22 de maio de 2009
Por Dentro da Cabeça da Autora: Os MacFusty
Quando criei a Mina inicialmente, não dei muito tratos à bola sobre o que fazer da família dela. Eu precisava apenas que os pais dela não estivessem no caminho para que ela pudesse aprontar à vontade (isso tem a ver com a chamada "Jornada do herói", mas falo disso outro dia).
Claro, tinha vovô Vincent e a Holly para criá-la (e, sim, meus pais serviram de inspiração para a criação dos dois), mas eles estavam mais no papel de mentores que de pais, o que me permitia mais liberdade de escrita, de uma maneira ou de outra.
Fora que, considerando que Mina estava em Hogwarts de um jeito ou de outro, não havia muitos motivos para me preocupar com a família dela.
Foi só quando ela ficou de férias e foi para casa nas Hébridas que dei atenção ao fato de que precisava explorar um pouco mais a família dela. Assim, nasceu tio Godfrey. E, pouco depois, o Lusmore. E, um pouco mais depois, toda a miríade de milhares de primos que parecem compôr a família MacFusty.
A experiência da Mina de volta e meia descobrir um novo membro da família é uma experiência que eu mesma já tive muitas vezes. Minha família é enorme e parece nunca ter fim a corte de primos, tios e parentes de toda espécie que conheço a cada festa ou cada visita feita à Mirandiba - que, custa-se a crer, mas serviu de inspiração para a criação de Prydery, a vila onde todo mundo mora nas Hébridas.
Claro que há suas significativas discordâncias... quer dizer, uma cidadezinha perdida no meio do sertão de Pernambuco não tem muito a ver com um vilarejo meio medieval numa ilha mágica no meio da Escócia. Ao menos em questões de clima, são completamente opostos.
A semelhança é mais pelos sentimentos que as duas cidades evocam. Não que Mirandiba tenha para mim a mesma significância que as Hébridas para a Mina, afinal, eu não nasci nem nunca morei lá. Mas é o berço de toda a minha família, então, é, tem sua significação.
Falar sobre vovô Vincent, Holly e tio Godfrey, que são a família mais próxima da Mina, as pessoas mais presentes em toda a vida dela, é interessante. Os três são uma mistura da personalidade dos meus pais e da minha avó materna, e de um punhado das minhas tias favoritas.
Da idéia de que comida é o remédio para todos os males (Holly), à ternura silenciosa em olhos sérios (vovô Vincent) até a idéia de que chocolate é um bem necessário à vida (tio Godfrey), todas são características bem marcantes de algumas das pessoas mais importantes na minha vida.
Mas, é claro que vocês não estão aqui para saber sobre eles... O que todo mundo quer saber de verdade é... Lusmore existe?
Sim, ele existe. A inspiração principal para Lusmore vem do meu primo Giovani, mas a verdade é que ele tem pedaços e pedaços de toda a minha primarada sem fim. Falando sério agora, se vocês acham os homens MacFusty charmosos, é porque nunca conhecerem meus primos e suas imensas caras-de-pau.
Só para constar se houver alguma assanhada de plantão... meu primo tem noiva, ok? HUAHUAHUAHUAHUA...
Lusmore inicialmente surgiu para poder colocar Mina em apuros. Ele era a perfeita explicação para o fato de ela ser tão ressabiada e absolutamente feminista. Nunca fui torturada pelos meus primos, mas era divertido demais fazer isso com a Mina; como já disse antes, ela tem um excelente claque cômico e colocá-la para contracenar com o jeito meio malandro do bardo era arrumar confusão na certa.
Em certo ponto da história, por conta de alguns desencontros com a Luzinha, que na época ainda escrevia o Isaac, o Lusmore tornou-se um potencial interesse amoroso para a Mina. Por algumas semanas, tanto eu quanto a Ana cogitamos a possibilidade de deixar os dois primos ficarem juntos ao final.
A idéia, contudo, não assentava muito bem na minha cabeça. Eu podia ver o Lusmore flertando com a Mina descaradamente, mas a idéia dela caindo na conversa dele era simplesmente contrária a tudo o que eu compreendia como sendo Mina. Logo, portanto, a possibilidade de Lusmore ficar com ela foi descartada e decidi aproveitá-lo para fazer ciúmes no Isaac, com efeitos muito recompensadores.
