19 de fevereiro de 2013
Para ler: Livraria Limítrofe
Uma das minhas fontes de recomendação de leituras é a Angélica, que volta e meia está me repassando livros – foi através dela que conheci, por exemplo, o excelente Cira e o Velho e é também com ela que costumo compartilhar amor por Sherlock Holmes...Você está convidado a conhecer a livraria mais imprevisível, fabulosa e excêntrica da qual já se teve conhecimento. Aqui, tempo e espaço são plenamente maleáveis, onde o único limite é a capacidade de se criar mundos a partir de palavras impressas. Quem sabe um dia não tenha a sorte de ver diante de si uma porta sobre a qual se enxergam os dizeres "Livraria Limítrofe"?
Enfim, foi por ouvi-la falar desse livro mais de uma vez que acabei por ir atrás dele.
De pronto me surpreendi com a apresentação do livro. Na primeira edição, ele vinha sem capa, a costura da lombada aparente, artesanal – algo bem diferente e novo (ao menos para mim). Agora ele está sendo vendido numa edição em capa dura, mas, devo confessar, o primeiro formato me seduziu mais.
A idéia por trás da história também me conquistou. Ela é narrada em primeira pessoa e se trata de uma curiosa entrevista de emprego – e a impressão do discurso é que você, leitor, é o candidato a suceder o narrador no papel de o Livreiro da Livraria Limítrofe.
A livraria limítrofe é um lugar mágico – no sentido exato da palavra – que muda conforme o cliente que entra em seu recinto. Para leitores de Harry Potter, eu poderia descrevê-la como a Sala Precisa das livrarias.
Em outras palavras... se eu entrasse na Livraria Limítrofe eu provavelmente me veria nas ruas de Ankh-Morpork, perseguindo um coelho branco, tomaria chá em Pemberley e jantaria no Dragão Verde, reinaria em Cair Parável e terminaria o dia decifrando mortes misteriosas em um monastério medieval.
Em sua essência, eu amei a concepção. A forma como ela é posta em prática, contudo, não me agradou tanto. Falta à narrativa uma trama. Cada capítulo é o testemunho de um cliente da livraria (a entrevista de emprego é às avessas, a livraria que tem de mostrar os créditos dela para você) – e não existe realmente algo que as ligue para além da própria livraria e do livreiro. Minha impressão era a de estar continuamente presa na Introdução. Não significa que não seja uma leitura prazerosa – mas você termina sem saber exatamente para onde vai ou o porquê daquilo tudo.
Está prevista para esse ano uma continuação. Fiquei curiosa o suficiente com esse primeiro volume para querer lê-la e só torço para que, agora que passamos das introduções, o autor engrene a marcha, porque potencial há de sobra.
A Coruja
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Livros, viagens, filosofia de botequim e causos da carochinha: o Coruja em Teto de Zinco Quente foi criado para ser um depósito de ideias, opiniões, debates e resmungos sobre a vida, o universo e tudo o mais. Para saber mais, clique aqui.
Como digo sempre, adoro ler sua impressão do livro, é muito do que eu sinto mas não sei expor em palavras.
ResponderExcluirFico muito feliz com isso, como sempre! Especialmente porque você sempre tem me indicado livros bons!
ExcluirEstou esperando este livro chegar por um booktour. super ansiosa, nem sabia que seria uma série
ResponderExcluirPois é, descobri por acaso que teria um segundo volume, estou esperando por ele agora.
ExcluirAdoro quando blogueiros indicam livros (:
ResponderExcluirÉ praticamente só o que faço aqui XD
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