10 de maio de 2012

Um Estudo em Sherlock – Parte II: “It is my business to know what other people don’t know.”

CONHECIMENTOS DE SHERLOCK HOLMES

1. Literatura: zero.
2. Filosofia: zero.
3. Astronomia: zero.
4. Política: escassos.
5. Botânica: variáveis. Conhece a fundo a beladona, o ópio e os venenos em geral. Nada sabe sobre jardinagem e horticultura.
6. Geologia: práticos, mas limitados. Reconhece à primeira vista os diversos tipos de solo. No regresso dos seus passeios, mostra-me manchas nas calças, e diz-me, pela sua cor e consistência, em que partes de Londres as conseguiu.
7. Química: profundos.
8. Anatomia: exatos, mas pouco sistemáticos.
9. Literatura sensacionalista: imensos. Parece conhecer todos os pormenores de todos os horrores perpetrados neste século.
10. Toca bem o violino.
11. É habilíssimo em boxe, esgrima e bastão.
12. Tem um bom conhecimento prático das leis inglesas.


- Um Estudo em Vermelho -
Quando vejo a lista de conhecimentos de Sherlock Holmes segundo Watson, a primeira coisa que me pergunto é ‘como assim zero em literatura???’. O homem conhece Poe e Gaboriau, cita Goethe em alemão, compara o companheiro com Boswell, biógrafo do famoso Dr. Samuel Johnson (que também estava na lista de leituras de Jane Austen), faz referências obscuras a poetas persas, lê Petrarca no trem e pode inserir trechos de cartas de Flaubert para Sand numa conversa cotidiana.

É, eu sei, noto as coisas mais bizarras...

O caso é que à medida que você vai lendo e vai se familiarizando com a sala de estar de 221B Baker Street – os charutos guardados no balde de carvão, o tabaco nos chinelos persas, a correspondência por responder espetada na prateleira sobre a lareira com um canivete, a parede adornada com buracos de bala formando, patrioticamente, as iniciais da rainha – tanto mais contraditória e misteriosa vai se tornando a figura do detetive.

[Dé: “BORED!”

Lu (revirando os olhos): ...]


Holmes tanto é frio em sua análise dos fatos quanto capaz de responder passionalmente aos casos que lhe são apresentados – ele demonstra tanta empolgação em correr atrás de um criminoso (the game is afoot!) quanto em largar tudo para ir assistir uma apresentação de Wagner no teatro. Cientista e artista; simultaneamente infantil e grave, ingênuo e astuto.

A tarefa de analisar tal personalidade se torna tanto mais difícil pelo fato de que todas as suas palavras, pensamentos e ações são filtradas pela pena de Watson. E o próprio Sherlock é muito pouco comunicativo em relação para sua vida além do trabalho.

O pouco que sabemos sobre sua família, ele nos conta em O Intérprete Grego: seus antepassados foram proprietários rurais (provavelmente em Surrey, a levar em consideração a paródia que Doyle escreveu, O Aprendizado de Watson) e a avó era irmã do pintor francês Claude-Joseph Vernet, famoso por suas paisagens. Tal dado é importante para Holmes, uma vez que ele acredita que seu intelecto é resultado do gene artístico que veio daí.

Aliás, o pendor para o desenho também está presente no detetive, embora não saibamos bem qual é a extensão de seu talento nessa área. Watson menciona de passagem tal fato em Os Três Estudantes; e em O Cão dos Baskervilles, os dois passam uma tarde admirando pinturas em galerias de arte.

Ele tem um irmão sete anos mais velho, Mycroft, que ocupa um cargo menor no governo, embora ele seja, “de vez em quando, o próprio governo britânico” (sua especialidade, porém, é a onisciência) – e que, segundo o próprio Sherlock, é ainda mais inteligente que ele.

A única outra menção à família de Holmes que se pode encontrar é o Dr. Verner, com uma denominação genérica de ‘parente’, que compra a clínica de Watson em O Construtor de Norwood, permitindo que o bom doutor volte a morar em Baker Street (compra essa, aliás, que foi financiada pelo próprio Holmes). E é só. Nada sobre pai ou mãe, tios e primos, nenhum outro conhecido próximo além de Watson e os inspetores da Scotland Yard. Em termos de vida pessoal, Holmes é uma grande página em branco.

