27 de abril de 2013

A Vertigem das Listas: Quatro Subgêneros Que Não Te Cansam


Ísis: Olás, pessoas dez outros mundos! Estamos aquiz cons mais listas pras vocês!

(Peguei “la moléstia de lós ‘s’, de modo que I humbly beg your forgiveness...)

Socorro, deu TILT!!!!


Lulu: Ai, meu pai... O que foi que ela bebeu???

Ísis: O problema é o que eu não estou bebendo...

Dani: Tem certeza?

Ísis: Caham! Voltando. Tema desse mês: Quatro Subgêneros Que Não Te Cansam. Explicando do que NÃO se trata:

Lulu: Porque você não pode facilitar a vida de ninguém, né?

Ísis: Minha mãe sempre disse que tenho problemas de comunicação...

Dani: Apesar de ser poliglota... - -“

Ísis: Tinha que ter um defeito, né? Bem, continuando: não se trata simplesmente de “aventura”, “romance”, “terror” etc.

Dé: ?

Ísis: Não se trata de algo genérico o suficiente para ocorrer em praticamente qualquer tipo de leitura, como, por exemplo, quando o(a) anti-herói(na) não quer saber de nada, mas acaba “bonzinho(a)” depois da influência de seu amigo(a) ou par. Esse é genérico porque posso usar isso em romance, aventura, terror etc. Para usar essa tipo de categoria, no Vertigem desse mês, então vai ter de escolher um gênero junto.

E não se trata de um título ou uma série específica.


Dé: Isis, eu juro que não tô entendendo o tema desse mês...

Dani: E não é o único. Do que diabos você tá falando, Ísis??

Ísis: Algo me diz que isso vai ocorrer com mais frequência a partir desse ano, Dé... Só não sei o porquê. XP

Continuando, trata-se de algo que já tenha lido/visto muito, mas que, por algum motivo, ainda continue apto a assistir/ler.


Lulu: Eu acho que entendi e devo dizer que o termo que a Ísis deveria estar procurando é arquétipo ou padrão, não subgênero... Porque é disso que estamos falando, não? Tipos repetidos de certas histórias dentro de gêneros literários?

Ou eu entrei pela curva errada do caminho?


Ísis: É exatamente isso! Só podia ser a Rainha pra entender minhas alucinações... XD

Lulu: É que funcionamos na mesma freqüência de rádio (oi???).

Ísis: Isso, sim, me dá medo... e uma sensação de satisfação, ao mesmo tempo...

Bem, a minha escolha é “infiltração por motivos pessoais em lugar normalmente não permitido”, preferencialmente em shoujos (incluindo BLs Dé: PEDERASTIA!!!). E não, não estou falando de sexo (Te peguei, hein, Lu? XP
Lulu: O que cargas d’água eu tenho a ver com o assunto??? Dé: PEDERASTIA!!!² Dani: E eu tô perdidinha aqui...), ainda que possa incluir cenas desse tipo (e eu acho é bom!). Além disso, quando eu digo ~lugar~, estou, sendo mais específica, normalmente me referindo a um dormitório (de escolas ou universidades).

O contexto mais usual desse tipo de historia é quando temos uma menina que se passa por menino em um dormitório (colégio) masculino, ou vice-versa. Sendo mais específica ainda, quando tem irmãos (se forem gêmeos, melhor!) na história, é perfeito pra mim. Posso ler quantas histórias for.


Dé: Tu acabou de descrever uns 3456789876245678098765345678 mangás e animes...

Ísis: Mas esse é o ponto! Eu não quero um título específico, mas um molde, uma forma... UM ARQUÉTIPO! (HÁ!)

Lulu: Meu Deus, o que foi que eu fiz quando inventei de ensinar isso a ela...

Ísis: Um erro. ^.~

Dani: Tá vendo o que acontece quando não se corta logo pela raiz...

