29 de junho de 2011

Forget-me-not - Capítulo 03



A Coruja


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27 de junho de 2011

Clube do Livro: História Universal da Infâmia



Os cavalos roubados em um Estado e vendidos em outro foram apenas uma digressão na carreira delinqüente de Morell, porém prefiguraram o método que agora lhe assegura seu lugar privilegiado em uma História Universal da Infâmia. Esse método é único, não só pelas circunstâncias sui generis que o determinaram, como também pela abjeção que requer, pelo fatal manejo da esperança e pelo desenvolvimento gradual, semelhante à atroz evolução de um pesadelo.


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24 de junho de 2011

Na sua estante: uma imagem vale mais que mil palavras





#069: Uma Imagem Vale mais que Mil Palavras
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22 de junho de 2011

Forget-me-not - Capítulo 02



A Coruja


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20 de junho de 2011

Desafio Literário 2011: Junho - Peças Teatrais || A Importância de ser Prudente


- Gwendolen, é uma coisa terrível para um homem descobrir de repente que toda a sua vida ele esteve falando nada além da verdade. Você pode me perdoar?

Já vimos os gregos... e o bardo. Em termos de teatro, é deles que primeiro me lembro, afinal, os gregos inventaram o teatro e Shakespeare inventou o humano. Mas, para completar a lista do Desafio Literário 2011, ainda faltava um título e eu não queria me repetir.


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19 de junho de 2011

Para ler: Prom and Prejudice


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"É uma verdade universalmente aceita que uma garota solteira de alto nível na Academia Longbourn deve estar querendo um par para o Baile."


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17 de junho de 2011

Na sua estante: tia Bia





#068: Tia Bia
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16 de junho de 2011

Coruja Gourmet: Sopa de Batata




Uma vez que estamos no inverno, hoje passo uma receita de sopa - a única que realmente gosto e repito e encho o saco da D. Mãe para fazer. Serve para quatro pessoas - a depender da pessoa, claro, porque eu, pelo menos, refaço o prato umas três vezes... com torradas.


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15 de junho de 2011

Forget-me-not - Capítulo 01



Capítulo 01
'- GRANDE OBERON! Eu matei o príncipe! – ela olhou para o rouxinol que era Mina, que também se encontrava desacordado naquele instante – E matei a princesa! Eu matei o príncipe e a princesa! EU MATEI O PRÍNCIPE E A PRINCESA! EU SOU A PIOR FADA-MADRINHA DA FACE DA TERRA!'


Já faz algumas semanas que venho falando no twitter sobre estar escrevendo uma nova história; um conto de fadas para ser exata. Alguns leitores do Coruja talvez se lembrem de que coloquei citações, reclamei das minhas próprias maluquices e de uma forma geral me diverti imensamente em criar situações extravagantes num formato que, a princípio, é bem constante.

E, se você não está sabendo nada sobre o assunto, então... bem, vai saber agora.

Forget-me-not começou a ser escrita no dia 07 de maio quando acordei às três da madrugada com a idéia da história praticamente já toda formada na cabeça. Tinha recém-acabado de ler História sem Fim e creio que este foi um dos principais motivos de ter acordado numa hora tão imprópria sendo chutada da cama pelos personagens que desfilarão por aqui ao longo do mês.

Não me lembro de ter escrito tanto num único dia, nem de ter conseguido continuar com tanta empolgação por tanto tempo. Normalmente, quando começo uma história, tenho uma idéia geral do que escrever, começo a fazê-lo, mas logo deixo o trabalho pesado um pouco de lado para poder começar a criar mil e um esquemas e quando vejo, perdi um pouco daquela inspiração inicial e tenho que me forçar a continuar baseando-me nas minhas já tradicionais listas.

Este conto foi escrito em lampejos. No último mês praticamente não consegui dar conta de outra coisa e é muito bom que as resenhas do Coruja estivessem todas adiantadas, bem como Na sua estante. Enquanto traço estas palavras, preparo na cabeça o grand-finale da história e acredito que até o final da semana conseguirei terminá-la, quando então poderei respirar fundo e voltar a me dedicar a outros projetos.

Este conto foi pensado como uma história completamente original, ainda que os personagens dela sejam originariamente do Expresso Hogwarts. A idéia era que ele fosse usado como especial de aniversário de oito anos do blog – e para quem é leitor e fã do Expresso, alguns detalhes da história ganharão um significado a mais.

No entanto, como já disse, Forget-me-not é uma história original e não uma fanfic, de forma que mesmo quem nunca pisou no Expresso antes será completamente capaz de compreender o enredo do começo ao fim.

