11 de maio de 2012
Tales From The Barn - The Black Riders
Olá pessoas! Aqui é o Dé, lhes trazendo hoje um pequeno conto que escrevi tem algum tempo. Espero que gostem!
Obs: Este conto NÃO se parece em nada com Na Sua Estante.
The Black Riders
Hans Christiansen, detetive da polícia de Berlim, acabara de chegar até o galpão abandonado localizado em um bairro industrial da antiga Berlim Oriental. Estava trabalhando no caso do desaparecimento de 6 jovens, entre 20 e 25 anos, e no decorrer das investigações acabou por ligar os suspeitos - motoqueiros vestidos em couro preto montados em motos de corrida negras, a uma série de roubos de cargas: peças automotivas, ferramentas e principalmente combustíveis. Estes crimes já intrigavam a polícia há meses, uma vez que nada havia sido encontrado, fossem os corpos, as peças ou até mesmo os caminhões. Mas agora todos os meses de investigação, que envolveram vários departamentos da polícia, finalmente chegavam a um desfecho. Tinham conseguido encontrar a trilha dos bandidos e tudo o que faltava era um mandado, para que dúzias de policiais pudessem cercar o local. Mas Hans não podia esperar, tinha que ir verificar com os próprios olhos o local. Com certeza receberia uma outra advertência dos seus superiores, mas ele não se importava, afinal fora ele o principal investigador do caso, fora ele que havia rastreado os suspeitos. Ele tinha de verificar.
Tendo o máximo de precaução que seu temperamento impulsivo permitia, Hans aproximou-se furtivamente dos fundos do galpão, e, enquanto passava pela lateral do mesmo, devido à proximidade, pôde ouvir vozes masculinas no andar superior - embora não pudesse compreender o que diziam - assim como rock pesado. Ao alcançar a porta dos fundos, passou a procurar por algum sistema de segurança, gastando alguns minutos nesta tarefa. Não iria ser descoberto por algo tão simples quanto um alarme; não hoje. Quando já estava confiante de que não havia nenhum sistema de segurança, o detetive testou cuidadosamente a porta. Um sorriso desdenhoso surgiu em seu rosto ao constatar que estava trancada. Começou então a mexer casualmente na porta e, em pouco tempo, a tranca cedeu ante a ação de suas mãos ágeis. Abrindo a porta lentamente, Hans esperou que os sons de conversa alta e o rock abafassem o som do rangido das dobradiças.
A porta dava para um corredor mal iluminado, cuja única fonte de luz vinha das frestas entre as tábuas que formavam o teto do andar inferior, mas a iluminação não era o problema... o cheiro era o verdadeiro problema. Um fedor descomunal permeava o local, um cheiro rançoso, como se o suor daqueles que ali viviam houvesse impregnado o local e apodrecido, misturado com o cheiro de lixo, fezes, urina, óleo de motor queimado, borracha e o pior de tudo: carne podre, cujo cheiro sobressaia acima dos demais. Sem conseguir suportar o cheiro por muito mais tempo, Hans segurou um lenço sobre o nariz com a mão livre, sua arma devidamente empunhada na outra, enquanto imaginava como seria possível que alguém realmente habitasse ali.
O corredor não era muito longo, talvez 25 ou 30 metros, e possuía 3 portas: 2 laterais e uma no fundo. Parcialmente protegido do fedor local, Hans conseguiu alcançar a primeira porta lateral. O cheiro de carne podre ficava mais forte à medida que se aproximava dela, mesmo que a porta estivesse fechada. Não vendo nenhuma luz vinda das frestas, arriscou testar a maçaneta: felizmente, estava destrancada. Xingando mentalmente o rangido que esta fazia, ele abriu lentamente a porta e entrou, encontrando-se em uma sala pequena, cujo espaço era principalmente dominado por um objeto que parecia uma grande mesa, uma pilha de objetos amontoados em um dos cantos e por alguns outros grandes objetos pendendo do teto, mas na escuridão da sala, Hans não pôde determinar imediatamente o que se tratavam exatamente. Amarrou o lenço sobre o rosto para que pudesse liberar a mão e procurou sua lanterna de confiança, que sempre levava consigo em investigações e que, em situações de emergência, poderia se converter em um eficiente porrete improvisado.
