8 de dezembro de 2010
Fechado para Balanço: Vida de Turista
Meu ano de 2010 foi marcado por duas grandes viagens: para Maringá, com minha avó, na páscoa, e para o Rio, no feriado de Corpus Christi, em junho, com a Carol e a Ísis, onde participamos do II Encontro Nacional do Jane Austen Sociedade do Brasil.
Fui a Olinda também agora em novembro, quando da Fliporto - não é exatamente uma viagem, já que Olinda e Recife são cidades irmãs - mas considerarei esse passeio na minha retrospectiva de turista esse último ano.
Comecemos, claro, por Maringá. Maringá é uma cidade linda, muito arborizada, gostosa de curtir. É uma cidade fundamentalmente jovem, por conta da universidade. E, claro, o melhor de tudo, é onde mora tio Fafa, que é um dos meus xodós na família.
Eu adoro encontrar com tio Fafa, porque a gente sempre tem um papo gostoso - música, literatura, poesia, história, cinema... E ele tem uma bagagem fantástica; eu adoro ouvir as histórias dele. O resto da família, claro, não fica atrás; as filhas dele são simpatíssissimas e tia Wanda só falta colocar você no colo de tão bem que te recebe.
Por mim, eu ia a Maringá todo ano passar uma semana com eles. Ou fazia eles virem aqui todo ano. Qualquer um dos dois me deixaria muito feliz.
Um dos principais pontos turísticos de Maringá é a Catedral, enorme, e muito bonita. Eu subi pelas escadarias (e quase morri de falta de fôlego, claro, porque meu preparo físico é assim, abaixo de zero) mas valeu à pena pela vista lá de cima...
Quando você chega ao aeroporto é recebido por um Torii (e um nascer do sol de tirar o fôlego). No parque perto da casa do tio, com seu estádio e suas pistas de atletismo, você pode ver um dos mais belos pôr-do-sol que já presenciei.
E antes de ir atrás do pôr-do-sol, você sempre pode vagar pela feira de produtos orgânicos, enquanto tira fotos e se prepara para um delicioso jantar de pastéis. E olha aí tio Fafa e a Vó.
Mas, como tudo que é bom dura pouco, a páscoa acabou e voltamos pra casa... mas aí, que felicidade, teve o encontro do JASBRA. Inicialmente, eu ia só como ouvinte, mas aí a Dri, que é nossa excelentíssima presidente, perguntou se eu não queria ser uma das palestrantes.
Passei maio e junho mergulhada até os cotovelos em livros de Jane Austen e chamei a Ísis e a Carol para irem comigo, como apoio moral. Foi uma das minhas melhores idéias - viajar com essas duas. Fazemos um trio muito louco.
Obviamente que não colocarei as fotos mais comprometedoras aqui (como a gente dançando e cantando de pijama no quarto do hotel...) mas dá para ter uma idéia da bagunça que fazemos juntas.
Tudo começou no aeroporto, onde a Jujuba foi nos esperar. Ísis chegou primeiro, vindo de Fortaleza, eu e Carol desembarcamos um pouco depois e, tão logo ponho o pé para fora da área de desembarque, vejo as duas trepeças segurando uma plaquinha escrita "generalíssima".
Para quem não sabe, piada interna: geralmente, sou responsável pela organização das coisas - listas, esquemas, calendários são comigo mesma. Não bastasse isso, tenho uma veia assim meio absolutista - ou é o que diz a turma do Clube do Livro, do qual sou administradora.
Por isso, para o pessoal da Crimson Mark, sou a generalíssima e para o pessoal do clube, Sua Majestade Lulu I. E, nessa viagem, eu tive oportunidade de representar totalmente os dois papéis (começando com a generalíssima, claro).
Mas, bem, olha aí a turma toda reunida na chegada no hotel e depois nosso passeio à Copacabana (onde minha primeira visão do Pão de Açúcar me deixou com palpitações. E isso não é uma hipérbole).
No dia seguinte, eu dei minha palestra, da qual Ísis tirou fotos suficientes para fazer um book (mas só vou postar uma aqui, porque, sinceramente, não gosto tanto assim de ficar olhando para minha cara). Reparem nas mãos, por favor - se houvesse uma seqüência de fotos, vocês perceberiam que passei o tempo quase todo gesticulando.
Sou uma pessoa que fala com as mãos...
