30 de novembro de 2011
Para ler: O Senhor da Foice
Isso faz parte de um dia de trabalho. Ou faria, se aqui existissem dias.
Click, click, a figura sombria desloca-se com paciência entre as fileiras.
E pára.
E hesita.
Há um pequeno cronômetro dourado, não muito maior que um relógio de pulso.
Ontem ele não estava ali, ou não teria estado se existissem ontens aqui.
Dedos ossudos se fecham em torno dele e o erguem contra a luz.
Há um nome, em letras maiúsculas pequenas.
O nome é MORTE.
Morte pôs o cronômetro de volta e depois o pegou de novo. As areias do tempo se derramavam. Experimentou virá-lo de cabeça para baixo, só pra testar. A areia continuou fluindo, mas para cima. Ele realmente não esperava que acontecesse algo diferente.
Aquilo significava que, mesmo se amanhãs pudessem existir aqui, não haveria amanhã. Não mais.
Houve um movimento no ar, atrás dele.
Morte virou-se devagar e dirigiu-se ao vulto, que se movia de modo indeterminado e indeciso na escuridão.
— POR QUÊ?
29 de novembro de 2011
Lista para o Papai Noel
Querido Papai Noel,
não entrarei nem no mérito da questão, porque é bastante óbvio que o senhor sabe que fui uma boa menina esse ano e mereço, portanto, presentes e não carvão. Assim sendo, facilitarei sua vida e apenas anexarei a esta cartinha minha lista de presentes e o senhor pode escolher o que melhor lhe aprouver.
Grata,
Lulu.
não entrarei nem no mérito da questão, porque é bastante óbvio que o senhor sabe que fui uma boa menina esse ano e mereço, portanto, presentes e não carvão. Assim sendo, facilitarei sua vida e apenas anexarei a esta cartinha minha lista de presentes e o senhor pode escolher o que melhor lhe aprouver.
Grata,
Lulu.
28 de novembro de 2011
Apresentação... ou quase.
Olá a todos os leitores do Coruja!
Quem lhes escreve aqui, não é a Lu, mas sim o Dé... E eu ia explicar mais algumas coisas, mas a Lu já fez isso...
Para ser honesto, eu ia esperar mais um pouco, até o mês que vem, para fazer minha apresentação oficial aqui... mas digamos apenas que fui "convencido" pela Lu a vir me apresentar mais cedo. De agora em diante, ficarei responsável pelo Coruja Gourmet(tem um link ali em cima, mas tenho certeza que perceberam =D), no que apelidarei carinhosamente de "Coruja Gourmet: Bode Edition".
Para ser honesto, eu ia esperar mais um pouco, até o mês que vem, para fazer minha apresentação oficial aqui... mas digamos apenas que fui "convencido" pela Lu a vir me apresentar mais cedo. De agora em diante, ficarei responsável pelo Coruja Gourmet(tem um link ali em cima, mas tenho certeza que perceberam =D), no que apelidarei carinhosamente de "Coruja Gourmet: Bode Edition".
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colaborações
Dé
Clube do Livro (Novembro) - Sr. Segunda-Feira
Sete dias. Sete chaves. Sete virtudes. Sete pecados. Ninguém espera que Artur Penhaligon seja um herói. Órfão, com a saúde debilitada e sem coragem, ele sofre com o medo de que a praga que invadiu seu País leve embora sua família adotiva. Mas, quando uma estranha chave em forma de ponteiro de relógio é entregue a ele, Artur descobre que é o Herdeiro das Chaves para o Reino. Tudo o que acha que sabe – sobre seus pais, sua cidade e sua vida – está prestes a mudar. Agora que ele herdou a Chave de uma Casa estranha e perigosa, não há como voltar atrás. Ele deve reunir toda sua coragem e arriscar aquilo que ama para desvendar os segredos do mundo que descobriu e salvar o mundo que ele conhece.
27 de novembro de 2011
Conversas sobre o Tempo: Christmas Wrapping
Então... essa semana já chegamos em dezembro e aqui no ninho de D. Lulu estamos à toda preparando para o Natal. Como já deu para ver, tivemos mudança de layout (não diga, Lulu...) e algumas outras mudanças estão a caminho...
A principal delas é que decidi aumentar o zoológico... de forma que além de verem Dona Coruja por aqui, vocês terão o prazer de encontrar o Bode também.
A principal delas é que decidi aumentar o zoológico... de forma que além de verem Dona Coruja por aqui, vocês terão o prazer de encontrar o Bode também.