Com um pouco de iluminação à sua disposição, decidiu examinar a princípio o objeto que parecia uma mesa, que era na verdade um fogão industrial enferrujado em alguns pontos, com uma camada de gordura e pó cobrindo a superfície. Uma frigideira grande ainda se encontrava sobre uma das bocas. Dentro dela havia um grande pedaço de carne, frito além do ponto. Enojado, virou-se para observar os objetos pendurados no teto. E assim que dirigiu o facho de luz naquela direção, imediatamente arrependeu-se de tê-lo feito. Eram grandes peças de carne, ainda com pele e sangue encrostado, penduradas no teto por grandes ganchos: carne humana. Retirados apenas os membros e a cabeça, os corpos de 4 pessoas estavam pendurados exatamente como estariam os cortes de carne em um açougue. Um deles já mostrava sinais de decomposição, indicando o tempo que estava ali. Parte dos orgãos internos de outro tinham sido retirados e a barriga havia sido deixada aberta displicentemente e os intestinos pendiam do buraco. “Que tipo de monstro faria isto?”, pensava ele repetidas vezes, tentando conter as ânsias de vômito. Reunindo toda a força de vontade que ainda lhe restava, virou a lanterna em direção à pilha de objetos, temendo o que veria. No canto daquela macabra cozinha havia uma pilha de ossos, provavelmente humanos, parte deles ainda com carne apodrecida.
Não suportando mais aquela visão, Hans saiu daquele cômodo terrível o mais rápido que pode, sem importar-se mais em manter a discrição. Ele esquecera completamente do som da conversa no andar superior. Grande erro, pois falhara em perceber que as vozes tinham se calado havia já algum tempo. Mas o detetive havia percebido o seu erro, embora tarde demais. No momento em que saiu da cozinha, o homem recebeu um forte golpe no nariz. O nariz havia quebrado, mas era surpreendente que a força do golpe não o tivesse decapitado. Ainda segurande-se ao último fio de consciência, olhou para o seu atacante.
Havia seis pessoas paradas no corredor, duas delas portando correntes enroladas nos braços e punhos, as demais portando canos de ferro. Mas, definitavamente, não eram humanos. Não poderiam ser humanos. Eram muito altos e musculosos; possuiam a pele escura, como se houvesse sido queimada, os braços compridos e as pernas arqueadas. Os rostos pareciam ter sido tirados de um pesadelo: nas bocas não possuiam lábios e com presas ao invés de dentes, com os caninos inferiores proeminentes e aparentes, mesmo com a boca fechada; os narizes eram achatados, sendo melhor descritos como focinhos; os olhos eram negros com as íris vermelho-sangue e todos possuiam um olhar assassino; as orelhas eram pontudas, grandes e invariavelmente rasgadas em várias partes; usavam os cabelos negros em diferentes cortes, mas eram sujos e ensebados. Todos usavam calças de couro e botas militares, os torsos nus eram cobertos por cicatrizes antigas.
Então, as criaturas abriram caminho e uma sétima entrou no campo de visão de Allan. Era menor que as demais, mas mesmo assim deveria facilmente passar de um metro e noventa de altura e dos cento e vinte quilos, dada a musculatura da criatura. Era careca e possuia diversas tatuagens tribais cobrindo a cabeça. Carregava na mão direita uma lança rústica, feita de uma madeira negra e a ponta de um metal fosco, logo abaixo da ponta vários amuletos e talismãs tribais estavam presos. A medida que este menor passava, os demais abaixavam os olhos, mostrando claramente quem era o líder. E então ele falou algo para os outros, em um idioma estranho, gutural, cheio de grunidos e rosnados:
- Fomos descobertos, meus filhos. Está na hora de sairmos desta cidade e rápido! Preparem tudo, imediatamente!
E em uníssono os demais responderam:
- Sim, pai!
