10 de fevereiro de 2010

Prosa & Poesia (Especial dia dos namorados) - Parte VII: De almas sinceras...


Curiosidades do dia dos namorados que li na lista 14 Miserable Facts About St. Valentine's Day:


    • O dia dos namorados tem suas raízes num festival pagão chamado Lupercalia, no qual os homens saíam, nus, com chicotes, espancando jovens mulheres para aumentar a fertilidade delas.
    • São Valentim, patrono dos namorados, foi degolado no dia 14 de fevereiro por realizar cerimônias de casamento em segredo.

Por que é mesmo que temos um dia dos namorados? Ah, é... tudo é culpa da indústria de cartões (lembrei agora de (500) Days of Summer). HUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUA...

Passado o momento "Lulu é uma cretina", voltemos à programação da semana...


Eu jamais poderia dedicar uma semana a poesias românticas (ou nem tanto...) e deixar de fora a figura do bardo. Shakespeare é, sem qualquer dúvida, um dos maiores escritores da História e não apenas por uma única peça, mas por todo o conjunto de sua obra - mesmo quando em seus momentos menos inspirados, venhamos e convenhamos, o cara era genial.

O Soneto 96 que eu lhes trago hoje é, provavelmente, o único poema que tenho salvo no computador... Meu plano é usá-lo quando eu escrever alguma cena de casamento, como os votos dos noivos... ou, talvez, até as próprias palavras do oficiante.

Contudo, ainda não escrevi nenhum casamento... engraçado, acabo de notar que eu sempre os deixo sub-entendidos quando eventualmente ocorrem. Ou será que escrevi e agora não consigo me lembrar?

Oh, céus, oh, dúvida cruel...

Enquanto vou tirar a dúvida olhando arquivos antigos de histórias, fiquem com o bardo...

Soneto 96

De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça. Amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera
Ou se vacila ao mínimo temor.

Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
È astro que norteia a vela errante
Cujo valor se ignora, lá na altura.

Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfanje não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,

Antes se afirma, para a eternidade.
Se isto é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.



A Coruja


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Um comentário:

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