30 de setembro de 2011

Na sua estante: os manuscritos do mar morto






#084: Os Manuscritos do Mar Morto
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29 de setembro de 2011

Meme Literário 2011

Então... ano passado, a Tábata, do Happy Batatinha, lançou o Meme Literário de um Mês, com uma pergunta para cada dia do mês sobre livros e hábitos literários. Participei respondendo todos os dias, feliz da vida e até ganhei no sorteio final (eu, que nunca ganho nada em sorteio!).

Devido ao sucesso que foi o meme, ela decidiu fazer dele um evento anual (de gala?) e este ano ele será agora em outubro. Estou andando com a nova lista de perguntas para cima e para baixo desde que ela foi ao ar - a Tábata fez perguntas um pouco mais complicadas esse ano e estou tendo de refletir um pouco antes de respondê-las. É nessas horas que percebo quanta coisa faço de forma automática, quase sem perceber - alguns hábitos meus, só fui me dar conta de que os tinha quando parei para pensar nas respostas.


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28 de setembro de 2011

Para ler: Pirâmides

NADA ALÉM DE ESTRELAS, espalhadas sobre as trevas como se o Criador tivesse despedaçado o pára-brisa do carro e não tivesse parado para varrer os cacos.
Este é o abismo entre universos, as profundezas gélidas do espaço que não contêm nada além da eventual molécula aleatória, alguns cometas perdidos e...

... mas um círculo de escuridão se desloca levemente e, quando se olha melhor, o que era aparentemente uma dimensão interestelar impressionante se transforma num mundo imerso nas trevas, e suas estrelas são as luzes do que será caridosamente chamado de civilização.


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27 de setembro de 2011

Conversas Sobre o Tempo: tudo junto e misturado

Oh, céus, estou ficando biruta...

Faz muito tempo que não escrevo diretamente a vocês, leitores (também conhecidos como ‘os cinco gatos pingados que comentam vez em quando’ – hoje em dia o povo só quer saber de ‘curtir’...). Pode não parecer, mas é verdade – a questão é que deixei uma porrada de posts programados de agosto para setembro e por conseqüência ninguém chegou realmente a notar minha ausência.


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26 de setembro de 2011

J. R. R. Tolkien – Parte IV: A Guerra do Anel (A Terceira Era)

Numa toca no chão vivia um hobbit. Não uma toca desagradável, suja e úmida, cheia de restos de minhocas e com cheiro de lodo, tampouco uma toca seca, vazia e arenosa, sem nada em que sentar ou o que comer: era a toca de um hobbit, e isso quer dizer conforto.

J. R. R. Tolkien - O Hobbit
Com o fim da Segunda Era, Sauron retorna à Terra-média – e, de agora em diante, sem poder mais aparecer com uma aparência agradável, como aquela que conquistou os elfos antes de sua partida para Númenor. Agora não há mais subterfúgios e ele declara abertamente guerra a todos os reinos livres.


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23 de setembro de 2011

Na sua estante: confidências





#083: Confidências
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21 de setembro de 2011

Desafio Literário 2011: Setembro - Autores regionais || Romance da Pedra do Reino



Para ser mais exato, preciso explicar ainda que meu "romance" é, mais, um Memorial que dirijo à Nação Brasileira, à guisa de defesa e apelo, no terrível processo em que me vejo envolvido. Para que ninguém julgue que sou um impostor vulgar, devo finalmente esclarecer que, infeliz e desgraçado como estou agora, preso aqui nesta velha Cadeia da nossa Vila, sou, nada mais, nada menos, do que descendente, em linha masculina e direta, de Dom João Ferreira-Quaderna, mais conhecido como El-Rei Dom João II, 0 Execrável, homem sertanejo que, há um século, foi Rei da Pedra Bonita, no Sertão do Pajeú, na fronteira da Paraíba com Pernambuco. Isto significa que sou descendente, não daqueles reis e imperadores estrangeiros e falsificados da Casa de Bragança, mencionados com descabida insistência na História Geral do Brasil, de Varnhagen; mas sim dos legítimos e verdadeiros Reis brasileiros, os Reis castanhos e cabras da Pedra do Reino do Sertão, que cingiram, de uma vez para sempre, a sagrada Coroa do Brasil, de 1835 a 1838, transmitindo-a assim a seus descendentes, por herança de sangue e decreto divino.


