4 de maio de 2014

05 Anos de Coruja! A Entrevista com os membros do Zoológico que você (nunca) pediu para ler!

Lulu: Um belo dia, no meio de uma aula de filosofia, D. Lulu pensou com seus botões ao olhar para o teto: “e se eu começasse um blog?”. Cinco anos depois... cá estamos mais uma vez para comemorar a data.

Já contei a história do nascimento do blog vezes sem conta, então, hoje, faremos algo diferente! Vamos fazer uma entrevista com os membros do zoológico, com perguntas feitas por nós mesmos, mandadas por leitores e amigos. Tudo o que você queria (ou não) saber sobre a Coruja, a Gata, o Bode e a Elefanta!

Já nas bancas por apenas R$ 1,99 (oi????).

Ísis: KKKKKKKKKKKK! Não sei se rio da piada em si, ou do preço. XD

Dé: Pera, estamos nas bancas? O_o

Lulu: Então, enquanto vocês acompanham nossas respostas... vou ali tomar uma overdose de brigadeiro para comemorar a data!

Dé: Isso me lembra de uma coisa... xD

Ísis: Should I ask?

Dé: Espere e verá…

- Como tudo começou? Mais especificamente qual foi a cola que os juntou todos até chegar na escrita conjunta no Coruja: foi um livro compartilhado, uma amizade, um encontro numa curva do Destino?

Lulu: Eu já contei a história de como a idéia me surgiu vezes sem conta, então não vou repetir. Da cola... acho mais fácil os outros explicarem, mas em resumo: eu já conhecia a Ísis desde muito antes do começo do Coruja e foi um caso de amor à primeira vista - literalmente; o Dé chegou ao blog acho que pesquisando sobre vampiros, lobisomens ou zumbis (e mais tarde descobrimos que ele conhecia pessoalmente a Ísis...) e a Dani entrou inicialmente via Expresso.

Dani: Ah, eu lembro que eu... conheci a Lu primeiramente pelo Expresso e depois ela passou quase um ano tentando me convencer a entrar no blog, até que me venceu pelo cansaço.

Lulu: Na verdade, foi bem mais de um ano... você é dura na queda... Só não lembro como foi que eu te adotei.

Dani: Eu era muito tímida na época. Mas eu sei que você me adotou na época em que veio pela primeira a São Paulo. Não me lembro exatamente o que foi dito, mas acho que eu falei alguma coisa sobre ser perversa e você decidiu que eu deveria entrar para a família. Aí você vê o senso da pessoa: ela descobre que você é uma pessoa ruim e diz consigo mesma ‘olha, ela é perfeita pra mim’.

Dé: A Isis eu já conhecia através de amigos em comum, e inclusive jogávamos RPG juntos, todos os sábados, na dungeon que a Isis tem em casa. ^^

Dani: A Ísis joga RPG? Eu não sabia. Ela é boa?

Dé: Não sei se continua, mas jogava. Eu e ela jogávamos com personagens parecidos, humanos arqueiros, ela sendo ranger e eu batedor.

Exceto que ela ainda era... bem, a Ísis. Nunca vou esquecer quando ela mordeu a bunda do elfo do grupo...

Ísis: Uma das minhas melhores lembranças... E, em minha defesa, um bocado de <u>goblins</u> (o horror! <o>) tinha feito isso na minha frente... aí, sinto muito, mas assim não dá pra brincar... XD

E toda vida que vocês (o Dé e os outros membros desse grupo de RPG) se referem à <i>dungeon</i>, eu não sei o que dizer. HUAHUAHUA!

 ^^

Mas, sim, era super legal. Depois que saí, comecei a sentir falta...

Dé: Isso, eu estava procurando as regras de sobrevivência de Zombieland, quando esbarrei no especial de zumbis que a Lu fez, logo no início do blog. Passei a seguir os posts com certa regularidade, mas só depois de alguns meses que decidi começar a comentar... Até ver um comentário da Isis e pensar “Que diabos a Isis tá fazendo aqui?!” e escrevi um comentário direcionado especificamente a ela. E foi aí que a Lu passou a conversar comigo nos comentários. =P

A Dani eu conheci através do Coruja, e fui logo adotado como pai (oi?!). Deve ser meu jeito de paizão. ^^”

Dani: Que eu saiba, você que se auto intitulou meu pai. Eu não tenho nada a ver com o assunto.

Ísis: E eu considero a Lu como uma das minhas melhores amigas. Sempre vivemos uma relação à distância, agora mais que nunca, mas isso nunca nos impediu de sermos felizes. (OI?!) Normalmente eu acabo me juntando a essa louca, cedo ou tarde, nas maluquices dela. Digamos que eu não precisei de cola, porque a Lu em si já o é. :D

Dani: Eu vejo a Lu mais como aquela que segura as correntes e os grilhões.

Ísis: Faço o que posso para ignorar esse lado dela...

Lulu: Eu me ressinto dessa fama.

- Cinema, Literatura ou qualquer outro tipo de arte. Qual sua preferência?

Dani: Bom, as plásticas são a minha favorita, isso é meio óbvio, mas em segundo lugar, a moda, embora eu seja a pessoa menos fashion do grupo.

Lulu: Eu não faço idéia do que você esteja querendo dizer com o fato de que você me considera mais fashion que você.

Dani: Eu sempre vejo as suas fotos e você tem um senso de estilo.

Lulu: Bem, existe o pequeno detalhe de que normalmente é minha mãe quem compra minhas roupas, traz de São Paulo e eu só faço escolher entre o que ela já escolheu...

Dani: Melhor ainda, você tem uma personal stylist.

Dé: Gosto muito de vários tipos de arte, mas nem tanto de outros. Adoro cinema, literatura, quadrinhos, videogames (e se você não acha que videogames são uma forma de arte, tudo bem, estar errado normalmente não mata ninguém Ísis: Kkkkkkkkk!), música, além de pinturas e esculturas de alguns artistas. Não no nível da Dani, para a maior parte delas, mas gosto bastante, ESPECIALMENTE de literatura. ^^

Dani: Não entendi o “não no nível da Dani”...

