31 de dezembro de 2014

Retrospectiva Literária 2014


Participo religiosamente todo ano da Retrospectiva Literária criada pela Angéliza Roz, do Pensamento Tangencial. Descobri alguns títulos excelentes lendo o resultado das retrospectivas de outros blogs participantes e acho a idéia como um todo excelente.

Cá entre nós, eu colei a lista de cada pergunta na minha agenda no começo do ano e passei o ano inteiro acrescentando títulos para chegar a uma conclusão agora no fim do ano.

Obsessiva, eu? Imagina...

Mas vamos ao que interessa! Com vocês eu apresento... a Retrospectiva Literária 2014 da Lulu (com comentários esparsos da Ísis...)

A aventura que me tirou o fôlego:
The Eyre Affair, de Jasper Fford. Um dos melhores e mais criativos livros que li esse ano – me fez lembrar um pouco o estilo do Pratchett e do Douglas Adams. Achei simplesmente genial.

O terror que me deixou sem dormir:
Mais uma vez, não costumo ler terror... mas tirei um da estante esse ano que definitivamente me impressionou: Baltimore e o Vampiro, do Mike Mignola.

O suspense mais eletrizante:
Li poucos livros de suspense esse ano... mas um suspense que não apenas me deixou bem na ponta da cadeira como também rendeu algumas gargalhadas foi O Segredo de Chimney, da Agatha Christie.

O romance que me fez suspirar:
Jane Eyre, de Charlotte Brönte. Engraçado que minha experiência inicial com as irmãs Brönte – O Morro dos Ventos Uivantes – tinha me deixado meio desconfiada de pegar alguma outra obra delas... Jane Eyre estava na minha lista mais porque eu achava que precisava da leitura dele para entender o livro do Jasper Fford do que por seu próprio mérito. Uma vez tendo começado a ler, contudo, não consegui largar mais. Totalmente apaixonante.

A saga que me conquistou:
Esse ano foi lançado o último livro da série Chronicles of the Imaginarium Gegographica, do James Owen. Ler The First Dragon foi... uma despedida meio melancólica, mas um final extremamente digno para uma saga tão brilhante.

O clássico que me marcou:
O Jardim Secreto, de Frances Burnett. Assisti o filme na infância e estava meio relutante em ler o livro, com medo que ele não correspondesse às minhas memórias afetivas de criança. Mas a história continua tão encantadora quanto eu me lembro.

O livro que me fez refletir:
Reparação de Ian McEwan. Eu já tinha assistido o filme, claro e desde então queria ler o livro, mas sempre ia adiando... esse ano ele finalmente saiu da estante e todo o tempo eu ficava pensando – pode existir reparação numa situação como essa? Existe alguma maneira de se perdoar Briony pelo que ela fez? Continuo sem uma resposta...

Ísis: Não li o livro, só vi o filme de "Reparação", e chorei feito condenada...

O livro que me fez rir:
Ardil-22 de Joseph Heller. Esse livro não apenas me fez rir – ele foi um verdadeiro torvelinho de emoções... Que livro fantástico – é só isso que tenho a dizer.

O livro que me fez chorar:
Anne de Green Gables. Na verdade, esse livro me fez rir, me fez chorar, me fiz pular e cantar. Em certos pontos, lembrou-me de Pollyana, mas a Anne tem uma teimosia charmosa que é bem mais palatável que a resignação cristã de Pollyana.

Ísis: Li tanto Anne quanto Pollyana, e concordo com você. Tanto que não lembro de quem é quem. Vivo confundindo as duas histórias. Mas a essa altura não lembro de parte alguma de qualquer uma...

O livro de fantasia que me encantou:
The Very Best of Charles de Lint. Deus do céu, que livro… Fiquei encantada, apaixonada, fascinada com o estilo de De Lint. Sério, quero ir atrás de todos os outros trabalhos do homem depois de ler esse aqui.