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19 de setembro de 2011

J. R. R. Tolkien – Parte III: Os Seguidores (A Segunda Era)

Então, os edain partiram a navegar nas águas profundas, seguindo a Estrela. E os Valar deixaram o mar em calma por muitos dias, mandaram Sol e um vento propício, de modo que as águas cintilavam diante dos olhos dos edain como um vidro ondulante, e a espuma voava como neve diante da proa de suas embarcações. Contudo, tão intenso era o brilho de Rothinzil, que mesmo pela manhã os homens conseguiam vê-la refulgindo no oeste; e, na noite sem nuvens, ela brilhava sozinha, pois nenhuma outra estrela conseguia se equiparar a ela. E, tendo fixado o rumo em sua direção, os edain finalmente transpuseram as léguas do mar e avistaram ao longe a terra que estava preparada para eles, Andor, a Terra da Dádiva, a cintilar numa névoa dourada. Aproximaram-se, então, saindo do mar para encontrar uma terra bela e produtiva, e se alegraram. E chamaram essa terra de Elenna, que significa Na Direção da Estrela; mas também Anadûnê, que significa Ponente, Númenorë no idioma alto-eldarin.

Foi esse o princípio daquele povo que na fala dos elfos-cinzentos é chamado de dúnedain: os númenorianos, reis entre os homens. Entretanto, eles não escaparam desse modo do destino da morte que Ilúvatar havia estabelecido para toda a humanidade, e ainda eram mortais, embora atingissem idade avançada e não conhecessem nenhuma enfermidade até o momento em que a sombra caísse sobre eles. Por conseguinte tornaram-se sábios e ilustres; e sob todos os aspectos eram mais semelhantes aos Primogênitos do que qualquer outra linhagem dos homens. E eram altos, mais altos do que os mais altos dos filhos da Terra-média. E a luz de seus olhos era como a das estrelas brilhantes. Contudo, era muito devagar que seu número aumentava na Terra, pois, embora lhes nascessem filhos e filhas, mais belos do que os pais, mesmo assim era pequena sua prole.


J. R. R. Tolkien - O Silmarillion
Com a derrota de Morgoth, os Valar perdoaram os elfos que tinham partido com Fëanor para a Terra-média, permitindo que eles retornassem para o Oeste – não para Valinor, contudo, mas para uma ilha de onde podiam enxergá-la: Eressëa, a Ilha Solitária.


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16 de setembro de 2011

Na sua estante: egiptólogo





#082: Egiptólogo
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15 de setembro de 2011

Coruja Gourmet: panquecas estilo americano




A receita de hoje não é minha e não pude testá-la ainda... mas o farei em breve, ou então voltarei a Fortaleza para obrigar o Dé a fazê-las para mim.

Hehehe...

Então... setembro é meu aniversário... e o do Dé também, para quem não sabe - podem desejar parabéns para ele por aqui, eu deixo ;). Como eu ia viajar e queria deixar tudo pronto e bonitinho para toda a primeira quinzena de setembro (mais ou menos o tempo que estaria fora), pedi a ele que me mandasse uma colaboração para o Coruja Gourmet - afinal, além de um grande amigo, o Dé também é um mestre cuca!


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14 de setembro de 2011

Desafio Literário 2011: Setembro - Autores regionais || O Bem-Amado



ODORICO - (Continuando o discurso) Botando de lado os entretantos e partindo pros finalmente, é uma alegria poder anunciar que prafrentemente vocês já poderão morrer descansados, tranqüilos e desconstrangidos, na certeza de que vão ser sepultados aqui mesmo, nesta terra morna e cheirosa de Sucupira. E, quem votou em mim, basta dizer isso ao padre na hora da extrema-unção, que tem enterro e cova de graça, conforme o prometido.
Outra peça de teatro - engraçado como este ano elas entraram com força em meu cardápio literário...


