Faltam pouco menos de vinte dias para meu aniversário. Como todo ano me perguntam o que quero ganhar de presente (a resposta sempre é livros!) e todo ano falham em me dar o que quero ganhar de presente (roupas...), decidi fazer uma lista direta e sucinta para que ninguém diga que não sabe que livro me dar já que eu tenho tantos.


Não que as pessoas que me dão presente vão ler isso aqui, mas a intenção é que vale. Quem lê o Coruja não sabe meu endereço. Mas se vocês quiserem me mandar presentes, eu mando meu endereço! Hohoho...

Ok, vamos à lista...

História do Brasil de Boris Fausto. É um calhamaço assim de mais de seiscentas páginas. O cara é um bom autor e ele obviamente não escreveu para criancinhas do nível ginasial, então não é um livro recheado de mentiras e figurinhas coloridas. Eu não tenho nenhum bom livro de história do Brasil e me detesto por essa lacuna.

É, eu sou doida, mas todos já concordamos com isso há tempos.

A Era do Capital de Eric Hobsbawn. É o último que me falta para completar a coleção das Eras. Novamente, Hobsbawn é um excelente escritor e eu gosto de História. Eu tive de pular das Revoluções para os Impérios, mas isso foi porque eu não precisava do Capital para escrever minha monografia.

Estou fazendo sentido?

História da Vida Privada de Duby e Aries, em cinco volumes, na edição de bolso (que é mais barata e mais fácil de manusear que a edição de capa dura). Faz anos que eu quero essa coleção, mas ela esteve um tempo esgotada e agora voltou em nova edição. Feliz de mim!

Tratado sobre a tolerância de Voltaire. Voltaire é um dos meus autores favoritos, com fantástico senso de humor mesmo quando tratando dos títulos mais espinhentos. Esse livro, em específico, trata da questão da liberdade religiosa e dos tristes resultados do fanatismo, assunto que Voltaire já tratara em O Túmulo do Fanatismo, que eu tenho a felicidade de possuir.

Pensando bem, eu aceito qualquer livro de Voltaire. O cara é genial. Eu tenho dele Cândido, o já citado Túmulo do Fanatismo e O Preço da Justiça. Então, fora esses três, por favor, qualquer outro serve.

Apocalípticos e Integrados de Umberto Eco. Aliás, como Voltaire, eu aceito qualquer livro de Eco que queiram me dar, exceto pelos romances, que eu já tenho... Ficarei muito feliz com Tratado Geral de Semiótica ou mesmo Em que Crêem os que Não Crêem ? ou ainda Seis Passeios Pelos Bosques da Ficção .

Qualquer livro de Terry Pratchett que não tenha sido lançado ainda em Português. Sério, eu realmente ficaria feliz ganhando livros do Pratchett. Muito feliz. Qualquer um serve.

Livros de Gaiman. Eu depois faço a lista dos que eu já tenho. Ou dos que eu não tenho ainda. Não consigo me lembrar agora de cor. Mas, salvo engano, eu tenho todos os romances dele, então, podem me dar a parte em quadrinhos.

Livros de Alan Garner. Se vocês não conhecem, deveriam. Fico satisfeita com A Pedra Encantada de Brisingamen e A Lua de Gomrath.

Livros de Tolkien. Hum... eu também tenho que ver depois qual é que eu não tenho...

Livros de Shakespeare. Idem Ibidem. Na verdade, um dos meus objetivos de vida é ler todas as peças de Shakespeare. Ao menos duas vezes.

Mãe, eu sei que de vez em quando você passa os olhos por aqui. Também amo você. E não, eu realmente não preciso de uma bolsa nova. Nem de sapatos para combinar com eles. Mas, se você realmente faz absoluta questão de não me dar livros, apesar de todas as minhas dicas em contrário, por favor, prefiro sapatilhas sem salto.

Aos outros leitores, minhas desculpas por serem pegos em minha tentativa de manipular mamãe para que ela se convença de uma vez que eu prefiro livros. No meu post pós-aniversário, revelarei sobre os resultados dessa tentativa.



A Coruja