31 de maio de 2014

A Vertigem das Listas: Cinco Coisas que nos Tiram do Sério


Dé: É de manhã (ou não), você acabou de acordar e não é dia de feira. Faz um dia lindo lá fora, os pássaros cantam (ou não) e o sol brilha (ou não). Você prepara seu café da manhã (ou não) e está tudo delicioso, tudo especialmente do jeito que você gosta!

Dani: O Dé está meio vago hoje...

Lulu: Ou não!

Ísis: LOL


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29 de maio de 2014

Livros para Assistir: O Médico e o Monstro


Na Inglaterra Vitoriana, um cientista desenvolve uma fórmula capaz de separar seus lados bom e maligno. Ele se aproveita disso para se entregar a todo tipo de vício e atividade que poderiam trazer alguma repercussão para si. Tudo ia de acordo com o plano, até que a personalidade maligna começa a ter ideias próprias...


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28 de maio de 2014

Empilhando no Escaninho #01 (Os Links da Coruja)


Já faz um bom tempo que estou querendo fazer aqui no Coruja uma coluna com indicações de links e hoje como tinha algumas notícias para passar adiante, finalmente tomei tento e decidi inaugurar o Empilhando no Escaninho (porque meu escaninho, minha mesa de estudo, minha cabeceira, minha lista de links a ler tem sempre uma pilha de coisas...)

Então, sem mais delongas... vamos ao que Dona Coruja andou empilhando no escaninho dela esses dias...


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The Great (Owl) Game - Resultado


E chegou ao final mais uma edição do nosso Grande Jogo do Coruja! Quem terá sido o ganhador? Quem terá feito mais pontos?

Antes de mais nada, vamos às respostas desta terceira rodada, não é mesmo?


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27 de maio de 2014

Clube do Livro (Maio): O Médico e o Monstro

A cada dia, e de ambos os lados da minha inteligência - o moral e o intelectual -, eu chegava cada vez mais próximo daquela verdade cuja descoberta parcial tinha-me condenado a um terrível fim: o de que o homem não é apenas um, mas sim dois. E eu arrisco a suposição de que, ao final, o homem será sempre multifacetado, incongruente e independente de vários alienígenas que nele fixam residência.

Foi a partir de meu lado moral, e em meu próprio ser, que aprendi a reconhecer a completa e primitiva dualidade do homem. Percebi que, das duas naturezas que contendiam no campo da minha consciência, mesmo se eu pudesse ser corretamente reconhecido como uma delas, isso somente seria possível porque eu era radicalmente ambas. E, já cedo, antes mesmo que o rumo de minhas descobertas científicas tivesse sugerido a mais remota possibilidade de tal milagre, eu já me percebia sonhando, prazerosamente, com a separação desses elementos. Se cada um deles pudesse, dizia a mim mesmo, ao menos localizar-se numa identidade diferente, seria possível aliviar a vida de tudo o que era insuportável. O injusto tomaria seu próprio rumo, livre das aspirações e remorsos de seu gêmeo opressor, e o justo poderia andar com firmeza e segurança em seu caminho ascendente, fazendo coisas boas nas quais encontra seu prazer e não mais se expondo à desgraça e à penitência pelas mãos desse estranho mal.

A maldição do gênero humano foi a de que esses ramos incompatíveis ficassem fortemente amarrados um ao outro - que esses gêmeos polares vivessem em luta contínua no angustiado útero da consciência. Como, então, dissociá-los?
Esse mês no Clube do Livro debatemos um clássico da literatura do horror: o estranho caso do Dr. Jekyll e Mr. Hyde. E a primeira coisa que me dei conta quando comecei a ler é que... eu não o tinha lido antes. A questão é que a história de Dr. Jekyll e Mr. Hyde está tão inserida no imaginário popular que eu sabia a história e por saber a história, tinha a impressão de já ter lido o livro.

As peças que nossa mente nos prega...


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24 de maio de 2014

Para ler: O Jardim Secreto

Havia algum mistério no ar naquela manhã. Nada estava sendo feito na ordem habitual, e Mary tinha a impressão de que havia muito menos criados que de costume na casa. Além disso, os poucos criados que ela viu estavam se esgueirando pelos cantos ou andando às pressas de um lado para o outro, com rostos pálidos e apavorados. Mas nenhum deles lhe disse nada e sua aia não apareceu. Mary, na verdade, ficou abandonada durante boa parte da manhã e, por fim, acabou decidindo ir para o jardim e brincar sozinha debaixo de uma árvore, perto da varanda. Fingiu que estava fazendo um canteiro de flores e espetou grandes botões vermelhos de hibisco em montinhos de terra. E o tempo todo, enquanto brincava, ia ficando cada vez mais zangada, resmungando consigo mesma o que iria dizer para Saidie quando ela aparecesse e os nomes feios de que iria chamá-la.