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12 de setembro de 2011

J. R. R. Tolkien – Parte II: Os Primogênitos (A Primeira Era)

- Belo será o final – exclamou Fëanor -, embora a estrada seja longa e difícil! Digam adeus à servidão! Mas digam também adeus ao conforto! Digam adeus aos fracos! Digam adeus a seus tesouros! Faremos tesouros ainda maiores. Não carreguem peso na viagem; mas tragam suas espadas! Pois iremos muito mais longe do que Oromë, e resistiremos mais do que Tulkas.

Nunca desistiremos da perseguição. No encalço de Morgoth até os confins da Terra! Guerra terá ele, e um ódio eterno. Porém, quando tivermos vencido e reconquistado as Silmarils, nós, e somente nós, seremos os donos da Luz impoluta, senhores da felicidade e da beleza de Arda.

Nenhuma outra raça nos derrubará!

Nesse momento, Fëanor fez um juramento terrível. Seus sete filhos colocaram-se imediatamente a seu lado e fizeram juntos o mesmo voto, e vermelhas como sangue brilharam suas espadas desembainhadas à luz dos archotes. Fizeram um voto que ninguém deveria quebrar, e que ninguém deveria fazer, nem mesmo em nome de Ilúvatar, conclamando as Trevas Eternas a caírem sobre eles se não o cumprissem. E como testemunhas nomearam Manwë, Varda e a montanha abençoada de Taniquetil, jurando perseguir até o fim do Mundo com vingança e ódio qualquer Vala, demônio, elfo ou homem ainda não nascido, ou qualquer criatura, grande ou pequena, boa ou má, que o tempo fizesse surgir até o final dos tempos, quem quer que segurasse, tomasse ou guardasse uma Silmaril, impedindo que eles dela se apoderassem.


J. R. R. Tolkien - O Silmarillion
O Silmarillion é, talvez, a obra mais complicada de Tolkien. Sua linguagem é fortemente erudita, mais poética que O Hobbit e O Senhor dos Anéis; enquanto seus temas, que oscilam entre política e religião, são tratados de forma mais grandiosa e sombria, em histórias onde abundam traições, desconfiança e tragédia, mas também paixão, lealdade e coragem sem iguais.


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9 de setembro de 2011

Lulu na Terra-média, por cortesia da Dani

Tem sido meio que uma tradição a Dani fazer desenhos para o Coruja no aniversário do blog e no meu aniversário. Na verdade, ela está me deixando pessimamente acostumada...

Em todo caso... Esse ano, eu estava no Rio quando completei primaveras (huahuahua...) e a Dani já tinha me presenteado com todos aqueles desenhos de Forget-me-not, de forma que eu acreditei que já tinha recebido minha tradicional surpresa.

Oh, céus, como eu estava enganada...


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Na sua estante: clube do filme





#081: Clube do Filme
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7 de setembro de 2011

Desafio Literário 2011: Setembro - Autores regionais || Assombrações do Recife Velho



Quem se surpreender com um livro sobre assombrações, de escritor que tem na sociologia (como outros na medicina ou na engenharia) seu mais constante ponto de apoio — embora seja principalmente escritor e não sociólogo — que contenha sua surpresa ou modere seu espanto. Pois não há contradição radical entre sociologia e história, mesmo quando a história deixa de ser de revoluções para tornar-se de assombrações.

Já existe, aliás, uma
Sociology of the supernatural, trabalho de um mestre, Luigi Sturzo, aparecido em 1943. Admitido, como alguns hoje admitem em sociologia, que a convicção pode fazer sociologicamente as vezes da realidade, admite-se que possa haver associação por meios psíquicos, mesmo imaginários, de vivos com mortos. Formariam eles “sociedades” de que seria possível fazer-se o estudo sociológico, como já se faz (forçando um pouco o critério dominante na investigação dos fatos sociológicos, que é o antropocêntrico) o estudo de sociedades animais e até de vegetais em suas relações com as humanas.