O livro que me decepcionou:
O Devorador de Sonhos. Não vou me alongar sobre o assunto porque já escrevi a resenha para explicar meu problema com ele, mas, é... foi muito decepcionante...

O livro que me surpreendeu:
Não estou acostumada a ler biografias... mas Sir Richard Francis Burton é um personagem histórico que acho muito curioso, de forma que eu tinha a biografia dele na estante... Não li de uma tacada só porque é um livro grande, mas tem uma prosa gostosa, tranquila de ler e o cara se tornou por definitivo meu herói. Fiquei extremamente impressionada com tudo o que ele foi capaz de fazer durante a vida. Quero ser igual ao Burton quando crescer.

O thriller psicológico que me arrepiou:
O Espião que Sabia Demais, do Le Carré, livro que inspirou o filme homônimo – sendo sincera, prefiro o título em inglês de Tinker, Taylor, Soldier Spy. Seja como for, fiquei em constante tensão durante toda a história enquanto as pistas iam surgindo, ia se desenrolando a trama bastante sórdida de traições e espionagem.

O livro mais criativo:
O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares. Eu adorei a forma como as fotografias inspiraram a história. De certa maneira, a srta. Peregrine me fez pensar muito no Professor Xavier de X-Men... Em essência, se trata da mesma história, não é? Mas gostei muito de como ela foi contada nesse livro e quero o próximo volume.

A melhor HQ:
Também não li muitas HQ’s esse ano... teve os Pequenos Perpétuos, mas acho que vou deixar a honra para Minha Madrinha Bruxa, da Jill Thompson. É um livro simples, com várias pequenas histórias, o traço ADORÁVEL da Thompson e um clima que me fez pensar muito em Família Adams.

O infanto-juvenil que se superou:
O Chamado do Monstro. Que livro... que livro!

O livro que mudou a minha forma de ver o mundo:
Acho que posso colocar aqui Ardil-22. É um livro engraçado pra caramba e, ao mesmo tempo... terrível.

A capa mais bonita:
Peter Pan, de James Barrie.

O livro que li em um dia:
Morte na Praia da tia Agatha Christie, que li no aeroporto em Londres, e depois no aeroporto em Lisboa e por fim no avião a caminho de casa... De uma capa a outra, li o livro todo num dia.

O primeiro livro que li no ano:
Tem cinco anos que eu começo meu ano lendo um livro do Pratchett – é já uma das minhas tradições de ano novo... Então em 2014, eu comecei com The Science of Discworld.

O último livro que terminei:
O Conde de Monte Cristo de Alexandre Dumas. Descobri que a história do livro é completamente diferente das muitas versões em filme que já assisti (não é só questão de adaptação, não, mudaram o final mesmo). Fui pra uma da manhã louca para ver o final da história...

O livro que li por indicação:
O Atentado foi um empréstimo de um colega do escritório e andou circulando entre quase todo mundo e todo mundo que leu só tinha elogios a fazer. Não me arrependi nem um pouco da leitura.

A frase que não saiu da minha cabeça:
“Histórias são criaturas selvagens. Quando você as liberta, como saber a devastação que elas podem causar?” em O Chamado do Monstro.

O(a) personagem do ano:
São tantos... tenho até dificuldades de escolher, pra ser sincera... eu pensei um bocado e acabei me decidindo por indicar o Yossarian, de Ardil-22. Ele é um personagem cômico, mas há um desespero nele, uma consciência do terror que o cerca, a persistência em tentar escapar daquele inferno... Tudo isso faz com que você torça por ele do começo ao fim da história.

O casal perfeito:
Jane Eyre e Mr. Rochester, definitivamente. Fiquei apaixonada pelos dois juntos, pela relação deles, pelo senso de companheirismo, respeito e admiração que um tem pelo outro.

Ísis: Eu vou divergir da Luciana e acrescentar o meu casal do ano, que não é de um livro, mas de um mangá recém finalizado: Naruto.