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colaborações
conversas sobre o tempo
25 de novembro de 2011
Na sua estante: todos os caminhos levam a Roma
#094: Todos os Caminhos Levam a Roma (ou "de noite todos os gatos são pardos")
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contos
na sua estante
23 de novembro de 2011
Para ler: Os Patriotas
"Aquele que não se rende é dos meus, quem quer que seja ele, de onde quer que venha, e qualquer que seja seu partido... Aquele que se rende é meu inimigo."
Max Gallo – Os Patriotas
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história
literatura
21 de novembro de 2011
Desafio Literário 2011: Novembro - Contos || Ficções
A escritura metódica distrai-me da presente condição dos homens. A certeza de que tudo está escrito nos anula ou nos fantamagoriza. Conheço distritos em que os jovens se ajoelham diante dos livros e beijam selvagemente as páginas, mas não sabem decifrar uma só letra.
Sou fã do Borges desde que folheei pela primeira vez, de queixo caído, O Livro dos Seres Imaginários uns seis, sete anos atrás. De lá pra cá, já se foram muitos contos do mestre argentino (que sempre me faz lembrar de outro mestre, esse italiano...) e minha admiração por ele só fez crescer.
18 de novembro de 2011
Na sua estante: nono círculo do inferno
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contos
na sua estante
17 de novembro de 2011
Desafio Literário 2012
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desafio literário
listas
Coruja Gourmet: Brigadeirão
Essa é uma participação especial da Francine, que, como eu, confessa ser uma pessoa perfeitamente inepta na cozinha. De acordo com ela, essa é uma receita muito fácil de fazer e nunca fica ruim!
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culinária
16 de novembro de 2011
De Volta para o Futuro (ou para o passado): porque uma imagem vale mais que mil palavras
Eu e a Adriana no primeiro dia do III Encontro Nacional da JASBRA aqui no Recife:
E, uma vez que o encontro era para comemorar o Bicentenário de Razão e Sensibilidade, não é muito difícil adivinhar que estávamos de Elinor e Marianne Dashwood, né?
E, uma vez que o encontro era para comemorar o Bicentenário de Razão e Sensibilidade, não é muito difícil adivinhar que estávamos de Elinor e Marianne Dashwood, né?
Desafio Literário 2011: Novembro - Contos || O Pássaro Raro
Num futuro distante, uma fantástica invenção tecnológica permite ao homem sintonizar um ponto no espaço e no tempo e, a partir daí, revisitar toda a história coletiva e individual da humanidade. Numa cidade da Noruega, um diagnóstico médico faz um homem robusto demolir uma loja de porcelanas e leva uma jovem mulher a um inesperado encontro com Buda. Personagens de um romance se revoltam, perguntando-se não apenas se eles existem mesmo, mas se existe de fato um autor. Encontros e desencontros amorosos conduzem um casal de namorados a Roma e a um destino marcado por trágicas coincidências.
Eis as linhas gerais de algumas das dez narrativas que compõem O pássaro raro, livro de estréia de Jostein Gaarder, publicado em 1986. Todas elas tratam de pessoas comuns que, arrancadas de seu dia-a-dia por um acontecimento inesperado, lançam-se à aventura do pensamento e da reflexão. Um texto curto de grande força poética introduz cada narrativa, antecipando o tema que será desenvolvido. Por sua temática, pelo estilo e pelo poder de encantamento, o Gaarder de O pássaro raro já é o escritor que mais tarde fascinaria jovens e adultos com O mundo de Sofia.
14 de novembro de 2011
Para ler: A Inocência do Padre Brown
O que há de mais inacreditável nos milagres é que eles acontecem. Algumas nuvens no céu agrupam-se para formar um olho humano. Uma árvore destaca-se na paisagem de uma jornada duvidosa na forma exata e elaborada de um sinal de interrogação. Eu mesmo vi as duas coisas nos últimos dias. Nelson morre, de fato, no instante da vitória; e um homem chamado Williams mata de forma completamente acidental um homem chamado Williams Jr.; isso soa meio como um infanticídio. Resumindo, na vida existe um elemento mágico nas coincidências que as pessoas ao pensar no prosaico talvez nunca notem. Como bem expressa o paradoxo de Poe, a sabedoria tem de levar em conta o inesperado.
G. K. Chesterton – A Inocência do Padre Brown
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literatura
policial
11 de novembro de 2011
Na sua estante: fazendo planos a caminho do baile/trocando as máscaras
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contos
na sua estante
9 de novembro de 2011
Para ler: Odd e os Gigantes de Gelo
Em um vilarejo da antiga Noruega, vive um menino estranho chamado Odd, e ele tem sérios problemas com a sorte: seu pai faleceu em uma expedição viking, uma enorme árvore caiu sobre a sua perna, deixando-o manco, e um interminável e rigoroso inverno está tornando os moradores do vilarejo perigosamente mal-humorados.
