23 de maio de 2013

Projeto Baudelaire: O Elevador Ersatz

Caro Leitor,

Se você acaba de pegar este livro para ler, então não é tarde demais para colocá-lo de volta na estante. Como os livros anteriores dessas DESVENTURAS EM SÉRIE, não há nada para se encontrar nestas páginas a não ser desgraças, desespero e mal-estar, e você ainda está em tempo de escolher alguma outra coisa.

Nos capítulos desta história, Violet, Klaus e Sunny Baudelaire encontram uma escadaria escura, um arenque vermelho, alguns amigos em situação desesperada, três iniciais misteriosas, um mentiroso com um plano sinistro, uma passagem secreta e refrigerante de salsa.

Jurei pôr no papel essas histórias dos órfãos Baudelaire para que o grande público venha a saber de cada uma das coisas terríveis que aconteceram com eles, mas se em vez disto você decidir ler alguma outra coisa, irá poupar-se de uma montanha de horrores e desgostos.

Respeitosamente,
Lemony Snicket
No livro sexto das Desventuras em Série, os irmãos Baudelaire são mandados para viver com Jerome e Esmé Squalor, seus tios em... algum grau, numa grande cobertura nas vizinhanças da Besta (o número do prédio é 667...), na cidade em que os órfãos moravam originalmente – que nunca é mencionada pelo nome, mas isso não vem agora ao caso.

Jerome é uma pessoa razoavelmente gentil, que tenta fazer as crianças se sentirem confortáveis e bem-vindas. O problema é que ele não gosta de forma alguma de confrontos e por isso acaba sempre cedendo a sua esposa, a fútil, mas extremamente bem sucedida Esmé, que só quer saber do que está na moda.

Está na moda adotar órfãos, então é bom ter os Baudelaire por perto... até eles encrencarem com o fabuloso amigo da família, o leiloeiro Gunther, insistindo que o homem é o detestável Conde Olaf.

Há algumas respostas, alguns reencontros, nem todos felizes. Mais uma vez, os Baudelaire escapam por um triz e agora eles têm um objetivo real para além de tentar sobreviver passando de um guardião (inútil) para outro: descobrir o que é a C.S.C. e resgatar os Quagmire.

O livro tem um final agridoce e, aos poucos, a narrativa vai ganhando um tom (ainda mais) sombrio do que os primeiros volumes – há uma grande conspiração em curso, algo maior que os próprios Baudelaire e talvez o mundo não sobreviva para ver a realidade revelada.

Quem viver, verá...


A Coruja


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