Enquanto os filhos se retiravam, o menor se aproximou do homem, examinando-o. Percebeu o distintivo preso ao cinto e, com a ponta da lança, afastou a pistola da mão de Allan. Examinando o polícial dos pés à cabeça, a criatura disse em um claro alemão:
- Tem meus parabéns, policial. Você conseguiu atravessar minha teia de ilusões e trapaças, teia esta que tenho tecido cuidadosamente durante meses e, por isto, eu o parabenizo...
Enquanto falava, o monstro abaixou a lança diretamente para o coração de Hans.
- Mas infelizmente, não poderá usufruir dos frutos de seu trabalho, pois morrerá aqui.
E então trespassou o coração do homem com a sua lança. A criatura permaneceu o tempo todo com uma expressão vazia em seu rosto, olhando enquanto o policial morria. Só quando o corpo parou de se mover que a criatura retirou a lança, para então retirar-se para um grande salão no meio do galpão.
Os demais tinham preparado grandes mochilas de camping e começavam a vestir casacos de couro preto e seus capacetes. Um deles terminava de ajustar o motor de uma das motos; grandes motos de corrida, completamente negras, com estranhos símbolos gravados nas rodas e sobre o motor.
- Tudo pronto, pai! Podemos partir imediatamente. - disse a criatura que ajustava o motor.
- Ótimo... montem e vão na frente, em direção ao sul. Cuidarei de um último detalhe e então me juntarei a vocês.
Enquanto via os filhos partirem, o que chamavam de pai começava a gravar no chão um símbolo, usando a ponta da lança para riscar o concreto. Durante todo o processo, ele entoava um cântico em uma lígua antiga, que há muito havia perdido até mesmo uma tradução; uma língua que não havia sido pronunciada desde tempos antigos. Quando terminou, as paredes ao redor dele irromperam em chamas. Com seu último ato naquele galpão que havia habitado por meses, montou em sua moto para se juntar ao seus filhos, em direção ao sul, para nunca mais retornar àquele lugar.
O Bode
Obs: Este conto NÃO se parece em nada com Na Sua Estante.
Hans Christiansen, detetive da polícia de Berlim, acabara de chegar até o galpão abandonado localizado em um bairro industrial da antiga Berlim Oriental. Estava trabalhando no caso do desaparecimento de 6 jovens, entre 20 e 25 anos, e no decorrer das investigações acabou por ligar os suspeitos - motoqueiros vestidos em couro preto montados em motos de corrida negras, a uma série de roubos de cargas: peças automotivas, ferramentas e principalmente combustíveis. Estes crimes já intrigavam a polícia há meses, uma vez que nada havia sido encontrado, fossem os corpos, as peças ou até mesmo os caminhões. Mas agora todos os meses de investigação, que envolveram vários departamentos da polícia, finalmente chegavam a um desfecho. Tinham conseguido encontrar a trilha dos bandidos e tudo o que faltava era um mandado, para que dúzias de policiais pudessem cercar o local. Mas Hans não podia esperar, tinha que ir verificar com os próprios olhos o local. Com certeza receberia uma outra advertência dos seus superiores, mas ele não se importava, afinal fora ele o principal investigador do caso, fora ele que havia rastreado os suspeitos. Ele tinha de verificar.
Tendo o máximo de precaução que seu temperamento impulsivo permitia, Hans aproximou-se furtivamente dos fundos do galpão, e, enquanto passava pela lateral do mesmo, devido à proximidade, pôde ouvir vozes masculinas no andar superior - embora não pudesse compreender o que diziam - assim como rock pesado. Ao alcançar a porta dos fundos, passou a procurar por algum sistema de segurança, gastando alguns minutos nesta tarefa. Não iria ser descoberto por algo tão simples quanto um alarme; não hoje. Quando já estava confiante de que não havia nenhum sistema de segurança, o detetive testou cuidadosamente a porta. Um sorriso desdenhoso surgiu em seu rosto ao constatar que estava trancada. Começou então a mexer casualmente na porta e, em pouco tempo, a tranca cedeu ante a ação de suas mãos ágeis. Abrindo a porta lentamente, Hans esperou que os sons de conversa alta e o rock abafassem o som do rangido das dobradiças.