Embora esse ano tenha sido a primeira vez que li esse livro, sua história faz parte das minhas lembranças de infância mais saudosas por causa do filme que passou infinitas vezes na Sessão da Tarde, junto com outro filme inspirado num título da mesma autora - A Princesinha. E em respeito a essa memória, foi com certa trepidação que peguei o volume para ler, temendo que reencontrar O Jardim Secreto na idade adulta de alguma forma distorcesse o encanto que senti por ele na infância.


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22 de maio de 2014

O Mundo Inteiro é um Palco – Parte V: “Amor não teme o tempo”


De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça. Amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera
Ou se vacila ao mínimo temor.

Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante
Cujo valor se ignora, lá na altura.

Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfanje não poupe nenhuma idade;
Amor não se transforma de hora em hora,

Antes se afirma, para a eternidade.
Se isto é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.


- Soneto 116

Os sonetos de Shakespeare são talvez o que temos mais perto de desvendar algo de sua privacidade, sua maior expressão pessoal. De forma geral, eles deixam os críticos loucos com todas as possibilidades de interpretação, em especial sobre a sexualidade do dramaturgo – vez que uma parte dos versos faz referência a um ‘belo jovem’ (fair young man) e outros tantos são endereçados a uma ‘dama negra’ (dark lady), sendo que esta última teria sido infiel ao poeta justo com o belo jovem.

Para além do tom obviamente confessional desses poemas, há o contexto com que esses sonetos eram interpretados à época. Sonetos eram escritos para um pequeno público que conhecia muito bem o autor e o recipiente dos versos e formavam um círculo de familiaridade, uma espécie de proteção para a exposição de sentimentos que eram muitas vezes bastante reais.


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21 de maio de 2014

The Great (Owl) Game - Terceira Rodada


Então que começamos hoje a terceira e última fase do nosso jogo desse ano. Quem será que vai ser o grande vencedor?

Vamos ver, vamos ver...


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20 de maio de 2014

O Mundo Inteiro é um Palco – Parte IV: “Nós, um Bando de Irmãos...”


"Nós, estes poucos; nós, um punhado de sortudos; nós, um bando de irmãos… pois quem derrama o seu sangue junto comigo passa a ser meu irmão."

- Henrique V

Além das comédias e tragédias, Shakespeare aventurou-se também no terreno dos dramas históricos. Acho curioso que tragédias como Julio César e Antonio e Cleópatra não estejam inclusos nessa classificação, mas aparentemente só valem para os críticos dramas históricos que girem em torno da História inglesa.

Ísis: Abster-me-ei de comentar... >.>

Não me lembro agora com certeza qual foi meu primeiro contato com os dramas históricos shakesperianos, mas creio que tenha sido com Ricardo III, que, para mim, é um dos personagens mais memoráveis na longa galeria de criações geniais do dramaturgo.


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19 de maio de 2014

The Great (Owl) Game: Aviso


Pessoal, por motivos de força maior (trabalho, prazos e outras complicações), o resultado da segunda rodada do nosso jogo, bem como sorteio e início do terceiro desafio, ficará para quarta-feira. Quem ainda não participou da brincadeira, agora tem mais três dias para participar.

Pedimos desculpas por eventuais transtornos... mas quarta voltamos à programação normal ;)


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17 de maio de 2014

4x4: Jardim

Esse mês foi minha vez de escolher o tema do 4x4 e eu me decidi por algo simples e fácil: jardins.

Eu adoro jardins e se tem uma coisa que sinto falta de ter num apartamento é um jardim. Não estou falando de caqueiras e plantas aqui e ali, mas um jardim de verdade, daqueles que só dá para ter em casa...


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15 de maio de 2014

O Mundo Inteiro é um Palco – Parte III: “A vida é uma sombra errante...”


“A vida é uma sombra errante; um pobre comediante
que se pavoneia no breve instante que lhe reserva a cena,
para depois não ser mais ouvido.
É um conto de fadas, que nada significa.
Narrado por um idiota cheio de voz e fúria.”