Não posso, claro, adiantar muito sobre a própria história – deixo isso para quando escrever o “Por dentro da cabeça da Autora” ao final dela. Isso não significa, contudo, que não possa jogar um fogo de fogo na lenha da curiosidade de vocês enquanto me delicio com todas as loucuras que me passam pela cabeça ao pensar nessa história.

Escrever contos de fadas é um exercício delicioso. Dá um pouco de dor de cabeça às vezes, porque existem milhares de clichês e armadilhas em que você pode cair. Contudo, você tem extrema liberdade para criar, podendo manter a coisa simples e direta ou desenvolver inteiras mitologias e alicerces.

Contos de fadas têm uma linguagem própria, um tanto repetitiva no sentido de ser musical. São histórias para serem contadas e não apenas lidas.

Várias vezes me peguei sem fôlego enquanto escrevia este conto. Isso acontece sempre que me envolvo intimamente com uma história, a ponto de pular da cadeira em instantes de grande ansiedade. Não nego também que uma vez ou outra, enquanto imaginava qual seria a próxima surpresa que iria jogar em cima dos meus pobres personagens, comecei a valsar solta, cantarolando e sorrindo sozinha.

No final das contas, para mim, escrever não é apenas uma atividade mental, mas física também, e passional.

Seja como for, aqui eu lhes entrego o resultado final de quase um mês de insônia, olhares atravessados no meio da rua enquanto construía meus castelos no ar, e um bocado do meu coração.

Para completar, ainda tenho os maravilhos desenhos que a Dani fez para quase todos os personagens - creio que as maravilhosas ilustrações dela foram outro fator que me deixaram tão empolgada para escrever continuamente esse conto.

Quaisquer semelhanças com filmes, canções, livros e outras narrativas de trancoso não são mera coincidência. Qualquer um poderá citar de cara a inspiração provocada pela já citada História sem Fim, ou por clássicos sessão da tarde como O Feitiço de Áquila e as idéias da necessidade narrativa que Terry Pratchett milita, em especial nos livros das bruxas.

Que este seja um tributo a colcha de retalhos que foram as fábulas de minha infância.

Espero que se divirtam e emocionem tanto quanto eu me diverti e emocionei enquanto acompanhava uma fadinha atrapalhada, um duende avoado, e um príncipe e uma princesa separados por um feitiço lançado por engano, em sua longa jornada por uma Floresta viva com histórias que se cruzam e intercruzam, formando padrões de tapeçarias, imagens de sonho e pesadelo, risos e lágrimas.

E não se esqueçam de comentar porque, sabe como é, estou uma pessoa carente, vivendo dentro da minha própria cabeça por tanto tempo (é sério, quase não tive muita vida social nesse último mês). Façam uma criança feliz, para que ela possa continuar a escrever suas histórias!


A Coruja


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13 de junho de 2011

Voltando à Austen...

Bem, todo mundo aqui já sabe que sou parte do Jane Austen Sociedade do Brasil e que estou envolvida com uma série de projetos que têm a ver com o JASBRA. Assim, aproveitando para fazer um pouco de propaganda...


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Desafio Literário 2011: Junho - Peças Teatrais || A Paz



TRIGEU - Muito obrigado, pessoal. Ponham tudo isso lá em casa e fiquem para o banquete; eu ainda não posso entrar; estou vendo um fabricante de armaduras vindo para cá com uma cara de vítima que dá pena.

(Entra um Fabricante de Armaduras, seguido de outros fabricantes e beneficiários de produtos bélicos: Fabricante e Vendedores de Penachos para Capacetes, de Couraças, de Clarins Militares, de Capacetes, de Lanças, cada um trazendo o produto com que trabalha.)

FABRICANTE DE PENACHOS (cambaleando) - Ah! Trigeu! Você me arruinou completamente! Veja em que estado eu me encontro!

TRIGEU - O que é que há, infeliz? Você vai mal das pernas?

FABRICANTE DE PENACHOS - Você desgraçou a minha profissão e a minha vida. (Indicando o Fabricante de Capacetes.) E a dele também. E a do Fabricante de Lanças ali adiante também.

TRIGEU - Quanto é que você quer por esses dois penachos?

FABRICANTE DE PENACHOS - Quanto é que você oferece?

TRIGEU - O que eu ofereço? Tenho até vergonha de dizer. Em todo o caso, como a haste dá muito trabalho eu dou três pacotes de figos secos. Esses troços vão servir para espanar a mesa.