[Dé: Como assim “vida pessoal”? Holmes tinha vida pessoal?

Lu: Bem, ele tinha o Watson, não tinha?]


O mais curioso nessa história toda é que escrevo sobre o personagem como se ele fosse uma pessoal real, e não uma criação literária. Em minha defesa, não sou a única que acaba por se desligar da realidade e mergulhar em “Sherlock no País das Maravilhas”. Em minhas pesquisas, deparei-me com todo tipo de maluco, especialmente gente brigando com as datas totalmente disparatadas que Doyle volta e meia joga em cima da gente.

Sério, encontrei tabelas em que holmesianos e sherlockianos (existem duas vertentes, a primeira britânica e a segunda americana e até hoje não entendi qual realmente a diferença entre elas, exceto por uma ser mais formal que a outra e preferir o sobrenome...) anotam detalhes como a fase da lua e o dia da semana em que começa a história para poder comparar com os calendários da margem de anos em que a narrativa se insere, baseando-se, normalmente no estado civil de Watson para determinar tal margem.

Não cheguei a esse ponto porque resolvi o problema das datas flutuantes que Watson coloca nas histórias chegando a uma conclusão muito simples e lógica: Holmes e Watson mantêm uma máquina do tempo em seus apartamentos em Baker Street. Afinal de contas, “quando você elimina o impossível, o que restar, não importa o quão improvável, deve ser a verdade”.

[Dé: Já ouvi essa conversa antes...]

De toda forma, se queremos culpar alguém por toda essa loucura, podem apontar o dedo direto para o autor.



Doyle pode nem sempre ser consistente com calendários (alguém me explique como Holmes podia estar presente quando do caso de Wisteria Lodge em 1892 quando à época estava supostamente morto e só voltaria em 1894), ou para se lembrar onde Watson foi ferido durante a guerra (Ombro? Perna? Em cada história muda...), ou mesmo para manter a lista de esposas do doutor... e certamente Holmes não encontrou lhamas no Tibete.

[Dé: Deve ser porque lhamas são mais divertidas que iaques... elas cospem!

Lu: E este foi um comentário mais que cretino. Palmas para o Dé!]


Tal confusão pode ser explicada pela idéia de que ele tentava deixar mais ou menos implícito que era meramente o editor de Watson – ilusão essa reforçada pela mistura de datas, fatos históricos e personagens reais que freqüentam as páginas de suas histórias - e tais supostos erros são estratégias conscientes de esconder a identidade bastante real dos clientes e situações em que Holmes e Watson se envolviam.

Exemplos disso podem passar batidos para os leitores de hoje, que não conhecem as notícias da época, mas dificilmente passariam despercebidas para os leitores de então. Os Mediterranean Agreements, por exemplo, foram assinados entre Grã-Bretanha e Itália em 1887 e têm as mesmas condições do documento misterioso de O Tratado Naval - cuja ação se passa exatamente nesse ano. Há referências a rainha Vitória e Edward VII (que muito provavelmente é o misterioso patrono de O Cliente Ilustre) e também Alphonse Bertillon, criminologista francês, criador da antropometria e perito do famoso caso Dreyfus.

Também muitas das técnicas de investigação usadas por Holmes estavam ainda na infância quando Doyle escrevia suas histórias – a aplicação de química analítica para sangue residual e toxicologia (Um Estudo em Vermelho), o uso de microscópio para verificação de vestígios (O Velho Solar de Shoscombe), a análise de digitais (O Construtor de Norwood). Aliás, por esse trabalho científico, Holmes foi agraciado em 2002 com um título honorário da Royal Society of Chemistry.

Diante de tais circunstâncias, não parece tão absurdo que Doyle recebesse cartas pedindo ajuda para resolver casos ou repassá-las diretamente para Mr. Holmes – entre outras coisas...
Tenho recebido muitas cartas endereçadas a Holmes pedindo-me que as encaminhe. Watson também recebeu numerosas cartas em que lhe pedem o endereço ou o autógrafo do seu brilhante confrère. Um serviço de notícias escreveu a Watson perguntando se Holmes gostaria de fazer uma assinatura. Quando Holmes se aposentou, muitas senhoras de meia-idade se dispuseram a tomar conta de sua casa e uma procurou se insinuar me garantindo que entendia de criação de abelhas e era capaz de ‘separar a rainha’. Recebi também inúmeras ofertas para Holmes examinar e elucidar vários mistérios de família.