Dé: Digamos que eu não vivo de arte, Dani. =P

Ísis: Gosto de filmes, mas não aprecio a arte do cinema. Gosto mais de ilustrações e pinturas (preferencialmente mangás ou paisagens). Literatura com certeza, embora eu seja muuuuuuito lerda... >.< Gosto de tudo, um pouco. Que eu lembre, não tem muita coisa (dentre as inúmeras artes – incluindo “futebol arte” XD Dé: ¬¬) do qual eu não goste, mas também não costumo correr atrás disso. Mas posso destacar orquestras – se me chamarem, eu vou. Adoro ouvir instrumentos (com ou sem vocais).

Lulu: Ou sou uma amante fiel da literatura. De uma forma geral eu sempre prefiro ler o livro a assistir o filme. Aliás, nos últimos tempos, eu tenho meio que estado sem paciência para ver qualquer filme...

Isso não significa que desdenho das outras artes. Gosto muito de pintura e escultura (ainda que eu seja um absoluto zero à esquerda desenhando... ou em trabalhos manuais de uma maneira geral), amo, amo, amo música, e queria freqüentar mais o teatro. Aliás, eu realmente adoro teatro.

- Digam um livro/filme/série/desenho que você acham que refletem aos quatro igualmente!

Dé: Tá todo mundo louco? ^^”

Na verdade, acho complicado encontrar uma coisa que reflita os quatro igualmente... Temos nossas semelhanças, mas no final das contas, somos pessoas diferentes, com gostos e hábitos diferentes.

Ísis: A Melancolia de Suzumiya Haruhi. Eu nem gosto dessa história, para falar a verdade, mas ela meio que lembra nossa situação aqui: uma líder louca e doida varrida, um cara que só quer sobreviver a essa loucura e segura as pontas, uma especialista calada (a Dani não é calada, exatamente, mas comparada aos outros três...) e uma lerda que tem uma identidade secreta... (A outra possibilidade era One Piece, mas o Dé iria me matar... oO)

Lulu: Acho que... Harry Potter. Porque foi através de HP que eu comecei a escrever e conheci a Dani e é uma história que todos nós lemos, e nos encaixamos... aliás, as cores que usamos quando escrevemos posts em comum são decorrentes das quatro casas de Hogwarts. Eu sei, sem sombra de dúvidas, em virtude do número de testes de Chapéu Seletor que já fiz pela internet, que sou uma Corvinal. A Ísis é uma Lufana de corpo e alma – na minha opinião, ela tem todas as maiores qualidades da casa (eu gosto muito da Lufa-lufa, só para constar). Dani e Dé dizem que são sonserinos, mas como a Dani gosta de vermelho, ela acabou representando a Grifinória (???)

Dani: É sério, eu não tenho nada a ver com Grifinória...

Eu acho que concordo com a Lulu... Acho que quando penso em uma história com que todos nós nos identificamos e gostamos, Harry Potter é uma boa escolha.

- Alguma vez você achou que estivesse exagerando em algum vício (tal como o vício em leitura da Lu)?

Ísis: Uhm... Ano passado eu me viciei em um jogo (Aleluia, irmãos, passou!), e eu sei que foi exagero/vício, mas, como tal, parar era muito difícil. Fora isso, só se for com fanfictions. Passo mais tempo lendo fanfictions do que livros mesmo.

Isso, e passei 2-3 anos comendo só berinjela e frango (e feijão). Como é saudável, não achei que era exagero, mas o resto do mundo discordou.

Dé: 3 anos?! Isis, tu é estranha... Pelo menos largou a comida de astronauta...

Ísis: Mas é saudável! E meu colesterol afundou mais que um Homem de Ferro sem repulsores no Oceano Índico! Foi lindo (e gostoso)!

Dani: Água também é saudável, mas se você beber demais, se afoga...

Lulu: Adorei o comentário da Dani e a metáfora da Ísis... só não é melhor da que eu ouvi ontem em que me compararam a uma barata drogada em pesticida.

Não perguntem.

Dé: E só a título de informação, Iguinha: Colesterol baixo faz tanto mal quanto o alto... ou mais, até. =P

Ísis: Ele não ficou baixo no sentido de estar abaixo do mínimo recomendado, mas no sentido de ter saído de próximo do limite máximo para perto do mínimo. Em resumo, ainda na faixa saudável. :D


E COMO ASSIM PODE SER PIOR QUE COLESTEROL ALTO?! Oo

Lulu: Eu me ressinto do título de viciada. Eu não sou uma viciada. Apenas uma pessoa muito... dedicada aos meus interesses.

Mas confesso que sinto que exagerei um pouco quando termino com dor de cabeça e olhos trocados de tanto ler. Mas só pelo tempo que o remédio de dor de cabeça demora a agir. Aí começo tudo de novo.

Dani: Não, imagina, a Lulu não exagera, ela é a pessoa mais ponderada que eu conheço... Não vê que ela sempre prefere descansar e fazer as coisas moderadamente?

Ai, meu deus, agora meu vício... acho que café. Eu tomo café tanto, tanto, tanto, que eu já cheguei a ter problema cardiológico. Não chegou a ser nada grave, mas fiquei com umas palpitações estranhas e tive de ser monitorada. Mas a minha pressão é estranha e acho que foi mais exagero do médico.

Lulu: Sim, claro, tudo é sempre culpa do médico, né?

Dé: Café... *modo Homer Simpson pensando em rosquinhas*

Na verdade, essa é uma preocupação constante para mim. Já tive muitos problemas para largar o World of Warcraft, jogo que me ocupou por bastante tempo. Hoje em dia eu jogo mais esporadicamente, mas sempre tenho que me moderar. Já aconteceu de eu passar mais de 15 horas jogando, só parando para comer e ir ao banheiro.

Dani: Meu Deus... nossa, eu me senti a normal agora!

Dé: No geral, eu sou bem viciado em computador e internet, a ponto de algumas vezes atrapalhar algumas coisas (tal como posts do Coruja... *se esconde*). Hoje em dia tento manter o computador desligado ou apenas tocando música enquanto faço outras coisas.

- Lu: Bibliotecária, advogada, procuradora (assessora), consultora, resenhista, redatora, editora, blogueira, concursanda, amiga etc. Sério, POR QUÊ cargas d’água você não achou que escrever um blog com posts quase diários (e que inicialmente era todo a seu cargo) não te enterraria de uma vez?

Lulu: Escrever, pra mim, nunca foi apenas um hobby. É uma necessidade. É a minha válvula de escape, a forma como eu lido com a pressão e a responsabilidade que tenho sobre os ombros. Escrevo para não enlouquecer e é fato que quanto maior o número de coisas que eu tenha no meu prato para tentar resolver, mais vou sentir vontade de escrever.