- Macbeth

À sua época, Shakespeare era conhecido como um poeta do amor – para além dos sonetos, a crítica foi muito bem receptiva para O Rapto de Lucrécia e Vênus e Adônis e suas comédias eram favoritas do grande público. Hoje, por outro lado, pensamos em sua obra lembrando principalmente suas tragédias.

Foram os românticos e vitorianos que o redescobriram e para eles, as tragédias de fato tinham um grande apelo. Ainda que gregos e outros poetas clássicos deem uma dimensão introspectiva bem grande aos seus personagens, os críticos desse período reconheciam em Shakespeare e seus solilóquios o drama levado aos limites do humano.

Tal se deve ao fato de que foi ele quem primeiro se tem notícia de usar na dramaturgia o recurso dos monólogos sem inserir um personagem ou um coro que sirva de ouvinte e resposta.


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13 de maio de 2014

O Mundo Inteiro é um Palco – Parte II: “Somos feitos da mesma substância dos sonhos...”


"Somos feitos da mesma substância dos sonhos
e entre um sono e outro decorre a nossa curta existência."


- A Tempestade

Se me pedissem para apontar o dedo para o criador das comédias românticas com que hoje somos continuamente assaltados no cinema e sessões da tarde, eu não teria dúvidas em apontá-lo para o busto de Shakespeare. É óbvio que vieram outros antes dele, vez que seus plots normalmente se baseavam em histórias já existentes, mas o formato de uma boa comédia romântica pode ser encontrado integralmente nas comédias shakesperianas.

São histórias de encontros e desencontros, de falta de comunicação que acaba por criar situações tragicômicas, de amores que se escondem por trás de línguas ferinas, de troças (Ísis: Conhecia essa palavra, não...) e trocas de identidade.

Embora haja críticos que acreditem que Shakespeare começou sua carreira com a tragédia Tito Andrônico ou o drama histórico Vida e Morte do Rei João, a maioria concorda que sua primeira peça tenha sido uma comédia – talvez A Comédia dos Erros, A Megera Domada ou Os Dois Cavalheiros de Verona.

Ísis: Os dois cavaleiros de Verona tem relação com Romeu e Julieta? E, aliás, você mencionou antes que Romeu e Julieta foi uma das peças que se inspirou em fatos reais. Eu não duvido nada que essa história possa ter acontecido, porque não parece tão improvável (mesmo hoje), mas até que parte é verdadeira?

Lulu: Não, Os Dois Cavalheiros de Verona não tem nada a ver com Romeu e Julieta. Nada mesmo. E Romeu e Julieta não foi uma das peças inspiradas em fatos reais, mas num conto italiano escrito por Matteo Bandello.


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12 de maio de 2014

The Great (Owl) Game - Segunda Rodada


Então que estamos agora prestes a começar a segunda rodada do nosso jogo! Ela é um pouco mais difícil do que a rodada anterior, mas tenho certeza que vocês vão tirar tudo de letra.

Mas, antes de começar com a sabatina de hoje, vamos à resolução do primeiro desafio e o resultado do primeiro sorteio, ok?


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10 de maio de 2014

Coruja Gourmet - Bode Edition: Frappuccino

Ver a entrevista de aniversário me deu uma boa idéia de receita pra esse mês. Acontece que a Dani é tão viciada em café quanto eu... então essa receita é pra ela! =D
E pra falar sinceramente, a ideia original era fazer brigadeiro de café, mas acabei mudando de ideia... por que ainda quero fingir que estou de dieta. =P


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8 de maio de 2014

O Mundo Inteiro é um Palco – Parte I: “Eles Entram e Saem de Cena”


"O mundo inteiro é um palco
E todos os homens e mulheres
Não passam de meros atores
Eles entram e saem de cena
E cada um no seu tempo
Representa diversos papéis."


- Como Gostais

De novo é tempo de comemorar o aniversário do blog e de novo cá estou eu escrevendo um especial-quase-monografia porque sou uma pessoa prolixa que gosta imensamente de tagarelar sozinha.

Ísis: Na verdade é porque você não consegue fazer menos que isso... >.>

Lulu: É mais forte do que eu...


