5 de julho de 2016
O Bode Leu: The Cinder Spires #1 - The Aeronaut's Windlass
Em um mundo cuja superfície é mortal para a vida humana, os sobreviventes se reúnem em Espiras gigantescas, de pedra praticamente indestrutível, e todo o comércio e combates são realizados com o uso de barcos voadores, energizados por cristais. As leis da natureza funcionam de maneira diferente, a humanidade perdeu a maior parte da tecnologia antiga. E é neste cenário steampunk que Jim Butcher nos traz The Aeronaut's Windlass, o primeiro volume de Cinder Spires.
Publicado em setembro de 2015, The Aeronaut's Windlass é o primeiro desta série, que tem a previsão de nove livros no total. A história é centrada no conflito entre as Espiras Albion e Aurora, sendo a primeira o lar dos protagonistas. Aqui acompanhamos Capitão Grimm, e sua nau Predator, assim como os membros da guarda Gwen e Benedict Lancaster, Bridget Tagwynn e Rowl, este último um gato. Sim, um gato. Acompanhados pelos eterealistas (efetivamente, os magos do cenário) Folly e Mestre Ferus, este grupo peculiar é enviado em uma missão secreta para salvar a Espira Albion.
No estilo já conhecido de Jim Butcher, o livro conta com batalhas excelentes, intriga bem planejada, uma boa dose de suspense e investigação, e doses generosas de sarcasmo, geralmente provido pelo Capitão Grimm, Benedict ou Rowl. Sim, o gato. O cenário é bem construído, com regras diferentes, mas consistentes, e que são apresentadas de maneira gradual, sem parecer uma grande exposição. Claro, que inicialmente é estranho você ver algumas coisas que serão explicadas mais para frente; enquanto outras, como o que aconteceu para o mundo ficar deste jeito, não é explicado em momento algum.
Uma coisa que achei bem curiosa, é a mistura de "níveis tecnológicos", por assim dizer. A sociedade é, em geral, bem similar à Inglaterra Vitoriana, mas com armas de energia, os já citados barcos voadores e carne produzida em laboratório, água cultivada (algo similar aos fazendeiros de unidade em Star Wars, creio eu) e agricultura agropônica. Neste ponto, lembra bastante O Protetorado da Sombrinha mas com um clima mais... místico, talvez.
A leitura é bem rápida (ou talvez seja por que eu ouvi o audiobook...) e não achei cansativa. A narrativa se aproxima mais de Codex Alera do que Dresden Files, com o narrador mudando de capítulo em capítulo. Isto cria uma excelente dinâmica interessante, que facilita a leitura, além de possibilitar vários focos de ação por vez. Em geral, creio que a leitura vale a pena; mas, em se tratando de Jim Butcher, sou meio suspeito para falar. E uma pequena curiosidade: em Dresden Files, Harry diz várias vezes que odeia chapéus, mas em todas as capas é desenhado com um, enquanto Capitão Grimm é dito, repetida e enfáticamente, usar um chapéu, porém na capa ele não usa um! Butcher não ficou muito satisfeito com isso...
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