Dani: Oi???

Lulu: À época em que o Coruja nasceu, eu escrevia fanfics e era... fantástico. Fiz amizades que têm já uma década de histórias, risos e lágrimas. Mas chegou um momento em que eu queria mais que brincar com os personagens e os mundos de outras pessoas. Queria um espaço para desabafar, para reclamar da vida, para dividir minhas opiniões, para compartilhar minha paixão pelos livros.

Mais que isso, criar o Coruja foi a resposta que encontrei numa época em que eu estava chegando ao meu limite com o final da faculdade, estudar para a OAB, pensar em encontrar trabalho. O blog não me enterrou; muito pelo contrário, ele me salvou de uma depressão terrível. Eu não sei o que teria acontecido se não fosse por ele. Provavelmente eu teria explodido de uma vez por todas e não teria nem de longe dado conta de tudo o que estava caindo na minha cabeça.

Ísis: Nossa! Viva o Coruja, então! \o/

Sempre tive medo que ele lhe caísse como mais uma dor de cabeça, mas já que não é esse o caso, vamos em frente! ^^

- Qual o segredo para essa sua produtividade literária?? xD Nunca vi ninguém que consiga manter um ritmo tão firme de leitura ao longo do ano, conciliando com trabalho, faculdade e pá...

Lulu: Salvo engano, essa pergunta é pra mim, não é? Então, vejamos...

Eu gosto de ler e leio muito desde que me entendo por gente. De tanto devorar livros um atrás do outro feito uma celerada, acabei desenvolvendo um pouco de... leitura dinâmica, por assim dizer. A depender do cansaço e do nível de concentração, eu leio fácil fácil mais de cem páginas em pouco menos de uma hora.

Tenho um caso meio crônico de insônia, que me faz acordar muito cedo ou então me deixa de olho grelado no meio da noite. São horas extras que acabam indo para a leitura – eu começo meu dia às cinco, às vezes umas quatro e meia da manhã – e leio até as seis e meia, sete horas. Só nesse intervalo entre acordar e levantar da cama eu já li umas cem páginas.

Aí das sete e meia às duas horas eu estou no escritório – exceto por terças e quintas, quando vou à tarde. Chego em casa até no máximo duas e meia (por sorte meu trabalho fica a dez minutos de distância...), então eu estudo, quatro e meia saio para caminhar, cinco e meia estou de volta, banho, ler até as sete quando é posto o jantar, estudar até as dez, ler mais um capítulo do que quer que esteja na minha cabeceira antes de dormir.

Além disso, não sou uma pessoa com vida social terrivelmente ativa. Assisto muito pouca televisão e mesmo quando estou assistindo TV (normalmente o noticiário), estou com um livro no colo.

Estabelecer metas também ajuda – e falarei disso numa pergunta enviada mais adiante.

- Dani, qual seu processo de decisão dos temas do Quem Conta um Conto? Você decide por temas "gênero" (aventura, romance, comédia, tragédia, terror, suspense...) ou qualquer coisa pode ser tema (piratas, máfia, chocolate, chuva ou qualquer outro substantivo sem maiores adjetivações)? E por que é que todo mundo não pode escrever de pijama?

Dani: Novamente, me recuso a responder a do pijama, porque eu me reservo esse direito como criadora do jogo.

Dé: Muito justo. =P

Ísis: Assim, até concordo que não queria dizer o porquê (bem, na verdade eu discordo, mas defendo seu direito de não querer responder), mas vai ter que ser com outra desculpa, acho eu. Como criadora, tecnicamente você teria de explicar tudo... oO

Lulu: Na verdade, ela pode porque sendo ela a criadora do jogo, eu delego para a Dani parte dos meus poderes absolutistas e tirânicos, o que significa que ela pode tudo.

Dani: Quanto ao resto... geralmente, eu tenho uma... eu sou bem parecida com a Lulu nesse aspecto. Eu tenho um roteiro de temas para o QCuC para os próximos cinco, seis anos. É verdade,,, era menos, mas aí aumentamos o prazo e ficou mais espaçado.

Eu decidi começar com gêneros comuns, como terror, suspense, etc, e mais para frente vou começar a explorar temas variados como piratas, espaço, pederastia (para agradar a Ísis). Na verdade, eu já tenho o rascunho desse desenho, sabia? A Ísis vai ficar muito feliz com essa notícia...

Ísis: A Ísis vai ficar sim MUUUUUUUUUUITOOOOOO feliz com essa notícia! ^^

Principalmente se esse tema tiver dois ou mais daqueles marinheiros do desenho do tema suspense (circo)... :D~~~~~~~~

Lulu: Para que você precisa de mais de dois... ok, não, esquece que eu perguntei isso...

- Quando vão escrever os contos para o QCuC, qual a maior dificuldade que encontram ao começar, já que o gênero do conto já é dado previamente pela ilustradora? E para Dani, qual a maior dificuldade ao começar o desenho?

Dé: Acho que a maior dificuldade é ter a ideia que renda uma história. O processo de pegar a imagem e o tema, e transformar aquilo em uma história. Eu tenho uma boa carga de conteúdo (histórias, lendas, situações vividas etc), mas acho que usar tudo isso para criar uma história concisa, dentro do tema e da imagem, seria uma das maiores dificuldades.

A outra grande dificuldade é minha falta de disciplina. O “Sentar o rabo na cadeira” e escrever mesmo.

Ísis: Escolher no que focar, e como isso combinará com o tema. Eu tenho short attention span (sei lá como é isso em português Dé: Déficit de atenção. Daqui a pouco tu esquece como se fala português... XD Ísis: É exatamente isso que vem acontecendo... ¬¬ and I’m kinda scared of it), e muitas vezes passo por cima de algum(ns) detalhe(s), por mais que eu fique olhando (no caso, a imagem). Então não espero que o desenho me diga qual a história, eu escolho um ponto (ou uma combinação) e mesclo com o tema.

Lulu: Meu maior problema normalmente é arranjar tempo para me sentar e escrever. Uma vez que eu consiga me sentar para observar os detalhes da ilustração, tento encaixar tudo aquilo que estou vendo dentro do tema proposto. Às vezes tenho uma certa dificuldade em imaginar a história dentro do tema – os desenhos da Dani são tão cheios de detalhes que não é difícil você descobrir muito mais de uma história dentro deles, mas nem sempre o que imagino está de acordo com o que foi pedido.