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6 de maio de 2014

Projeto Shakespeare: Romeu e Julieta

Qual é a luz que brilha através daquela janela? É o Oriente, e Julieta é o Sol. Ergue-te, ó Sol resplandecente, e mata a Lua invejosa, que já está fraca e pálida de dor ao ver que tu, sua sacerdotiza, és muito mais bela do que ela própria. Não queiras mais ser sua sacerdotiza, já que tão invejosa é! As roupagens de vestal são doentias e lívidas, e somente os loucos as usam. Deita-as fora! Esta é a minha dama! Oh, eis o meu amor! Se ela o pudesse saber... Está a falar! Não, não diz nada, mas quê isso importa? O seu olhar é que fala e eu vou responder-lhe... Sou ousado demais, não é para mim que ela fala. Duas das mais belas estrelas de todo firmamento, quando têm alguma coisa a fazer, pedem aos olhos dela que brilhem nas suas esferas até que elas retornem. Oh, se os seus olhos estivessem no firmamento e as estrelas no seu rosto! O esplendor da sua face envergonharia as estrelas do mesmo modo que a luz do dia faria envergonhar uma lâmpada. Se os seus olhos estivessem no céu, lançariam, através das regiões etéreas, raios de tal esplendor que os pássaros cantariam esquecendo que era noite. Vêde como ela apoia a cabeça em suas mãos! Oh, quem me dera ser a luva dessa mão para poder tocar o seu rosto!
Era inevitável que, mais dia menos dia, eu falasse de Romeu e Julieta no meu Projeto Shakespeare. Ainda que todo mundo já conheça meus sentimentos sobre o Romeu...

A história dos amantes condenados à tragédia pelo ódio entre suas famílias é universalmente conhecida. Se alienígenas viessem à Terra, provavelmente haveria uma cópia dessa peça na cesta de boas-vindas para eles (não perguntem de onde isso apareceu...) – não apenas é um clássico, mas é também excelente para explicar relações humanas, e o exemplo por excelência da paixão.


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4 de maio de 2014

The Great (Owl) Game - Primeira Rodada


Então que chegou de novo aquela época do ano em que o Coruja promove o seu Grande Jogo - tradição esta começada no aniversário de dois anos atrás, quando falamos de Sherlock Holmes, por isso o título da brincadeira - e esse ano teremos prêmios fabulosos e jogadas espetaculares (ok, não, não estou tentando narrar um jogo de futebol...)

Primeiro, vamos às regras!


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05 Anos de Coruja! A Entrevista com os membros do Zoológico que você (nunca) pediu para ler!

Lulu: Um belo dia, no meio de uma aula de filosofia, D. Lulu pensou com seus botões ao olhar para o teto: “e se eu começasse um blog?”. Cinco anos depois... cá estamos mais uma vez para comemorar a data.

Já contei a história do nascimento do blog vezes sem conta, então, hoje, faremos algo diferente! Vamos fazer uma entrevista com os membros do zoológico, com perguntas feitas por nós mesmos, mandadas por leitores e amigos. Tudo o que você queria (ou não) saber sobre a Coruja, a Gata, o Bode e a Elefanta!

Já nas bancas por apenas R$ 1,99 (oi????).

Ísis: KKKKKKKKKKKK! Não sei se rio da piada em si, ou do preço. XD

Dé: Pera, estamos nas bancas? O_o


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3 de maio de 2014

Gazeta de Longbourn Apresenta: Lady Susan

Não consigo me decidir em relação a nada tão sério quanto um matrimônio, sobretudo porque no presente momento não estou precisando de dinheiro, e talvez, antes da morte do velho cavalheiro, o enlace me trouxesse muito poucas vantagens.
A primeira vez que li Lady Susan foi em francês, num pocket que me foi presenteado pela Claire, do Jane Austen Lost in France. Algum tempo depois, quando comprei a edição comentada de Persuasão da Zahar, encontrei uma tradução aparentemente inédita desse romance epistolar muitas vezes esquecido da Austen.


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1 de maio de 2014

Desafio Corujesco: Peter Pan

Cada vez que uma criança diz “Eu não acredito em fadas” em algum lugar uma pequenina fada cai morta no chão.
Todo mundo que não mora debaixo de uma pedra já ouviu falar de Peter Pan, o menino que não queria crescer, mas são poucas as pessoas que realmente leram a obra de James Barrie - elas o conhecem principalmente por causa dos filmes. Até ganhar esse livro da Virgínia, a única versão que eu conhecia da história era a versão para o Sítio do Pica Pau Amarelo que Monteiro Lobato escreveu.


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Sobre

Livros, viagens, filosofia de botequim e causos da carochinha: o Coruja em Teto de Zinco Quente foi criado para ser um depósito de ideias, opiniões, debates e resmungos sobre a vida, o universo e tudo o mais. Para saber mais, clique aqui.

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