30 de abril de 2011

Conversas sobre o Tempo: Rapunzel, Rapunzel, jogue-me seus cabelos, Rapunzel...

Tô pagando a língua de tanto reclamar do calor inclemente do Recife. Passamos duas semanas com chuva direto, um ventinho até frio soprando da praia.

Eu estaria adorando esse clima se não fosse pelo detalhe de que quando não é oito é oitenta: se o sol não está derretendo nossos miolos, é porque São Pedro decidiu abrir as comportas do céu de par em par e deixar o mundo vir abaixo.


Em outras palavras... Recife andou por esses dias quase que completamente debaixo d'água, com tempestades de trovões que lembram as que tínhamos no centro-oeste. Andar de ônibus tornou-se um tormento ainda maior porque com o acúmulo de água nas vias, eles estão se atrasando, o que significa que quando finalmente aparecem, estão lotados, com as janelas todas fechadas e vai um sanduíche de Lulu aí?

Mas aí, para completar - porque chover num dia tudo o que estava previsto para chover no mês não era o suficiente - tivemos lua cheia dia 19 e a maré, na cheia, começou a subir mais do que o normal. Sem ter para onde correr, minha rua, que fica entre a praia e o mangue, virou um rio, inundou a garagem, entrou no fosso dos elevadores... e tive um dia de feriado ao estilo Rapunzel.




Que beleza, não?

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Em notas mais alegres e não diluviais (essa palavra existe?), abril rendeu algumas boas e felizes surpresas para mim. Para começar, viajei para São Paulo, que não visitava faz mais de quinze anos, e conheci pessoalmente três pessoas fantásticas com quem tinha contato exatamente por contas das minhas escrivinhações: o Enrique, do Coisas Geek de um Hobbit Inútil, de quem sou fã, a Gabi, minha sobrinha querida e fofa da família das Perversas e a Dani, a super talentosa desenhista que volta e meia me cumula de presentes maravilhosos (e a vocês também).

Na verdade, acho que ainda não disse isso, mas eu me apaixonei pela Dani e passei o tempo inteiro com vontade de colocá-la no colo. Ela parece uma bonequinha. E é tão, tão quietinha...

Claro que, como Enrique e Gabi podem confirmar, não é tão difícil ficar quietinho quando você tem uma tagarela falando pelos cotovelos ao seu lado.

Mas, enfim, adorei conhecer os três e os três adoraram conhecer minha mãe, que estava em excelente forma para contar todas as histórias mais constragedoras de que podia se lembrar e insistiu muito em procurar o penico de D. Pedro I em nossa visita ao Museu do Ipiranga.



Se tudo der certo, ano que vem estarei de volta para carregar as sacolas de mamãe e encontrar mais uma vez essas pessoas fantásticas que tiveram uma baita paciência comigo e até me levaram para passear - ainda que a Gabi tenha me enrolado, falando na Paulista, né Gabi?

Huahuahuahua...

Ok, ninguém mais entendeu a piada, além de quem estava lá. Deixa pra lá...

Em todo caso, ainda tive a danada da sorte de chegar na Liberdade em pleno Hanamatsuri, no dia da procissão pelo nascimento de Buda. Olha que coisa mais legal:



ELES TINHAM UM ELEFANTE!!!

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Uma observação rápida sobre uma notícia já velha... se eu colocar o Coruja como um projeto sócio-cultural no MinC, será que eu consigo patrocínio estatal? Tudo bem que não sou a Maria Bethânia, mas, sério, por menos de um décimo do que ela estava querendo para o blog de poesias dela, eu largava meu emprego e ia viver só escrevendo e atualizando o Coruja.

Sonha, Lulu, sonha...

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Semana passada estive em Maracaípe para uma festa já tradicional que teve sua sétima edição: a d'Arce Fest.

Lá pelos idos de 1998, quando dos setenta anos da minha tia-avó Waldelyce, aconteceu a primeira grande reunião da família. De lá pra cá, já fizemos festa em tudo que foi canto, às vezes reunindo até uma centena de d'Arces no mesmo lugar.

Aí você pense numa família animada, que se acha o máximo - mas, bem, nós somos o máximo! Só o fato de manter essa tradição e juntar um mundo de gente, independente de região ou geração, para trocar idéias e, de uma forma geral, confraternizar o fato de que nascemos todos de uma mesma origem, só isso já diz muito sobre a família.

Houve momentos de reflexão... e claro, muitos momentos de graça, especialmente aqueles que dizem respeito aos agregados, que, no dicionário d'Arce apresentado durante o evento, são aqueles que entraram para a família através do casamento e vivem para servir, obedecer, já que são quase, quase d'Arce. Se bem que esse ano tivemos o acréscimo de mais três categorias: os quase agregados, os agregados em teste e os enxeridos, todos unidos para celebrar a maravilha que é essa família.



Depois vou procurar a foto oficial para colocar aqui. Nessa foto estão apenas alguns dos meus tios, irmãos do meu pai. É um mundãoooooo de gente...