Dani: A minha maior dificuldade, na verdade, é dificultar a vida dos outros... Eu sempre tento não cair no comum, fazer algo que contradiga o tema proposto, pelo menos um pouco. No geral, o que mais eu espero conseguir é fazer a Ísis se descabelar e sair da tela do computador para tentar me enforcar.

- Você costuma sair da sua zona de conforto quando está escrevendo (ou desenhando)? Você prefere escrever personagens masculinos ou femininos? Se sente mais confortável com que gênero? Prefere escrever no computador ou a mão?

Ísis: DEFINITIVAMENTE, sim. A Dani me mata toda vida com esses temas e os desenhos cheios de detalhes... LOL

Dé: Depois do Vertigem de março, você perdeu todo o direito que tinha de reclamar de temas complicados, Isis. XD

Ísis: Ei! Não foi complicado! O que tem de complicado em escolher personagens pra matar! Todo mundo admitiu que não teve dificuldades em apontar candidatos! >.< 

E eu gosto de desafios, e de me tornar uma pessoa melhor com eles, e, por isso, aceitei fazer parte disso. Tento entrar no clima por completo, mas, quando isso falha, o jeito é mesclar o conhecido com o desconfortável. 

Eu, vergonhosamente, só leio romances – daqueles Harlequin mesmo, ou sei lá como é que chama. O motivo é simples: não tenho paciência pra outra coisa. Quando tento, só me frustro. Além do que, como sempre digo, se quisesse ler algo mais realista (não no sentido da escola literária) ou mesmo que não fosse “todo feliz e cor-de-rosa”, leria jornal.

Lulu: O Quem Conta um Conto me faz sair da minha zona de conforto, sim... mas normalmente eu insiro alguma coisa com que eu esteja familiarizada para conseguir escrever. Por exemplo, quando a Dani nos desafiou com o tema terror – que não é algo com que eu esteja acostumada – eu inseri a idéia dentro da estrutura de um conto de fadas, que é algo com que tenho uma certa facilidade.

Não tenho muita diferença entre escrever um personagem masculino ou feminino. Depende do que pede a situação. Eu me divirto escrevendo os dois.

Acho que minha facilidade maior está em escrever fantasia e comédia romântica.

Normalmente, começo escrevendo a mão, aí depois de dois ou três parágrafos passo a limpo e continuo mais três páginas adentro no computador, aí termino a cena e começo a próxima à mão, aí paro e vou escrever no computador onde a completo... e o ciclo se repete.

Dani: Eu não costumava sair muito da minha zona de conforto antes de entrar na faculdade, mas fui forçada a fazer isso depois que entrei, porque na faculdade você é obrigada a aprender técnicas diferentes e seguir certas regras.

Para quem aprendeu sozinho, isso é muito difícil, porque estamos acostumados a criar nossas próprias regras, então seguir a norma dos outros é bem um desafio mesmo.

Eu prefiro desenhar personagens femininos, porque é mais fácil para mim – geralmente mulheres se sentem mais à vontade para desenhar personagens femininos e vice-versa.

O gênero que deixa minha criatividade mais solta é fantasia, então, definitivamente, fantasia é meu gênero favorito. No dia que não souber o que comprar pra mim, então compre alguma coisa que envolva fantasia.

Dé: Sim, já saí algumas vezes da minha zona de conforto, continuarei saindo e isso não é nem um pouco ruim. Sair da zona de conforto é a melhor maneira de crescer, em qualquer sentido, e eu quero crescer como escritor, mesmo que não seja meu ganha-pão. ^^

Ísis: Sim, falou bem.

Dé: Em geral, eu acho que tenho dificuldades em escrever personagens femininos, pelo simples motivo de ser homem e não entender como a cabeça de uma mulher funciona. XD

Não escondo de ninguém que meus fortes são fantasia (especialmente medieval), suspense e terror. São os que normalmente tenho mais contato e portanto uma carga de conteúdo bem maior.

Eu faço um processo parecido com o da Lu: começo escrevendo à mão, de preferência até terminar, e depois passo a limpo no computador. Ocasionalmente, por falta de disciplina, escrevo apenas parte do conto à mão, então passo a limpo o que tiver e termino completo no computador. Nestes casos, eu continuo escrevendo até terminar.

- Lu, você sente necessidade de fazer pesquisas para todas as histórias que escreve, ou existe algum tipo de critério? Ou é simplesmente mais forte do que você? ^^

Lulu: Eu gosto de criar detalhes, de ambientar bem minhas histórias, por isso eu normalmente pesquiso muito para escrever qualquer história. Quando eu não pesquiso é porque o tema com que estou trabalhando é algo que me é familiar. Na sua Estante, por exemplo, era uma história muito próxima do meu cotidiano e das minhas experiências, não havia porque sair pesquisando feito uma louca...

- Dani, qual seu artista favorito? (Por "artista", entenda pintor/desenhista/escultor etc) E qual o tipo de arte que mais te desafia?

Dani: Eu tenho dois artistas que se igualam e eu não consigo decidir qual eu gosto mais, apesar de eles serem de estilos completamente diferentes: Rembrandt e Van Gogh.

Por incrível que pareça, pintura com tinta me desafia bastante, eu tenho mais facilidade com lápis de cor. Quando eu for ao Recife, minha meta é fazer a Lulu desenhar comigo.

Lulu: Sim, claro, vou fazer um monte de bonecos de palitinho para ti.

Dani: Não menospreze os bonecos de palitinho. Eles também são arte, tá? As cavernas pré-históricas estão cheias deles e é considerado arte.

Lulu: Ok, você que é a especialista.

Dé: Order of the Stick está aí para provar isso! =D

Ísis: Todo mundo tem que começar do básico, né? ^.~

- Dé, se você não tivesse escolhido ser Biólogo, no que acha que teria se formado?

Dé: Quando eu ia prestar vestibular, eu estava em dúvida entre Ciências Biológicas e Psicologia, então posso dizer que se não fosse biólogo, eu seria psicólogo. ^^

O que seria uma merda, se pensar bem nisso. Já pensou, os pacientes saindo do meu consultório melhores dos problemas que os levaram lá... mas saindo com uma série de novos!