- A Verdade Sobre Sherlock Holmes -
Esse trechinho acima pertence a um ensaio muito interessante publicado por Doyle em 1923 – e ali ele fala da criação e morte de seu personagem mais famoso, das conseqüências da queda em Reichenbach (“Seu carniceiro”, começava uma carta de censura que recebi de uma senhora, e imagino que falava por si e outras. Soube que muitos choraram. Receio não ter sentido o menor remorso.), da arte de Paget (cujas ilustrações de Holmes considerava mais atraentes do que a imagem que tinha do personagem), a forma de escrever cada um dos mistérios e a inspiração para os personagens.

E é aí que cruzamos com o nome do Dr. Joseph Bell.

Bell foi professor de Doyle no curso de medicina na Universidade de Edinburgh, cirurgião e homem extraordinário para deduções. Até sua descrição lembra muito à do próprio Sherlock:
Era magro, vigoroso, com um rosto arguto, nariz aquilino, olhos cinzentos penetrantes, ombros retos e um jeito sacudido de andar.

- A Verdade Sobre Sherlock Holmes -

Media em torno de um e oitenta de altura, mas era tão magro que dava a impressão de ser ainda mais alto. Seu olhar era aguçado e penetrante, a não ser naqueles períodos de torpor a que já me referi. O nariz, fino e adunco como o de um falcão, dava ao semblante um ar de vivacidade e decisão.

- Um Estudo em Vermelho -
Além das semelhanças físicas, Holmes e o doutor Bell também compartilhavam a mesma capacidade de observar e deduzir. Um olhar de relance é o suficiente para disparar idade, profissão e vícios – e com isso avançar para o diagnóstico do paciente (ou cliente). Não à toa, juntamente com a figura do detetive Dupin, de Poe, Bell serviu como inspiração para criar Mr. Sherlock Holmes.

Os poderes de Holmes, contudo, vão muito além dos limites do professor de Doyle. Mais de uma vez, Watson nos chama atenção para os sentidos mais aguçados do amigo – ele geralmente o compara a um cão de caça infatigável, mas não estaríamos muito longe do alvo se víssemos essas comparações com a de um super-herói de quadrinhos.

Holmes é um paradigma da racionalidade, capaz de enxergar as pistas mais banais e diminutas. E é irônico que um personagem que entrou para a história por sempre se guiar pela razão tenha sido criado por um homem que acreditava em fadas. Doyle, que tinha uma profunda crença espiritual, ia a sessões de mediunidade e defendeu publicamente as fotos falsas de Cottingley Glen, é o mesmo homem que colocou em O Cão dos Baskervilles, com um certo tom de sarcasmo, na voz de Holmes “E o senhor, um homem de ciência treinado, acredita que ele seja sobrenatural?”.

Bem verdade que Holmes nunca falou abertamente em nenhum de suas histórias que não acreditava em nada espiritual, e as crenças de Doyle não necessariamente contradizem o espírito racional de seu personagem, porque para ele o sobrenatural era parte deste mundo, tão certo quanto as pegadas do cão em Dartmoor existiam. O choque da situação vem para nós, que não conseguimos conciliar totalmente a idéia de razão e fé.

Independente dessas questões, é curioso observar quantas vezes nós mesmos, leitores, deixamos cair o queixo junto com Watson diante das assertivas do amigo, incapazes de entender como o detetive foi capaz de chegar a elas. Gosto muito de romances policiais e geralmente tenho idéia de para onde estou indo quando os leio – oito em dez vezes consigo desvendar os crimes que Poirot (e outros dos meus detetives favoritos) investiga – mas isso não me acontece com Holmes.

Há muitos motivos para termos dificuldade em acompanhar o raciocínio que Doyle segue para as deduções de seu personagem. Primeiro porque as histórias são contadas pelos olhos de Watson e o doutor não se detém nos mesmos detalhes do amigo. Watson passa muito mais tempo descrevendo e conversando com outros personagens que investigando cinzas de tabaco. Isso não o diminui, apenas acentua o fato de que as esferas de atuação dos dois homens são diferentes – Watson é muito melhor em lidar e cuidar de outras pessoas, em sentir empatia.

