7 de maio de 2009
Prazeres simples
Estou trabalhando hoje desde quatro e meia da manhã. Para ser exata, quatro e vinte e três foi a hora em que me acordei e liguei o computador para terminar de digitar o último capítulo da história que darei de presente à mamãe no domingo.
Ver um trabalho completo é um prazer quase inenarrável. A sensação de dever cumprido, de satisfação... É um prazer simples, que nem todo mundo percebe, nem todo mundo dá importância.
Faltavam dez minutos para as seis quando terminei de formatar tudo e deixar pronto para imprimir. O dia amanheceu ensolarado aqui no Recife, diferente dos últimos dias que foram de constante chuva. Decidi então fazer uma coisa que não fazia faz tempo: coloquei os tênis e saí para ir caminhar na praia.
Eu tinha me esquecido do prazer dessa experiência. Não sou rata de praia - o que qualquer um pode deduzir pelo meu maravilhoso bronzeado braço-escritório que cultivo com bastante cuidado -, mas sempre apreciei caminhar pelo calçadão, observar as pessoas passarem, ver o mar quebrando nos arrecifes.
O que há demais em sentar-se num banco e observar o sol fazer reflexos nas águas calmas da maré baixa? Não muito. Mas há qualquer coisa de pacífico, de tranqüilizador em observar o movimento do mar.
Nesse horário, é difícil encontrar alguém abaixo dos quarenta pelo calçadão. A praia é da terceira idade. Os jovens não sabem o que estão perdendo...
Quando estava voltando para casa, topei com Marcelo indo para a parada de ônibus. Fazia tempo que eu não o via; mais de ano, na verdade. Por um minuto, paramos para tentar colocar os assuntos em dia (dois, três minutos no máximo): ele está estagiando na Folha, como fotógrafo.
Terminar um serviço bem feito, caminhar na praia, ver um amigo há muito desaparecido... São coisas pequenas, pequenos, simples prazeres. Coisas que, muitas vezes, deixamos passar desapercebidas no corre-corre de todos os dias.
No entanto, é exatamente isso que faz a vida valer à pena - tomando emprestado o final dos versos do Pessoa. São esses pequenos momentos, esses oásis de normalidade e tranqüilidade no caos do cotidiano.
Ok, estou muito contemplativa hoje. Ísis, se sair uma promoção de passagens a um real, você me compra uma e dá de presente de formatura. Assim não terei como recusar...
Régis, sobre o ballet, aqui no Recife está custando entre oitenta e cem reais, dependendo do lugar na platéia. Não vai passar por Fortaleza - a turnê vai por BH, Juiz de Fora, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Recife. Se eu descobrir mais alguma coisa, aviso.
Ana, se a caixa de eventos da amaterasu não tiver códigos html extremamente complexos, eu ajudo com o maior prazer.
Hum... respondi todos os comentários, que lindo... Meu império de três pessoas. Ninguém mais aparece por aqui... Mas, bem, é melhor que falar sozinha, não é?
Estou pensando no que vou escrever amanhã. Alguém tem alguma idéia?
Ver um trabalho completo é um prazer quase inenarrável. A sensação de dever cumprido, de satisfação... É um prazer simples, que nem todo mundo percebe, nem todo mundo dá importância.
Faltavam dez minutos para as seis quando terminei de formatar tudo e deixar pronto para imprimir. O dia amanheceu ensolarado aqui no Recife, diferente dos últimos dias que foram de constante chuva. Decidi então fazer uma coisa que não fazia faz tempo: coloquei os tênis e saí para ir caminhar na praia.
Eu tinha me esquecido do prazer dessa experiência. Não sou rata de praia - o que qualquer um pode deduzir pelo meu maravilhoso bronzeado braço-escritório que cultivo com bastante cuidado -, mas sempre apreciei caminhar pelo calçadão, observar as pessoas passarem, ver o mar quebrando nos arrecifes.
O que há demais em sentar-se num banco e observar o sol fazer reflexos nas águas calmas da maré baixa? Não muito. Mas há qualquer coisa de pacífico, de tranqüilizador em observar o movimento do mar.
Nesse horário, é difícil encontrar alguém abaixo dos quarenta pelo calçadão. A praia é da terceira idade. Os jovens não sabem o que estão perdendo...
Quando estava voltando para casa, topei com Marcelo indo para a parada de ônibus. Fazia tempo que eu não o via; mais de ano, na verdade. Por um minuto, paramos para tentar colocar os assuntos em dia (dois, três minutos no máximo): ele está estagiando na Folha, como fotógrafo.
Terminar um serviço bem feito, caminhar na praia, ver um amigo há muito desaparecido... São coisas pequenas, pequenos, simples prazeres. Coisas que, muitas vezes, deixamos passar desapercebidas no corre-corre de todos os dias.
No entanto, é exatamente isso que faz a vida valer à pena - tomando emprestado o final dos versos do Pessoa. São esses pequenos momentos, esses oásis de normalidade e tranqüilidade no caos do cotidiano.
Ok, estou muito contemplativa hoje. Ísis, se sair uma promoção de passagens a um real, você me compra uma e dá de presente de formatura. Assim não terei como recusar...
Régis, sobre o ballet, aqui no Recife está custando entre oitenta e cem reais, dependendo do lugar na platéia. Não vai passar por Fortaleza - a turnê vai por BH, Juiz de Fora, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Recife. Se eu descobrir mais alguma coisa, aviso.
Ana, se a caixa de eventos da amaterasu não tiver códigos html extremamente complexos, eu ajudo com o maior prazer.
Hum... respondi todos os comentários, que lindo... Meu império de três pessoas. Ninguém mais aparece por aqui... Mas, bem, é melhor que falar sozinha, não é?
Estou pensando no que vou escrever amanhã. Alguém tem alguma idéia?
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Sobre
Livros, viagens, filosofia de botequim e causos da carochinha: o Coruja em Teto de Zinco Quente foi criado para ser um depósito de ideias, opiniões, debates e resmungos sobre a vida, o universo e tudo o mais. Para saber mais, clique aqui.
Oi!
ResponderExcluirSou nova por aqui, mas adoro o seu jeito de pensar. Publique um livro! Uma das suas futuras fãns escreveu este comentário...
Agora quanto as suas sugestões, são boas, mas dá para sugerir algo em São Paulo?
Obrigada!
Abraços!