- Isis, como surgiu o seu interesse pela cultura japonesa? Você sempre gostou de mangás ou essa paixão só começou a crescer depois de viver no Japão?

Ísis: Como a de quase todo mundo da minha geração: com a extinta TV Manchete (Dé: Saudosa TV Manchete...). Para ser mais precisa, eu nem sabia que o canal existia quando criança, até que meus primos (que moravam em Alagoas) vieram nos visitar e contaram como “Cavaleiros do Zodíaco” era “massa!”. A partir daí, uma coisa levou a outra e, quando vi, queria conhecer esse lugar tão diferente do nosso. Acho que essa é a única coisa em que você não vai me ouvir dizer “é culpa da Luciana”.^^’>

(Porque culpar a Lu, pra mim, é esporte! >D)

Lulu: A essas alturas eu acho que todo mundo já percebeu que me culpar é um esporte que você pratica com devoção.

Ísis: Hell, yeah! o/

- Que tipo de música você gosta de ouvir? Você trabalha ou escreve ou estuda ouvindo música?

Lulu: Eu faço quase tudo ouvindo música. Trabalho, escrevo, estudo, relaxo, faço exercício, até dormir eu durmo com música. Gosto muito de música instrumental, de trilhas sonoras. Sou apaixonada por canções folclóricas – nesse momento estou ouvindo uma seleção de músicas com tema céltico. Gaitas de fole, rabecas, acordeões. Eu aprovo!

Dani: Eu tenho um gosto que se divide basicamente em música clássica e rock clássico. Mas, para trabalhar e desenhar, eu gosto de ouvir música clássica, me inspira bem mais. Menos Mozart. Eu não sei porque, mas Mozart me deixa muito irritada.

Dé: Depende bastante do meu humor, na verdade. Usualmente ouço rock, clássico ou diversas variedades de metal. Quanto pior meu humor, mais pesado o som que ouço. Quando estou de EXCELETENTE humor, ouço música clássica.

Lulu: Dé, você criou um neologismo para superlativar o excelente ou foi uma questão de digitação e confusão com letras maiúsculas?

Eu gosto da idéia de ser um neologismo.

Ísis: Duas!

Dé: Errrr... neologismo, claro. Claro que foi um neologismo. Nada de erro de grafia e falta atenção. Foi completamente intencional.

E parem de me olhar assim.

Ísis: Foi um excelente neologismo. XD

Eu passo mais tempo cantando eu mesma do que ouvindo música. Caminhando no meio da rua, cozinhando, whatever. Só ouço música mesmo de manhã, para começar o dia, ou para exercitar.

- Você está trabalhando em algum projeto agora? Algo para ou além do blog?

Dani: Então... basicamente eu não tenho tempo para pensar em projetos agora, só quando terminar a faculdade a faculdade, aí, sim... Meu projeto no momento é encontrar tempo para dormir, comer e respirar...

Dé: Na verdade, sim. Tenho vontade de mestrar uma campanha de RPG, e estou no processo de criação dela.

Fora isso, tenho algumas histórias martelando na minha cabeça, pedindo para serem escritas... Mas cadê disciplina de escrever e tempo de fazer as pesquisas que preciso? T.T

Ísis: Sim, vários, mas, assim como o Dé, falta eu me sentar e decidir “é hoje” para alguns deles.

Lulu: Neste exato momento, a única coisa que estou escrevendo é o Quem Conta um Conto da próxima rodada... Mas tenho planos futuros...

- O que vocês têm assistido na TV ultimamente? Ou se não assiste TV, o que está lendo no momento?

Dé: Na TV só assisto aos noticiários matinais e ocasionalmente, noturnos. Tento ler sites de notícias, fora os quadrinhos online que acompanho (Order of the Stick, Girl Genius, Menage à 3 e relacionados, alguns mangás e Spinnerette). Fora o livro que eu estiver lendo na hora, é claro (no momento, estou relendo a série Codex Alera).

Ísis: Não assistia TV em casa (exceto em família, na hora das refeições) e aqui não tenho TV. No momento estou tentando terminar o volume 1 de Remembering the kanji, de JW Heisig, A dictionary of Japanese Particles, por Kawashima, Silent Spring, de Rachel Carson (esse eu to enrolando desde o ano passado) e Anna Karenina, de Tolstói. E estou tentando ler o Parasol Protectorate e Saiunkoku Monogatari, esse último em japonês (então pode crer que vai demorar pencas, até porque tem uns 22 ou 23 volumes... >.>).

Lulu: Eu normalmente só assisto noticiário na TV... As duas últimas séries que assisti foram a terceira temporada de Sherlock e a segunda temporada de Miss Fisher’s Murder Mysteries (eu ADORO o figurino dessa série).

No momento em que respondo essas perguntas, estou no meio de três livros: Os Ensaios de Michel de Montaigne, Baltimore e o Vampiro do Mike Mignola e The Fall of Arthur do Tolkien.

Dani: Eu estou lendo O Oceano no Fim do Caminho do Neil Gaiman e adorando. Não costumo assistir muita TV, prefiro ver série no computador, por onde estou acompanhando a quarta temporada de Game of Thrones. Eu e meio mundo, né? O mundo pára para assistir essa série...

- Guilty pleasures?

Ísis: Boys Love (Dé: PEDERASTIA!!!!), o jogo Pump It Up e sucos. Todo mundo sabe que eu amo o gênero BL (Dé: PEDERASTIA!!!!) quase que incondicionalmente.

Lulu: Romances de banca de época ridiculamente açucarados e com bastante humor. Se tiverem escoceses de kilt, melhor ainda. E barras de chocolate inteiras num único dia.

Ísis: I second all of that! E adiciono alfajores – ou melhor, substituo o chocolate por alfajores, para não ficar igual! ^^

Lulu: Eu não me arrependo de nada. Nada!

Dani: Eu adoro filmes de comédia trash, tipo Austin Powers - eu adoro essas comédias nonsense. Deus, eu assisti todos os filmes do Austin Power, com orgulho. Meu sonho, é ter uma miniatura do Mini-Me no meu quarto para que possamos colocar o dedinho na boca juntos.

Isso soou meio pornográfico, mas tudo bem...

Dé: Bon Jovi. Sim, eu curto Bon Jovi dos anos 80/90! E doces, doces e mais doces!

