30 de junho de 2018

A Vertigem das Listas: Seis Copas do Mundo que Ficaram na Memória


Embora não entenda nem me importe muito com futebol, de quatro em quatro anos estou sentada diante da TV e debatendo do assunto como se fosse especialista. Não sei o que há em Copa do Mundo que tem esse efeito, mas fato é que não tem muito como fugir do tema nessa época...

Assim é que o vertigem de hoje tem tudo a ver com o momento: Seis Copas do Mundo que Ficaram na Memória (mais especificamente, na minha memória de peixinho dourado, digo, de coruja avoada). Vamos a elas!

1. A primeira Copa de que tenho lembrança de assistir foi a de 94. Tinha oito anos na época e ainda morava em Campo Grande. Assistíamos na sala, comigo sentada quase no pé da cadeira do papai - uma grande cadeira de couro verde daquelas que inclina as costas. Na minha memória, essa cadeira era enorme, parecia um trono e ninguém sentava nela além, claro, do pai. Esse era o tipo do Parreira e do Zagallo; do Raí, Bebeto, Romário, Cafu e acho que a primeira do Ronaldo. E, claro, do Taffarel. E é do goleiro que mais me lembro, do "vai que é tua, Taffarel", do coração na mão daquela última rodada de pênaltis contra a Itália... e da homnagem ao Ayton Senna. Foram essas as imagens que ficaram marcadas pra mim daquela época... Com o detalhe de que a televisão da sala queimou pouco depois do fim da Copa e eu quase tive um infarto pensando que era minha culpa já que eu tinha sido a última a ligá-la...


2. Em 1998 eu já tinha me mudado para Recife. Não tenho uma lembrança tão nítida de onde assistia, mas lembro de que meio que me apaixonei pela França vendo as imagens na TV. E o nome que mais associo à memória desse ano é, claro, o do Zidane, que estava em todas...

3. 2002 foi a seleção do Felipão e isso me divertia por causa do nome do meu irmão, que também era um Felipe. Para além disso, a imagem mais marcante daquela época na minha memória é... do penteado de Cascão do Ronaldinho... Sem maiores comentários...


4. A Copa de 2006 está ligada a uma lembrança de significado pessoal: foi o ano em que conheci a Ísis, também conhecida como a Elefante Cor-de-Rosa daqui do blog. E desde o primeiro 'olá', viramos uma dupla imbatível para momentos de enorme vergonha alheia. Como isso se traduz em termos de 'memórias ligadas a copa', você pode estar se perguntando, leitor... Bem, a imagem que não sai da cabeça é a da cena orquestrada que fizemos juntas no meio da praça de alimentação do shopping, tendo como alvo a amiga de faculdade que nos tinha apresentado (Lorena provavelmente se arrependeu amargamente naquela hora...), uma brincadeira que levou Lorena para debaixo da mesa tentando esconder a cara e desviou a atenção de todo mundo que estava na praça do telão onde acontecia um dos jogos da Itália... que foi a campeã do mundo naquele ano.

5. Honestamente, não me lembro muito da Copa de 2010, porque preferi colocar a leitura em dia em vez de assistir aos jogos... Tinha voltado da minha primeira viagem ao Rio de Janeiro, onde fui a um dos encontros da JASBRA - foi o início da meu envolvimento com uma comunidade de leitores de Jane Austen. Além disso, estava prestes a tirar férias, trabalho estava se avolumando, mas, hei, essa foi a primeira Copa que passei já tendo o blog, então, tenho posts aqui no Coruja sobre o assunto (https://owlsroof.blogspot.com/2010/06/conversas-sobre-o-tempo-tempo-de-chuva.html)! Mas se é para escolher uma lembrança vívida desse ano... é do barulho infernal das vuvuzelas, que ganharam o mundo na Copa da África do Sul.


6. Eu realmente preciso dizer que a maior lembrança da Copa do Brasil em 2016 é a do 7x1? Sério?

Na Copa desse ano, ainda estou a fazer memórias, e elas ganharam contorno pessoal, porque assisti boa parte dos jogos ao lado do tio Fafa - que veio nos fazer uma visita e passou quinze dias lá por casa. Em 2018 eu virei islandesa; torci para o Brasil comemorando gols ao som de sanfona na casa de primos; fiquei sem saber se tinha pena ou ria dos alemães, e de maneira geral, diverti-me um bocado. Vejamos que outras lembranças essa Copa ainda há de deixar...


A Coruja


____________________________________

 

Um comentário:

  1. A melhor foi a de 2002. Adorei aquele percurso e a imagem da comemoração brasileira, e do mundo vendo a alegria de nossa nação.

    Mas a primeira que lembro é a mesma que a sua, a de 1994. Nem sabia o que era copa (e talvez até mesmo futebol) até então.

    E, claro, a famosa cena em 2006. Sério, precisamos renovar isso. Façamos de novo no próximo encontro com o Dé. XP

    ResponderExcluir

Sobre

Livros, viagens, filosofia de botequim e causos da carochinha: o Coruja em Teto de Zinco Quente foi criado para ser um depósito de ideias, opiniões, debates e resmungos sobre a vida, o universo e tudo o mais. Para saber mais, clique aqui.

Cadastre seu email e receba a newsletter do blog

powered by TinyLetter

facebook

Arquivo do blog