O caso é que eu estava absurdamente nervosa e a apresentação toda foi assim como uma experiência extracórporea.
Sempre tenho experiências extracorpóreas quando falo em público.
Claro que a viagem não foi maravilhosa apenas pelo fato de que levei minhas mosqueteiras comigo e tive oportunidade de conhecer pessoalmente a Juju - de quem já era amiga virtual há anos. Conheci uma penca de gente não apenas interessante, como excelente material para amizades. Pessoas daquele tipo com quem você pode sentar para tomar café e cantar temas de animes em japonês, protagonizar lutas de espada de O Senhor dos Anéis e que entendem piadas nerd, daquele tipo que ninguém mais entenderia.
"Nós aqui agora somos Longbourn e elas são, claro, Pemberley" - né, Mari? (foi Pemberley ou Netherfield Park o lado das verdadeiras damas no restaurante? Não lembro agora...)
O encontro no Rio foi maravilhoso, mas, aproveitando a proximidade de Petrópolis do Rio e de Juiz de Fora, decidimos dar um pulo lá para podermos encontrar duas outras comparsas: a Dynha e a Régis.
E assim subimos a serra...
Agora, a Dynha eu já conhecia de quando fui a Minas Gerais... Mas a Régis... devia ter um seis anos que eu contava tudo e mais um pouco para a Régis, e foi só então que nos conhecemos ao vivo...
Não pudemos tirar fotos dentro do Museu Imperial (e da minha coroa), mas realizamos o ritual do beija-mão nos jardins.
Não será minha culpa quando o poder subir à cabeça... não quando esse povo faz isso...
Ok, agora, algumas observações sobre as fotos acima... Após termos nos encontrado na rodoviária, saímos a bater perna pela cidade. Petrópolis é uma cidade linda, cheia de história e não apenas nos museus, mas em cada casa, e cada rua.
Visitamos o Palácio de Cristal, a catedral onde estão enterrados nossos excelentíssimos imperadores, o museu imperial (claro), passamos pela casa do Barão de Mauá, e de Santos Dumont e andamos de carruagem, nos alternando para ir na boléia.
Um aviso aos navegantes: não confie na sua mãe quando ela disser "mas eu olhei na internet... não vai estar esse frio todo, não. Para quê levar tudo isso? Pode deixar o cachecol, as luvas e a touca".
Especialmente não confie nisso quando você é a pessoa mais friorenta do inteiro grupo. Resultado? Roubei o cachecol da Juju, as luvas e a touca da Dynha. Ao menos meu casaco de lã era bem razoável, mas ainda me arrependi de não ter levado a jaqueta...
Terminamos nosso passeio com um chocolate quente na Katz (delícia...) e uma viagem muito apertada de táxi. Não foi a única desse tipo na viagem toda.
E, por algum motivo inexplicável, como sempre, sobrou para Lulu ir no colo...
Após toda a farra de Petrópolis, contudo, ainda tivemos gás suficiente para ir à ópera assistir Il Trovador, na reinauguração do Teatro Municipal. Deixamos o teatro lá pela meia-noite, mas no dia seguinte - o último - ainda subimos no bondinho.
Uma vista totalmente perfeita... Quer jeito mais perfeito para encerrar uma viagem?
No dia da Fliporto, tivemos também um passeio em Olinda com a subida na Sé - uma bela panorâmica da cidade aos nossos pés...
É, né... ser ou não ser, eis a questão...
Por fim, quando da Feira Japonesa, fizemos uma parada na primeira Sinagoga das Américas, a Kahal Zur Israel.
Estou planejando mais viagens para ano que vem, junto com minhas fiéis companheiras de aventura... Se tudo der certo, vou ver a Ísis e conhecer o Dé em Fortaleza; dar um pulo em São Paulo com a mãe e comemorar meu aniversário na Bienal do Rio. Planos, planos, muitos planos...
Fora o meu incrível roteiro turístico de Recife. Vou tirar um dia inteiro para sair pela cidade feito turista!
Vamos torcer para dar certo, né?
Fui a Olinda também agora em novembro, quando da Fliporto - não é exatamente uma viagem, já que Olinda e Recife são cidades irmãs - mas considerarei esse passeio na minha retrospectiva de turista esse último ano.
Comecemos, claro, por Maringá. Maringá é uma cidade linda, muito arborizada, gostosa de curtir. É uma cidade fundamentalmente jovem, por conta da universidade. E, claro, o melhor de tudo, é onde mora tio Fafa, que é um dos meus xodós na família.
