17 de maio de 2009

Por Dentro da Cabeça da Autora: Uma vida em prateado

Ok, voltando um pouco a fita para terminar minhas reminiscências como Silverghost...

Já expliquei os motivos que me levaram a escolher os marotos como meus personagens para escrever fics; assim como a importância e o crescimento que cada uma daquelas histórias me trouxe. Vamos agora aos outros personagens...

Dumbie's Club e Time of your life são, sem dúvidas, duas das minhas histórias favoritas.

A primeira tem um tom mais leve, e retrata os professores de Hogwarts um pouco mais jovens, na época em que Dumbledore assumiu a diretoria. A segunda conta das conseqüências que uma peça dos marotos teve sobre os professores. As duas são mais ou menos narradas por Minerva McGonnagal.

Há qualquer coisa de muito próprio na Minerva... Meio reprimido, meio orgulhoso... Eu gosto imensamente dela como personagem, especialmente porque o senso de propriedade dela dá margem a um milhão de situações cômicas.

Ao mesmo tempo, ela também é uma personagem muito profunda, com todo um passado que pode ser destrinchado. Foi isso que tentei fazer um pouco em Time of your life; fazendo-a baixar a guarda por alguns instantes.

Nenhuma das duas foi um "grande sucesso", um hit como hades ou valetes. Apesar disso, me são muito caras e eu me orgulho de tê-las escrito, mesmo porque, foram excelentes exercícios de caracterização.

Chegamos, por fim, e finalmente, a À francesa, minha única história estrelada apenas e inteiramente pelo trio.

Serei sincera: só escrevi essa história como uma espécie de favor, entrando para um dos desafios do A3V. Nunca gostei de escrever com Harry, Mione e Ron e essa foi uma das minhas maiores dificuldades em Valetes - especialmente na última fase, O Sétimo Selo.

O primeiro motivo pelo qual não gosto de escrever com eles é porque eles são personagens completos e acabados da Rowling; ela não os deixou num vazio existencial que eu pudesse explorar. Não havia nada para criar ali, se eu o fizesse, muito provavelmente teria ido de encontro ao que ela escrevera. Em suma, eram personagens redondos demais para que eu fosse mexer neles.

Em segundo lugar... eu nunca gostei realmente do Harry. Digam o que quiserem dizer, fãs puristas, mas o garoto-que-sobreviveu é, em alguns pontos, um pé no saco.

Em terceiro lugar, eu tive ânsias de jogar Relíquias Mortais no lixo por diversas vezes. Eu nunca consegui entender completamente como alguém pode começar as coisas tão bem e depois descambar para aquilo.

Uma história pertence a um autor, tudo o que ele escreve ali é possível, o que ele quiser que exista em seu mundo ficcional vai existir e funcionar lá. Existe, contudo, uma única regra, um único limite para essa liberdade de criação: BOM SENSO. Coisa que, obviamente, faltou a Rowling quando estava escrevendo o sétimo livro de sua saga.

Em suma, se matou um personagem, deixe ele permanecer MORTO. Nada de fazê-lo milagrosamente voltar do mundo dos mortos. Se ela tivesse respeitado isso, eu teria festejado Relíquias como uma obra que respeitou seu leitor até o final.

Mas, bem, essa é só minha opinião, claro... E esse também é um dos fatores que me levaram a me aposentar como Silverghost, ou, ao menos, dessa fase da Silverghost. Afinal, eu já havia praticamente esgotado toda minha cota de histórias marotas.

Não que isso significasse deixar de escrever... afinal de contas, mesmo que eu não suportasse Harry, graças a ele eu criei minha personagem mais querida, com quem escrevo há mais tempo e que sempre irá me acompanhar como um símbolo da minha juventude (...): Mina MacFusty.

Continua...

A Coruja


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2 comentários:

  1. Estão bem guardadas as histórias, ó fantasma... ou coruja? Tenho que dizer que concordo com cada palavra que disse sobre o maldito sétimo livro, que me deu tamanho ódio, a ponto de eu querer tacar fogo na coleção toda depois daquele final.
    E um feliz desaniversário à Mina MacFusty!

    O Chapeleiro

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  2. Relíquias Mortais? O que é isso, mesmo?

    (Blérgh!)

    ResponderExcluir

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