12 de julho de 2009

Para ler: Night World 02


“Você deveria estar lá!” Ela botou para fora num soluço sufocado “Onde você esteve?”

Você era para estar comigo – há tanto tempo! Você é
parte de mim, a parte da qual eu vagamente sempre senti falta. Você deveria estar por perto, auxiliando, me levantando quando eu caísse. Vigiando minhas costas, ouvindo minhas histórias. Compreendendo coisas que eu não quereria dizer para outras pessoas. Me amando quando eu fosse estúpida.

Você era meu companheiro de vôo! Meu colega! Você era minha outra metade dos mistérios! Nós deveríamos ser sagrados um para o outro -
e você não estava lá!

Eu observei, quando comentando do primeiro volume de Night World, que embora (e, talvez, exatamente por isso) Jane Smith escreva de forma despretensiosa, uma vez tendo começado a ler suas histórias, é quase impossível parar.

Ou talvez essa seja só uma compulsão minha, quem sabe?

O caso é que comecei a ler o segundo volume tão logo abri o pacote da encomenda, por volta das quatro e meia da tarde (depois de ter dado ainda um jeito no calcanhar, porque fiquei pulando na cozinha ao saber que os livros tinham chegado. É, eu sei, ridículo...). Parei para jantar, voltei a ler... e, quando me dei conta (já terminando o quinto livro da série, The Chosen), a casa estava toda silenciosa e escura, só eu permanecia acordada ouvindo Dashboard Confessionals e faltava pouco mais de quinze minutos para meia-noite.

Onde o tempo foi parar???

Agora, vamos ao que interessa. Os três livros que compõem esse segundo volume nos fazem afundar ainda mais no Mundo da Noite e têm um tom substancialmente mais místico que os do primeiro volume (o que me leva a observar que a primeira história, O Vampiro Secreto, é bem fraquinha em comparação com o resto) sem, contudo, se transformar em nada New Age.

Começamos em Dark Angel com uma experiência de quase morte... ou pós-morte, já que a Gillian realmente começa o livro morrendo. Então, ela chega num lugar entre o nosso mundo e o que quer que haja do outro lado e lá encontra uma entidade que se auto-denomina anjo e que a convence a voltar para seu corpo e que a segue nessa viagem de volta para se tornar guardião da Gillian e transformá-la na garota mais popular do colégio.

Não é muito difícil chegar à brilhante conclusão de que quem quer que tenha voltado com ela, não é exatamente um anjo da guarda... ou vocês realmente acham que anjos estão preocupados com popularidade e em ensinarem sua protegida a fazerem sortilégios de magia negra – visto que Gillian, com seus olhos violetas, é uma bruxa perdida, da família das Harman (incrível como todas as Harman parecem ter olhos violetas...).

Seguindo a Gillian, vem The Chosen, que se tornou um dos meus favoritos na série... Aqui, acompanhamos a caçadora de vampiros Rachel, que viu, aos cinco anos, a mãe ser assassinada por um vampiro.

Rachel é tremendamente boa no que faz, até que seu caminho se cruza com o de John Quinn, um dos senhores do Night World, herdeiro de Hunter Redfern (que é ‘O Cara’ no mundo dos vampiros), responsável por uma rede de seqüestros e venda de escravos...

Os dois descobrem que são... bem, eles são soulmates. Coitados...

E aí eles ficam entrando em situações em que um quer matar o outro, mas, na hora H, ninguém tem coragem de chegar aos finalmentes, até que o próprio Hunter aparece e... rufem os tambores! Ele é o vampiro que Rachel caça desde criança.

O quinto livro da série termina num grande incêndio, mas não digo mais que isso para não estragar as surpresas.

O segundo volume termina com Soulmate, que conta a história de Hannah Snow, uma Alma Antiga – ou seja, uma humana que reencarnou dezenas, milhares de vezes... e que, em sua primeira vida, conheceu Thierry Descouedres, o primeiro vampiro feito, mordido pela própria Maya, a primeira vampira.

Os dois são soulmates, só que, ao recuperar suas memórias de vidas passadas, Hannah descobre que, em todas elas, morreu antes dos dezessete anos... pelas mãos de Thierry. Ou será que não?

O interessante da L. J. Smith, como eu já disse milhares de vezes é que tudo o que ela escreve vem de forma incrivelmente natural; o mundo que ela cria é crível e ela se prende a ele, não inserindo nenhum elemento que, de repente, extrapole aquilo que ela já delimitou (o que não se pode dizer de outros autores de fantasia que conheço...).

Aliás, eu tenho boas novidades, inclusive para o Brasil, no que se trata da Lisa Jane. O primeiro livro da série The Vampire Diaries, outra das séries de sucesso da autora, será lançado em português ainda esse ano pela Editora Record; está previsto para dia 28 de agosto.

E está previsto para setembro agora o lançamento da série de TV baseada também em The Vampire Diaries. Segue abaixo o preview da série (legendado).


Já terminei o terceiro volume de Nightworld, a próxima resenha vai ser dele. Até lá... divirtam-se!


A Coruja


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