ATENÇÃO PARA SPOILERS!!!!
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NARUHINA! \o/

Banzai!! Banzai!! BANZAAAAAAAAI!!! \o/
Quinze anos de Naruto (mangá... E um pouco menos de anime também... Lol)! Sempre torcendo pelo Naruto e pela Hinata, tanto individualmente, quanto como casal. Achava que os dois tinham muito para crescer, e não estava enganada.

Adorei ver como o Naruto ficou mais velho. O filme "THE LAST" está em exibição nos cinemas desde sábado, e eu o vi ontem. Embora eu critique muito o que fizeram à Hinata (ela praticamente deixou de ser ninja, e virou uma estudante colegial comum.... >.<), adorei ver como o Naruto cresceu, mudou etc. E as cenas dos dois estão de tirar o fôlego. Eles fizeram esse filme para garotas, tenho certeza. Tá muito mulherzinha, mas tá massa também! O Naruto está tora, fantástico, SUPER. Então é NaruHina na veia pra mim esse ano e nos próximos meses! ^.^ 

O(a) autor(a) revelação:
Tenho dois esse ano: o Jasper Fford responsável pela série Thursday Next e o Charles de Lint, da série Newford. Quero agora ler tuuuuudo que os dois escreveram! Quero que eles sejam publicados em português para que eu possa impingir sua leitura goela abaixo de todo mundo que conheço e amo!

O melhor livro nacional:
Incidente em Antares do Érico Veríssimo. Eu tenho uma vaga lembrança da minissérie que passou na Globo – a música tema é uma que sei cantar até hoje. Mas o livro me surpreendeu pelo painel político que desenha. Eu só me lembrava que os mortos voltavam à ‘vida’ por conta de uma greve de correios, mas nada do rico desenvolvimento históricos da cidade de Antares, nem das correlações com a ditadura militar. Excelente volume!

O melhor livro que li em 2014:
Essa é uma pergunta extremamente, mas extremamente difícil... Estou dividida entre Jane Eyre e Ardil-22. Vou deixar os dois aqui, porque cada um deles é de um gênero diferente e tem um bom motivo para estar aqui.

Li em 2014 148 livros.

Li em 2014 47.791 páginas.
Ao menos, segundo o paginômetro do Skoob...

Comprei em 2014 36 livros.
Tô levando em consideração aqui apenas os que eu comprei expressamente para mim, e não os que comprei para dar de presente (ainda que eu costume ler os livros que compro para dar de presente antes de despachá-los...). E também os que comprei e ainda não chegaram porque estão vindo internacionais.

Desses 36, 12 eu já li esse ano, de forma que o saldo que ficará para ano que vem é de 24 volumes.

A maior parte das minhas aquisições esse ano foram através de trocas. Foram 40 trocas de livros no total. Fiquei bastante satisfeita com esses números porque eles significam que consegui cumprir minhas metas para esse ano.

A minha meta literária para 2015 é:
Pela primeira vez em muito tempo eu não tenho exatamente uma meta definida e definitiva para o ano que vem por um motivo muito simples: consegui esse ano cumprir o prometido e ler tudo o que chegou na minha estante até o final de 2013. Consegui, enfim, sentar para ler livros que eu tinha comprado ou ganho há mais de três, quatro anos. Tudo o que ficou para 2015 foram livros que chegaram na estante em 2014 – e a enorme maioria foram resultado de trocas em vez de compras. Isso me deixou para além de contente.

Minha idéia para 2015 é continuar dando vazão a esses volumes acumulados na estante de tal forma que chegue um ponto em que assim que um livro me chegar em mãos, ele passe a ser prioridade em vez de ter de entrar numa lista infinita.

Ísis: Minha meta 2015: organizar melhor meu horário para tentar ler mais.

Então, é isso... agora, que venha 2015!


A Coruja


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2 comentários:

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