Algumas coisas a falar sobre Lusmore... ele é absolutamente charmoso, sim, e extremamente cara-de-pau. É romântico sem ser brega, um bon vivant, um boêmio, em suma. Mas, apesar de todas as suas conquistas, Lusmore nunca traiu nenhuma das namoradas ou foi menos que um perfeito cavalheiro com todas elas. Por mais história que ela tenha, ele nunca foi um canalha.
Em certa medida, Lusmore nasceu também influenciado pelo velho e clássico filme Don Juan de Marco. Há qualquer coisa de Don Juan nele, sem o sotaque latino, é claro.
Além de Lusmore, destacam-se entre a primarada MacFusty os irmãos Rostand, Hilde e Rylan (dos quais falarei mais quando discorrer sobre Hopelessly Addicted), o jovem Christopher Morel que se revelou um Comensal da Morte (e que tem ainda muita história pela frente...) e a doida da Elaine, nossa treinadora de domadora... Fora o Kieran, que é a coisa mais fofa do mundo... Eu sinto vontade de apertar as bochechas rosadas dele toda vez que estou escrevendo Mina com o irmão caçula.
Kieran não tem nada do meu irmão, que se faça entendido.
Podia escrever mais sobre essa turma, mas acho que iria entregar muita coisa... Bem, todo mundo sabe que Lusmore e Rylan são os melhores amigos do mundo, o que rendeu muitos bons momentos em uma fic especial dois anos após o final de Relíquias Mortais (vocês vão demorar para lê-la ainda...). Talvez não saibam que Lusmore e Chris são meio que rivais, o que também renderá momentos inesquecíveis na história, como naquela cena em que eles quase...
Hum...
Ok, vou parar por aqui. Com isso, meio que encerro minhas análises nos personagens do Expresso. Por ordem cronológica, eu talvez devesse passar às histórias originais que a Mina escreveu... ou à Amaterasu. Mas, em vez disso, no próximo deslinde dos mecanismos da cabeça insana da autora, falarei sobre os Cullen.
Agora essa vai ser uma conversa interessante...
Claro, tinha vovô Vincent e a Holly para criá-la (e, sim, meus pais serviram de inspiração para a criação dos dois), mas eles estavam mais no papel de mentores que de pais, o que me permitia mais liberdade de escrita, de uma maneira ou de outra.
Fora que, considerando que Mina estava em Hogwarts de um jeito ou de outro, não havia muitos motivos para me preocupar com a família dela.
Foi só quando ela ficou de férias e foi para casa nas Hébridas que dei atenção ao fato de que precisava explorar um pouco mais a família dela. Assim, nasceu tio Godfrey. E, pouco depois, o Lusmore. E, um pouco mais depois, toda a miríade de milhares de primos que parecem compôr a família MacFusty.
A experiência da Mina de volta e meia descobrir um novo membro da família é uma experiência que eu mesma já tive muitas vezes. Minha família é enorme e parece nunca ter fim a corte de primos, tios e parentes de toda espécie que conheço a cada festa ou cada visita feita à Mirandiba - que, custa-se a crer, mas serviu de inspiração para a criação de Prydery, a vila onde todo mundo mora nas Hébridas.
Claro que há suas significativas discordâncias... quer dizer, uma cidadezinha perdida no meio do sertão de Pernambuco não tem muito a ver com um vilarejo meio medieval numa ilha mágica no meio da Escócia. Ao menos em questões de clima, são completamente opostos.
A semelhança é mais pelos sentimentos que as duas cidades evocam. Não que Mirandiba tenha para mim a mesma significância que as Hébridas para a Mina, afinal, eu não nasci nem nunca morei lá. Mas é o berço de toda a minha família, então, é, tem sua significação.
Falar sobre vovô Vincent, Holly e tio Godfrey, que são a família mais próxima da Mina, as pessoas mais presentes em toda a vida dela, é interessante. Os três são uma mistura da personalidade dos meus pais e da minha avó materna, e de um punhado das minhas tias favoritas.