Segundo, boa parte do trabalho de Holmes, segundo ele próprio, fundamenta-se no conhecimento dos crimes do passado – informação é a chave. Holmes é uma verdadeira enciclopédia de criminalística e muitas vezes ele é capaz de deslindar uma situação aparentemente sem lógica simplesmente porque aquilo já aconteceu antes. Não é à toa que ele sugere ao inspetor Alec MacDonald em O Vale do Terror:
A coisa mais prática que você podia fazer na vida, amigo Mac, seria recolher-se por três meses e ler, doze horas por dia, os anais do crime. Tudo se repete em ciclos, até mesmo o professor Moriarty.
Recentemente, aliás, assisti uma série inglesa chamada Whitechapel que parte dessa mesma premissa. A primeira temporada segue um assassino que copia os métodos ponto a ponto de Jack, o estripador; nos capítulos seguintes, os casos não são necessariamente de copiadores, mas as informações coletadas no passado abrem caminho para entender o que acontece no presente.

Seja como for, se não temos o conhecimento de Holmes, é difícil poder seguir os mesmos passos dele para chegar a um veredicto.

Por fim, o terceiro motivo a impedir o nosso trabalho de detetive – deixando-nos apenas a opção de ficar com o resto da platéia de Watsons – é o próprio estilo de Doyle. São muitos os casos que Holmes investiga que não constituem exatamente um crime – mais que isso, eles normalmente começam de forma tão peculiar que nossa atenção é desviada para a estranheza da situação e não notamos aquilo que realmente importa.

Assim temos um cão espectral, um ódio profundo a bustos napoleônicos, gansos com papos de brilhantes, inquilinos eremitas, sociedades de defesa aos ruivos e outras tantas bizarrices que acabam por ofuscar o drama central. É uma estratégia brilhante e uma das muitas razões do sucesso das histórias de Doyle.

Mas há muito mais em Mr. Holmes que a – por vezes aterrorizante – capacidade de deduzir toda a sua vida com um único olhar.

Há momentos em que ele parece mais uma máquina que um ser humano. Ele é ególatra, por vezes cruel em sua sinceridade, não poupando nem mesmo Watson, chegando mesmo a agir de forma imatura. Mas é também um amigo leal (se egoísta), um amante das artes (e virtuoso no violino) e sempre fiel aos seus princípios.

Em mais de um caso, ele concorda em esconder a verdade pois, não sendo um policial, ele tem liberdade de decidir seu próprio código de ética. E a justiça, para Holmes é subjetiva – e tanto fica mais óbvio quando diz ele em Charles Augustus Milverton:
Não sou precipitado, e não teria tomado uma resolução tão enérgica e perigosa se houvesse alternativa. Vejamos as coisas com clareza e sangue-frio. Você há de reconhecer que o ato é moralmente justificável, embora tecnicamente criminoso.
O lucro também não tem maior peso para ele – Holmes está mais interessado naquilo que os casos que lhe são apresentados têm de diferente, engenhoso, desafiador. Em todos esses pontos, Doyle procurar demonstrar que seu detetive não se importa com convenções sociais.

A desorganização (Watson reclama mais de uma vez que Holmes não joga um único papel fora e há pelo menos uma ocasião em que na falta de memorandos, o detetive faz suas anotações na manga da camisa – isso para não citar nos souvenires que podem ser encontrados na manteigueira...), o uso recreativo de drogas (morfina ou uma solução de cocaína a sete por cento), a misoginia casual (que já levou mais de um estudioso a lançar a hipótese de que a mãe de Holmes era adúltera e foi assassinada pelo marido), a arrogância e, em momentos, total rudez, estão lá exatamente para acentuar esse caráter anti-social do personagem.

E, numa sociedade tão hermética quanto a inglesa na era vitoriana, tais atitudes são surpreendentes. Holmes é capaz de transitar em todas as classes sociais, mas não é realmente parte de nenhum grupo; os detetives da Scotland Yard são apenas instrumentos de acesso a cenas de crime, os clientes, fora seus mistérios, nada têm de interessante, ele tem a gratidão de umas três casas reais e do próprio Papa, e ao mesmo tempo, nenhum amigo, exceto Watson – e essas são suas exatas palavras sobre o assunto.