A porta dava para um corredor mal iluminado, cuja única fonte de luz vinha das frestas entre as tábuas que formavam o teto do andar inferior, mas a iluminação não era o problema... o cheiro era o verdadeiro problema. Um fedor descomunal permeava o local, um cheiro rançoso, como se o suor daqueles que ali viviam houvesse impregnado o local e apodrecido, misturado com o cheiro de lixo, fezes, urina, óleo de motor queimado, borracha e o pior de tudo: carne podre, cujo cheiro sobressaia acima dos demais. Sem conseguir suportar o cheiro por muito mais tempo, Hans segurou um lenço sobre o nariz com a mão livre, sua arma devidamente empunhada na outra, enquanto imaginava como seria possível que alguém realmente habitasse ali.
O corredor não era muito longo, talvez 25 ou 30 metros, e possuía 3 portas: 2 laterais e uma no fundo. Parcialmente protegido do fedor local, Hans conseguiu alcançar a primeira porta lateral. O cheiro de carne podre ficava mais forte à medida que se aproximava dela, mesmo que a porta estivesse fechada. Não vendo nenhuma luz vinda das frestas, arriscou testar a maçaneta: felizmente, estava destrancada. Xingando mentalmente o rangido que esta fazia, ele abriu lentamente a porta e entrou, encontrando-se em uma sala pequena, cujo espaço era principalmente dominado por um objeto que parecia uma grande mesa, uma pilha de objetos amontoados em um dos cantos e por alguns outros grandes objetos pendendo do teto, mas na escuridão da sala, Hans não pôde determinar imediatamente o que se tratavam exatamente. Amarrou o lenço sobre o rosto para que pudesse liberar a mão e procurou sua lanterna de confiança, que sempre levava consigo em investigações e que, em situações de emergência, poderia se converter em um eficiente porrete improvisado.
Com um pouco de iluminação à sua disposição, decidiu examinar a princípio o objeto que parecia uma mesa, que era na verdade um fogão industrial enferrujado em alguns pontos, com uma camada de gordura e pó cobrindo a superfície. Uma frigideira grande ainda se encontrava sobre uma das bocas. Dentro dela havia um grande pedaço de carne, frito além do ponto. Enojado, virou-se para observar os objetos pendurados no teto. E assim que dirigiu o facho de luz naquela direção, imediatamente arrependeu-se de tê-lo feito. Eram grandes peças de carne, ainda com pele e sangue encrostado, penduradas no teto por grandes ganchos: carne humana. Retirados apenas os membros e a cabeça, os corpos de 4 pessoas estavam pendurados exatamente como estariam os cortes de carne em um açougue. Um deles já mostrava sinais de decomposição, indicando o tempo que estava ali. Parte dos orgãos internos de outro tinham sido retirados e a barriga havia sido deixada aberta displicentemente e os intestinos pendiam do buraco. “Que tipo de monstro faria isto?”, pensava ele repetidas vezes, tentando conter as ânsias de vômito. Reunindo toda a força de vontade que ainda lhe restava, virou a lanterna em direção à pilha de objetos, temendo o que veria. No canto daquela macabra cozinha havia uma pilha de ossos, provavelmente humanos, parte deles ainda com carne apodrecida.
Não suportando mais aquela visão, Hans saiu daquele cômodo terrível o mais rápido que pode, sem importar-se mais em manter a discrição. Ele esquecera completamente do som da conversa no andar superior. Grande erro, pois falhara em perceber que as vozes tinham se calado havia já algum tempo. Mas o detetive havia percebido o seu erro, embora tarde demais. No momento em que saiu da cozinha, o homem recebeu um forte golpe no nariz. O nariz havia quebrado, mas era surpreendente que a força do golpe não o tivesse decapitado. Ainda segurande-se ao último fio de consciência, olhou para o seu atacante.