Seja como for, o mais importante é a questão da pronúncia, que serve para um belo trocadilho literário: passei o fim de semana cercada de vários Mr. Darcy. O que nos leva ao próximo tópico...

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Tivemos dia 17 o II Encontro Regional do Jasbra/Recife, para discutir Razão e Sensibilidade. Foi divertidíssimo, a nossa turma é ótima, fizemos nosso coelho secreto, trocamos uma série de idéias... e em agosto tem mais, dessa vez com Orgulho e Preconceito.

Sinto que mais piadas com o trocadilho vêm por aí...

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Recebi mais um monte de selos da Ísis, do blog Felicidade nos Livros. Tô até ficando tonta com eles XD





As regras desses quatro primeiros são:

1- Você deve fazer um post com os selinhos em seu blog;
2- Linkar o Blog que te presenteou;
3- Escolher entre 5 à 10 blogs para homenagear;
4- Avisar os seus indicados.

O quinto tem um questionário, que vou responder agora (e que enrolei mais de mês para responder porque nunca tinha tempo de me postar diante da estante para contar...)



1- Quantos livros nacionais há na sua estante?
182 em casa. Tem outros que estão em Gravatá.

2- Quando e qual foi o último livro nacional que você comprou?
Direito Constitucional Esquematizado, do Pedro Lenza.

3- O que achou dele?
Bastante didático. Huahuahuahua...

4- Dentre os livros que você já leu, qual mais te desagradou e qual mais te surpreendeu?
Sou apaixonada por A Moreninha. Não tenho nenhum que tenha me 'desagradado' particularmente. Ou, pelo menos, não lembro agora. Tendo a evitar os livros com temáticas que não façam meu tipo...

5- O que acha que falta aos autores nacionais para que a barreira do preconceito dos leitores seja vencida?
Incentivo do mercado editorial brasileiro.

6- Cite três livros nacionais que você espera ler em breve:
A Batalha do Apocalipse- Eduardo Spohr
Relações de Sangue- Martha Argel
A Luneta Mágica- Joaquim Manuel de Macedo

Agora, os cinco blogs que indico - para todos os selos:

Memórias do Subsolo
Sobre...
Postcards from Me
Quebra-Cabeça
Tsuru

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Então... quem aí assistiu o Casamento Real? Peguei o finalzinho, porque meus pais estavam assistindo enquanto eu tomava café-da-manhã.

Faço um único comentário ao assunto: pontualidade britânica é isso aí!



A Coruja


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5 comentários:

  1. Te distraiu com a Paulista? Isso envolvia a livraria Cultura? Porque eu sei que isto seria o bastante para me distrair de qualquer outra coisa xD

    Mas então, manda um pouquinho (não muito!) de chuva pra cá?

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  2. Em primeiro lugar, não achei o tal do e-mail, dona Lulu, hahaha.

    Eu amei conhecê-la, Lu! E a sua mãe também! :) Adorei nossa visita monitorada pelo Museu do Ipiranga (sim, pessoal, chamem a Lu para monitora, ela faz um ótimo trabalho, haha)! Espero que você volte logo para cá - e, da próxima vez, a gente combina na Paulista de verdade, hahahaha.

    Beeeijos!

    PS.Obrigade pelos selinhos, adorei! =)

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  3. Hã, como assim? Eu que sou teu fã! NEM VEM! Hahahaha...já disse isso, mas adoreeei te conhecer e espero que voltes muito mais vezes! Da próxima vez te levarei pra passear no centrão mesmo, e aí veremos o largo São Francisco (agora eu sei onde é!), o páteo do colégio, o teatro municipal, o anhangabaú e onde mais quiseres ir! E seguinte: vamos criar um projeto no MinC, de um blog para DIFUNDIR e PRESERVAR a música sertaneja brasileira? A gente cantaria semanalmente um clássico do cancioneiro brasileiro, e esse conteúdo seria disponibilizado para todas as escolas do Brasil! Poderia se chamar "Dor de Corno para Todos", o que acha?
    Enfiiim...beijão pra ti e pra D. Mãe!
    p.s.: tá comendo, Dona Lulu? Ó o chinelo do lado do prato...

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  4. Que aventura hein, sou louca p conhecer o museu do Ipiranga. Em relação aos selos, espero que além de tonta, tenha gostado, pois foram dados com carinho...

    Mil beijos e o pior de ser sardinha nos onibus aqui em recife é saber que além de tudo que passamos, ainda temos que agradar as fragâncias dos outros passageiros pela manhã... ecaaaaa...

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  5. Mil anos depois eu consigo ler...

    vou ver se dessa vez eu posto meus selinhos no blog.

    e prometo aparecer por aki mais vezes...sabe como eh, emprego novo, as coisas vao ficar apertadas, mas darei um jeito!

    E eu ainda tenho q ir ao Recife te ver né...tava lembrando disso...hehehe

    beijossss

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