Eu adoro encontrar com tio Fafa, porque a gente sempre tem um papo gostoso - música, literatura, poesia, história, cinema... E ele tem uma bagagem fantástica; eu adoro ouvir as histórias dele. O resto da família, claro, não fica atrás; as filhas dele são simpatíssissimas e tia Wanda só falta colocar você no colo de tão bem que te recebe.
Por mim, eu ia a Maringá todo ano passar uma semana com eles. Ou fazia eles virem aqui todo ano. Qualquer um dos dois me deixaria muito feliz.
Um dos principais pontos turísticos de Maringá é a Catedral, enorme, e muito bonita. Eu subi pelas escadarias (e quase morri de falta de fôlego, claro, porque meu preparo físico é assim, abaixo de zero) mas valeu à pena pela vista lá de cima...
Quando você chega ao aeroporto é recebido por um Torii (e um nascer do sol de tirar o fôlego). No parque perto da casa do tio, com seu estádio e suas pistas de atletismo, você pode ver um dos mais belos pôr-do-sol que já presenciei.
E antes de ir atrás do pôr-do-sol, você sempre pode vagar pela feira de produtos orgânicos, enquanto tira fotos e se prepara para um delicioso jantar de pastéis. E olha aí tio Fafa e a Vó.
Mas, como tudo que é bom dura pouco, a páscoa acabou e voltamos pra casa... mas aí, que felicidade, teve o encontro do JASBRA. Inicialmente, eu ia só como ouvinte, mas aí a Dri, que é nossa excelentíssima presidente, perguntou se eu não queria ser uma das palestrantes.
Passei maio e junho mergulhada até os cotovelos em livros de Jane Austen e chamei a Ísis e a Carol para irem comigo, como apoio moral. Foi uma das minhas melhores idéias - viajar com essas duas. Fazemos um trio muito louco.
Obviamente que não colocarei as fotos mais comprometedoras aqui (como a gente dançando e cantando de pijama no quarto do hotel...) mas dá para ter uma idéia da bagunça que fazemos juntas.
Tudo começou no aeroporto, onde a Jujuba foi nos esperar. Ísis chegou primeiro, vindo de Fortaleza, eu e Carol desembarcamos um pouco depois e, tão logo ponho o pé para fora da área de desembarque, vejo as duas trepeças segurando uma plaquinha escrita "generalíssima".
Para quem não sabe, piada interna: geralmente, sou responsável pela organização das coisas - listas, esquemas, calendários são comigo mesma. Não bastasse isso, tenho uma veia assim meio absolutista - ou é o que diz a turma do Clube do Livro, do qual sou administradora.
Por isso, para o pessoal da Crimson Mark, sou a generalíssima e para o pessoal do clube, Sua Majestade Lulu I. E, nessa viagem, eu tive oportunidade de representar totalmente os dois papéis (começando com a generalíssima, claro).
Mas, bem, olha aí a turma toda reunida na chegada no hotel e depois nosso passeio à Copacabana (onde minha primeira visão do Pão de Açúcar me deixou com palpitações. E isso não é uma hipérbole).
No dia seguinte, eu dei minha palestra, da qual Ísis tirou fotos suficientes para fazer um book (mas só vou postar uma aqui, porque, sinceramente, não gosto tanto assim de ficar olhando para minha cara). Reparem nas mãos, por favor - se houvesse uma seqüência de fotos, vocês perceberiam que passei o tempo quase todo gesticulando.
Sou uma pessoa que fala com as mãos...
O caso é que eu estava absurdamente nervosa e a apresentação toda foi assim como uma experiência extracórporea.
Sempre tenho experiências extracorpóreas quando falo em público.
Claro que a viagem não foi maravilhosa apenas pelo fato de que levei minhas mosqueteiras comigo e tive oportunidade de conhecer pessoalmente a Juju - de quem já era amiga virtual há anos. Conheci uma penca de gente não apenas interessante, como excelente material para amizades. Pessoas daquele tipo com quem você pode sentar para tomar café e cantar temas de animes em japonês, protagonizar lutas de espada de O Senhor dos Anéis e que entendem piadas nerd, daquele tipo que ninguém mais entenderia.
