26 de janeiro de 2012

Projeto Pratchett: Lords and Ladies



Elves are wonderful. They provoke wonder.
Elves are marvellous. They cause marvels.
Elves are fantastic. They create fantasies.
Elves are glamorous. They project glamour.
Elves are enchanting. They weave enchantment.
Elves are terrific. They beget terror.
The thing about words is that meanings can twist just like a snake, and if you want to find snakes look for them behind words that have changed their meaning.
No one ever said elves are nice.
Elves are bad.

Terry Pratchett – Lords and Ladies

Antes de mais nada, é importante observar aqui que escolhi resenhar mais cedo esse mês Sonho de Uma Noite de Verão, do bardo, exatamente para poder escrever sobre Lords and Ladies no meu longo projeto de resenhar todas as obras de Discworld aqui no Coruja - fale sobre prioridades...

Bem... Lords and Ladies é uma continuação direta de Quando as Bruxas Viajam; que, por sua vez, retoma as personagens de Estranhas Irmãs, este último recheado de referências shakesperianas, que vão de Hamlet a Macbeth quase que num mesmo suspiro.

Lords and Ladies volta a essa origem, parodiando eventos que vão de Sonho de Uma Noite de Verão até A Megera Domada.

Mas vamos ao que interessa... Ao começo da história, Vovó Cera do Tempo, Tia Ogg e Magrat acabam de retornar de Genua (que respira o mesmo ar de Nova Órleans, se é que vocês me entendem...) para descobrir que está tudo se encaminhando para o casamento de Magrat com o rei Verence II de Lancre - antes o Bobo da Corte. Detalhe importante porém: aparentemente, Verence esqueceu de fazer o pedido antes de começar os preparativos para a cerimônia...

E se um casamento-surpresa para a noiva já não fosse um imbróglio suficientemente complicado para se resolver, eis que temos, por uma conjunção de magia e época propícia uma alteração na barreira entre o mundo do Disco e o mundo dos elfos, que permite aos últimos atravessar o círculo de pedras que serve como portal.

Agora, o negócio com os elfos é que eles são belos. São fascinantes. São frios. São cruéis Eles simplesmente não possuem qualquer tipo de moral, são criaturas que fariam um homem ou um animal correr parado no mesmo lugar até que o coração arrebentasse pelo esforço - e o fariam pela curiosidade e a diversão e nada mais.

Então temos que Tia Ogg sai por aí dando voltas com o anão Casanunda - o segundo maior amante do Disco - à procura do próprio rei dos elfos, o único com poder suficiente para impedir a Rainha de dominar o mundo humano. Magrat rompe com tia Ogg e a Vovó e se muda de mala e cuia para o castelo, decidida a aprender ser melhor rainha do que era como bruxa, bem como os detalhes mais práticos do que é ser uma mulher casada (e para isso Verence, que também não tem qualquer conhecimento teórico ou prático da coisa, encomenda um livro). E a Vovó Cera do Tempo tendo lampejos de uma outra vida em que estaria cercada de netos e casada com ninguém menos que... Mustrum Ridcully, o arquichanceler da Universidade Invisível.

Claro que a Rainha dos Elfos acaba conseguindo entrar em Lancre para impôr o terror esquecido dos de sua raça - e não há nada mais terrível que um belo e encantador elfo - ao menos, não nas histórias originais, quando eles estavam muito longe de ser miniaturas engraçadinhas como as que aparecem na peça de Shakespeare ou seres nobres como os de Tolkien.

E não podemos esquecer, claro, do unicórnio psicopata.

Tudo está bem quando termina bem e a megera tiver sido domada. Mas não se engane ou perca a cabeça, ou pode ficar preso eternamente numa única noite de verão...



A Coruja


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2 comentários:

  1. Unicórnio psicopata? Vovó Cera do Tempo como rainha? Catarina e Petruccio versão Discworld? Pq mesmo ainda não li esse livro?

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