Dani: Eu também gosto de Bon Jovi, qual é o problema? Bon Jovi é muito bom! Eles escreveram Livin’ On a Prayer, que é considerada uma das melhores músicas do rock.

Ísis: Eu sempre esqueço que o Dé gosta de doces... >.< 

Dé: Eu? Sou uma formiga.

- Lu, você esperava ver o blog como é hoje? Você tinha alguma expectativa em relação a ele quando o fundou?

Lulu: Quando eu criei o Coruja eu nem sabia mexer no blogger... tive ajuda para conseguir colocar tudo no ar e aos poucos fui aprendendo a futucar para mexer em coisas como o layout e outros detalhes... Eu não tinha loucas expectativas para o blog, só queria mesmo um espaço para falar, nem que fosse comigo mesma...

Não estava muito preocupada com para onde estava indo ou mesmo se chegaria até o final do ano (que dirá cinco anos). Um quarto de despejo para idéias mirabolantes que me tomavam a cabeça e um espaço para resmungar vez em quando (sou um bocado resmungona) era tudo o que eu queria.

- Qual a sua coluna favorita do blog? Há algum post em especial (que você ou outro dos membros tenha escrito) nesses cinco anos que você guarde na memória?

Dani: Eu gostava muito de Na sua Estante - gosto muito, aliás, e espero que volte um dia *cutucando a rainha*. Mas, atualmente, o meu favorito é o Quem Conta um Conto, porque eu gosto de imaginar o pessoal se contorcendo para escrever a proposta da história – em especial a Ísis.

Ísis: Afe! Povo sádico! >.<

Vou-me embora para Pasárgada...

Dani: Que horror...

O post que eu não esqueço até hoje, um dos meus favoritos de todos os que a Lulu fez, foi o especial gigantesco de Tolkien. Aliás, como é que você encontrou tempo para escrever aquela tese de doutorado?

Lulu: Você acredita que ele foi um dos poucos especiais em que eu não saí lendo e relendo todas as fontes, mas escrevi de uma única vez, de memória? Leve em consideração que nos últimos dez anos, eu li O Senhor dos Anéis umas sete vezes... E os outros livros, mais de uma vez também. Fora os artigos. E contos. E... é, já deu para entender...

Dé: Digo, sem sombra de dúvida, que a minha coluna favorita é o Quem Conta um Conto. Ver como a cabeça perturbada das minhas companheiras de blog funciona é bem divertido.

E sempre vou lembrar do especial de zumbis, que foi como cheguei aqui para começo de conversa.

Ísis: O vertigem (pela loucura) e o Coruja Gourmet porque eu não sei cozinhar nem que minha vida dependa disso... >.>

(Exceto o frango a pizzaiolo, que foi o único que tentei até agora... XD)

Lulu: Hoje em dia, minha coluna favorita é o Vertigem das Listas. Para ser sincera, de uma forma geral, eu adoro os posts que escrevemos em conjunto, motivo pelo qual o vertigem é especial para mim. Divirto-me muito com as saídas do tema e observações sem noção que fazemos em nossas listas.

Agora, Na sua Estante tem um lugar muito especial no meu coração. Qualquer uma das partes da história eu poderia citar aqui que guardo na memória, mas tenho uma especial predileção pelo capítulo em que Beatriz é exorcizada pelo pastor no meio da rua; aquele em que ela conversa com a mãe sobre a épica história de amor de seus pais e o capítulo da novela arturiana estilo Rei do Gado. Esses três capítulos em especial eu quase não conseguia terminar de escrever de tanto que eu ria imaginando os detalhes de cada situação.

- Dé, como é que você escolhe as receitas para o Coruja? Você tem uma lista de idéias, ou você decide na hora de acordo com seu humor/estação/feriado/qualquer outra desculpa?

Dé: Na verdade, eu escolho no critério de “Ih caralho, preciso de uma receita pro Coruja!” e faço a primeira coisa que dá na telha... ^^”

E tento sempre fazer alguma coisa gostosa, claro. =P

- Ísis, o que te fez decidir ir morar no Japão? Você prefere descrever experiências em abstrato ou pelas quais você realmente passou no 180º? Você pesquisa ou faz entrevistas ou apenas observa para poder escrever?

Ísis: Eu gosto de desafios, e queria sair do meu casulo... combinar isso com a oportunidade de vir para o país que eu admiro foi provavelmente o melhor casamento da minha vida (fora a Lu, é claro! XD).

Quanto às perguntas relativas ao 180º, depende muito. O problema maior é pegar um assunto. Uma vez escolhido, eu tento misturar tudo: observações, informações obtidas por “entrevistas” ou em conversas com amigos e experiência própria. Acho que dá mais profundeza... Mas quase sempre tenho que sair catando informações na internet para complementar alguma coisa, confirmar ou atualizar.

- Qual foi a tarefa aqui no blog que mais te desafiou até agora?

Lulu: O especial O Único e Eterno Rei, sobre o Rei Arthur quase me deixou louca com todas as fontes que eu achava para ler. Romances medievais são legais, romances escritos durante a Idade Média, nem tanto. Tive muita dificuldade com a linguagem, não sou uma especialista em inglês arcaico e havia coisas que eu acabava tendo de adivinhar por contexto e pelo que eu conhecia da história.

Foi um dos artigos que escrevi em que fui mais fundo na pesquisa, incluindo filmes e documentários.

Dani: Eu acho que foi, por incrível que pareça, o Vertigem, no começo. Eu estava começando no blog e era muito fechada, não conseguia me abrir, conversar direito com os outros. Em compensação, agora, eu estou quase uma bicha louca na parada gay.

E culpo a Lulu por isso.

Lulu: É uma culpa que assumo com muito prazer.

Dé: Acho que manter a frequência de posts, de um modo geral, é meu maior desafio. Como eu disse, me falta disciplina...

Ísis: O QCuC, tanto o de suspense, quanto o de terror. O de suspense porque a história não queria passar pro papel e eu precisei mudar toda a estrutura, e o de terror porque, então, é terror (e eu não tava vendo muito terror na imagem).

- Para que lugar você mais gostaria de viajar?

Dani: Para mim, com certeza a Itália. É o berço da arte clássica, que abriu as artes plásticas para o mundo ocidental.

Dé: AUSTRÁLIA!!! Lar de 8 dos 10 animais mais perigosos do mundo e da Grande Barreira de Coral! =D

Ísis: Pro espaço. Adoro estrelas, e adoraria vê-las no espaço, junto com a Terra e outros planetas.