Em sua excentricidade, Sherlock Holmes consegue ser surpreendentemente cativante. Há momentos em que ele se mostra vulnerável – em que a fachada de autômato cai para revelar “o grande coração” que Watson sabe existir em seu amigo. Seu melhor amigo.

Talvez seja por esses pequenos momentos de fragilidade que, no final, o detetive se mostre tão apaixonante. Apesar (ou por causa) de todos os seus vícios e todas as suas falhas, sua busca incansável pelos fatos, sua paixão pela verdade – por tudo isso e muito mais – Sherlock Holmes é um dos mais fascinantes personagens da literatura e um que vale muito à pena conhecer.


(Continua em “Watson, you are a British jury, and I never met a man more eminently fitted to represent one.”)


A Coruja


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14 comentários:

  1. Texto maravilhoso! Posso compartilhar no meu blog?!

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  2. Nossa, queria poder curtir mil vezes porque o texto é ótimo!

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  3. ‎"Holmes e Watson mantêm uma máquina do tempo em seus apartamentos em Baker Street." Eu ouvi WhoLock?

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  4. Tem uma timeline no final do segundo volume das edições anotadas de Sherlock Holmes da Zahar, mas tem alguns contos em que os ~estudiosos~ discordam em relação à data dos acontecimentos. *lendo o cânone só agora e querendo manjar*

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    1. Imagino que essa seja a timeline do Baring Gould, que é uma das mais conhecidas... o problema dele é que Gould prefere conformar datas a fatos e não vice-versa... ele manipula as datas para que fique subentendido que Watson tenha só uma esposa, por exemplo, mesmo quando não há nenhuma lógica nisso...

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  5. Excelente texto, Lulu!

    Bem, além de todos os motivos elencados por você para simpatizarmos, gostarmos ou amarmos Holmes, eu ainda acrescento mais um motivo meu, íntimo e pessoal: Sherlock morava sozinho, num apartamento pequeno que, na maior parte do tempo, era uma completa e rematada bagunça. XD

    Assim, todas as vezes em que olho para o estado de desorganização de meu quarto e sala, eu sorrio e penso: "Ah, o número 221B de Baker Street certamente era muito pior..." ;0)

    Beijocas!

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  6. Outro texto lindo!
    Não é à toa que Sherlock virou um personagem tão conhecido a ponto de entrar em domínio público. Tão querido a ponto de formar um fandom que se estende até os dias de hoje ! XD Eu acho muito engraçado essas loucuras todas que os sherlockianos fazem para descobrir e debater detalhes das histórias. Tabelas lunares? lol!
    E também adoro ler sobre as cartas que o Doyle recebia!!
    Um dos lugares que eu quero visitar antes de morrer é, claro,Baker Street *-*

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    1. Eu fiquei bastante aliviada quando me peguei lendo o relato de um sherlockiano dizendo "então, se você contar que Watson diz que tal dia caiu em tal dia da semana, nós podemos diminuir as possibilidades para anos tais e tais... mas se você olhar a tabela lunar, sabe que dia tal, da semana tal, do ano tal é que teve lua cheia, como Watson descreve, então, tal história aconteceu em tal ano".

      Isso fez com que eu me sentisse extremamente normal e nem um pouco obcecada. Minha fixação com o personagem é absolutamente saudável (ou pelo menos, isso é o que gosto de repetir).

      E Baker Street também está na minha lista de lugares a visitar no futuro ;)

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  7. A diferente entre Holmesianos e Sherlockianos é que os Sherlockianos vêm Holmes como mero entretenimento, segundo eles as faculdades psíquicas e o estilo de vida de Holmes não podem ser alcançados, logo toda obra sobre o personagem é para mero deleite.
    Já os Holmesianos creem veementemente que Sherlock Holmes é mais que diversão, ele pode e deve ser alcançado. Holmesianos tentam levar o estilo de vida, psíquico e social de SH. Estudam e desenvolvem ao máximo possível os métodos, a observação e a lógica do personagem.

    Não sabia que havia essa diferença de origem (país), mas a diferença básica é essa.

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