"Nós aqui agora somos Longbourn e elas são, claro, Pemberley" - né, Mari? (foi Pemberley ou Netherfield Park o lado das verdadeiras damas no restaurante? Não lembro agora...)
O encontro no Rio foi maravilhoso, mas, aproveitando a proximidade de Petrópolis do Rio e de Juiz de Fora, decidimos dar um pulo lá para podermos encontrar duas outras comparsas: a Dynha e a Régis.
E assim subimos a serra...
Agora, a Dynha eu já conhecia de quando fui a Minas Gerais... Mas a Régis... devia ter um seis anos que eu contava tudo e mais um pouco para a Régis, e foi só então que nos conhecemos ao vivo...
Não pudemos tirar fotos dentro do Museu Imperial (e da minha coroa), mas realizamos o ritual do beija-mão nos jardins.
Não será minha culpa quando o poder subir à cabeça... não quando esse povo faz isso...
Ok, agora, algumas observações sobre as fotos acima... Após termos nos encontrado na rodoviária, saímos a bater perna pela cidade. Petrópolis é uma cidade linda, cheia de história e não apenas nos museus, mas em cada casa, e cada rua.
Visitamos o Palácio de Cristal, a catedral onde estão enterrados nossos excelentíssimos imperadores, o museu imperial (claro), passamos pela casa do Barão de Mauá, e de Santos Dumont e andamos de carruagem, nos alternando para ir na boléia.
Um aviso aos navegantes: não confie na sua mãe quando ela disser "mas eu olhei na internet... não vai estar esse frio todo, não. Para quê levar tudo isso? Pode deixar o cachecol, as luvas e a touca".
Especialmente não confie nisso quando você é a pessoa mais friorenta do inteiro grupo. Resultado? Roubei o cachecol da Juju, as luvas e a touca da Dynha. Ao menos meu casaco de lã era bem razoável, mas ainda me arrependi de não ter levado a jaqueta...
Terminamos nosso passeio com um chocolate quente na Katz (delícia...) e uma viagem muito apertada de táxi. Não foi a única desse tipo na viagem toda.
E, por algum motivo inexplicável, como sempre, sobrou para Lulu ir no colo...
Após toda a farra de Petrópolis, contudo, ainda tivemos gás suficiente para ir à ópera assistir Il Trovador, na reinauguração do Teatro Municipal. Deixamos o teatro lá pela meia-noite, mas no dia seguinte - o último - ainda subimos no bondinho.
Uma vista totalmente perfeita... Quer jeito mais perfeito para encerrar uma viagem?
No dia da Fliporto, tivemos também um passeio em Olinda com a subida na Sé - uma bela panorâmica da cidade aos nossos pés...
É, né... ser ou não ser, eis a questão...
Por fim, quando da Feira Japonesa, fizemos uma parada na primeira Sinagoga das Américas, a Kahal Zur Israel.
Estou planejando mais viagens para ano que vem, junto com minhas fiéis companheiras de aventura... Se tudo der certo, vou ver a Ísis e conhecer o Dé em Fortaleza; dar um pulo em São Paulo com a mãe e comemorar meu aniversário na Bienal do Rio. Planos, planos, muitos planos...
Fora o meu incrível roteiro turístico de Recife. Vou tirar um dia inteiro para sair pela cidade feito turista!
Vamos torcer para dar certo, né?
A Coruja
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Sobre
Livros, viagens, filosofia de botequim e causos da carochinha: o Coruja em Teto de Zinco Quente foi criado para ser um depósito de ideias, opiniões, debates e resmungos sobre a vida, o universo e tudo o mais. Para saber mais, clique aqui.
Começo a fazer os planos para janeiro... hehe... uhauahuah.... MUAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH!
ResponderExcluirHein? O que? Er... foi um lapso. Sim... um lapso...
Ai... eu quero viajar também... kkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirMuitos planos né? Espero ter oportunidade de conhecer lugares legais.. Foi bom ter ido em Recife agora em dezembro, apesar de que não conheci todos os lugares. Quero ter a oportunidade de ir outras vezes... ;-)
ADOREI conhecer você nesse Corpus Christi, Lulu! =)
ResponderExcluirE acho que era Pemberley mesmo hahahahaha Elas eram as Ladies e nós, as irmãs Bennet encapetadas hauahuhauahuahau
Avise se vier mesmo à Bienal! PRECISAMOS nos encontrar!
beeeijo