Ísis: Acho que o que me chama a atenção nisso é a avaliação dos sentimentos entre os personagens. Muitas vezes, nesse tipo de história, os meninos se apaixonam pela menina, achando que é um menino – ou o contrário, as meninas se apaixonam pelo menino, achando que é uma menina. Dessas situações, surge um turbilhão de sentimentos e conflitos internos (e, às vezes, externos) que eu acho interessante, por dois motivos. O primeiro é que, à medida que as relações vão se intensificando, esses sentimentos começam a exigir um nome, e o personagem vê-se forçado a reconhecer uma situação que não quer admitir... ou a ter que reprimi-los com toda sua vontade emocional. O segundo, que é uma continuação do anterior, é que, ao passo em que a verdade é descoberta pelos diversos personagens, a verdadeira natureza das relações humanas é exposta: gostar pela aparência, pelo sexo, pela essência etc.

Dé: Isso nunca te pareceu ser desnecessariamente complicado não?

Dani: Putz... E eu continuo perdida... -_-

Lulu: Não se preocupe, filhota, é algo normal quando se está falando com a Ísis...

Ísis: Só comigo?

E, sim, e acho que é por ser complicado que eu gosto... Aparentemente eu tenho uma tendência a querer complicar as coisas... Não sei de onde tiraram isso...

Eu não vou ser santa e dizer que a essência é tudo o que importa. É uma parte gigante (uns 85%, na minha opinião), mas também não é só. É possível ocorrer uma atração simplesmente por um corpo muito sensual – ou seja, seria puramente carnal – ou porque o rosto tem feições que te atrai (olhos da cor que se acha mais bonita com um sorriso do jeito que se acha mais bonito, etc). Ouso dizer que é até comum, afinal, é a primeira coisa que vemos, querendo ou não (a menos que seja uma relação cibernética ou coisa assim).

Voltando ao assunto. Antes da verdade sobre o personagem que não deveria estar ali vir à tona, quem se sente atraído vai ter de escolher entre convenções sociais ou o desejo por aquela pessoa... E quando aquele(a) mesmo personagem descobre a verdade, vai ter de lidar com essa nova situação também. A depender dos personagens e da história, descobrir isso pode, curiosamente, complicar a situação, em vez de resolver tudo. (Lembro de ter lido uma assim...)


Lulu: E cada dia eu tenho mais certeza que a Ísis é completamente insana... mas eu gosto dela mesmo assim...

Ísis: Também te amo... ¬_¬

Dé: Pô, Lu... Tu demorou pra perceber isso, viu? XD

Dani: Lembrem-se que somos todos loucos aqui. Ou esse blog não funcionaria tão bem. ^^

Lulu: Bem, fiquei pensando aqui com meus botões um tipo de história que não me canso de ler e decidi falar daquele tipo de romance em que o casal a princípio se odeia, mas por algum motivo é forçado a passar mais tempo junto ou enganado ou alguma coisa parecida e à medida que vão se conhecendo melhor e superando preconceitos, acabam se apaixonando (embora continuem happily ever after duelando verbalmente.

Um bom exemplo desse tipo de história é a minha peça favorita do bardo, Muito Barulho por Nada ou o clássico Orgulho e Preconceito (ainda que Darcy nunca tenha de fato detestado a Lizzie...).


Dé: Não esqueça de A Megera Domada! =D

Dani: Adoro esse tema também!!!

Dé: Tá, hora de queimar neurônios e pensar no que eu gosto de ler...

Ísis: YES! \o/

Dé: Assim, acho que sou um fã do azarão. Por que eu digo isso? Por que o tipo de história que eu não canso de ler é aquele no qual temos o(a) herói(na). Só que esse(a) herói(na) é apenas uma pessoa “normal”, para o mundo aonde ele(a) vive... talvez até um pouco abaixo da média ou seja alguém que ninguém espera nada. Mas espera um pouco... Ele(a) tem que salvar o mundo?! Mas como? Ele(a) é só um cara normal! Ei, espera? ELE(A) CONSEGUIU?!?! Não acredito!

