27 de junho de 2009

Dark Years - Parte II

Hoje nós temos o segundo conto da série Dark Years, dessa vez estrelando Alice. Esse é, particularmente, um dos meus favoritos...


(I've lost myself again and I feel unsafe...)

MAKING-OF

Essa foi a primeira vez em que escrevi alguma coisa da Alice – não contando os beijos da semana dos namorados... e, é engraçado, porque eu sempre achei que, quando você escrevê-la, seria uma peça alegre, divertida e talvez até um pouco sem noção, como é bem a cara da nossa vidente residente dos Cullen. Eu flertei por um bom tempo com a possibilidade de escrever uma oneshot intitulada Confessions of a Shopaholic após ver o trailer do filme e escutar sua trilha sonora.

Talvez eu faça isso num futuro próximo, quem sabe?

Quando comecei a escrever, eu não tinha muita ideia do que ia fazer. Só sabia que a cena tinha de terminar com Alice diante do próprio túmulo.

Não tenho certeza se essa foi a primeira vez que ela visitou o sanatório. Como no início da história ela já está lá, isso fica um pouco ambíguo, mas creio que sim, esse é o primeiro contato dela com seu passado.

Há diversas questões que me peguei analisando enquanto escrevia... como a ausência de Jasper, os pensamentos da Alice em relação ao seu abandono e também em relação à Bella (isso se deve em muito à letra da música que utilizei); quando li Lua Nova pela primeira vez, quando Alice vai atrás de Bella após ter sua visão, eu tive a impressão de que ela contava o que descobrira com um certo desprendimento, quase como se aquilo não lhe dissesse respeito.

Aliás, como Alice não se lembra de nada, ela é a única que tem localizado os seus anos sombrios após a entrada de Bella na vida dos Cullen.

Vamos começar do começo, não é mesmo? Por que Jasper não está com Alice numa situação tão importante para ela? Bem, eu acredito que ela não tenha dito para ele para onde estava indo. Ela diria depois, quando volta para casa, mas, naquele momento inicial, ela precisava fazer isso sozinha. Algo que ela precisava fazer por ela e que, por maior que fosse o apoio que ele ou outra pessoa pudesse dar, ela precisava enfrentar por si.

Eu tenho a impressão de que Alice é o tipo de pessoa que se recusa a demonstrar fragilidade. E é exatamente por isso que, nesse primeiro encontro com seu passado, ela teria preferido ir sozinha.

Os pensamentos dela sobre seu abandono também foi algo com que lutei um pouco... Afinal, como capturar o sentimento de uma pessoa que descobre ter sido abandonada por aqueles que deveriam, pela lógica, amarem e protegê-la?

Mas não demorou para que Alice (e eu mesma) percebêssemos que as coisas não eram assim tão difíceis. Alice não tinha nenhuma memória de ser uma Brandon; mesmo estando no lugar em que tudo começara (ou terminara, a depender do ponto de vista), nada ali guardava qualquer significado.

Mary Alice Brandon realmente morreu. Porque ela nunca foi aquela Alice. Ela não tinha porque lamentá-la, lamentar um passado que nada de bom tinha lhe dado. Ela era Alice Cullen, tinha o sido desde suas primeiras visões com aquela estranha família, tinha o sido mesmo antes de encontrar Jasper.

Acho que é isso em resumo... Eu tenho para mim que a história e a música foram bem mais explicativas do que esse making-of, mas às vezes eu tenho pensamentos confusos... É muito mais fácil compor uma cena do que explicar meus pensamentos sobre o assunto.

Se não fosse pelo fato de que Alice nunca se lembrou de nada (ou, ao menos, foi isso que entendi da cena de Lua Nova), eu teria feito uns flashbacks interessantes. Mas acho que seria demais, até para o meu nível de sadismo com os coitados dos meus personagens mostrar petite Alice sendo eletrocutada.

De mais a mais, ela ao menos teve sorte de ter sido transformada antes de fazerem uma lobotomia nela. Creio que à época – final da década de 20, começo da década de 30 – ainda era um tratamento considerado bastante eficaz...

Vamos ver agora quem virá a seguir...


A Coruja


____________________________________

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sobre

Livros, viagens, filosofia de botequim e causos da carochinha: o Coruja em Teto de Zinco Quente foi criado para ser um depósito de ideias, opiniões, debates e resmungos sobre a vida, o universo e tudo o mais. Para saber mais, clique aqui.

Cadastre seu email e receba a newsletter do blog

powered by TinyLetter

facebook

Arquivo do blog