FABRICANTE DE PENACHOS - Está bem. Vá lá dentro buscar os figos. (Ao Fabricante de Capacetes.) Que jeito? Antes isso do que nada, meu caro.

Aristófanes – A Paz


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10 de junho de 2011

Na sua estante: um minuto para respirar





#067: Um Minuto para Respirar
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8 de junho de 2011

Para ler: O Mercador de Veneza

SHYLOCK - Os judeus não têm olhos? Os judeus não têm mãos, órgãos, dimensões, sentidos, inclinações, paixões? Não ingerem os mesmos alimentos, não se ferem com as armas, não estão sujeitos às mesmas doenças,não se curam com os mesmos remédios, não se aquecem e refrescam com o mesmo verão e o mesmo inverno que aquecem e refrescam os cristãos? Se nos espetardes, não sangramos? Se nos fizerdes cócegas, não rimos? Se nos derdes veneno, não morremos? E se nos ofenderdes, não devemos vingar-nos? Se em tudo o mais somos iguais a vós, teremos de ser iguais também a esse respeito. Se um judeu ofende a um cristão, qual é a humildade deste? Vingança. Se um cristão ofender a um judeu, qual deve ser a paciência deste, de acordo com o exemplo do cristão? Ora, vingança. Hei de por em prática a maldade que me ensinastes, sendo de censurar se eu não fizer melhor do que a encomenda."
Após Muito Barulho por Nada, essa aqui é minha peça favorita do bardo. Assim, uma vez que estamos no mês do teatro no Desafio Literário 2011, achei que nada era mais justo do que escrever também uma resenha desta peça.


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6 de junho de 2011

Desafio Literário 2011: Junho - Peças Teatrais || Henrique IV e Henrique V


REI HENRIQUE — Muito embora ainda pálido e abalado pelas preocupações, achamos tempo para deixar que a Paz aterrorada e arquejante nos fale em termos curtos de outras lutas em plagas bem remotas. As faces ressecadas deste solo não mais os lábios tingirão com o sangue dos próprios filhos, nem a guerra os campos cortará com trincheiras ou as flores esmagará com os cascos inimigos. Os olhos incendiados, quais meteoros em turvo céu, só de uma natureza todos eles, de uma única substância, até há pouco travados em contendas internas e hecatombes fratricidas, marcharão ora em filas harmoniosas por um mesmo caminho, sem mais luta contra amigos, aliados e parentes. A guerra, como faca em bainha velha, não mais o dono há de ferir. Por isso, amigos, até ao túmulo de Cristo — de quem soldados somos, obrigados a lutar sob a cruz sempre bendita — levaremos guerreiros da Inglaterra, de braços conformados na mãe-pátria para os pagãos vencer dos campos sacros onde os pés abençoados assentaram, e onde, há quatorze séculos, na amarga cruz, para nosso bem, foram cravados.

William Shakespeare – Henrique IV - Parte I

É óbvio e ululante que no mês das peças de teatro no Desafio Literário 2011, eu não poderia me furtar a ler o bardo. Ao final das contas, não foi apenas sorte que elevou o nome de Shakespeare a um dos cânones da literatura ocidental – o primeiro na literatura inglesa.


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3 de junho de 2011

Na sua estante: adivinhas





#066: Adivinhas
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1 de junho de 2011

Para ler: O Aprendiz de Morte

Esta é a sala onde são guardados, à luz de velas, todos os marcadores do tempo: prateleiras e mais prateleiras de ampulhetas, cada qual para uma pessoa viva, derramando sua areia fina do futuro ao passado. O chio acumulado dos grãos caindo faz a sala retumbar como o oceano.

Este é o dono da sala, andando com ar de preocupação. Seu nome é Morte.

Mas não qualquer Morte. Este é o Morte cuja esfera particular de ações é, bem, nem um pouco esférica, mas sim o Discworld, que é plano, fica no lombo de quatro elefantes gigantescos - que, por sua vez, sustentam-se sobre a carapaça da enorme tartaruga estelar Grande A'Tuin -, e é contornado por uma queda-d'água a verter no espaço sem fim.

Cientistas calcularam que as chances de uma coisa tão notoriamente absurda acontecer são de uma em um milhão.

Mas os mágicos calcularam que chances de uma em um milhão ocorrem nove a cada dez vezes.


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Sobre

Livros, viagens, filosofia de botequim e causos da carochinha: o Coruja em Teto de Zinco Quente foi criado para ser um depósito de ideias, opiniões, debates e resmungos sobre a vida, o universo e tudo o mais. Para saber mais, clique aqui.

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