Não é descabido, nem em sociologia nem em psicologia social, considerar-se o fato de que não há sociedade ou cultura humana da qual esteja ausente a preocupação dos vivos com os mortos. E essa preocupação, quase sempre, sob alguma forma de participação dos mortos nas atividades dos vivos. O próprio positivismo admite que “os vivos” sejam “governados pelos mortos”. A gente mais simples admite a participação dos mortos na sua vida sob a forma de “visagens” ou “assombrações” em que as supostas manifestações de espíritos de mortos às vezes se confundem com supostas aparições do próprio demônio. Ou de pequenos e médios demônios, desde que o mundo demoníaco tem também sua hierarquia. Demônios, no Brasil, disfarçados às vezes em bodes, cabras, cabriolas, mulas-sem-cabeça, lobisomens, boitatás, porcos, queixadas, cachorros, cães ou gatos de olhos de fogo, quibungos, papões, mãos-de-cabelo, cobras-norato, almas-de-gato, capelobos, papa-figos. Toda uma fauna infernal que se a sociologia do sobrenatural descesse do divino ou do angélico ao misticamente bestial, teria que considerar como “sociedade” a seu modo animal. O encontro dos dois extremos: o supra e o infra-humano. Em compensação, a tradição oral guarda a lembrança de aparições, no Recife ou nos seus arredores, de santos, da própria Virgem, do próprio Senhor Bom Jesus até a simples soldados, embora nenhum tenha se tornado arremedo sequer de Joana d’Arc: a não ser que se queira idealizar a este ponto o herói demasiadamente humano que foi Fernandes Vieira.


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5 de setembro de 2011

J. R. R. Tolkien – Parte I: O Ourives do Anel

“Em ordem de tempo, crescimento e composição, esse material começou comigo – embora eu não creia que isso seja de muito interesse a alguém além de mim mesmo. Quero dizer, não me recordo de uma época na qual eu não o estivesse construindo. Muitas crianças inventam, ou começam a inventar, idiomas imaginários. Tenho feito isso desde que aprendi a escrever.

(...)

Porém, tive uma paixão igualmente básica
ab initio pelos mitos (não alegorias!) e pelos contos de fadas e, acima de tudo, pelas lendas heróicas no limiar dos contos de fadas e da história, de que há tão pouco no mundo (acessível a mim) para meu apetite. Eu era um estudante universitário antes que a reflexão e a experiência revelassem-me que esses não eram interesses divergentes – pólos opostos de ciência e romance -, mas integralmente relacionados.”


131 Para Milton Waldman, 1951
Dez anos atrás, eu estava completando quinze anos, e meu pai veio conversar comigo sobre que presente de aniversário eu queria. Ele andara conversando com a mãe e queria me dar um anel. A única questão é que eu estava interessada em outro tipo de anel; estava previsto para o final daquele ano o lançamento de A Sociedade do Anel, e depois de engolir todas as informações possíveis sobre o filme e sobre o livro em que ele era inspirado, tudo o que eu mais queria da vida era pôr minhas mãos na trilogia de Tolkien, “o livro mais lido depois da Bíblia” – ou, pelo menos, essa era a informação na época (mas acho que essa era uma pesquisa feita especificamente na Inglaterra e não em todo mundo).


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2 de setembro de 2011

Na sua estante: tempo





#080: Tempo
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1 de setembro de 2011

Para ler: Eu fui a melhor amiga de Jane Austen



Jenny, órfã de pais, viveu boa parte da sua infância em um internato em Southampton, na companhia de Jane, um ambiente frio e miserável que, nas suas palavras, “cheirava à morte”. Com a coragem de Jenny para salvar a prima que estava muito doente, as duas conseguem se libertar e vão morar na casa da família Austen.

Entre aulas de etiqueta com uma prima francesa e alguns flertes – por ocasião do seu primeiro contato com garotos –, Jenny se apaixona por um marinheiro, e se vê diante de um dilema que representava um risco à sua reputação.

Com esse diário aberto ao público, as jovens fãs de Jane Austen terão a oportunidade de se encantar ainda mais com a personalidade marcante, a inteligência, a perspicácia e a divertida forma com que essa escritora lidava com as adversidades. Jenny Cooper conta com orgulho e carinho sobre como amadureceu com a amizade de Jane Austen – a menina esperta que sempre tem respostas para tudo –, suas incríveis histórias imaginadas a partir de pessoas do seu convívio e seus conselhos sempre confortantes.


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Livros, viagens, filosofia de botequim e causos da carochinha: o Coruja em Teto de Zinco Quente foi criado para ser um depósito de ideias, opiniões, debates e resmungos sobre a vida, o universo e tudo o mais. Para saber mais, clique aqui.

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