Da idéia de que comida é o remédio para todos os males (Holly), à ternura silenciosa em olhos sérios (vovô Vincent) até a idéia de que chocolate é um bem necessário à vida (tio Godfrey), todas são características bem marcantes de algumas das pessoas mais importantes na minha vida.
Mas, é claro que vocês não estão aqui para saber sobre eles... O que todo mundo quer saber de verdade é... Lusmore existe?
Sim, ele existe. A inspiração principal para Lusmore vem do meu primo Giovani, mas a verdade é que ele tem pedaços e pedaços de toda a minha primarada sem fim. Falando sério agora, se vocês acham os homens MacFusty charmosos, é porque nunca conhecerem meus primos e suas imensas caras-de-pau.
Só para constar se houver alguma assanhada de plantão... meu primo tem noiva, ok? HUAHUAHUAHUAHUA...
Lusmore inicialmente surgiu para poder colocar Mina em apuros. Ele era a perfeita explicação para o fato de ela ser tão ressabiada e absolutamente feminista. Nunca fui torturada pelos meus primos, mas era divertido demais fazer isso com a Mina; como já disse antes, ela tem um excelente claque cômico e colocá-la para contracenar com o jeito meio malandro do bardo era arrumar confusão na certa.
Em certo ponto da história, por conta de alguns desencontros com a Luzinha, que na época ainda escrevia o Isaac, o Lusmore tornou-se um potencial interesse amoroso para a Mina. Por algumas semanas, tanto eu quanto a Ana cogitamos a possibilidade de deixar os dois primos ficarem juntos ao final.
A idéia, contudo, não assentava muito bem na minha cabeça. Eu podia ver o Lusmore flertando com a Mina descaradamente, mas a idéia dela caindo na conversa dele era simplesmente contrária a tudo o que eu compreendia como sendo Mina. Logo, portanto, a possibilidade de Lusmore ficar com ela foi descartada e decidi aproveitá-lo para fazer ciúmes no Isaac, com efeitos muito recompensadores.
Algumas coisas a falar sobre Lusmore... ele é absolutamente charmoso, sim, e extremamente cara-de-pau. É romântico sem ser brega, um bon vivant, um boêmio, em suma. Mas, apesar de todas as suas conquistas, Lusmore nunca traiu nenhuma das namoradas ou foi menos que um perfeito cavalheiro com todas elas. Por mais história que ela tenha, ele nunca foi um canalha.
Em certa medida, Lusmore nasceu também influenciado pelo velho e clássico filme Don Juan de Marco. Há qualquer coisa de Don Juan nele, sem o sotaque latino, é claro.
Além de Lusmore, destacam-se entre a primarada MacFusty os irmãos Rostand, Hilde e Rylan (dos quais falarei mais quando discorrer sobre Hopelessly Addicted), o jovem Christopher Morel que se revelou um Comensal da Morte (e que tem ainda muita história pela frente...) e a doida da Elaine, nossa treinadora de domadora... Fora o Kieran, que é a coisa mais fofa do mundo... Eu sinto vontade de apertar as bochechas rosadas dele toda vez que estou escrevendo Mina com o irmão caçula.
Kieran não tem nada do meu irmão, que se faça entendido.
Podia escrever mais sobre essa turma, mas acho que iria entregar muita coisa... Bem, todo mundo sabe que Lusmore e Rylan são os melhores amigos do mundo, o que rendeu muitos bons momentos em uma fic especial dois anos após o final de Relíquias Mortais (vocês vão demorar para lê-la ainda...). Talvez não saibam que Lusmore e Chris são meio que rivais, o que também renderá momentos inesquecíveis na história, como naquela cena em que eles quase...
Hum...
Ok, vou parar por aqui. Com isso, meio que encerro minhas análises nos personagens do Expresso. Por ordem cronológica, eu talvez devesse passar às histórias originais que a Mina escreveu... ou à Amaterasu. Mas, em vez disso, no próximo deslinde dos mecanismos da cabeça insana da autora, falarei sobre os Cullen.
Agora essa vai ser uma conversa interessante...
A Coruja
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Faço apenas meu comentário usual quando o assunto é Lusmore: *____________*
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