Para escapar das piadas dos vizinhos, Odd pensa em se refugiar na floresta, numa antiga cabana que costumava pertencer ao pai. Mas, antes de chegar lá, se depara com um urso, uma raposa e uma águia - três criaturas com a mais curiosa das histórias para contar, e uma missão muito perigosa para um menino com uma perna boa, uma perna bem ruim e uma bengala de madeira...
De repente, Odd se vê numa jornada incrível, mais estranha do que jamais poderia imaginar: ele precisa resgatar Asgard - a morada dos deuses - do domínio dos Gigantes de Gelo. Para derrotar os Gigantes, trazer a paz de volta à cidade dos deuses e finalmente dar um fim ao terrível inverno que cobre aquele pequeno vilarejo na Noruega, é necessário um tipo muito especial de menino. Um menino alegre, e irritante, e esperto... Um menino exatamente como Odd.
Neil Gaiman faz parte do meu grupo de autores favoritos, aqueles que não importam o que escrevam, eu estou desesperada querendo comprar já na pré-venda, sem sequer saber do que se trata ou lido qualquer sinopse.
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fantasia
gaiman
lit. britânica
livros que gostaria de ter lido quando criança
mitologia
Nórdico
7 de novembro de 2011
Desafio Literário 2011: Novembro - Contos || Teeth: vampire tales
As it turns out, if a person dies badly, sometimes the soul can't escape the body and will have to feed off the living forever.
Of course, I only find this out after Madison Gardner offers me a ride home in her dad's Beemer after six shots of coconut rum and ends up shoving the car through a tree.
Madison pours herself out of the driver's side and teeters around on her tacky platforms, mumbling and choking and being useless as usual. I break my neck and die before the ambulance gets there.
I'm so pissed that she's okay that it takes me a few minutes to realize I'm not dead anymore.
(Sometimes your priorities aren't what they sould be.)
4 de novembro de 2011
Na sua estante: fantasias
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contos
na sua estante
2 de novembro de 2011
Para ler: Eric
Acho que esse é o livro mais curto da série Discworld – você não chega a passar uma tarde para devorá-lo do início ao fim. Embora curto, é bastante divertido – especialmente se você tem algum prévio conhecimento da lenda de Fausto, mais amplamente conhecida na versão do Goethe.- O que você é? - perguntou uma voz no limite de sua consciência.
- Eu já ia chegar nesse ponto - murmurou Rincewind.
A sala entrou em foco quando ele se apoiou nos cotovelos.
- Devo lhe avisar - começou a voz, que parecia vir de uma mesa - que estou sob a proteção de muitos amuletos poderosos.
- Maravilha - disse Rincewind. - Quem me dera eu também estivesse.
1 de novembro de 2011
Conversas Sobre o Tempo: Respondendo dúvidas de leitores... entre outros
Ok, meio mundo aqui sabe que estou enrolada até o meu último fio de cabelo, correndo para dar jeito em todos aqueles últimos detalhes do nosso maravilhoso encontro da JASBRA que começará em menos de quinze dias!
Mas antes que eu me empolgue demais e só fale sobre isso, alguns comentários importantes. Andaram me perguntando esses dias onde faço minhas compras literárias (porque volta e meia aparecem uns títulos aqui no Coruja que é quase impossível de descobrir em qualquer livraria brasileira) e como faço para escapar ao frete.
Gazeta de Longbourn: a trilogia Fitzwilliam Darcy, Gentleman
The young officers he had overtaken pushed past him, all now holding the hands of females whom Darcy was able to identify as Elizabeth's younger sisters. They encircled her and Denny and, one of them pulling on that officer, bore him away to the ballroom. Elizabeth turned, waving them off with a wistful smile. As she did, Darcy finally saw her complete. The sight utterly ravished him. It was, suddenly, painful to breathe. The roaring of the blood through his veins caused the world about him to go silent.
Part of my soul,
I seek thee and thee claim
My other half...
Where had he read that? He mused as he stood unmoving, mesmerized by the vision before him. "Part of my soul..." He comanded his limbs to move. He took a step toward those marvelous eyes alight with so much life. "I seek thee..." Another step and he thought their eyes met, but it could not have been, for she was turning away. "My soul..."
Comprei esse livro por indicação da Terry Hubener, do JASNA, quando esteve aqui no Brasil ano passado, à época que ocorreu nosso primeiro encontro regional. Confesso, contudo, que não levava assim tanta fé que o livro fosse, nas palavras dela, “a melhor de todas as adaptações de Orgulho e Preconceito; a melhor versão do Darcy que vi em muito tempo”.
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