Mas antes que me matem e digam que isso não vale, Austrália (porque ainda não bati o pés naquele continente) e México. Queria Índia também, mas já me disseram que ir sozinha é ALTAMENTE arriscado, então minha vontade diminuiu.

Ou qualquer lugar em que pudesse ver uma Aurora, o que inclui a Austrália, mas não faço ideia se a Setentrional é tão linda quanto a boreal, então vou me ater à Boreal e indicar Finlândia (porque tenho gente a visitar lá).

Lulu: Eu tenho horror a bichos peçonhentos e depois que vi uma foto de uma cobra gigantesca enrolada na asa de um avião que decolou de algum ponto da Austrália, não quero passar nem por cima...

No momento, estou sonhando com a Escócia (e não é por causa dos kilts, não importa o que certas pessoas tenham a dizer sobre o assunto). Sou louca para ver aquelas paisagens das Highlands, visitar os castelos, o Lago Ness...

- Dé, por que não vimos uma receita de carneiro ou bode no Coruja Gourmet (ainda)? XD

Dé: Por que normalmente eu não compro carne de bode ou carneiro... Afinal, carnes bovina e suína são muito mais fáceis de achar. Mas um dia faço uma panelada. ;D

Lulu: Eu gosto de carne de bode, mas só se for carne de sol bem assada. Não gosto de cozido... sempre tem bode na casa da minha avó, minha mãe ama de paixão...

Ísis: Nham! (Mas acho que alguém está bem nervoso agora! XP)

Dé: Ué, o que fizeram pra te assustar, Isis?! O_o

Dani: Em algum lugar do mundo comem carne de elefante?

Lulu: Não sei, mas na Ásia provavelmente tem algum lugar em que os servem de petisco e no espetinho.

Dé: Podemos cuidar disso! =D *afiando as facas*

Ísis: Pasárgada, Pasárgada... porque diabos essa #!(*&%¨não está no mapa!? >.<
E só pra responder, eu nunca vi um lugar em que elefante seja servido, não...

- Uma vez que vocês são em grande parte um blog literário (no sentido de que toda semana se está falando em livros...), que obra determinou sua paixão por literatura (mas se não por literatura, pode ser por cinema, por quadrinhos, por pintura...)?

Ísis: Turma da Mônica, para leitura em geral. E o que sealed the deal foi a coleção The Boxcar Children.

Lulu: Monteiro Lobato. Tudo que aprendi na vida, aprendi primeiro com Monteiro Lobato e O Sítio do Pica-Pau Amarelo.

Dani: Acho que foi... Alice no País das Maravilhas. Foi o primeiro livro que eu me lembro de ter lido e a partir dele eu não parei mais de ler. O que é estranho, porque na minha família ninguém lê muito, só eu... é um costume que eu não peguei de ninguém...

Dé: Moby Dick. Uma versão resumida e ilustrada foi o primeiro livro que tive a lembrança de um dia ler do começo ao fim. Acho que posso incluir O Manual do Escoteiro Mirim aqui também, que foi a série que catapultou meu gosto pela leitura.

- O que vocês acham de e-books?

Lulu: Muito práticos. Gosto de e-books (embora ache um bocado absurdo o preço cobrado no Brasil por eles), mas ainda prefiro livros físicos.

Dani: Sinceramente, odeio. Odeio, não gosto, já tentei. Para mim, livro tem que ter cheiro – de livro novo, de livro mofado comprado em sebo... Fora que tem uma coisa: livro de verdade nunca acaba a bateria, se cair no chão, não quebra... e se molhar, ainda tem conserto, ainda dá para secar.

Dé: Praticidade personificada. Acho que a maior parte do que leio atualmente são e-books, especialmente depois que comprei um Kindle.

Ísis: Você comprou um kindle, Dé?! High Five! o/

Dé: \o

Ísis: Kindle é uma das melhores invenções humanas, fora livros e alfajor. XD

Poder carregar mil e um livros naquela coisa pequena, e ler sem matar os olhos é indescritivelmente prazeroso. Sim, eu amo e-books, mas ainda prefiro os físicos quando se tratam de mangás e/ou ilustrações, porque, lamentavelmente, sou materialista (morro de vergonha disso). Mas, em minha defesa, quanto aos e-books que não se encaixam nessa categoria, só não compro mais porque acho um absurdo cobrarem quase o mesmo preço do original. Eis porque o meu é cheio de clássicos (que são gratuitos).

- Vocês estabelecem metas anuais de leitura? Caso sim, vocês conseguem cumprir essas metas? E metas diárias, tipo ler pelo menos x capítulos/páginas?

Dani: Não, não, eu gosto de ser bastante livre em questão de livros. Não gosto de estabelecer metas, gosto de ler no meu ritmo...

Dé: Não, não tenho metas anuais. Se muito eu estabeleço “Hoje eu vou ler uma hora” (e estico por duas ou três...).

Ísis: Eu tenho, mas bem simples: 1 livro/mês, pelo menos. Antes (tipo, muuuuuito antes) não precisava porque não conseguia parar, mas agora estou tentando diversificar a leitura e, portanto, estou forçando. No momento estou tentando um capítulo a cada três dias.

Lulu: Eu estabeleço metas no começo do ano e passo o resto do ano revendo, acrescentando e tirando. A minha meta desse ano é tentar ler todos os livros adquiridos até o final de 2013 que estejam na espera na estante. Comecei 2014 com mais de 90 livros não lidos; no momento esse número baixou para menos de sessenta (não contando os livros que comprei/ganhei/troquei esse ano).

Normalmente consigo cumprir minhas metas porque tento planejá-las de forma que elas sejam possíveis. Calculo quanto tempo vou ter, quantos livros posso ler por semana, quantas páginas por dia. Eu prefiro me apegar a metas semanais e mensais em vez de diárias, mas também faço metas diárias – por exemplo, estou lendo um livro de trezentas páginas, de forma que me esforço por ler pelo menos cem páginas por dia.

- No dia a dia corrido, como vocês se organizam para ler? Em que horário e local vocês preferem fazer sua leitura?

Dé: Este ano, em especial, eu tenho tentado ler depois do jantar, até cair no sono. Tenho tentado tirar esse tempo que eu passava no computador e transferindo para a leitura.