É, essa complicação toda pra dizer que gosto de histórias de superação e de heróis que riem na cara das limitações impostas. Acho que era previsível, considerando o que eu escrevo aqui e o que eu leio normalmente...


Dani: E agora você acabou d descrever 7687987890809394039409340930493090 de livros de fantasia e aventura por aí. :D

Ísis: HUAHUAHUA! Todo mundo entrando no clima! Assim que é bom!

Dani: Agora eu né? Bom... Perdoem-me o palavrão, mas cacete, acho que até agora ainda estou perdida nesse tema maluco da Ísis...

Lulu: Parece que todo mundo ficou... mas, bem, é a Ísis, né?

Ísis: ¬____¬ Posso ignorar o comentário...?

Dani: Então, acho que se tem algo que nunca me canso de ver num livro talvez sejam aqueles vilões que passam por uma extrema metamorfose durante a história. Em geral personagens mais confusos e perdidos do que propriamente “maus”, mas que com o correr dos acontecimentos vão refletindo sobre seus atos e mudando pouco a pouco até se encontrar num caminho próprio (e que, em geral é ao lado do herói. Apesar disso eu não gostar muito, vai...)

Como exemplo disso posso citar do anime Avatar – A lenda de Aang (que, aliás, é um tremendo de um desenho e todo mundo deveria assistir! *propaganda, propaganda*), o personagem do Príncipe Zuko, que literalmente muda da água para o vinho durante a toda a história, de uma forma bem gradual e consistente.


Ísis: O.O Dani! Tu leste meus pensamentos!!!!! Faz tempo que tô querendo um jeito de trazer “Avatar” (desenho) pra pauta!!! O mega-estudo que fizeram pra poder conceituar o mundo de “Avatar” é inacreditável!!! E tenho um livro dos autores pra provar isso!!!!

E o legal, assim que tu descreveste o teu arquétipo (HÁ!²) preferido, a primeira coisa que me veio à cabeça foi JUSTAMENTE o Zuko, do “Avatar” (note a repetição proposital do título do desenho, “Avatar”...), mesmo sem ler que essa era sua resposta! ^.^


Lulu: Perdi a conta do número de exclamações que a Ísis usou no parágrafo anterior...

Ísis: Tradução: empolgação. É uma obra-prima, poxa!

Lulu: Eu também gosto muito desse tipo de história – aliás, pensando nisso, recomendo ler a série Crônicas da Imaginarium Geographica. Só o primeiro volume foi lançado aqui no Brasil por enquanto, mas o último volume sai esse ano em inglês e já está na minha listinha para Papai Noel.

E também recomendo Avatar! Caramba, essa história tem um dos roteiros mais incríveis que eu já vi na vida!


Ísis: No dia que você vier me visitar, Lulu (HUMPF! Vá pra Europa, vá! >.< (Lulu: Ai, meu pai do céu... deixa de fazer drama! Vá me encontrar na Europa então, oras!), eu te mostro o tal do livro! Não é só o roteiro, não! A quantidade de profissas que chamaram pra aconselhar não é brincadeira!!!! Até hoje tenho dificuldades de acreditar que levaram um desenho a sério nesse lado do mundo! Não foi no Japão!!!! – Tá, foi na Coréia, mas os criadores são americanos, então, no momento, é isso que conta!

Lulu: Fiquei com vontade de dar uma olhada nesse livro... Em que língua ele está escrito???

Ísis: Não se preocupe, está escrito em inglês. :D Dá pra entender!

E tenho a dizer que você tinha me prometido vir pra cá antes dessa história da Europa (DE NOVO!?!?!?) acontecer! Vem pra Ásia (eu podia ter dito “vá pra China” nessa hora... LOL)! E eu já fui te visitar em Recife várias vezes!!!!! Então, humpf!


Lulu: E eu já te visitei em Fortaleza, de modo que estamos quites...

Ísis: E com essa incrível recomendação, e seguindo o idioma no qual a linguagem (pelo menos a escrita) de “Avatar” é baseada, despedimo-nos!

Zài jiàn! (chinês)


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