Havia seis pessoas paradas no corredor, duas delas portando correntes enroladas nos braços e punhos, as demais portando canos de ferro. Mas, definitavamente, não eram humanos. Não poderiam ser humanos. Eram muito altos e musculosos; possuiam a pele escura, como se houvesse sido queimada, os braços compridos e as pernas arqueadas. Os rostos pareciam ter sido tirados de um pesadelo: nas bocas não possuiam lábios e com presas ao invés de dentes, com os caninos inferiores proeminentes e aparentes, mesmo com a boca fechada; os narizes eram achatados, sendo melhor descritos como focinhos; os olhos eram negros com as íris vermelho-sangue e todos possuiam um olhar assassino; as orelhas eram pontudas, grandes e invariavelmente rasgadas em várias partes; usavam os cabelos negros em diferentes cortes, mas eram sujos e ensebados. Todos usavam calças de couro e botas militares, os torsos nus eram cobertos por cicatrizes antigas.
Então, as criaturas abriram caminho e uma sétima entrou no campo de visão de Allan. Era menor que as demais, mas mesmo assim deveria facilmente passar de um metro e noventa de altura e dos cento e vinte quilos, dada a musculatura da criatura. Era careca e possuia diversas tatuagens tribais cobrindo a cabeça. Carregava na mão direita uma lança rústica, feita de uma madeira negra e a ponta de um metal fosco, logo abaixo da ponta vários amuletos e talismãs tribais estavam presos. A medida que este menor passava, os demais abaixavam os olhos, mostrando claramente quem era o líder. E então ele falou algo para os outros, em um idioma estranho, gutural, cheio de grunidos e rosnados:
- Fomos descobertos, meus filhos. Está na hora de sairmos desta cidade e rápido! Preparem tudo, imediatamente!
E em uníssono os demais responderam:
- Sim, pai!
Enquanto os filhos se retiravam, o menor se aproximou do homem, examinando-o. Percebeu o distintivo preso ao cinto e, com a ponta da lança, afastou a pistola da mão de Allan. Examinando o polícial dos pés à cabeça, a criatura disse em um claro alemão:
- Tem meus parabéns, policial. Você conseguiu atravessar minha teia de ilusões e trapaças, teia esta que tenho tecido cuidadosamente durante meses e, por isto, eu o parabenizo...
Enquanto falava, o monstro abaixou a lança diretamente para o coração de Hans.
- Mas infelizmente, não poderá usufruir dos frutos de seu trabalho, pois morrerá aqui.
E então trespassou o coração do homem com a sua lança. A criatura permaneceu o tempo todo com uma expressão vazia em seu rosto, olhando enquanto o policial morria. Só quando o corpo parou de se mover que a criatura retirou a lança, para então retirar-se para um grande salão no meio do galpão.
Os demais tinham preparado grandes mochilas de camping e começavam a vestir casacos de couro preto e seus capacetes. Um deles terminava de ajustar o motor de uma das motos; grandes motos de corrida, completamente negras, com estranhos símbolos gravados nas rodas e sobre o motor.
- Tudo pronto, pai! Podemos partir imediatamente. - disse a criatura que ajustava o motor.
- Ótimo... montem e vão na frente, em direção ao sul. Cuidarei de um último detalhe e então me juntarei a vocês.
Enquanto via os filhos partirem, o que chamavam de pai começava a gravar no chão um símbolo, usando a ponta da lança para riscar o concreto. Durante todo o processo, ele entoava um cântico em uma lígua antiga, que há muito havia perdido até mesmo uma tradução; uma língua que não havia sido pronunciada desde tempos antigos. Quando terminou, as paredes ao redor dele irromperam em chamas. Com seu último ato naquele galpão que havia habitado por meses, montou em sua moto para se juntar ao seus filhos, em direção ao sul, para nunca mais retornar àquele lugar.
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Livros, viagens, filosofia de botequim e causos da carochinha: o Coruja em Teto de Zinco Quente foi criado para ser um depósito de ideias, opiniões, debates e resmungos sobre a vida, o universo e tudo o mais. Para saber mais, clique aqui.
Gosto muito desse conto, Dé. Já comentei contigo antes; o clima que você conseguiu criar aqui é tão real que dá até calafrios lendo. Tem o selo de aprovação da Rainha ;)
ResponderExcluirValeu, Lu! Ainda bem que gostou! ^^
ExcluirFuturamente, mais contos virão...