E tento ler enquanto como, parado no sinal, no banheiro, andando de um canto para outro dentro da universidade, na sala de espera... enfim, quando dá.

Ísis: Antes de dormir (mas eu preciso ajeitar meu relógio biológico antes Dé: Impossível. Tu tenta manter horários compatíveis com o outro lado do mundo, em relação aonde tu tá no momento. =P Ísis: True.). Mas qualquer hora é hora com o kindle! XD

Lulu: Eu acordo cedo, normalmente entre cinco e seis horas, mas só tenho que me levantar e começar a me organizar a partir das sete. Então até sete horas eu fico lendo. Sempre levo um livro na bolsa quando saio de casa e qualquer momento em que eu tenha de parar e esperar – numa fila, num consultório – saco meu livrinho da bolsa e me ponho a ler. Antes de dormir, especialmente quando estou com crise de insônia, também leio mais um pouco.

Leio em quase todo lugar, não tenho problemas de me concentrar para ler por causa de barulho... o único lugar em que não consigo ler de jeito nenhum é em veículo em movimento, porque fico zonza e enjoada. Mas de uma forma geral, tenho preferência de ler na cadeira de balanço do quarto dos meus pais ou na minha cama.

Dani: Praticamente todos os livros que eu li na minha vida, eu li no ônibus... Porque eu moro no fim do mundo e para ir para qualquer lugar eu demoro no mínimo duas horas no ônibus...

- Vocês têm preconceitos literários? Tipo, com relação a gênero/estilos ou com relação a autores?

Ísis: Preconceito, não tenho com gêneros (Dé: Mentira! Tu só lê PEDERASTIA!!! XD), só com uma coisa: se tiver muitas injustiças. Tipo, não li (e provavelmente não lerei) Game of Thrones porque, como acompanho a série (meio que a contragosto), sei que ocorre uma injustiça atrás da outra e isso me tira do sério. Fora isso, não tenho problema com qualquer gênero, mas, como disse antes, só o que realmente me atraem mesmo são romances.

Lulu: Eu não leio auto-ajuda. Sério, é a única coisa que realmente, REALMENTE não me desce. Também me sinto extremamente desconfortável em ler qualquer história em que ocorra abuso sexual. É algo que normalmente evito. Posso ler se é coisa de uma cena para o background de um personagem, mas não uma história inteira centrada nesse tema.

Dani: Eu não sou muito fã de biografia, tenho uma grande dificuldade para ler biografia. Só tem uma biografia que consegui ler até hoje, que é a da Virginia Woolf, única que eu gostei realmente, que eu cheguei até o fim.

Dé: Acho que além de auto-ajuda, evito literatura religiosa. Não é exatamente um tipo de literatura que me atraia.

- Paperback, Hardcover ou tanto faz?

Lulu: Para mim, tanto faz, desde que eu possa ler. Mas se houver opção de escolha e for um favorito – um autor pelo qual eu sinta um particular apreço ou algo do gênero – prefiro capa dura. Gosto muito de edições especiais.

Dani: Tanto faz... geralmente eu compro em sebo e se não tiver a capa, eu compro assim mesmo...

Dé: É livro? Tô lendo! =D

Ísis: Sou materialista, e normalmente as edições hardcover são mais incrementadas. Porém, se forem iguais, fico com o paperback porque é mais barato (e, creio, mais ecológico).

- Qual gênero literário você gosta, mas por algum motivo (não é o seu favorito, tem uma pilha de coisas com outros gêneros na frente etc), não tem tanto contato?

Dani: Eu acho que... deixa eu pensar... eu acho que romances históricos. É um gênero que eu aprecio muito, mas que raramente pego para ler. O que é estranho, eu não tenho uma explicação para isso... eu sempre coloco outros gêneros na frente, não é nem que eu goste menos...

Dé: Os “punks”: Steampunk e Cyberpunk. Tem vários livros destes gêneros, mas sempre acabo por passar fantasia, terror e suspense na frente... ^^”

Preciso corrigir também minha imensa deficiência em policiais.

Ísis: Clássicos brasileiros. Tenho uma enorme deficiência nisso.

Lulu: Não tenho muito problema com isso, normalmente leio mais de um livro ao mesmo tempo e alterno gêneros. Terminei semana passada um drama com forte suspense, um romance policial e um clássico infantil; essa semana estou às voltas com fantasia com toques de horror, filosofia e poesia e quando terminar esses já separei um de aventura e outro romance.

- O que falta para o blog ficar perfeito? Há algo que vocês mudariam no blog?

Dé: PODERES CÓSMICOS E FENÔMENAIS!!! Fora da lampadazinha. XD

Brincadeiras à parte, não espero que o blog seja perfeito, e prefiro assim. Aquilo que é “perfeito” e, portanto, imutável não tem para onde crescer e acaba estagnando. Resumindo: perfeição é um saco. =P

Se eu mudaria alguma coisa? Talvez eu conseguir manter alguma frequência em postagem de contos fora do Quem Conta um Conto...

Ísis: LOL. Todo mundo conseguir ler na mesma velocidade, retenção e disciplina da Lu, e depois comentar as resenhas. Mas isso é humanamente impossível. Sim, a Lu não é humana. Falei!

Dé: Não, ela é uma coruja. XD

Ísis: Quanto a acrescentar, talvez uma coluna de viagens.

Lulu: Gostaria de me defender e dizer que sou 100% humana, não importa o que a Ísis, o Dé ou a Dani digam.

Ísis: Nobody believes you, sweetie, but keep tryin’, OK??

Lulu: Bem, sobre a questão... eu quero fazer uma coluna de recomendação de links, mas não decidi ainda num nome... Toda vez que reorganizo o blog, tento deixá-lo com o visual mais limpo, mais fácil de ler e se localizar.

Não acho que o Coruja algum dia vá ser ‘perfeito’. Nunca foi o que me propus quando comecei a escrever. Mas eu gostaria de poder voltar a escrever algo no estilo de Na sua Estante.

Dani: Eu aprecio muito, muito, muito a escrita da Lu e queria que ela escrevesse mais ficção, incluindo uma continuação de Na sua Estante.

Eu não mudaria o blog, gosto dele exatamente como ele está e acho legal que ele mude sozinho, que foi o que aconteceu né – ele começou como algo só da Lu e hoje é um zoológico maluco.


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