filho, que ela deu em adoção ao nascer, dez anos atrás. O garoto – que se chama Henry – carrega consigo um livro de contos de fadas e afirma que Emma é uma personagem do livro, assim como todas as pessoas da cidade em que ele mora – Storybrooke. Seu exílio para o nosso mundo seria o resultado de uma poderosa maldição da Rainha Má, que, por acaso, é a mãe adotiva de Henry, a prefeita de Storybrooke, Regina Mills.

Segundo Henry e seu livro, Emma seria a filha de Branca de Neve e o Príncipe Encantado, mandada para nosso mundo antes do feitiço da Rainha alcançar completamente o reino, tendo sido profetizado que ela seria capaz de quebrar a maldição.

Emma, obviamente, não acredita muito na conversa de Henry e nem fica particularmente contente em ter sido encontrada pelo garoto. Ela o coloca no carro para levá-lo de volta para casa, disposta a não arranjar mais problemas... mas logo essa relutância se transforma em preocupação, ao conhecer Regina.

Regina não está particularmente interessada em permitir que Emma tenha qualquer tipo de papel na vida do filho e tenta desde chantageá-la até ameaçá-la abertamente para conseguir afastá-la de Henry. Questão é que Emma é cabeça dura e não gosta que tentem intimidá-la (quem gosta?); além disso, ela não deu o filho simplesmente porque não o queria, mas sim porque desejava para ele “a melhor chance”.

Eu até entendo o porquê dela ter dado o filho, mas não me conformo que ela não deixe a Regina em paz! Que se dane qualquer outro coisa, boa mãe ela é!

Eu concordo contigo: na verdade, em toda a série, Regina é a única mãe que nunca abandonou o filho, seja lá por qual razão... 

Quanto mais Regina pressiona, mais Emma se decide e ao final do primeiro episódio, nossa protagonista já começou a criar raízes na cidade, disposta a ficar até ter certeza que Henry está bem.

Ao mesmo tempo em que bate cabeça com a prefeita, Emma também cruza com vários outros personagens, cujas histórias ecoam aquelas de suas contrapartes nos contos de fadas – Branca de Neve, Encantado, o Caçador, Cinderella, Rumplestiltskin (Vai fazer o name game com esse, vai!)...

Os episódios são contados em dois tempos – enquanto vemos os fatos que se desenrolam em Storybrooke, também somos apresentados ao passado desses personagens, às ‘verdadeiras’ histórias por trás dos nossos contos de fadas. Entendemos o que levou Regina a fazer o que fez, o que está por trás de seu desejo de vingança contra Branca de Neve – um ódio tão grande que a leva a querer destruir os finais felizes de todos. E, aos poucos, as histórias e personagens vão se entrelaçando; de alguma forma, todos estão interligados.

Essa é uma das melhores partes! O que os roteiristas fizeram com os clássicos contos de fadas, para então entrelaçá-los foi FANTÁSTICO! Inclusive indiquei para uma colega que está estudando cinematografia...

Na verdade, todos os nomes de Once Upon a Time parecem ter pelo menos uma coisa em comum: fizeram algum acordo com Rumplestiltskin – uma figura tão intrincada, tão cheia de níveis, tão rico e fascinante, que, sério, ele é o meu personagem favorito.

Rumplestiltskin é vilão, herói, fera, manipulador extraordinário (eu quase caí da cadeira com o que ele faz no episódio oito da primeira temporada, Desperate Souls), aproveitador miserável... mas suas motivações, aquilo que realmente o move redime boa parte de seus crimes. (Sei não, viu? Eu já discordo... Explica, mas redimir são outros quinhentos... Eu não disse que redimia tudo, mas não se pode negar que ele é um personagens de ricas nuances e soberbamente interpretado pelo Carlyle...) Ele é absurdamente contraditório, maquiavélico no exato sentido do termo: os fins justificam os meios, seja lá quais forem os meios para alcançar tais fins.

Vou parar por aqui antes que eu comece a entregar o ouro e falar mais do que deveria. Vão assistir à série e depois voltem aqui para comentar comigo. Porque, melhor do que se encantar com os contos de fadas de Once Upon a Time, é ter amigos com quem compartilhar suas teorias malucas e amores bidimensionais (porque, né, vou te contar, oh, série para ter homem bonito...).

O engraçado é que os outros heróis são mais bonitos que o protagonista (o Charming)... mas, sim, concordamos, ô elenco maravilhoso!

E tenho dito!


A Coruja


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